Diagnóstico molecular das infecções por Chlamydia trachomatis e ...
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sensibilidades e especificidades para o gonococo utilizando-se o kit AMPLICOR<br />
CT/NG (Roche) (Chan et al. 2000, van Doornum et al. 2001).<br />
Curiosamente, com relação à C. <strong>trachomatis</strong> o longo tempo de<br />
armazenamento não afetou a sensibilidade da urina na detecção desta infecção. De<br />
acordo com a experiência do nosso laboratório, amostras de urina positivas para C.<br />
<strong>trachomatis</strong> permaneceram positivas após mais de quatro anos de congelamento a<br />
menos 80ºC. Em contraste, Puolakkainem et al. (1998) ao retestarem amostras de<br />
urina positivas para C. <strong>trachomatis</strong> que ficaram armazena<strong>das</strong> a menos 20ºC <strong>por</strong> 6<br />
meses observaram que 10 <strong>das</strong> 78 amostras positivas negativaram-se. Os autores<br />
sugerem que o longo tempo de congelamento pode degradar a molécula de DNA<br />
bacteriana presente na amostra. Provavelmente, o congelamento em temperatura<br />
mais baixa tenha evitado a degradação do DNA clamidial no presente estudo.<br />
Diferente da urina, o swab vaginal apresentou 100% de sensibilidade para a<br />
infecção gonocócica que foi equivalente ao resultado encontrado no estudo de<br />
Masek et al. (2009) tanto utilizando o kit AMPLICOR CT/NG (Roche) como o kit<br />
APTIMA Combo 2 (Gen-Probe). Esta alta sensibilidade foi também observada <strong>por</strong><br />
Cosentino et al. (2003) e Fang et al. (2008) que utilizaram o kit BDProbeTec. Em<br />
contraste, a sensibilidade do swab endocervical foi menor (71,4%) em comparação<br />
aos estudos de Tshibaka et al. (2000), van Doornum et al. (2001) e Knox et al.<br />
(2002) empregando o kit AMPLICOR-Roche, além de ter sido inferior às<br />
sensibilidades encontra<strong>das</strong> <strong>por</strong> autores que utilizaram outros kits diagnósticos<br />
(Cosentino et al. 2003, Gaydos et al. 2003, Schahcter et al. 2005, Fang et al. 2008).<br />
Este foi um resultado inesperado uma vez que a infecção gonocócica se dá<br />
principalmente no epitélio cervical feminino (Follows et al. 2009). O desempenho do<br />
swab endocervical pode ter sido influenciado pelo fato desta amostra ter sido<br />
coletada após o material para realização do exame citológico preventivo e isso pode<br />
ter diminuído a carga bacteriana de N. gonorrhoeae desta amostra. Porém, a<br />
sensibilidade do swab endocervical na detecção de C. <strong>trachomatis</strong> não foi alterada<br />
pela seqüência da coleta <strong>das</strong> amostras tendo apresentado, inclusive, a maior<br />
sensibilidade observada entre os três tipos de amostras.<br />
Quanto à especificidade, tanto a urina como os swabs endocervical e vaginal<br />
foram altamente específicos para o gonococo (>96%), resultados semelhantes aos<br />
de outros estudos que utilizaram o kit AMPLICOR CT/NG (Roche) (Chan et al. 2000,<br />
Farrel & Sheedy 2001, van Doornum et al. 2001, Masek et al. 2009). Certamente,<br />
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