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01.06.2013 Views

ID: 46674525 16-03-2013 | Fugas Gastronomia Portugal dos Sabores Chefs brasileiros à caça de túberas no campo alentejano Ninguém sabia muito bem o que eram as túberas. Mas a curiosidade era muita. O programa Portugal dos Sabores levou chefs e jornalistas brasileiros à procura da “trufa portuguesa” no meio do Alentejo, guiados por duas especialistas com mais de meio século de experiência. Alexandra Prado Coelho Anaisa e Catarina Sousa estão habituadas à paz dos campos alentejanos, onde, nesta época do ano, passam as tardes a apanhar túberas. Mas na semana passada foi como se o circo tivesse chegado à aldeia junto a Mértola — em poucos minutos as duas mulheres, de 69 e 78 anos, estavam rodeadas de chefs e jornalistas portugueses e brasileiros, que queriam saber tudo sobre as famosas túberas. São realmente as trufas portuguesas? Como é que se comem? Como as costu- Tiragem: 40595 País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Informação Geral Pág: 20 Cores: Cor mam cozinhar? Há quantos anos as apanham? São muito difíceis de encontrar? Elas iam respondendo a todas as perguntas, surpreendidas pelo interesse que as túberas despertavam naquele grupo saído repentinamente de uma camioneta vinda do Algarve. Contextualizando: os recém-chegados eram um grupo de convidados do Portugal dos Sabores, uma iniciativa do Ano de Portugal no Brasil, organizada pelo Turismo de Portugal. Vieram, para uma volta que incluiu Lisboa, Algarve e Alentejo, os chefs brasileiros Helena Rizzo e Daniel Redondo, do restaurante Maní, e o japonês-brasileiro Tsuyoshi Murakami, do Kinoshita, ambos de São Paulo. E ainda jornalistas da Folha de São Área: 26,82 x 30,99 cm² Corte: 1 de 3 Paulo, do jornal Globo, da revista Prazeres da Mesa e da Vogue brasileira. O mais entusiástico era, sem dúvida, Murakami. “Conta aí como se apanham as túberas”, pedia, fi lmando Catarina com o seu iPhone. “Que emoção.” Chegado ao local, o grupo rodeou as duas mulheres tentando perceber exactamente o que era uma túbera. Os chefs portugueses José Avillez e Luís Baena tentavam baixar um pouco as expectativas, explicando que as túberas não são exactamente trufas — embora também se apanhem debaixo da terra e tenham um aspecto semelhante ao das trufas, têm bastante menos cheiro e sabor. E os outros portugueses presentes frisavam, para que os visitantes brasileiros não fi cassem com FOTOS VASCO CÉLIO/STILLS Anaisa e Catarina guiaram a visita de campo dos chefs portugueses e brasileiros. Na página ao lado, o chef José Avillez e o ovo preparado com túberas pela chef Helena Rizzo

ID: 46674525 16-03-2013 | Fugas<br />

Gastronomia<br />

<strong>Portugal</strong> dos Sabores<br />

Chefs brasileiros<br />

à caça <strong>de</strong> túberas<br />

no campo<br />

alentejano<br />

Ninguém sabia muito bem<br />

o que eram as túberas. Mas<br />

a curiosida<strong>de</strong> era muita. O<br />

programa <strong>Portugal</strong> dos Sabores<br />

levou chefs e jornalistas brasileiros<br />

à procura da “trufa portuguesa”<br />

no meio do Alentejo, guiados por<br />

duas especialistas com mais <strong>de</strong><br />

meio século <strong>de</strong> experiência.<br />

Alexandra Prado Coelho<br />

Anaisa e Catarina<br />

Sousa estão habituadas à paz dos<br />

campos alentejanos, on<strong>de</strong>, nesta<br />

época do ano, passam as tar<strong>de</strong>s a<br />

apanhar túberas. Mas na semana passada<br />

foi como se o circo tivesse chegado<br />

à al<strong>de</strong>ia junto a Mértola — em<br />

poucos minutos as duas mulheres,<br />

<strong>de</strong> 69 e 78 anos, estavam ro<strong>de</strong>adas<br />

<strong>de</strong> chefs e jornalistas portugueses e<br />

brasileiros, que queriam saber tudo<br />

sobre as famosas túberas. São realmente<br />

as trufas portuguesas? Como<br />

é que se comem? Como as costu-<br />

Tiragem: 40595<br />

País: <strong>Portugal</strong><br />

Period.: Semanal<br />

Âmbito: Informação Geral<br />

Pág: 20<br />

Cores: Cor<br />

mam cozinhar? Há quantos anos<br />

as apanham? São muito difíceis <strong>de</strong><br />

encontrar?<br />

Elas iam respon<strong>de</strong>ndo a todas as<br />

perguntas, surpreendidas pelo interesse<br />

que as túberas <strong>de</strong>spertavam<br />

naquele grupo saído repentinamente<br />

<strong>de</strong> uma camioneta vinda do Algarve.<br />

Contextualizando: os recém-chegados<br />

eram um grupo <strong>de</strong> convidados<br />

do <strong>Portugal</strong> dos Sabores, uma iniciativa<br />

do Ano <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> no Brasil, organizada<br />

