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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO<br />

ESCOLA DE MINAS<br />

COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE<br />

CONTROLE E AUTOMAÇÃO - CECAU<br />

DIOGO RODRIGUES PRADO<br />

IMPLMENTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE NA BANCADA DE<br />

REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL DO LABSISTER<br />

MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E<br />

AUTOMAÇÃO<br />

Ouro Preto, 2011


DIOGO RODRIGUES PRADO<br />

IMPLMENTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE NA BANCADA DE<br />

REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL DO LABSISTER<br />

Ouro Preto<br />

Escola <strong>de</strong> Mi<strong>na</strong>s – UFOP<br />

Dezembro/2011<br />

Monografia apresentada ao Curso <strong>de</strong> Engenharia<br />

<strong>de</strong> Controle e Automação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Ouro Preto como parte <strong>do</strong>s requisitos para a<br />

obtenção <strong>do</strong> Grau <strong>de</strong> Engenheiro <strong>de</strong> Controle e<br />

Automação.<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Dr. Luiz Joaquim Car<strong>do</strong>so Rocha


P896i Pra<strong>do</strong>, Diogo Rodrigues.<br />

Instrumentação da Bancada <strong>de</strong> Refrigeração Industrial <strong>do</strong><br />

LABSISTER. [manuscrito] / Diogo Rodrigues Pra<strong>do</strong>. – 2011.<br />

70f. : il., color., graf.<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Dr. Luiz Joaquim Car<strong>do</strong>so Rocha.<br />

Monografia (Graduação) – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto.<br />

Escola <strong>de</strong> Mi<strong>na</strong>s. Colegia<strong>do</strong> <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Controle e<br />

Automação.<br />

Área <strong>de</strong> concentração: Controle <strong>de</strong> Processos Industriais.<br />

Automação industrial. 2. Refrigeração. 3. Controle <strong>de</strong> processo.<br />

4. Controle <strong>de</strong> custo. I. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto. II. Título.<br />

Fonte <strong>de</strong> catalogação: bibem@sisbin.ufop.br<br />

CDU: 681.5<br />

3


AGRADECIMENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>ço aos meus pais, Val<strong>de</strong>mar e Mary, pelo apoio e confiança.<br />

A minha irmã pela amiza<strong>de</strong>.<br />

A minha <strong>na</strong>morada Shalimar pelo amor e incentivo.<br />

Aos meus padrinho, Maria <strong>do</strong> Carmo, Antônio e Andréa, pelo incentivo e apoio.<br />

Aos irmãos Taberneiros pela amiza<strong>de</strong> e companheirismo.<br />

Ao companheiro Vinícius Tristão por auxiliar em toda a execução <strong>do</strong> trabalho.<br />

Aos professores Ag<strong>na</strong>l<strong>do</strong>, Sávio, Paulo, Karla, Henor e Luiz Joaquim, por compartilhar seu<br />

conhecimento e auxiliar <strong>na</strong> execução <strong>do</strong> trabalho.<br />

5


“O êxito da vida não se me<strong>de</strong> pelo caminho que você conquistou,<br />

mas sim pelas dificulda<strong>de</strong>s que superou no caminho.”<br />

(Abraham Lincoln)


RESUMO<br />

Os custos operacio<strong>na</strong>is <strong>do</strong>s processos cada vez mais <strong>de</strong>vem ser reduzi<strong>do</strong>s, seja economizan<strong>do</strong><br />

matéria-prima, energia, ou reduzin<strong>do</strong> custos <strong>de</strong> manutenção. Os <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> têm<br />

um gran<strong>de</strong> gasto <strong>de</strong> energia para seu funcio<strong>na</strong>mento e o compressor é o principal consumi<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong>ssa energia. O objetivo <strong>do</strong> trabalho é aplicar uma forma <strong>de</strong> <strong>controle</strong> no compressor da<br />

Bancada <strong>de</strong> Refrigeração Industrial <strong>do</strong> LABSISTER <strong>de</strong> forma que esse compressor trabalhe<br />

com velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compressão variável, para isso foi utiliza<strong>do</strong> um CLP, o software LabVIEW<br />

e um servi<strong>do</strong>r OPC para realizar a interface entre ambos. Com a aplicação <strong>de</strong>ssa forma <strong>de</strong><br />

<strong>controle</strong> compara-se os resulta<strong>do</strong>s com os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s pelo usual <strong>controle</strong> “On-Off” e<br />

fornece-se uma análise <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> energia. Aplicou-se um <strong>controle</strong> PI que conseguiu<br />

controlar <strong>de</strong> forma eficiente a temperatura, mas ao contrário <strong>do</strong> espera<strong>do</strong> não foi mais<br />

econômico consumin<strong>do</strong> um pouco a mais <strong>de</strong> energia que o méto<strong>do</strong> tradicio<strong>na</strong>l, mas o valor<br />

gasto a mais com energia nesse <strong>controle</strong> po<strong>de</strong> compensar, pois se consegue obter uma<br />

economia com manutenção no compressor, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao fato não ser necessário dar partidas<br />

consecutivas no motor <strong>do</strong> compressor, e reduzir os riscos <strong>de</strong> quebra <strong>do</strong> motor e <strong>do</strong><br />

compressor.<br />

Palavras-chave: velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compressão variável, <strong>refrigeração</strong> industrial, <strong>controle</strong> <strong>de</strong><br />

processo, redução consumo <strong>de</strong> energia, redução <strong>de</strong> custos operacio<strong>na</strong>is.


ABSTRACT<br />

The operating costs of processes nowadays should be reduced, saving raw material, energy, or<br />

reducing mainte<strong>na</strong>nce costs. Refrigeration systems expends large amounts of energy for its<br />

work and the compressor is the main consumer of this energy. The objective of this study is to<br />

apply a form of control for the compressor’s workbench Industrial Refrigeration of<br />

LABSISTER, so this compressor works with variable compression speed, for this was used a<br />

PLC, the LabVIEW software and an OPC server to interface between both. By applying this<br />

form of control compares the results with those obtained by the usual control “On-Off” and<br />

provi<strong>de</strong> an a<strong>na</strong>lysis of energy consumption. It was applied a PI control that could efficiently<br />

control the temperature, but contrary to expectations it was not more economical, consuming<br />

a bit more energy than traditio<strong>na</strong>l method , but the amount spent with energy in this control<br />

may be compensate, because can be obtained an economy with mainte<strong>na</strong>nce on the<br />

compressor, due not be necessary to start consecutive in the compressor motor, and reduce the<br />

risks of breakage of the motor and of the compressor.<br />

Keywords: variable speed compression, industrial refrigeration, process control, consumption<br />

energy reduction, operating costs reduction.


SUMÁRIO<br />

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 16<br />

1.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais ................................................................................................... 16<br />

1.2. Objetivo ........................................................................................................................ 18<br />

1.3. Estrutura <strong>do</strong> Trabalho .................................................................................................... 18<br />

2. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 19<br />

2.1 A Bancada <strong>de</strong> Refrigeração ............................................................................................ 19<br />

2.3. Controla<strong>do</strong>r Lógico Programável................................................................................... 23<br />

2.3.1. Partes <strong>do</strong> CLP ............................................................................................................ 26<br />

2.3.2. Funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> CLP .............................................................................................. 29<br />

2.4. Inversor <strong>de</strong> Frequência .................................................................................................. 31<br />

2.4.1. Partes <strong>do</strong> Inversor ....................................................................................................... 32<br />

2.4.2. Seleção <strong>do</strong> Inversor .................................................................................................... 33<br />

2.5. Placa <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s ......................................................................................... 33<br />

2.6. A<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Energia ................................................................................................... 34<br />

2.6.1. Power & Harmonics A<strong>na</strong>lyzer .................................................................................... 35<br />

2.7. Comunicação OPC ........................................................................................................ 37<br />

2.7.1. Cliente/ Servi<strong>do</strong>r ........................................................................................................ 41<br />

2.7.2. Divisões OPC ............................................................................................................. 41<br />

2.8. Gerenciamento <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s ............................................................................................... 42<br />

2.8.1. LabVIEW DSC Module ............................................................................................. 43<br />

