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CARTA: UM MEIO AFETIVO NAS ONDAS DO RÁDIO - Biblioteca ...

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É neste contexto que começa a se constituir o rádio como negócio,<br />

oferecendo um conteúdo – a programação – financiado pelos<br />

reclames – que, por sua vez, ocupam local central no processo de<br />

acumulação, dada a dependência do círculo mercantil-capitalista em<br />

relação à comunicação empresa-consumidor viabilizada à época<br />

pelo novo veículo. (FERRARETTO, 2010, p. 28, grifo do autor).<br />

A rádio Sociedade do Rio de Janeiro tinha como concorrente a rádio Clube do<br />

Brasil. Para que ninguém perdesse a programação, as transmissões eram feitas em<br />

dias diferentes para cada rádio. Jung detalha como era feita a programação:<br />

As duas emissoras se esforçavam para não irradiar as<br />

programações ao mesmo tempo. Por isso, enquanto uma ia ao ar<br />

segundas, quartas e sextas, a outra ia às terças, quintas e sábados.<br />

No sétimo dia, descansavam. (JUNG, 2004, p. 25)<br />

Depois de 13 anos com transmissão em caráter educativo a rádio Sociedade<br />

do Rio de Janeiro foi doada ao Ministério da Educação e transformou-se na Rádio<br />

MEC, mantida até hoje.<br />

O aparelho radiofônico, que antes somente as pessoas com maior poder<br />

aquisitivo tinham, tornou-se mais popularizado e ao alcance de todos com a<br />

introdução do rádio a válvulas no país. Com isso, conforme Calabre (2002, p. 7),<br />

esse aparelho mudou a sociedade brasileira, “o rádio criou modas, inovou estilos,<br />

inventou práticas cotidianas, estimulou novos tipos de sociabilidade”.<br />

Já na década de 1940 o rádio vive seu apogeu conhecido como a “Era de<br />

Ouro” com as radionovelas e a disputa pela Rainha do Rádio que causava um<br />

verdadeiro furor entre os ouvintes. Havia campanhas e disputas acirradas de qual<br />

era a melhor cantora do país.<br />

Mais tarde, com a chegada da primeira televisão no Brasil, a TV Tupi-Difusora<br />

de São Paulo, em 18 de setembro de 1950, surgiram mudanças. A época de ouro do<br />

rádio chegava ao fim com seus principais artistas e sua programação sendo<br />

transferidos para a televisão. Ferraretto declara:<br />

O processo pelo qual a televisão absorve o espetáculo das novelas,<br />

dos humorísticos e dos programas de auditório, levando, com estas<br />

atrações, o público e os anunciantes. (FERRARETTO, 2010, p. 35)<br />

Posteriormente, na fase de ditadura militar pós golpe de 1964 rádios foram<br />

fechadas, a censura imposta aos veículos de comunicação, radiojornalistas<br />

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