pelo <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.<br />

Vieram, para uma volta que incluiu<br />

Lisboa, Algarve e Alentejo, os chefs<br />

brasileiros Helena Rizzo e Daniel<br />

Redondo, do restaurante Maní, e o<br />

japonês-brasileiro Tsuyoshi Murakami,<br />

do Kinoshita, ambos <strong>de</strong> São Paulo.<br />

E ainda jornalistas da Folha <strong>de</strong> São<br />

Área: 26,82 x 30,99 cm²<br />

Corte: 1 <strong>de</strong> 3<br />

Paulo, do jornal Globo, da revista Prazeres<br />

da Mesa e da Vogue brasileira.<br />

O mais entusiástico era, sem dúvida,<br />

Murakami. “Conta aí como se<br />

apanham as túberas”, pedia, fi lmando<br />

Catarina com o seu iPhone. “Que<br />

emoção.” Chegado ao local, o grupo<br />

ro<strong>de</strong>ou as duas mulheres tentando<br />

perceber exactamente o que era<br />

uma túbera. Os chefs portugueses<br />

José Avillez e Luís Baena tentavam<br />

baixar um pouco as expectativas,<br />

explicando que as túberas não são<br />

exactamente trufas — embora também<br />

se apanhem <strong>de</strong>baixo da terra e<br />

tenham um aspecto semelhante ao<br />

das trufas, têm bastante menos cheiro<br />

e sabor. E os outros portugueses<br />

presentes frisavam, para que os visitantes<br />

brasileiros não fi cassem com<br />

FOTOS VASCO CÉLIO/STILLS<br />

Anaisa e<br />

Catarina<br />

guiaram<br />

a visita<br />

<strong>de</strong> campo<br />

dos chefs<br />

portugueses<br />

e brasileiros.<br />

Na página<br />

ao lado, o<br />

chef José<br />

Avillez e o ovo<br />

preparado<br />

com túberas<br />

pela chef<br />

Helena Rizzo


ID: 46674525 16-03-2013 | Fugas<br />

a impressão errada, que, apesar <strong>de</strong><br />

curioso, o fenómeno <strong>de</strong> apanha <strong>de</strong><br />

trufas não é uma prática assim tão<br />

comum em <strong>Portugal</strong>.<br />

No entanto, nesta zona alentejana,<br />

junto à al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Corte da Velha, há<br />