2.9. Controle Proporcio<strong>na</strong>l Integral Derivativo (PID) ........................................................... 43<br />

3. APLICAÇÃO DO CONTROLE ...................................................................................... 47<br />

3.1. CLP............................................................................................................................... 47<br />

3.2. Servi<strong>do</strong>r OPC ................................................................................................................ 51<br />

3.3. LabVIEW...................................................................................................................... 55<br />

3.3.1. Cliente OPC ............................................................................................................... 56<br />

3.3.2. Interface <strong>de</strong> Usuário ................................................................................................... 59<br />

4. RESULTADOS ............................................................................................................... 63


5. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 70<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 72<br />

10


LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 2.1 – Vista Geral da Bancada <strong>de</strong> Refrigeração Industrial <strong>do</strong> LABSISTER. ................ 16<br />

Figura 2.2 – Reservatório <strong>de</strong> Água <strong>de</strong> fria. ........................................................................... 17<br />

Figura 2.3 – Reservatório <strong>de</strong> Água quente. ........................................................................... 17<br />

Figura 2.4 – Ventila<strong>do</strong>r. ....................................................................................................... 17<br />

Figura 2.5 – Compressor. ..................................................................................................... 18<br />

Figura 2.6 – Válvula Solenói<strong>de</strong>. ........................................................................................... 18<br />

Figura 2.7 – Con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r Tubo aleta<strong>do</strong> e Con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r Caso Tubo. ..................................... 19<br />

Figura 2.8 – Câmara Fria e Troca<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Calor Duplo Tubo. ................................................. 19<br />

Figura 2.9 – Esquema <strong>de</strong> Funcio<strong>na</strong>mento da Bancada <strong>de</strong> Refrigeração ................................. 20<br />

Figura 2.10 – CLP Utiliza<strong>do</strong>. ............................................................................................... 21<br />

Figura 2.11 – Programa SFC ................................................................................................ 22<br />

Figura 2.12 – Linguagens IEC 1131-3 .................................................................................. 22<br />

Figura 2.13 – Partes <strong>do</strong> CLP................................................................................................. 23<br />

Figura 2.14 – Fonte <strong>de</strong> Alimentação utilizada....................................................................... 24<br />

Figura 2.15 – CPU utilizada ................................................................................................. 24<br />

Figura 2.16 – Módulo <strong>de</strong> Entrada A<strong>na</strong>lógica utiliza<strong>do</strong> .......................................................... 25<br />

Figura 2.17 – Módulo <strong>de</strong> Saída A<strong>na</strong>lógica e Módulo <strong>de</strong> Saída Digital utiliza<strong>do</strong> .................... 26<br />

Figura 2.18 – Funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> CLP .................................................................................. 26<br />

Figura 2.19 – Funcio<strong>na</strong>mento Inversor <strong>de</strong> Freqüência .......................................................... 28<br />

Figura 2.20 – Tensão e corrente produzida pelo inversor ...................................................... 29<br />

Figura 2.21 – Placa <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s da Natio<strong>na</strong>l Instruments .................................... 30<br />

Figura 2.22 – Esquema <strong>de</strong> Ligação Termi<strong>na</strong>l A<strong>na</strong>lógico ....................................................... 31<br />

Figura 2.23 – Esquema <strong>de</strong> Ligação Termi<strong>na</strong>l Digital ............................................................ 31<br />

Figura 2.24 – A<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Energia Mo<strong>de</strong>lo AE-200 .......................................................... 32<br />

Figura 2.25 – Tela Inicial ..................................................................................................... 33<br />

Figura 2.26 – Formas <strong>de</strong> Onda ............................................................................................. 33<br />

Figura 2.27 – Diagrama Fasorial .......................................................................................... 34<br />

Figura 2.28 – Aplicações e Equipamentos ............................................................................ 36<br />

Figura 2.29 – Drivers utiliza<strong>do</strong>s ........................................................................................... 36<br />

Figura 2.30 – Solução OPC .................................................................................................. 37<br />

Figura 2.31 – Arquitetura Cliente/Servi<strong>do</strong>r <strong>do</strong> OPC ............................................................. 38<br />

Figura 2.32 – Efeito da Variação <strong>de</strong> Kp ................................................................................ 41


Figura 2.33 – Inclusão da Ação Integral ............................................................................... 42<br />

Figura 2.34 – Efeito da Ação Derivativa .............................................................................. 43<br />

Figura 3.1 – Tela inicial CIMPLICITY Machine Edition...................................................... 44<br />

Figura 3.2 – Escolha <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> CLP e nome <strong>do</strong> Projeto ................................................. 45<br />

Figura 3.3 – Tela inicial para Programação e Configuração <strong>do</strong> CLP ..................................... 45<br />

Figura 3.4 – Configuração <strong>de</strong> hardware inicial e configuração <strong>de</strong> hardware utilizada............ 46<br />

Figura 3.5 – Linha <strong>de</strong> programação Bloco Main ................................................................... 46<br />

Figura 3.6 – Linha <strong>do</strong> Bloco TP_ACIO ................................................................................ 47<br />

Figura 3.7 – Linha <strong>do</strong> Bloco ACIO_1................................................................................... 47<br />

Figura 3.8 – Bloco PID ........................................................................................................ 47<br />

Figura 3.9 – Consumed e Produced Page .............................................................................. 48<br />

Figura 3.10 – Tela Inicial MatrikonOPC .............................................................................. 49<br />

Figura 3.11 – Primeiro Passo para Configuração <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r OPC ....................................... 49<br />

Figura 3.12 – Escolha <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> comunicação ..................................................................... 50<br />

Figura 3.13 – Definição das configurações básicas <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r OPC ................................... 50<br />

Figura 3.14 – Configurações Gerais <strong>do</strong> GE EGD Consumer ................................................. 51<br />

Figura 3.15 – Configuração Consumer Exchange ................................................................. 51<br />

Figura 3.16 – Configurações Gerais <strong>do</strong> GE EGD Producer ................................................... 52<br />

Figura 3.17 – Configuração Producer Exchange ................................................................... 52<br />

Figura 3.18 – Tela inicial LabVIEW .................................................................................... 53<br />

Figura 3.19 – Tela inicial <strong>do</strong> Projeto .................................................................................... 53<br />

Figura 3.20- Criação I/O Server ........................................................................................... 54<br />

Figura 3.21 – Criação <strong>do</strong> Cliente OPC ................................................................................. 54<br />

Figura 3.22 – Escolha <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r para o Cliente ................................................................. 54<br />

Figura 3.23 – Cliente OPC cria<strong>do</strong> ......................................................................................... 55<br />

Figura 3.24 – Criação das Variáveis OPC............................................................................. 55<br />

Figura 3.25 – Cliente OPC Configura<strong>do</strong> ............................................................................... 56<br />

Figura 3.26 – Interface <strong>de</strong> Usuário ....................................................................................... 56<br />

Figura 3.27 – Lógica <strong>do</strong> Botão Liga/Desliga Geral ............................................................... 57<br />

Figura 3.28 – Lógica Led <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>mento ÁguaxÁgua ...................................... 57<br />

Figura 3.29 – Lógica da Temperatura da Entrada da Válvula <strong>de</strong> expansão ............................ 58<br />

Figura 3.30 – Lógica temperatura Água Quente ................................................................... 58<br />

Figura 3.31 – Lógica Pressão Alta ........................................................................................ 59<br />

12


Figura 3.32 – Lógica Variável <strong>de</strong> Controle KI ...................................................................... 59<br />

13


LISTA DE GRÁFICOS<br />

Gráfico 4.1 – Energia Consumida Ensaio <strong>de</strong> 4 horas sem carga. ........................................... 60<br />

Gráfico 4.2 – Temperatura Água Fria Ensaio <strong>de</strong> 4 horas sem carga. ..................................... 61<br />

Gráfico 4.3 – Temperatura Água Quente Ensaio <strong>de</strong> 4 horas sem carga. ................................ 61<br />

Gráfico 4.4 – Rotação <strong>do</strong> Compressor Ensaio <strong>de</strong> 4 horas sem carga. .................................... 62<br />

Gráfico 4.5 – Energia Consumida Ensaio <strong>de</strong> 12 horas sem carga. ......................................... 62<br />

