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Diagnóstico molecular das infecções por Chlamydia trachomatis e ...

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plasmática da célula hospedeira (Nassif et al. 1999, Merz & So 2000). Esta interação<br />

com a célula difere entre homens e mulheres.<br />

O sucesso da interação da bactéria com o epitélio uretral masculino requer a<br />

participação do pilus, entretanto, o receptor na célula uretral para esta estrutura<br />

ainda não foi identificado (Edwards & Apicella 2004). Outro possível mecanismo<br />

im<strong>por</strong>tante na adesão da bactéria é a sua associação com o receptor<br />

asialoglicoproteína (ASGP-R), uma glicoproteína humana de membrana que medeia<br />

a endocitose de partículas reconhecendo ligantes com resíduos de galactose.<br />

Durante a infecção gonocócica ocorre o tráfico de ASGP-R para a superfície apical<br />

da célula uretral. Sugere-se que o ASGP-R se liga ao resíduo terminal de lactose<br />

(lacto-N-neotetraose) presente no LOS bacteriano auxiliando a entrada da N.<br />

gonorrhoeae na célula (Harvey et al. 2001a).<br />

Em mulheres, a análise de biópsias clínicas e o estudo com células epiteliais<br />

cervicais humanas indicam que o receptor do complemento CR3 serve como ligante<br />

primário para a adesão e invasão da N. gonorrhoeae na ectocérvice e endocérvice.<br />

Este receptor está presente nas células do epitélio cervical, mas não é encontrado<br />

no trato urogenital masculino (Edwards et al. 2001). No início da infecção o<br />

componente C3b do complemento se liga ao lipídio A do LOS bacteriano e é<br />

rapidamente inativado e convertido em iC3b (Edwards & Apicella 2002). A interação<br />

do gonococo ao CR3 requer a participação do componente iC3b aderido à superfície<br />

do microrganismo em conjunto com a interação do pilus e <strong>das</strong> <strong>por</strong>inas que se ligam<br />

ao domínio I de CR3 (Edwards et al. 2002). A sinalização de CR3 resulta em uma<br />

cascata de ativação que será responsável pela internalização da bactéria (Edwards<br />

et al. 2000, 2001).<br />

Após a adesão bacteriana, ocorre a polimerização de actina com conseqüente<br />

rearranjo do citoesqueleto celular que é acompanhado pela extensão dos microvilos<br />

que aumenta a região de contato com o microrganismo promovendo sua entrada no<br />

polo apical da célula epitelial (Nassif et al. 1999, Merz & So 2000). O destino da N.<br />

gonorrhoeae no interior da célula é incerto. Alguns autores mostram que o<br />

microrganismo é encontrado no interior de vacúolos (Harvey et al. 1997, Lin et al.<br />

1997), mas Apicella et al. (1996) evidenciaram a sua presença também no citosol.<br />

Outros estudos mostraram que a bactéria pode reduzir os níveis de muitos<br />

constituintes lisossomais para aumentar a sua sobrevida no meio intracelular (Lin et<br />

al. 1997, Ayala et al. 1998). No epitélio cervical, a internalização do gonococo via<br />

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