CARTA: UM MEIO AFETIVO NAS ONDAS DO RÁDIO - Biblioteca ...
CARTA: UM MEIO AFETIVO NAS ONDAS DO RÁDIO - Biblioteca ...
CARTA: UM MEIO AFETIVO NAS ONDAS DO RÁDIO - Biblioteca ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Observa-se na fala da Ana Paula uma forma simples e próxima das jornalistas<br />
da Rádio Senado Ondas Curtas. Segundo Menezes (2005, p. 28), os vínculos<br />
demonstrados pelo ouvinte e sua participação ativa faz com que não fiquemos<br />
sozinhos, mas articulados com outras pessoas, que neste caso, são as jornalistas<br />
que irão ler sua carta. Segundo Merten (apud Wolf, 2005, p. 60), deve-se considerar<br />
a experiência do ouvinte e sua situação para decifrar que “as mensagens são<br />
desfrutadas, interpretadas e adaptadas ao contexto subjetivo de experiências,<br />
conhecimentos, motivações”. Este pensamento está expresso na busca da ouvinte<br />
acima ao declarar o amor aos jornalistas da rádio, assim como na mensagem em<br />
que narra a história de seu amor ao filho.<br />
Carta 4:<br />
A ouvinte Marizonete Castro de Oliveira Lira de Gilbués (PI), sua cidade<br />
possui 10.402 habitantes e se localiza a 797 km da capital Teresina, escreve para<br />
contar detalhes de sua vida, é casada há 30 anos com Almir, tem seis filhos e três<br />
netos. Esta carta é direcionada para o jornalista José Carlos Sigmaringa. Marizonete<br />
frisa que é fã número um do jornalista, convida-o para conhecer a fazenda Val que<br />
fica próxima ao rio Parnaíba para comer um “frango caipira com pequi” em sua casa.<br />
Conta que na fazenda tem muitas árvores de Ipês roxos, Aroeiras e Taboca. Além de<br />
pedir uma música e uma foto da equipe da rádio, ela faz um pedido especial para os<br />
dois jornalistas, “quero ouvir o seu miau ao vivo e o suspiro da Marcela Diniz”.<br />
Como a maioria das cartas desta classificação é para elogiar o trabalho dos<br />
jornalistas e demonstrar o amor que os ouvintes sentem por eles, sem nem mesmo<br />
conhecer-los pessoalmente, pode-se confirmar da voz, o poder psico-afetivo que faz<br />
com que o ouvinte se emocione e sinta próximo dos jornalistas. A imaginação que o<br />
receptor faz quando sintoniza uma rádio é descrita pela Cida Golin (apud<br />
MEDITSCH, 2005, p. 263): “recria em sua imaginação os elementos ausentes, mas<br />
a imagem produzida é íntima, pessoal, uma performance interiorizada. O ouvinte<br />
relaciona a voz do profissional como algo presente em algum lugar”.<br />
Carta 5:<br />
A ouvinte Mariselia Xavier de Oliveira, do Riachão das Neves (BA), que fica a<br />
915 km da capital do Estado, com população em torno de 21.937 habitantes, enviou<br />
50