Gráfico 4.6 – Temperatura Água Fria Ensaio <strong>de</strong> 12 horas sem carga. ................................... 63<br />

Gráfico 4.7 – Temperatura Água Quente Ensaio <strong>de</strong> 12 horas sem carga. .............................. 63<br />

Gráfico 4.8 – Rotação <strong>do</strong> Compressor Ensaio <strong>de</strong> 12 horas sem carga. .................................. 64<br />

Gráfico 4.9 – Energia Consumida Ensaio <strong>de</strong> 4 horas com carga térmica. .............................. 65<br />

Gráfico 4.10 – Temperatura Água Fria Ensaio <strong>de</strong> 4 horas com carga térmica. ...................... 65<br />

Gráfico 4.11 – Temperatura Água Quente Ensaio <strong>de</strong> 4 horas com carga térmica. ................. 66


A&E Alarms and Events<br />

AC Alter<strong>na</strong>ting Current<br />

LISTA DE SIGLAS<br />

CLP Controla<strong>do</strong>r Lógico Programável<br />

CPU Central Processing Unit<br />

CV Control Variable<br />

DA Data Access<br />

DC Direct Current<br />

DSC Datalogging and Supervisory Control<br />

DX Data Exchange<br />

EGD Ethernet Global Data<br />

FBD Function Block Diagram<br />

HDA Historical Data Access<br />

IGBT Insulated Gate Bipolar Transistor<br />

IHM Interface Homem Máqui<strong>na</strong><br />

IL Instruction List<br />

LD Lad<strong>de</strong>r Diagram<br />

MV Manipulate Variable<br />

OLE Object Linking and Embedding<br />

OPC OLE for Process Control<br />

PID Proporcio<strong>na</strong>l Integral Derivativo<br />

PLC Programmable Logic Controller<br />

PV Process Variable<br />

PWM Pulse Width Modulation<br />

SFC Sequential Function Chart<br />

SP Setpoint<br />

ST Structured List<br />

VI Virtual Instrument


1. INTRODUÇÃO<br />

1.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais<br />

Os <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> são indispensáveis para qualquer ser humano contemporâneo, eles<br />

po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>do</strong>s para conforto térmico, como por exemplo, ar condicio<strong>na</strong><strong>do</strong>, para<br />

<strong>controle</strong> <strong>de</strong> ambiente em salas <strong>de</strong> operação em hospitais, pois em alguns casos e necessário<br />

controlar a temperatura rigorosamente, e ainda para a conservação <strong>de</strong> produtos, que é uma<br />

parte <strong>de</strong> da <strong>refrigeração</strong> que vem crescen<strong>do</strong> muito, pois com o aumento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

congela<strong>do</strong>s a <strong>refrigeração</strong> para a conservação <strong>de</strong> produtos tem que evoluir para aten<strong>de</strong>r esse<br />

merca<strong>do</strong> crescente em todas as áreas: <strong>do</strong>méstica, comercial e industrial.<br />

Com o constante aumento <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> aumenta também o consumo <strong>de</strong><br />

outro produto, a energia elétrica. Com o crescimento <strong>do</strong> custo da produção <strong>de</strong> energia e a<br />

a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> uma melhor postura da população em relação ao meio ambiente surge a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se criar projetos com o objetivo <strong>de</strong> reduzir o consumo <strong>de</strong> energia.<br />

“A elevação contínua <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> energia elétrica e a contínua ênfase <strong>na</strong><br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> energia estão direcio<strong>na</strong>n<strong>do</strong> os trabalho <strong>de</strong> pesquisa<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias que sejam economicamente viáveis em<br />

novos <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> Refrigeração e Ar Condicio<strong>na</strong><strong>do</strong>.”(BORJA 1 , 2006 apud<br />

ANTUNES; GARCIA; FILHO 2007, p.2).<br />

Alia<strong>do</strong> ao aumento <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> energia está à elevação contínua <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> sua<br />

produção. Outros fatores são a consciência ambiental da população e a escassez <strong>de</strong> recursos<br />

<strong>na</strong>turais que vêm influencian<strong>do</strong> cada vez mais as organizações a contribuírem <strong>de</strong> forma<br />

atuante <strong>na</strong> redução <strong>do</strong>s impactos ambientais associa<strong>do</strong>s aos seus processos. Estes fatores<br />

fazem com que seja necessária cada vez mais a economia <strong>de</strong> energia.<br />

Num <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> o compressor é o principal vilão consumin<strong>do</strong> aproximadamente<br />

80% <strong>do</strong> total consumi<strong>do</strong> pelo <strong>sistema</strong>. Os atuais <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> trabalham num<br />

1 BORJA, T.J.A. Automatização e <strong>controle</strong> inteligente on-line <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> utilizan<strong>do</strong> re<strong>de</strong>s<br />

neurais artificiais. 2006.


egime conheci<strong>do</strong> como “On-Off”, o compressor é liga<strong>do</strong> a ple<strong>na</strong> carga e quan<strong>do</strong> a<br />

temperatura <strong>na</strong> câmara é atingida ele é <strong>de</strong>sliga<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> liga<strong>do</strong> novamente a ple<strong>na</strong> carga<br />

quan<strong>do</strong> a temperatura <strong>na</strong> câmara aumentar acima <strong>do</strong> setpoint pré-estabeleci<strong>do</strong>. Por esse<br />

méto<strong>do</strong> há um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> energia, pois é necessária uma potência maior <strong>na</strong><br />

partida, quan<strong>do</strong> seria necessário somente uma peque<strong>na</strong> parcela <strong>de</strong> energia para manter o<br />

motor <strong>do</strong> compressor funcio<strong>na</strong>n<strong>do</strong> a uma velocida<strong>de</strong> baixa, esse <strong>controle</strong> On-Off também<br />

contribui para um <strong>de</strong>sgaste mecânico prematuro <strong>do</strong> compressor, aumentan<strong>do</strong> os custos<br />

operacio<strong>na</strong>is <strong>do</strong> <strong>sistema</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> Batista e Gontijo(p.1),”Funcio<strong>na</strong>mento On-Off em linhas gerais: É<br />

estabelecida uma temperatura da câmara <strong>de</strong> resfriamento (setpoint). O software<br />

compara continuamente a temperatura da câmara com o setpoint. Se a temperatura<br />

da câmara for maior que o setpoint, a válvula solenói<strong>de</strong> é <strong>de</strong>senergizada e<br />

consequentemente se fecha, impedin<strong>do</strong> o fluxo <strong>de</strong> refrigerante. Se a temperatura da<br />

câmara for menor que o setpoint, a válvula solenói<strong>de</strong> é energizada, permitin<strong>do</strong> o<br />

fluxo <strong>de</strong> refrigerante.”<br />

Com isso fica evi<strong>de</strong>nte que há uma total <strong>de</strong>satenção quanto a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compressão que<br />

no máximo seria verificada para não exce<strong>de</strong>r os limites <strong>do</strong> compressor estabeleci<strong>do</strong>s pelo<br />

fabricante, então percebe-se que o motor <strong>do</strong> compressor ou trabalha força máxima ou não<br />

trabalha, ou seja “On-Off”.<br />

Um méto<strong>do</strong> promissor para obter a redução <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> energia é o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong><br />

com velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compressão variável. Esse méto<strong>do</strong> consiste em variar a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

acio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> motor <strong>do</strong> compressor e com isso obter um <strong>controle</strong> mais preciso das<br />

temperaturas da câmara, além <strong>de</strong> reduzir o consumo <strong>de</strong> energia. Com essa velocida<strong>de</strong> variável<br />

evitam-se mudanças bruscas <strong>de</strong> temperatura, exceto quan<strong>do</strong> a temperatura da câmara estiver<br />

distante da <strong>de</strong>sejada. Também, não se utiliza toda a potência <strong>do</strong> motor, ape<strong>na</strong>s certa parcela é<br />

utilizada quan<strong>do</strong> necessário, manten<strong>do</strong>, assim, a temperatura <strong>de</strong>sejada <strong>na</strong> câmara.<br />