muitos anos que, chegada a época<br />

das túberas, mulheres como Anaisa<br />

e Catarina passam as tar<strong>de</strong>s nos<br />

campos à procura <strong>de</strong>las. Levam um<br />

pequeno sacho e procuram no chão<br />

os sinais. A tarefa não tem nada <strong>de</strong><br />

fácil. Os brasileiros pe<strong>de</strong>m dicas aos<br />

portugueses, mas estes estão igualmente<br />

<strong>de</strong>sorientados. Só mesmo as<br />

duas alentejanas é que sabem como<br />

encontrá-las. O truque é procurar<br />

sinais <strong>de</strong> rachas no chão — quando<br />

eles existem é provável que por baixo<br />

esteja uma túbera. Quando estas<br />

já estão bastante <strong>de</strong>senvolvidas começam<br />

a fazer um alto na terra e a<br />

tentar rompê-la. Aí são mais fáceis<br />

<strong>de</strong> encontrar.<br />

Catarina não falha. Aponta um pedaço<br />

<strong>de</strong> terra aparentemente igual a<br />

qualquer outro, e logo à volta <strong>de</strong>la se<br />

junta a pequena multidão para assistir<br />

à <strong>de</strong>scoberta. Ela enfi a o sacho<br />

na terra, escava ligeiramente e daí a<br />

pouco surge uma pontinha branca,<br />

confi rmando que ali há túbera. Várias<br />

mãos precipitam-se para pegar<br />

no pequeno fungo, perceber a textura,<br />

cheirá-lo e, fi nalmente, mordiscálo.<br />

Surgem diferentes opiniões. Os<br />

brasileiros mostram-se muito interessados.<br />

Têm uma consistência que faz<br />

lembrar a da castanha, e um sabor <strong>de</strong><br />

fruto seco, discreto mas que perdura<br />

alguns segundos na boca.<br />

Momento <strong>de</strong> glória<br />

Mas o que são, afi nal, as túberas? São<br />

um fungo, <strong>de</strong> forma arredondada<br />

mais ou menos irregular, <strong>de</strong> interior<br />

branco e uma casca com pequenas<br />

escamas, que se encontra sobretudo<br />

em zonas do Ribatejo e Alentejo on<strong>de</strong><br />

haja sobreiros, azinheiras ou oliveiras.<br />

Quanto mais avançado estiver o<br />

processo <strong>de</strong> maturação, mais provável<br />

é que a túbera ganhe aroma.<br />

As que encontramos são pequenas,<br />

à excepção <strong>de</strong> uma. O dia não<br />

está famoso para a apanha, provavelmente<br />

porque choveu e a terra<br />

abateu. Nos dias anteriores, conta<br />

Catarina, encontraram-se imensas.<br />

Em dias bons, duas tar<strong>de</strong>s chegam<br />

para encherem um bal<strong>de</strong> com um<br />

quilo <strong>de</strong> túberas, que ven<strong>de</strong>m a 20<br />

Enfi a o sacho<br />

na terra, escava<br />

ligeiramente<br />

e daí a pouco<br />

surge uma<br />

pontinha branca,<br />

confi rmando que<br />

ali há túbera<br />

euros. E têm compradores que vêm<br />

<strong>de</strong> Beja <strong>de</strong> propósito para o petisco.<br />

“Apanha mais para ven<strong>de</strong>r ou para<br />

comer?”, pergunta alguém. “Para<br />

ven<strong>de</strong>r, o que eu quero é ven<strong>de</strong>r”,<br />

respon<strong>de</strong> Catarina, rindo sempre<br />

daquela curiosida<strong>de</strong>. As que não<br />

ven<strong>de</strong> acabam na sua cozinha, claro.<br />

Como fi cam melhor é nos ovos<br />

mexidos, mas também as põe no<br />

arroz ou no feijão.<br />

É preciso é aproveitar esta época.<br />

“A altura da túbera é Março, <strong>de</strong>pois<br />

das chuvas, mas é só um mês<br />

ou 15 dias.” Uns anos há mais, outros<br />

menos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> andar ou<br />

não muita gente à procura e das<br />

voltas que a terra levou. Mas Catarina<br />

tem uma perspectiva filosófi<br />

ca sobre o assunto: “Ainda ninguém<br />

se fartou <strong>de</strong> muito. E a gente<br />

com pouco também se governa.”<br />

Se, no grupo que aterrou naquele<br />

dia em Corte da Velha, Murakami era<br />

o mais expansivo, Helena Rizzo, mais<br />

discreta, foi, afi nal, quem levou as<br />

túberas mais a sério. Disse logo que<br />

queria experimentá-las num dos seus<br />

pratos, um ovo cozinhado a baixa<br />

temperatura com creme <strong>de</strong> palmito<br />

pupunha. E quando o serviu, no dia<br />

seguinte, no restaurante do hotel Vila<br />

Joya, no Algarve, o ovo vinha <strong>de</strong> facto<br />

<strong>de</strong>corado com fi nas lascas <strong>de</strong> túbera,<br />

que introduziam um elemento<br />

“mastigável” num prato feito à base<br />

<strong>de</strong> texturas muito suaves.<br />

Não foram apenas túberas que os<br />

chefs brasileiros viram durante esta<br />

breve passagem por <strong>Portugal</strong>. O programa<br />

incluía também visitas para<br />

conhecer as ostras e os percebes do<br />

Algarve, para além <strong>de</strong> contactos com<br />

chefs e idas a restaurantes. Mas as túberas<br />

tiveram, sem dúvida, o seu momento<br />

<strong>de</strong> glória. E, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o circo<br />

ter levantado a tenda e os animados<br />

visitantes terem regressado à camioneta<br />

que os levaria ao Algarve, Anaisa<br />

e Catarina voltaram calmamente<br />

para o seu campo, agora silencioso,<br />

procurando no chão os sinais das túberas<br />

— esses sinais que se revelam<br />

apenas aos olhos que os sabem ler.<br />

A Fugas viajou a convite do <strong>Turismo</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

