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CARTA: UM MEIO AFETIVO NAS ONDAS DO RÁDIO - Biblioteca ...

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A mensagem no rádio tem uma comunicação funcional, cuja<br />

semântica gera o intercâmbio de ideias, conceitos e relações entre<br />

indivíduos, mas ao mesmo tempo, surpreende, emociona, excita a<br />

sensibilidade do ouvinte. Temos aqui, então, a superposição dos<br />

níveis denotativo e conotativo. (BALSEBRE apud MEDITSCH, 2005,<br />

p. 335).<br />

Decifrar o código radiofônico é a necessidade de qualquer pesquisador,<br />

entender a linguagem secreta da mensagem faz com que o ouvinte se familiarize e<br />

se torne parte da história além de se emocionar.<br />

3.4 O NARRA<strong>DO</strong>R RADIOFÔNICO E A LINGUAGEM COLOQUIAL<br />

Com a chegada da televisão os ouvintes tornaram-se espectadores da<br />

imagem. O rádio teve que se reestruturar para alcançar e retomar seus ouvintes. O<br />

rádio se regionalizou, tornado-se mais próximo do ouvinte. Para Zita de Andrade<br />

Lima, os ouvintes sentem a necessidade de estarem próximos à informação:<br />

Os ouvintes preferem ouvir falar de gente com quem convivem,<br />

negociam, se correspondem facilmente; gente em que votam, de<br />

quem recebem favores, com quem simpatizam ou antipatizam, por<br />

quem têm admiração, respeito, despeito ou inveja. (LIMA apud<br />

ALVES apud MEDITSCH, 2005, p. 163).<br />

Além da proximidade com o ouvinte existe, ainda, o individualismo<br />

radiofônico. Nos dias de hoje, as pessoas têm seus próprios aparelhos portáteis e<br />

fones de ouvido, não existindo o encontro de pessoas para ouvir as notícias<br />

transmitidas pelo veículo. O radiojornalismo ocasiona uma mudança em sua<br />

programação e em sua linguagem.<br />

Um dos grandes desafios para o rádio é administrar sua linguagem e a forma<br />

para obter isso se faz com a utilização da fala coloquial, pois traz para perto o<br />

ouvinte. Com a instantaneidade do rádio a notícia transmitida deve ser clara e<br />

objetiva, porque não existe a possibilidade do ouvinte voltar e ouvir de novo a<br />

informação. Rosental Calmon Alves detalha:<br />

Hoje em dia o rádio cria a ilusão nas pessoas de que os programas<br />

são só para elas, individualmente.Cada uma pensa que o locutor<br />

está falando com ela, e isso toma alta importância numa época em<br />

que comenta muito a solidão do ser humano. (ALVES apud<br />

MEDITSCH, 2005, p. 165).<br />

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