Segun<strong>do</strong> Garcia; Filho e Men<strong>do</strong>z, 2007 (p.2)” A importância ao atuar no compressor<br />

como elemento importante <strong>de</strong>stes <strong>sistema</strong>s, tem si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para adaptar o<br />

compressor a mudanças <strong>na</strong> vazão mássica causadas pela válvula <strong>de</strong> expansão em<br />

resposta à operação em diversas cargas <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong>, diminuin<strong>do</strong> o consumo <strong>de</strong><br />

energia quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com o mesmo compressor com velocida<strong>de</strong> fixa.[...]”<br />

17


Alguns autores já obtiveram estimativas ou até mesmo valores para essa economia, esses<br />

da<strong>do</strong>s são utiliza<strong>do</strong>s para proce<strong>de</strong>r com a análise da viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong>sse <strong>sistema</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> Le<strong>na</strong>rduzzi e Yap 2 (apud Garcia; Filho, Men<strong>do</strong>za,p.2), o valor estima<strong>do</strong> para a<br />

economia <strong>de</strong> energia quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> ao <strong>sistema</strong> On-Off po<strong>de</strong>r chegar a 41%.<br />

Batista e Gontijo (p.1) “[...]De acor<strong>do</strong> com as medições realizadas e a <strong>de</strong>dução <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong><br />

energia <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ás perdas pelo isolamento térmico das pare<strong>de</strong>s, o <strong>sistema</strong> em malha fechada<br />

mostrou-se 34,64% mais eficaz <strong>do</strong> que o <strong>sistema</strong> “on-off”.” Com isso po<strong>de</strong>-se visualizar que a<br />

melhor alter<strong>na</strong>tiva, pelo menos atualmente, para a redução <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> energia pelos<br />

<strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> é a velocida<strong>de</strong> variável <strong>de</strong> compressão.<br />

1.2. Objetivo<br />

Implementar um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>controle</strong> <strong>na</strong> <strong>bancada</strong> <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> <strong>do</strong> LABSISTER que permita<br />

seu funcio<strong>na</strong>mento com velocida<strong>de</strong> variável <strong>de</strong> compressão e investigar o consumo <strong>de</strong> energia<br />

(experimentalmente) entre os regimes <strong>de</strong> operação “On-Off” e <strong>de</strong> compressão variável <strong>do</strong><br />

<strong>sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> industrial <strong>do</strong> LABSISTER.<br />

1.3. Estrutura <strong>do</strong> Trabalho<br />

No capítulo 1 é feita uma introdução, conten<strong>do</strong> a motivação os objetivos propostos para o<br />

trabalho. No capítulo 2 <strong>de</strong>screvem-se to<strong>do</strong>s os materiais e méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s para aplicação<br />

<strong>do</strong> <strong>controle</strong> proposto.<br />

No capítulo 3 é <strong>de</strong>scrita, passo a passo, toda a aplicação <strong>do</strong> <strong>controle</strong>. No capítulo 4<br />

apresentam-se os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, tanto para o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>controle</strong> aplicada, quanto para o<br />

tradicio<strong>na</strong>l On-Off.<br />

No capítulo 5 é feita a conclusão, a<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os pontos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s durante o<br />

trabalho e também, comparan<strong>do</strong>-se os resulta<strong>do</strong>s entre o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>controle</strong> aplica<strong>do</strong> e o<br />

<strong>controle</strong> On-Off. Por fim as referências bibliográficas utilizadas no trabalho são aprestadas.<br />

2 LENARDUZZI, F.J.; YAP, S.S. Measuring the Performance of a Variable-Speed Drive Retrofit on a<br />

Fixed-Speed Centrifugal Chiller. 1998.<br />

18


2. MATERIAIS E MÉTODOS<br />

2.1 A Bancada <strong>de</strong> Refrigeração<br />

Uma <strong>bancada</strong> tradicio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> <strong>de</strong>ve conter um compressor, um con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r, uma<br />

válvula <strong>de</strong> expansão e um evapora<strong>do</strong>r. Com esses elementos é possível realizar um ciclo <strong>de</strong><br />

<strong>refrigeração</strong> por compressão <strong>de</strong> vapor.<br />

Na <strong>bancada</strong> tradicio<strong>na</strong>l o flui<strong>do</strong> refrigerante após sair <strong>do</strong> compressor per<strong>de</strong> calor para o ar no<br />

con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r, segue para válvula <strong>de</strong> expansão que provoca uma redução da pressão, com isso<br />

redução da temperatura, <strong>de</strong>pois segue para o evapora<strong>do</strong>r, que está no interior <strong>de</strong> uma câmara<br />

fria, no evapora<strong>do</strong>r o flui<strong>do</strong> recebe calor <strong>do</strong> ar <strong>do</strong> interior da câmara fria refrigeran<strong>do</strong> o<br />

ambiente, após o fluí<strong>do</strong> segue para o compressor on<strong>de</strong> o flui<strong>do</strong> é comprimi<strong>do</strong> aumentan<strong>do</strong> sua<br />

pressão e por conseqüência sua temperatura e então completa-se o ciclo.<br />

A <strong>bancada</strong> <strong>do</strong> LABSISTER (Figura 2.1 a 2.6) contém to<strong>do</strong>s os elementos presentes em uma<br />

<strong>bancada</strong> <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> tradicio<strong>na</strong>l, mas ela possui ainda, outro con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r e outro<br />

evapora<strong>do</strong>r, para troca <strong>de</strong> calor com água, <strong>do</strong>is reservatórios <strong>de</strong> água, que trocam calor com o<br />

evapora<strong>do</strong>r e o con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r, um ventila<strong>do</strong>r para realizar troca <strong>de</strong> calor por ventilação forçada,<br />

uma válvula solenói<strong>de</strong>.<br />

Figura 2.1 – Vista Geral da Bancada <strong>de</strong> Refrigeração Industrial <strong>do</strong> LABSISTER.


Figura 2.2 – Reservatório <strong>de</strong> Água <strong>de</strong> fria.<br />

Figura 2.3 – Reservatório <strong>de</strong> Água quente.<br />

Figura 2.4 – Ventila<strong>do</strong>r.<br />

20


Figura 2.5 – Compressor.<br />

Figura 2.6 – Válvula Solenói<strong>de</strong>.<br />

A <strong>bancada</strong> utiliza como flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho o refrigerante R-134a. A utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses<br />

componentes é que a <strong>bancada</strong> possui um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> válvulas permitin<strong>do</strong> a realização <strong>de</strong><br />

quatro mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>mento: ARxAR, ARxÁGUA, ÁGUAxAR e ÁGUAxÁGUA. Esses<br />

mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>mento são <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong>s pelo flui<strong>do</strong> que será utiliza<strong>do</strong> para fazer a troca <strong>de</strong><br />

calor com o flui<strong>do</strong> refrigerante. O primeiro é o flui<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> no con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r e o segun<strong>do</strong> o<br />

flui<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> no evapora<strong>do</strong>r.<br />

Quan<strong>do</strong> se escolhe o ar como flui<strong>do</strong> para trocar calor com o flui<strong>do</strong> refrigerante no<br />

con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r, o flui<strong>do</strong> refrigerante segue para o con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r tubo aleta<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> um ventila<strong>do</strong>r<br />

produz ventilação forçada para realizar a con<strong>de</strong>nsação <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> refrigerante. Caso o flui<strong>do</strong><br />

escolhi<strong>do</strong> seja água, o flui<strong>do</strong> refrigerante segue para um con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r casco tubo (Figura 2.7),<br />

on<strong>de</strong> flui<strong>do</strong> trocará calor com a água e será con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>.<br />

21


Figura 2.7 – Con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r Tubo aleta<strong>do</strong> e Con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r Caso Tubo.<br />

Partin<strong>do</strong> para o evapora<strong>do</strong>r, quan<strong>do</strong> se escolhe o ar para o evapora<strong>do</strong>r, o flui<strong>do</strong> refrigerante<br />

circula para <strong>de</strong>ntro da câmara fria, on<strong>de</strong> troca calor com o ar interno a esta, refrigeran<strong>do</strong> seu<br />

interior (Figura 2.8). Caso o fluí<strong>do</strong> escolhi<strong>do</strong> seja a água o flui<strong>do</strong> refrigerante segue para um<br />

troca<strong>do</strong>r <strong>de</strong> calor com duplo tubo, on<strong>de</strong> troca calor com a água refrigeran<strong>do</strong> esta.<br />

