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Diagnóstico molecular das infecções por Chlamydia trachomatis e ...

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1.3 Neisseria gonorrhoeae<br />

1.3.1 Biologia e fatores de virulência<br />

A Neisseria gonorrhoeae é um coco Gram negativo encontrado aos pares em<br />

amostras biológicas sendo descrito como um diplococo. É um microrganismo que<br />

cresce bem em temperatura de 33 a 35°C e em atmosfera enriquecida com 5% de<br />

CO2. Pertence à família Neisseriaceae e ao gênero Neisseria juntamente com N.<br />

meningitidis, outro im<strong>por</strong>tante patógeno humano. Ao contrário desta, a N.<br />

gonorrhoeae não apresenta cápsula polissacarídica. Uma im<strong>por</strong>tante característica<br />

da N. gonorrhoeae é o acentuado grau de variação entre os isolados que se deve às<br />

mutações genéticas, à capacidade da bactéria absorver DNA do meio externo e à<br />

troca de material genético através de conjugação com outras espécies de Neisseria.<br />

Uma grave conseqüência destas variações é o desenvolvimento de resistência aos<br />

antimicrobianos (Peeling et al. 2006).<br />

A N. gonorrhoeae infecta o epitélio do trato urogenital incluindo a uretra<br />

masculina, a endocérvice uterina e as trompas de falópio causando a DST<br />

conhecida como gonorréia (Edwards & Apicella 2004). O período de incubação<br />

desta doença varia de 2 a 5 dias e a transmissibilidade pode durar de meses a anos<br />

caso o paciente não seja tratado (MS 2008). Têm sido também relata<strong>das</strong> <strong>infecções</strong><br />

da conjuntiva, faringe e mucosa retal, além de invasão da corrente sanguínea<br />

causando infecção disseminada. Os diferentes sítios de infecção podem levar a um<br />

vasto espectro de manifestações clínicas (Edwards & Apicella 2004).<br />

No homem, a infecção é normalmente sintomática e o sintoma mais precoce é<br />

o prurido intra-uretral com disúria, evoluindo para corrimento inicialmente mucóide<br />

que posteriormente se torna purulento e abundante. Se não houver tratamento, ou<br />

se esse for tardio ou inadequado, o processo se propaga <strong>por</strong> toda a uretra e também<br />

pode acometer outras áreas como prepúcio (balanopostite), epidídimo (epididimite),<br />

próstata (prostatite) e testículos (orquite), inclusive com comprometimento da<br />

fertilidade (MS 2008). Para persistir na uretra masculina evitando que seja eliminada<br />

pela urina, N. gonorrhoeae tem desenvolvido eficientes métodos de aderência às<br />

células epiteliais, podendo ser também encontrada intracelularmente em leucócitos<br />

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