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CARTA: UM MEIO AFETIVO NAS ONDAS DO RÁDIO - Biblioteca ...

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Fonte: BALSEBRE apud MEDITSCH, 2005, p. 329.<br />

A linguagem no rádio só é feita quando decifrada pelo emissor e receptor. Em<br />

análise contra o argumento de Marshall McLuhan que diz “que o meio é a<br />

mensagem” o pesquisador Miguel de Moragas Spa declara que “as estruturas<br />

semióticas do meio, matéria e forma da expressão do conteúdo, constituem<br />

estruturalmente a mensagem”. (CUNHA apud Spa apud MEDITSCH, 2008, p. 293).<br />

A mensagem só se torna comunicação quando entendida pelos ouvintes, sem<br />

esse entendimento a produção das mensagens torna-se desnecessárias. É o que<br />

explica Balsebre:<br />

Quanto mais comuns e consensuais forem as estratégias de<br />

produção de significado, de codificação e deciframento, mais<br />

eficazes serão as mensagens na comunicação emissor-receptor.<br />

(BALSEBRE apud MEDITSCH, 2005, p. 327).<br />

Para o teórico Rudolf Arnheim como o rádio não possui imagem faz com que<br />

gere significação para o ouvinte. O autor declara a necessidade de o ouvinte<br />

imaginar:<br />

As palavras do narrador e do poeta, as vozes do diálogo, os<br />

argumentos do filósofo e os complexos acordes musicais induzem à<br />

experiências e reflexões, sendo pouco molestadas pelo reino do<br />

visível. (ARNHEIM apud MENEZES, 2007, p. 55).<br />

O papel do locutor que é, além de informar e entreter, presta a real<br />

importância de se fazer ouvir. Mágda Cunha alerta sobre isso:<br />

Volta especial atenção também às estruturas da retórica radiofônica,<br />

analisando em especial a figura do locutor que, como resultado de<br />

uma figura simbólica, dirige-se ao ouvinte de maneira pessoal.<br />

(CUNHA apud MEDITSCH, 2008, p. 294).<br />

A linguagem no rádio preza pelo ritmo do locutor, pela originalidade, pela<br />

informação semântica e estética. Segundo Balsebre (apud MEDITSCH, 2005, p. 327), o<br />

“semântico é tudo que diz respeito ao sentido mais direto e manifesto dos signos de<br />

uma linguagem”. A linguagem que utiliza a forma da mensagem, sentido emocional e<br />

sensorial chama-se de informação estética. O professor Balsebre opina sobre a<br />

mensagem radiofônica:<br />

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