Tiragem: 40595<br />

País: <strong>Portugal</strong><br />

Period.: Semanal<br />

Âmbito: Informação Geral<br />

Pág: 21<br />

Cores: Cor<br />

Área: 27,45 x 29,35 cm²<br />

Corte: 2 <strong>de</strong> 3<br />

SABORES DE PORTUGAL MOSTRAM-SE NO BRASIL<br />

Quando um chef português vai a<br />

um restaurante <strong>de</strong> topo no Brasil<br />

para cozinhar, está a promoverse<br />

a ele e ao seu restaurante,<br />

mas também a <strong>Portugal</strong> e aos<br />

produtos portugueses — esta é a<br />

i<strong>de</strong>ia base do programa <strong>Portugal</strong><br />

dos Sabores, promovido pelo<br />

<strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> (com o<br />

apoio <strong>de</strong> várias marcas ligadas<br />

ao turismo e gastronomia) e<br />

integrado no Ano <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> no<br />

Brasil.<br />

A pô-lo em prática estão<br />

Justin Ultee (que é também<br />

gestor <strong>de</strong> projecto do Festival<br />

Internacional Gourmet do hotel<br />

Vila Joya, no Algarve) e Juliana<br />

Macarini. “Um projecto tem mais<br />

credibilida<strong>de</strong> se conseguirmos<br />

ligar caras a produtos, por isso<br />

achámos que <strong>de</strong>viam ser os<br />

chefs a apresentar os produtos<br />

portugueses”, explica Justin<br />

Ultee.<br />

Inicialmente a i<strong>de</strong>ia era que<br />

fosse um evento <strong>de</strong> quatro<br />

dias, mas, por este ser o Ano<br />

<strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> no Brasil, o <strong>Turismo</strong><br />

pediu que se esten<strong>de</strong>sse por <strong>de</strong>z<br />

meses (termina a 10 <strong>de</strong> Junho), o<br />

que obrigou a alterar o conceito.<br />

A vinda <strong>de</strong> Helena Rizzo e Daniel<br />

Redondo (do Maní, <strong>de</strong> São Paulo)<br />

e <strong>de</strong> Tsuyoshi Murakami (do<br />

Kinoshita) a <strong>Portugal</strong> (ver texto<br />

principal) é a única parte que se<br />

passa <strong>de</strong>ste lado do Atlântico. O<br />

restante programa tem vindo a<br />

acontecer no Brasil, com duetos<br />

<strong>de</strong> chefs e <strong>de</strong>monstrações<br />

<strong>de</strong> cozinha em diferentes<br />

restaurantes.<br />

Do lado português, os<br />

participantes são José Avillez<br />

(Belcanto), Albano Lourenço<br />

(Arcadas da Capela), Leonel<br />

Pereira (que entretanto saiu<br />

do Panorama, Hotel Sheraton,<br />

para o São Gabriel, no Algarve),<br />

Dieter Koschina (Vila Joya), Hans<br />

Neuner (Ocean), Paulo Morais<br />

(Umai), Luís Baena (Hotéis<br />

Tivoli), José Cor<strong>de</strong>iro (Feitoria,<br />

Altis Belém), Ricardo Costa<br />

(The Yeatman) e Vítor Sobral<br />

(Tasca da Esquina, São Paulo<br />

e Lisboa). Do lado brasileiro<br />

estão envolvidos Alex Atala<br />

(D.O.M, e Dalva e Dito), César<br />

Santos (Kaamo, Kenoa Resort),<br />

Helena Rizzo e Daniel Redondo<br />

(Maní), Tsuyoshi Murakami<br />

(Kinoshita), Sergi Arola (Arola<br />

Vintetres), Jeff erson Rueda<br />

(Attimo), Alberto Landgraf<br />

(Epice) e Laurent Suau<strong>de</strong>au<br />

(Escola <strong>de</strong> Arte Culinária Laurent<br />

Suau<strong>de</strong>au).<br />

Justin Ultee e Juliana Macarini<br />

dizem que o mo<strong>de</strong>lo po<strong>de</strong>rá<br />

repetir-se no futuro noutros<br />

países. Para já, receberam<br />

convites <strong>de</strong> Moscovo e <strong>de</strong><br />

Banguecoque para organizar<br />

eventos semelhantes, levando<br />

os chefs portugueses a<br />

apresentar o seu trabalho em<br />

restaurantes <strong>de</strong> topo nas duas<br />

cida<strong>de</strong>s. Mais informação em<br />

www.portugaldossabores.com.<br />

FUGAS | Público | Sábado 16 Março 2013 | 21


ID: 46674525 16-03-2013 | Fugas<br />

Túberas<br />

Tiragem: 40595<br />

País: <strong>Portugal</strong><br />

Period.: Semanal<br />

Âmbito: Informação Geral<br />

Pág: 1<br />

Cores: Cor<br />

Área: 4,23 x 1,70 cm²<br />

Corte: 3 <strong>de</strong> 3

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