Figura 2.8 – Câmara Fria e Troca<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Calor Duplo Tubo.<br />

A utilida<strong>de</strong> da válvula solenói<strong>de</strong> é após o <strong>de</strong>sligamento <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> fazer como que o flui<strong>do</strong><br />

refrigerante permaneça armaze<strong>na</strong><strong>do</strong> em um reservatório, não permitin<strong>do</strong> a circulação pelo<br />

<strong>sistema</strong>, com isso minimizan<strong>do</strong> os vazamentos <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> o <strong>sistema</strong> estive inoperante.<br />

22


Na figura 2.9 apresenta-se o esquema <strong>do</strong> funcio<strong>na</strong>mento da <strong>bancada</strong> <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> industrial:<br />

Figura 2.9 – Esquema <strong>de</strong> Funcio<strong>na</strong>mento da Bancada <strong>de</strong> Refrigeração<br />

2.3. Controla<strong>do</strong>r Lógico Programável (CLP)<br />

Fonte: DIVISÃO FRIGORIA,2008.<br />

Os controla<strong>do</strong>res lógicos programáveis popularmente conheci<strong>do</strong>s por CLP ou PLC da sigla<br />

em inglês, é <strong>na</strong>da mais que um computa<strong>do</strong>r para uso industrial, apesar <strong>de</strong> ser robusto,<br />

resistin<strong>do</strong> a diversas interferências e diversos agentes que po<strong>de</strong>riam atrapalhar seu<br />

funcio<strong>na</strong>mento, sua memória e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento são bem menores que <strong>do</strong>s<br />

computa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> uso <strong>do</strong>méstico. Na figura 2.10 é mostra<strong>do</strong> o CLP utiliza<strong>do</strong> <strong>de</strong> fabricação GE<br />

Fanuc, mo<strong>de</strong>lo Versamax.<br />

23


Figura 2.10 – CLP Utiliza<strong>do</strong>.<br />

Os CLPs surgiram <strong>de</strong> uma necessida<strong>de</strong> que a indústria automotiva apresentava. Na década <strong>de</strong><br />

60, to<strong>do</strong> <strong>controle</strong> era realiza<strong>do</strong>s por painéis a relé, e toda vez que era necessário substituir a<br />

lógica <strong>do</strong> painel, por qualquer mudança que fosse realizada no processo, era um processo<br />

<strong>de</strong>mora<strong>do</strong> e muito caro, por isso muitas vezes realizava-se a substituição <strong>do</strong> painel por outro<br />

com a nova lógica.<br />

No começo a utilização <strong>do</strong>s CLPs era bem restrita, tanto pelo alto custo, quanto pela<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação, pois utilizava-se a linguagem assembly. Atualmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a<br />

evolução da informática e a diminuição <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> produção <strong>do</strong>s equipamentos, o custo<br />

<strong>do</strong>s CLPs estão bem menores e também foram criadas linguagens <strong>de</strong> programação alto-nível<br />

facilitan<strong>do</strong> a programação. Hoje são padronizadas pela norma IEC 1131-3, cinco linguagens<br />

que são divididas em <strong>do</strong>is grupos linguagens textuais e gráficas, as textuais são Lista <strong>de</strong><br />

Instruções (Instruction List – IL), Texto estrutura<strong>do</strong> (Structured Text – ST) e as gráficas são<br />

Sequential Function Chart (SFC), Diagrama Lad<strong>de</strong>r (Lad<strong>de</strong>r Diagram – LD) e Blocos <strong>de</strong><br />

Função (Function Block Diagram – FBD), cada linguagem possui suas vantagens e<br />

<strong>de</strong>svantagens, portanto <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da lógica po<strong>de</strong> ser facilmente escrita em uma e ser bem mais<br />

trabalhosa em outra, o que po<strong>de</strong> ser reverti<strong>do</strong> em outra lógica. Nas figuras 2.11 e 2.12 são<br />

apresenta<strong>do</strong>s exemplos para cada uma das cinco linguagens:<br />

24


Figura 2.11 – Programa SFC<br />

Fonte: BRAGA, 2009<br />

Figura 2.12 – Linguagens IEC 1131-3<br />

Fonte: BRAGA, 2009<br />

Inúmeras são as vantagens da utilização <strong>do</strong>s CLPs algumas são citadas por Antonelli, 1998<br />

(p.3):<br />

“[...]<br />

Ocupam menor espaço;<br />

Requerem menor potência elétrica;<br />

Po<strong>de</strong>m ser reutiliza<strong>do</strong>s;<br />

São programáveis, permitin<strong>do</strong> alterar os parâmetros <strong>de</strong> <strong>controle</strong>;<br />

25


2.3.1. Partes <strong>do</strong> CLP<br />

[...]”<br />

Apresentam maior confiabilida<strong>de</strong>;<br />

Manutenção mais fácil e rápida;<br />

Oferecem maior flexibilida<strong>de</strong>;<br />

Apresentam interface <strong>de</strong> comunicação com outros CLPs e computa<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

<strong>controle</strong>;<br />

Permitem maior rapi<strong>de</strong>z <strong>na</strong> elaboração <strong>do</strong> projeto <strong>do</strong> <strong>sistema</strong>.<br />

O CLP é composto por sete partes básicas e um termi<strong>na</strong>l on<strong>de</strong> se realiza a programação. As<br />

sete partes são fonte <strong>de</strong> alimentação, CPU, memória <strong>do</strong> programa, memória <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, porta <strong>de</strong><br />

programação, módulos <strong>de</strong> entrada e módulos <strong>de</strong> saída, conforme mostra<strong>do</strong> <strong>na</strong> figura 2.13.<br />

Figura 2.13 – Partes <strong>do</strong> CLP<br />

Fonte: CARRILHO, 2011<br />

A fonte <strong>de</strong> alimentação como o próprio nome sugere, serve para alimentar os circuitos <strong>do</strong><br />

CLP, como a maioria <strong>do</strong>s circuitos em informática não trabalha com tensões <strong>de</strong> 127 V ou 220<br />

V, a fonte geralmente é quem realiza essa conversão. Depen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> CLP os módulos po<strong>de</strong>m<br />

ou não ser alimenta<strong>do</strong>s pela mesma fonte, e quan<strong>do</strong> a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> módulos é maior que a<br />

fonte suporta, po<strong>de</strong>-se recorrer a fontes auxiliares para suprir a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> alimentação. A<br />

figura 2.14 mostra a fonte alimentação utilizada.<br />

26


Figura 2.14 – Fonte <strong>de</strong> Alimentação utilizada<br />

Unida<strong>de</strong> central <strong>de</strong> processamento (CPU) é on<strong>de</strong> localiza o processa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> CLP, é ela quem<br />

realiza to<strong>do</strong>s os cálculos e executa a lógica que <strong>de</strong>ve ser processada pelo controla<strong>do</strong>r. A figura<br />

2.15 mostra a CPU utilizada.<br />

Figura 2.15 – CPU utilizada<br />

Memória <strong>do</strong> programa é nessa memória que contem o programa básico <strong>do</strong> controla<strong>do</strong>r, esse<br />

programa não po<strong>de</strong> ser altera<strong>do</strong> pelo usuário, e é ele o responsável pela inicialização <strong>do</strong> CLP,<br />

sem essa inicialização é impossível se realizar qualquer operação com o controla<strong>do</strong>r.<br />

Memória <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, a memória <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s po<strong>de</strong> ser dividida em duas partes a memória <strong>de</strong><br />

usuário e a memória <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s propriamente dita. A memória <strong>de</strong> usuário é on<strong>de</strong> fica armaze<strong>na</strong><br />

27


a lógica criada pelo usuário, que será executada pela CPU, já a memória <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />

propriamente dita e a memória on<strong>de</strong> ficam armaze<strong>na</strong><strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> entrada e saída e<br />

variáveis utilizadas <strong>na</strong> lógica como timers e conta<strong>do</strong>res.<br />

