Diagnóstico molecular das infecções por Chlamydia trachomatis e ...
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como da gonocócica empregando o kit BDProbeTec. Embora tenha ocorrido grande<br />
quantidade de resultados positivos discrepantes entre as amostras, os valores do<br />
kappa não foram afetados devido ao elevado número de resultados positivos<br />
concordantes, já que as prevalências observa<strong>das</strong> <strong>por</strong> estes autores, 26,6% para C.<br />
<strong>trachomatis</strong> e 11,7% para N. gonorrhoeae, foram significativamente superiores às<br />
prevalências estima<strong>das</strong> em nosso estudo. Estas maiores prevalências se devem<br />
principalmente às características da população estudada que foi composta <strong>por</strong> 96%<br />
de adolescentes americano-africanas com 12 a 18 anos de idade que em média<br />
iniciaram a vida sexual aos 14 anos e tiveram cerca de quatro parceiros sexuais,<br />
evidenciando com<strong>por</strong>tamento de alto risco para a aquisição de DST.<br />
Os três tipos de amostras apresentaram bom desempenho e substancial<br />
concordância na pesquisa da infecção <strong>por</strong> C. <strong>trachomatis</strong>. Quanto à infecção <strong>por</strong> N.<br />
gonorrhoeae, foi evidenciado que a urina e os swabs endocervical e vaginal<br />
apresentaram baixo desempenho e concordância. Possivelmente isto não esteja<br />
relacionado às amostras biológicas emprega<strong>das</strong> e sim ao NAAT AMPLICOR CT/NG<br />
(Roche) que tem apresentado baixa sensibilidade para N. gonorrhoeae em<br />
diferentes amostras e ocorrência de resultados falso-positivos que resultam em<br />
baixo VPP do teste (Chan et al. 2000, Tshibaka et al. 2000, Knox et al. 2002, Masek<br />
et al. 2009).<br />
Vários autores que utilizaram outro tipo de NAAT mostraram bom<br />
desempenho do swab vaginal na detecção do gonococo, sendo comparável ao<br />
desempenho do swab endocervical e da urina (Hook et al. 1997a, Garrow et al.<br />
2002, Cosentino et al. 2003, Fang et al. 2008, Masek et al. 2009). A maioria destes<br />
autores encontrou prevalências mais eleva<strong>das</strong> da infecção gonocócica (7,6% a<br />
17,5%) do que à encontrada no presente estudo e isto pode ter contribuído para o<br />
bom desempenho do swab vaginal. Estas eleva<strong>das</strong> prevalências se devem às<br />
características <strong>das</strong> populações recruta<strong>das</strong> nestes estudos que são de alto risco para<br />
a aquisição de DST, como exemplos, pacientes sintomáticos atendidos em clínica de<br />
DST, adolescentes americano-africanas e pacientes convida<strong>das</strong> em ambiente clínico<br />
que realizavam exame ginecológico <strong>por</strong> algum motivo (Hook et al. 1997a, Garrow et<br />
al. 2002, Cosentino et al. 2003, Fang et al. 2008). A maior prevalência da infecção<br />
aumenta o VPP do teste reduzindo assim o número de casos falso-positivos. O<br />
grande número de resultados falso-positivos foi o principal fator que influenciou no<br />
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