Diagnóstico molecular das infecções por Chlamydia trachomatis e ...

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31.05.2013 Views

1.5 Utilização do swab vaginal nos NAATs O sucesso da utilização da urina no diagnóstico molecular de C. trachomatis e N. gonorrhoeae impulsionou a investigação sobre o uso de novas amostras oriundas de coleta não invasiva. Estudos iniciais mostraram que o swab vaginal se tratava de uma amostra promissora e que tinha sensibilidade comparável às observadas com o uso de swab endocervical (Hook et al. 1997a, 1997b), porém era mais sensível do que a urina na detecção da C. trachomatis (Stary et al. 1998). Schachter et al. (2003) sugeriram que a potencial vantagem do swab vaginal em relação a urina é que este requer menos etapas de processamento, reduzindo assim a possibilidade de erros de procedimento, além de ser mais facilmente transportado. Além disso, a sensibilidade dos NAATs utilizando-se urina pode ser reduzida se o volume coletado for maior que o recomendado para o teste (Moncada et al. 2003). Nos últimos 10 anos, foram publicados vários artigos originais, disponíveis na base de dados do PUBMED (http://www.pubmed.gov), objetivando comparar o desempenho de amostras genitais femininas, que incluem urina e swabs endocervical e vaginal, na detecção da C. trachomatis e da N. gonorrhoeae empregando os NAATs Amplicor (Roche), LCx (Abbott), ProbeTec ET (Becton Dickinson) e Aptima (GenProbe). Estes estudos apresentam a sensibilidade, especificidade e, em alguns casos, os valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) das amostras, e em sua maioria, foi observada superioridade do swab vaginal em relação às outras amostras na detecção destes microrganismos, sendo mais evidente quando comparado à urina (Tabela 1). Além disso, alguns autores mostram a boa aceitabilidade desta amostra pelas pacientes que se sentem confortáveis em coletá-la (Holland-Hall et al. 2002, Chernesky et al. 2005, Hoebe et al. 2006, Rose et al. 2007). No Brasil nenhum estudo de prevalência das infecções clamidial e gonocócica avaliou o desempenho desta amostra como uma alternativa ao uso da urina e do swab endocervical. Apesar do bom desempenho e da boa aceitabilidade, a Food and Drug Administration (FDA) validou, até o momento, o uso do swab vaginal apenas pelo kit GenProbe APTIMA TM Combo 2 (GenProbe) desde que este seja coletado por um clínico ou pela paciente em ambiente clínico (Hobbs et al. 2008). Possivelmente a validação do uso do swab vaginal apenas por este kit seja devido ao seu ótimo desempenho na detecção das infecções clamidial e gonocócica com diferentes tipos 24

de amostras biológicas. Os artigos originais disponíves na base de dados do PUBMED publicados nos últimos 10 anos e que avaliaram a sensibilidade, especificidade, VPP e VPN de um NAAT na detecção da clamídia e da neisseria comparando-o com outros tipos de NAATs (Amplicor x Aptima, Amplicor x LCx, Amplicor x ProbeTec, Abbott x ProbeTec, Abbott x Aptima e ProbeTec x Aptima), mostram semelhança de desempenho entre os kits da Roche, Abbott, ProbeTec e GenProbe APTIMA TM na pesquisa da infecção clamidial em amostras genitais masculinas e femininas. Entretanto, alguns estudos mais recentes evidenciaram que o kit GenProbe APTIMA TM Combo 2 apresenta maior sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo em relação aos outros NAATs na pesquisa da N. gonorrhoeae (Tabelas 2 e 3). Embora o kit GenProbe APTIMA TM Combo 2 apresente bom desempenho na pesquisa da infecção clamidial e seja superior aos outros NAATs na pesquisa da infecção gonocócica, este kit ainda não é comercializado no Brasil e não consta na lista dos kits de biologia molecular aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (ANVISA 2010). No país, o NAAT mais utilizado nos estudos epidemiológicos destas infecções é o kit AMPLICOR CT/NG (Roche) (Alacaraz et al. 2000, Ramos et al. 2002, Santos et al. 2003, Fioravante et al. 2005, Araújo et al. 2006, Fernandes et al. 2009). 25

de amostras biológicas. Os artigos originais disponíves na base de dados do<br />

PUBMED publicados nos últimos 10 anos e que avaliaram a sensibilidade,<br />

especificidade, VPP e VPN de um NAAT na detecção da clamídia e da neisseria<br />

comparando-o com outros tipos de NAATs (Amplicor x Aptima, Amplicor x LCx,<br />

Amplicor x ProbeTec, Abbott x ProbeTec, Abbott x Aptima e ProbeTec x Aptima),<br />

mostram semelhança de desempenho entre os kits da Roche, Abbott, ProbeTec e<br />

GenProbe APTIMA TM na pesquisa da infecção clamidial em amostras genitais<br />

masculinas e femininas. Entretanto, alguns estudos mais recentes evidenciaram que<br />

o kit GenProbe APTIMA TM Combo 2 apresenta maior sensibilidade, especificidade e<br />

valores preditivos positivo e negativo em relação aos outros NAATs na pesquisa da<br />

N. gonorrhoeae (Tabelas 2 e 3).<br />

Embora o kit GenProbe APTIMA TM Combo 2 apresente bom desempenho na<br />

pesquisa da infecção clamidial e seja superior aos outros NAATs na pesquisa da<br />

infecção gonocócica, este kit ainda não é comercializado no Brasil e não consta na<br />

lista dos kits de biologia <strong>molecular</strong> aprovados pela Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária - ANVISA (ANVISA 2010). No país, o NAAT mais utilizado nos estudos<br />

epidemiológicos destas <strong>infecções</strong> é o kit AMPLICOR CT/NG (Roche) (Alacaraz et al.<br />

2000, Ramos et al. 2002, Santos et al. 2003, Fioravante et al. 2005, Araújo et al.<br />

2006, Fernandes et al. 2009).<br />

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