Porta <strong>de</strong> programação, essa porta é por on<strong>de</strong> se realiza a comunicação entre o termi<strong>na</strong>l <strong>de</strong><br />

programação e o CLP, po<strong>de</strong> se utilizar vários tipos <strong>de</strong> comunicação como RS-485 (Modbus),<br />

RS-232 (serial) ou RJ-45 (ethernet).<br />

Módulos <strong>de</strong> entrada, o módulo <strong>de</strong> entrada é parte que é responsável pela aquisição <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> processo, os módulos po<strong>de</strong>m ser dividi<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is grupos, digitais e a<strong>na</strong>lógicos. As<br />

entradas digitais ou discretas, são aquelas transmitem somente <strong>do</strong>is valor, liga<strong>do</strong>/<strong>de</strong>sliga<strong>do</strong>,<br />

aberto/fecha<strong>do</strong>, e po<strong>de</strong>m ser recebidas por sensores <strong>de</strong> nível, sensores <strong>de</strong> presença, botoeiras<br />

ou outros. Já as a<strong>na</strong>lógicas transmitem uma faixa <strong>de</strong> valores, os valores mais utiliza<strong>do</strong>s são -<br />

10-10v, 0-10V, 0-20mA e 4-20mA, e po<strong>de</strong>m ser transmitidas por sensores <strong>de</strong> nível, vazão,<br />

temperatura e outros. A figura 2.16 mostra o módulo <strong>de</strong> entrada a<strong>na</strong>lógica utiliza<strong>do</strong>, ele possui<br />

quatro entradas que po<strong>de</strong>m ser configuradas para trabalhar com qualquer uma das quatros<br />

faixas convencio<strong>na</strong>is utilizadas para entradas a<strong>na</strong>lógicas.<br />

Figura 2.16 – Módulo <strong>de</strong> Entrada A<strong>na</strong>lógica utiliza<strong>do</strong><br />

Módulos <strong>de</strong> saída, esse módulo trabalha <strong>de</strong> forma semelhante aos módulos <strong>de</strong> entrada, só que<br />

ao invés <strong>de</strong> receber da<strong>do</strong>s eles transmitem da<strong>do</strong>s, também são dividi<strong>do</strong>s entre digitais e<br />

a<strong>na</strong>lógicos. As saídas digitais po<strong>de</strong>m sem ligadas à contatores, relés, informan<strong>do</strong> ao<br />

dispositivo se o mesmo <strong>de</strong>ve ser acio<strong>na</strong><strong>do</strong> ou não. Já as a<strong>na</strong>lógicas transmitem uma faixa <strong>de</strong><br />

valores, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser ligadas à inversores <strong>de</strong> freqüência e válvulas proporcio<strong>na</strong>is, informa<strong>do</strong><br />

28


em que valor o dispositivo <strong>de</strong>ve trabalhar. A figura 2.17 mostra os módulos <strong>de</strong> saída<br />

utiliza<strong>do</strong>s. O módulo <strong>de</strong> saída a<strong>na</strong>lógica possui quatro saídas que trabalham <strong>na</strong> faixa <strong>de</strong> 4 a<br />

20mA e o módulo <strong>de</strong> saída digital possui 16 saídas, sen<strong>do</strong> saídas a relé.<br />

Figura 2.17 – Módulo <strong>de</strong> Saída A<strong>na</strong>lógica e Módulo <strong>de</strong> Saída Digital utiliza<strong>do</strong>s<br />

Por fim o termi<strong>na</strong>l <strong>de</strong> programação é on<strong>de</strong> o usuário utiliza um software forneci<strong>do</strong> pelo<br />

fabricante <strong>do</strong> controla<strong>do</strong>r, e com isso consegue inserir a lógica no controla<strong>do</strong>r ou até mesmo<br />

monitorar a execução da lógica, esse software é a interface entre o usuário e CLP.<br />

2.3.2. Funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> CLP<br />

O princípio <strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> CLP é mostra<strong>do</strong> pelo diagrama <strong>de</strong> blocos da figura 2.18,<br />

que é dividi<strong>do</strong> em seis passos.<br />

Figura 2.18 – Funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> CLP<br />

Fonte: ANTONELLI<br />

29


O primeiro passo é a inicialização, nesse passo realiza uma série verificações para só <strong>de</strong>pois<br />

liberar o CLP para trabalhar. As etapas que são realizadas nesse passo são bem explicadas por<br />

ANTONELLI, 1998(p.4).<br />

“[...]<br />

[...]”<br />

Verifica o funcio<strong>na</strong>mento eletrônico da C.P.U. , memórias e circuitos<br />

auxiliares;<br />

Verifica a configuração inter<strong>na</strong> e compara com os circuitos instala<strong>do</strong>s;<br />

Verifica o esta<strong>do</strong> das chaves principais ( RUN / STOP , PROG, etc. );<br />

Desativa todas as saídas;<br />

Verifica a existência <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> usuário;<br />

Emite um aviso <strong>de</strong> erro caso algum <strong>do</strong>s itens acima falhe.<br />

Depois realiza-se a verificação <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s das entradas, nesse passo o CLP verifica o valor<br />

<strong>de</strong> cada entrada para então prosseguir o seu ciclo.<br />

O terceiro passo é transferência <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s para memória, é nesse passo que a memória <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s recebe to<strong>do</strong>s os valores <strong>do</strong>s módulos <strong>de</strong> entrada.<br />

O quarto passo é a comparação da programa <strong>de</strong> usuário, ou execução da lógica, é nesse passo<br />

que o CLP compara os valores <strong>de</strong> entrada, verifica as ações que lógica <strong>de</strong>fine quais <strong>de</strong>cisões<br />

<strong>de</strong>vem ser tomadas e então <strong>de</strong>fine os valores das saída, escreven<strong>do</strong> esses valores <strong>na</strong> memória<br />

<strong>de</strong> da<strong>do</strong>s.<br />

O quinto passo é a atualização das saídas, mesmo após a <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção <strong>do</strong>s valores <strong>de</strong> saída <strong>na</strong><br />

memória <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, esses valores não são repassa<strong>do</strong>s para as saídas até que se termine a<br />

execução da lógica, então após a execução completa da lógica, os valores da memória <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s são repassa<strong>do</strong>s para as saídas.<br />

O sexto e ultimo passo é o ciclo <strong>de</strong> varredura, esse ciclo garante que o CLP execute os<br />

mesmos processos <strong>de</strong> forma contínua, com isso ao fim da atualização da saída o controla<strong>do</strong>r<br />

volta a executar o segun<strong>do</strong> passo que a atualização <strong>do</strong>s valores das entradas.<br />

30


2.4. Inversor <strong>de</strong> Frequência<br />

Os inversores <strong>de</strong> freqüência são equipamentos bastante utiliza<strong>do</strong>s para se realizar <strong>controle</strong> <strong>de</strong><br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> corrente alter<strong>na</strong>da. Esse <strong>controle</strong> é realiza<strong>do</strong> pois ao se variar a<br />

freqüência da alimentação <strong>do</strong> motor , varia-se a velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong> motor, ou seja, ao se aumentar<br />

a freqüência <strong>de</strong> alimentação aumenta-se a velocida<strong>de</strong>, ao se diminuir a freqüência diminui-se<br />

a velocida<strong>de</strong>.<br />

Para se explicar o funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> inversor <strong>de</strong> freqüência <strong>de</strong>ve-se dividir em três partes,<br />

primeiro realiza-se uma conversão para corrente contínua, <strong>de</strong>pois essa tensão é filtrada por um<br />

capacitor, para então seguir para a última parte em que a tensão é novamente transforma <strong>de</strong><br />

corrente alter<strong>na</strong>da e com a freqüência <strong>de</strong>sejada, a figura 2.19 serve para ilustrar essas três<br />

partes.<br />

Figura 2.19 – Funcio<strong>na</strong>mento Inversor <strong>de</strong> Freqüência<br />

Fonte: FAATESP, 2011<br />

A conversão <strong>de</strong> DC para AC é realizada por Modulação <strong>de</strong> Largura Pulso (PWM), essa<br />

modulação ocorre conforme varia a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chaveamento <strong>do</strong>s Transistores Bipolares <strong>de</strong><br />

Porta Isolada (IGBTs, Insulated Gate Bipolar Transistor), mas com isso não se gera uma<br />

onda senoidal perfeita, mas uma tensão pulsada, essa tensão aplica em uma carga indutiva<br />

