Diagnóstico molecular das infecções por Chlamydia trachomatis e ...
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condição que favorece a infecção <strong>por</strong> vários microrganismos causadores de DST,<br />
incluindo a clamídia e o gonococo. Além disso, a variação hormonal durante o ciclo<br />
menstrual influencia a concentração de imunoglobulinas G (IgG) e o número de<br />
células de defesa tornando a mucosa genital feminina mais vulnerável a diversas<br />
<strong>infecções</strong> (Sonnex et al. 1998, Risser et al. 2001).<br />
Em 2007, aproximadamente 1 milhão de casos da infecção clamidial e cerca<br />
de 355 mil casos da infecção gonocócica foram notificados pelos 50 estados<br />
americanos ao Centers for Disease Control and Prevention (CDC). O maior número<br />
de casos foi observado entre adolescentes e jovens do sexo feminino com idade<br />
entre 15 e 24 anos, sendo evidencia<strong>das</strong> taxas de mais de 5900 casos da infecção<br />
clamidial e mais de 1200 casos da infecção gonocócica <strong>por</strong> 100.000 habitantes<br />
(CDC 2009a,b). No Canadá, entre os anos de 1997 e 2007 foi observado um<br />
aumento de 466,6 para 871,6 casos da infecção clamidial e de 49,2 a 114,7 casos<br />
da infecção gonocócica <strong>por</strong> 100.000 habitantes entre os indivíduos com idade<br />
inferior a 25 anos. No mesmo período, foi também evidenciado um aumento<br />
considerável no número de casos destas <strong>infecções</strong> na população adulta,<br />
principalmente com idade entre 40 e 59 anos (Fang et al. 2010).<br />
No Brasil, as <strong>infecções</strong> <strong>por</strong> C. <strong>trachomatis</strong> e N. gonorrhoeae não são de<br />
notificação compulsória o que dificulta a mensuração desses agravos. Em 1999, o<br />
Ministério da Saúde recomendou o rastreamento de casos de DST assintomáticos,<br />
especialmente sífilis, gonorréia e clamídia em gestantes e adolescentes (MS 1999).<br />
Entretanto, o rastreamento <strong>das</strong> <strong>infecções</strong> clamidial e gonocócica continua não sendo<br />
realizado e as únicas DST que fazem parte da lista nacional de doenças de<br />
notificação compulsória são a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), a<br />
infecção pelo HIV em gestantes e crianças, a sífilis em gestantes e a sífilis congênita<br />
(MS 2008).<br />
Esta ausência de rastreamento e notificação da maioria <strong>das</strong> DST impede o<br />
conhecimento do real perfil epidemiológico destas doenças no país. De acordo com<br />
a última estimativa feita pelo Ministério da Saúde em 2003, ocorrem anualmente<br />
cerca de 2 milhões de novos casos da infecção clamidial e aproximadamente 1,5<br />
milhões da infecção gonocócica no Brasil (PN-DST/AIDS 2003). Entretanto, não há<br />
cálculo oficial da prevalência desses agravos e tampouco dos custos gerados ao<br />
Sistema Único de Saúde (SUS) <strong>por</strong> estas <strong>infecções</strong> e suas complicações.<br />
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