“POR TRÁS DOS PORTÕES” – A DISCIPLINA NO COLÉGIO ...
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2.número de estabelecimentos nesta capital e em que funcionam<br />
ambos os ciclos de ensino médio com indicação da respectiva<br />
classificação, segundo o critério estabelecido pela Lei Orgânica<br />
do Ensino Secundário, e de sua capacidade global em relação às<br />
necessidades anuais de matrícula de jovens do sexo masculino;<br />
3.em que medida o governo do Estado se mostra interessado<br />
na criação do Colégio Militar de Curitiba, e se dispõe a prestar<br />
o auxílio material à iniciativa, seja mediante contribuição<br />
pecuniária, seja através da cessão de imóveis. 40<br />
Após responder o questionário exigido pelo Exército, Moysés<br />
Lupion anunciou que cooperaria doando um terreno apropriado,<br />
dinheiro e materiais destinados a permitir a bom funcionamento<br />
do colégio. Lupion designou para as negociações Alípio Aires de<br />
Carvalho, o qual deveria escolher os terrenos a serem oferecidos.<br />
Oito áreas foram colocadas à disposição do Exército e devido a isso,<br />
o Ministro da Guerra nomeou uma comissão presidida pelo próprio<br />
Ayres de Carvalho para promover os estudos necessários para<br />
escolher o melhor terreno para a instalação.<br />
A comissão deveria seguir alguns requisitos básicos, como<br />
por exemplo: a distância do centro (Praça Tiradentes) até o local<br />
do ensino que deveria ser, no máximo, de 15 quilômetros e uma<br />
área mínima de 750.000m2. Além disso, a umidade e a forma do<br />
terreno eram tidas como eliminatórias na escolha do mesmo, além<br />
da expansão da cidade e infra-estrutura como água e telefone. A<br />
escolha de um local com muito espaço era necessária para favorecer<br />
a prática esportiva e exercícios físicos. A comissão tinha planos<br />
que o Colégio iniciaria as aulas com 300 alunos e, que em quatro<br />
anos, contariam com cerca de 1.961 estudantes. Assim, o espaço<br />
era fundamental para novas construções. Era preciso uma área para<br />
instrução militar e formaturas e uma companhia de serviço, com<br />
soldados responsáveis pela guarda do Colégio e pequenos serviços<br />
administrativos 41 .<br />
Após três anos de estudos e reuniões, o local escolhido foi a área<br />
no bairro do Tarumã, onde já funcionavam alguns pavilhões, para o<br />
atendimento às crianças carentes. Como o Estado detinha vários<br />
estabelecimentos especializados neste tipo de atenção ao menor,<br />
e como a área mostrou-se em boas condições para a construção<br />
de um Colégio Militar, a questão ficou resolvida e o orfanato foi<br />
transferido.<br />
Com a aprovação da Assembléia Legislativa do Estado, o governo<br />
cedeu à União uma área no bairro Tarumã através da Lei 3888/59,<br />
com a condição de que os terrenos e benfeitorias fossem destinados<br />
exclusivamente à construção das instalações do Colégio Militar de<br />
Curitiba e revertessem ao patrimônio do Estado na hipótese de ser<br />
dado outro destino diverso do previsto na presente lei. Além do<br />
terreno e da ajuda financeira do governo do Estado, o Ministro da<br />
Educação Clóvis Salgado, entusiasmado com a criação de mais um<br />
Colégio Militar ofereceu também um auxílio de $ 1.000.000,00 para<br />
compra de equipamentos. 42<br />
Houve, portanto, a participação estadual tanto na doação de um<br />
terreno como nos financiamentos, porém, coube ao Exército entrar<br />
com professores, oficiais e praças. Cabe ressaltar que, o primeiro<br />
ano de vida do estabelecimento não contou apenas com militares<br />
como professores. A falta de contingente fez com que o governo do<br />
Estado cedesse alguns professores civis para lecionarem enquanto<br />
os professores militares eram transferidos de outras regiões. No<br />
Monografias - Universidade Tuiuti do Paraná 12<br />
| História | 2009