(motor) produzirá uma corrente que se aproxima da senoidal, segue exemplo:<br />

31


2.4.1. Partes <strong>do</strong> Inversor<br />

Figura 2.20 – Tensão e corrente produzida pelo inversor<br />

Fonte: FAATESP<br />

O inversor po<strong>de</strong> ser dividi<strong>do</strong> em quatro partes importantes, CPU, IHM, Interfaces, Etapa <strong>de</strong><br />

Potência.<br />

A CPU, unida<strong>de</strong> central <strong>de</strong> processamento, ela po<strong>de</strong> ser formada por um microprocessa<strong>do</strong>r ou<br />

um micro controla<strong>do</strong>r e uma memória. A CPU é responsável por armaze<strong>na</strong>r to<strong>do</strong>s os<br />

parâmetros que configuram o funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> inversor, por isso a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

memória, e também é a responsável por disparar os IGBTs em or<strong>de</strong>m e tempo corretos.<br />

A Interface Homem Máqui<strong>na</strong> (IHM) é on<strong>de</strong> o usuário entra com os parâmetros <strong>de</strong><br />

funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> inversor indican<strong>do</strong> a tensão, corrente e rotação <strong>do</strong> motor. Ela também<br />

indica os eventuais erros que ocorrerem durante o funcio<strong>na</strong>mento.<br />

As interfaces são as formas <strong>de</strong> comunicação on<strong>de</strong> o controla<strong>do</strong>r estipula quan<strong>do</strong> e como p<br />

inversor funcio<strong>na</strong>. Os inversores possuem interfaces a<strong>na</strong>lógicas e digitais, essas geralmente<br />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das pelo usuário durante a parametrização <strong>do</strong> inversor. As digitais<br />

servem para indicar gira/para, liga/<strong>de</strong>sliga, senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> rotação, entre outros. Já as a<strong>na</strong>lógicas<br />

enviam o valor da rotação/frequência que o motor <strong>de</strong>ve trabalhar.<br />

Por último, a Etapa <strong>de</strong> Potência, composta por um circuito retifica<strong>do</strong>r, transforma AC em DC,<br />

por um circuito intermediário que se chama barramento DC, on<strong>de</strong> ocorre a filtragem e por<br />

ultimo o circuito com os IGBTs que produz a tensão com a freqüência <strong>de</strong>sejada e que<br />

alimenta a saída <strong>do</strong> inversor.<br />

32


2.4.2. Seleção <strong>do</strong> Inversor<br />

O primeiro passo é calcular a potência <strong>do</strong> inversor, para isso basta ter a tensão <strong>de</strong> entrada e<br />

calcular qual a corrente máxima consumida pelo equipamento que será liga<strong>do</strong> ao inversor. A<br />

corrente máxima obtida será a corrente <strong>do</strong> inversor, e a tensão <strong>de</strong> alimentação será a tensão <strong>do</strong><br />

inversor.<br />

O próximo passo é <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r qual tipo <strong>de</strong> inversor será utiliza<strong>do</strong>. Existem <strong>do</strong>is tipos: o<br />

escalar e o vetorial. A gran<strong>de</strong> maioria é escalar, o tipo vetorial é usa<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se requer<br />

extrema precisão <strong>de</strong> rotação ou gran<strong>de</strong> torque à baixas rotações.<br />

Por ultimo escolhe-se o mo<strong>de</strong>lo e fabricante. Com to<strong>do</strong>s os disponíveis consulta-se catálogos<br />

<strong>de</strong> fabricantes para <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r quais mo<strong>de</strong>los aten<strong>de</strong>m a especificações obtidas e, então, entre<br />

os equipamentos selecio<strong>na</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r qual será o utiliza<strong>do</strong>.<br />

2.5. Placa <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s<br />

A NI USB-6009 é uma placa <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s produzida pela Natio<strong>na</strong>l Instruments, essa<br />

placa tem como características principais, sete entradas a<strong>na</strong>lógicas, duas saídas a<strong>na</strong>lógicas, e<br />

onze pontos digitais que po<strong>de</strong>m ser configura<strong>do</strong>s como entrada ou saída <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da<br />

necessida<strong>de</strong>. Ela possui um taxa <strong>de</strong> amostragem máxima <strong>de</strong> 48 KS/s, e sua utilização é bem<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao baixo custo. Na figura 2.21 mostra-se a placa <strong>de</strong> aquisição NI USB-6009.<br />

Figura 2.21 – Placa <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s da Natio<strong>na</strong>l Instruments<br />

33


As entradas e saídas a<strong>na</strong>lógicas trabalham com uma faixa <strong>de</strong> si<strong>na</strong>l <strong>de</strong> -10V a 10V ou <strong>de</strong> 0V a<br />

10V, enquanto as digitais po<strong>de</strong>m trabalhar com 2,5V ou 5V. As figuras 2.22 e 2.23 mostra o<br />

esquema <strong>de</strong> ligação <strong>do</strong>s termi<strong>na</strong>is a<strong>na</strong>lógicos e digitais.<br />

2.6. A<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Energia<br />

Figura 2.22 – Esquema <strong>de</strong> Ligação Termi<strong>na</strong>l A<strong>na</strong>lógico<br />

Fonte: NATIONAL INSTRUMENTS, 2008<br />

Figura 2.23 – Esquema <strong>de</strong> Ligação Termi<strong>na</strong>l Digital<br />

Fonte: NATIONAL INSTRUMENTS, 2008<br />

O a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> energia Mo<strong>de</strong>lo AE-200, fabrica<strong>do</strong> pela Instrutherm, é um instrumento que<br />

permite fazer uma análise minuciosa das características da energia, ele po<strong>de</strong> ser usa<strong>do</strong> tanto<br />

em <strong>sistema</strong>s monofásicos como trifásicos. Na figura 2.24 mostra-se uma imagem <strong>do</strong><br />

a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> energia.<br />

34


Figura 2.24 – A<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Energia Mo<strong>de</strong>lo AE-200<br />

Fonte: INSTRUTHERM INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO LTDA, 2009<br />

Várias são as características que se po<strong>de</strong> obter com o a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> energia, são elas: valores<br />

<strong>de</strong> tensão e corrente em cada fase ou neutro, potência ativa, fator <strong>de</strong> potência, ângulo <strong>de</strong> fase,<br />

energia consumida, a<strong>na</strong>lisar consumo <strong>de</strong> aparelhos em mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> espera para calculo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>manda máxima <strong>de</strong> uma instalação, <strong>de</strong>manda média, <strong>de</strong>manda máxima, análise <strong>de</strong><br />

harmônica, diagrama vetorial com parâmetros <strong>de</strong> <strong>sistema</strong> trifásico entre outros.<br />

Uma função importante <strong>de</strong>sse aparelho é o “datalogger” que é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>r<br />

esses da<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> tempo, para análise posterior.<br />

2.6.1. Power & Harmonics A<strong>na</strong>lyzer<br />

O “Power & Harmonics A<strong>na</strong>lyzer” é um software que se comunica com o a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

energia e consegue fazer aquisição <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s produzi<strong>do</strong>s pelo a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>r em tempo<br />

real. Nas figuras 2.25 a 2.27 são mostradas as principais telas <strong>do</strong> software.<br />

35


Figura 2.25 – Tela Inicial<br />

Figura 2.26 – Formas <strong>de</strong> Onda<br />

36


Figura 2.27 – Diagrama Fasorial<br />

Uma característica importante <strong>do</strong> software é a exportação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s armaze<strong>na</strong><strong>do</strong>s pelo<br />

datalogger para um arquivo “.CSV”, que po<strong>de</strong> ser facilmente manipula<strong>do</strong> por softwares que<br />

constroem gráficos e outros softwares que realizam análise <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s.<br />

2.7. Comunicação OPC<br />

OPC é a abreviação <strong>de</strong> OLE for process control, e OLE é Object Linking and Embedding, ou<br />

seja, é a criação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação que serão transferi<strong>do</strong>s para diversos equipamentos<br />

utiliza<strong>do</strong>s no <strong>controle</strong> <strong>de</strong> processo.<br />

O padrão OPC <strong>na</strong>sceu da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se comunicar diversos softwares e hardwares muito<br />

utiliza<strong>do</strong>s <strong>na</strong> automação. Antes da criação <strong>do</strong> OPC era necessário cada equipamento ter seu<br />

próprio driver para comunicar com <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong> software, ou seja, caso um equipamento<br />

necessita-se comunicar com <strong>do</strong>is softwares eram necessários <strong>do</strong>is drivers, e caso <strong>do</strong>is<br />

equipamentos necessitassem se comunicar com <strong>do</strong>is softwares seriam necessários quatro<br />

drivers, e esse número ten<strong>de</strong> a tor<strong>na</strong>r-se maior quanto mais complexo for o processo.<br />

Esse padrão começou a ser construí<strong>do</strong> em 1995 quan<strong>do</strong> diversas empresas, entre elas a<br />

Emerson Process Ma<strong>na</strong>gement, a Rockwell Software e a GE Fanuc. Estas empresas<br />

uniram-se para <strong>de</strong>senvolver um padrão que utiliza a tecnologia OLE e ter acesso em tempo<br />

37


eal aos da<strong>do</strong>s no <strong>sistema</strong> Win<strong>do</strong>ws. Foi então fundada a OPC Foundation, que hoje conta<br />

com mais <strong>de</strong> 300 membros, com o objetivo <strong>de</strong> regulamentar e especificar o padrão <strong>de</strong> forma<br />

que se mantenha a interoperabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s e equipamentos que utilizem o padrão.<br />

A a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong> padrão OPC oferece diversas vantagens, Fonseca (2002, p.4) cita:<br />

“[...]<br />

[...]”<br />

Padronização das interfaces <strong>de</strong> comunicação entre os servi<strong>do</strong>res e clientes<br />

<strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> tempo real, facilitan<strong>do</strong> a integração e manutenção <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s.<br />

Elimi<strong>na</strong>ção da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> drivers <strong>de</strong> comunicação específicos<br />

(proprietários);<br />

Melhoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho e otimização da comunicação entre dispositivos<br />

<strong>de</strong> automação.<br />

Interoperabilida<strong>de</strong> entre <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> diversos fabricantes;<br />

Integração com <strong>sistema</strong>s MES, ERP e aplicações Win<strong>do</strong>ws (Excel, etc.);<br />

Redução <strong>do</strong>s custos e tempo para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> interfaces e drivers<br />

<strong>de</strong> comunicação, com conseqüente redução <strong>do</strong> custo <strong>de</strong> integração <strong>de</strong><br />

<strong>sistema</strong>s.<br />

Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e manutenção <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s e produtos para<br />

comunicação em tempo real;<br />

Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento.<br />

Na figura 2.28 existe um conjunto <strong>de</strong> três aplicações (HMI, Process Historian, Machine<br />

Condition Monitor) e outro <strong>de</strong> três equipamentos (PLC, Vibration Monitoring System<br />

Calculation Engine) que <strong>de</strong>vem estar interliga<strong>do</strong>s entre si.<br />

38


Figura 2.28 – Aplicações e Equipamentos<br />

Fonte: CÂNDIDO, 2004<br />

Quan<strong>do</strong> se faz a escolha <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong> driver proprietário, são necessários nove drivers,<br />

como mostra<strong>do</strong> <strong>na</strong> figura 2.29, para fazer as conexões.<br />

Figura 2.29 – Drivers utiliza<strong>do</strong>s<br />

Fonte: CÂNDIDO, 2004<br />

39


Cada equipamento necessitaria <strong>de</strong> um driver para comunicar com cada aplicação, com isso<br />

aumenta-se o numero <strong>de</strong> informação que será necessário circular, pois o equipamento,<br />

provavelmente, irá fornecer a mesma informação mais <strong>de</strong> uma vez, pois diferentes aplicações<br />

po<strong>de</strong>m necessitar <strong>do</strong>s mesmos da<strong>do</strong>s, necessitan<strong>do</strong> <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s maiores para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda<br />

<strong>de</strong> da<strong>do</strong>s. É necessário um gasto maior para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> softwares cada equipamento<br />

necessitará <strong>de</strong> um driver para cada aplicação, e esse custo certamente será passa<strong>do</strong> para o<br />

consumi<strong>do</strong>r. Por fim necessitará <strong>de</strong> um maior tempo para instalação e configuração <strong>do</strong>s<br />

drivers.<br />

Com a utilização <strong>do</strong> OPC será necessário um servi<strong>do</strong>r para cada equipamento, conforme<br />

mostra<strong>do</strong> <strong>na</strong> figura 2.30.<br />

Figura 2.30 – Solução OPC<br />

Fonte: CÂNDIDO, 2004<br />

Pela figura 2.30 percebe-se que a utilização já tor<strong>na</strong> o <strong>sistema</strong> menos complexo, e obtém todas<br />

as vantagens citadas anteriormente.<br />

40


2.7.1. Cliente/ Servi<strong>do</strong>r<br />

O padrão utiliza a comunicação cliente/servi<strong>do</strong>r que funcio<strong>na</strong> da seguinte forma, o servi<strong>do</strong>r é<br />

o software que contém o driver <strong>de</strong> comunicação com o equipamento, e com isso o servi<strong>do</strong>r<br />

consegue “enten<strong>de</strong>r” os da<strong>do</strong>s passa<strong>do</strong>s pelo equipamento e <strong>de</strong>volver da<strong>do</strong>s que o<br />

equipamento “entenda”. A partir <strong>de</strong>ssa comunicação equipamento servi<strong>do</strong>r, os clientes po<strong>de</strong>m<br />

acessar e escrever da<strong>do</strong>s, a qualquer momento e local (<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da configuração <strong>do</strong><br />

servi<strong>do</strong>r) no servi<strong>do</strong>r da maneira que <strong>de</strong>sejar. Na figura 2.31 mostra-se o esquema da<br />

arquitetura OPC.<br />

2.7.2. Divisões OPC<br />

Figura 2.31 – Arquitetura Cliente/Servi<strong>do</strong>r <strong>do</strong> OPC<br />

Fonte: PUDA, 2008<br />

O padrão OPC é divi<strong>do</strong> em sete partes, cada uma tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> da<strong>do</strong><br />

que será manipula<strong>do</strong> pelo servi<strong>do</strong>r.<br />

O primeiro é o OPC Data Access ou OPC DA, esse padrão é utiliza<strong>do</strong> para manipular da<strong>do</strong>s<br />

em tempo real <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r para os equipamentos e <strong>do</strong>s equipamentos para o servi<strong>do</strong>r.<br />

Um segun<strong>do</strong> é o OPC Alarms & Events ou OPC A&E, esse padrão trata <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s que são<br />

acessa<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>manda<strong>do</strong>s, ou seja, da<strong>do</strong>s que não precisam circular constantemente, um<br />

41


exemplo claro é mensagens sonoras para avisar algo erra<strong>do</strong> <strong>na</strong> planta, esse tipo <strong>de</strong> da<strong>do</strong> só<br />

precisa ser disponibiliza<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> for requisita<strong>do</strong> pelo <strong>sistema</strong>.<br />

Já o OPC Batch é o padrão OPC que aten<strong>de</strong> os processos que funcio<strong>na</strong>m em batelada, esse é<br />

uma extensão <strong>do</strong> OPC DA, ele permite a troca <strong>de</strong> informações e condições <strong>do</strong>s equipamentos<br />

que utilizam o <strong>controle</strong> por batelada.<br />

O OPC Data Exchange ou OPC DX, é o padrão OPC que trata da troca <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s entre<br />

servi<strong>do</strong>res, po<strong>de</strong> acontecer <strong>de</strong> um equipamento necessitar <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s vin<strong>do</strong>s <strong>de</strong> outro<br />

equipamento, com isso será necessário a troca <strong>de</strong> informação entre servi<strong>do</strong>res e essa troca é<br />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da pelo OPC DX.<br />

O OPC Historical Data Access ou OPC HDA, esse padrão permite o acesso a da<strong>do</strong>s já<br />

grava<strong>do</strong>s, não somente da<strong>do</strong>s atuais como OPC DA, e com isso esse padrão permite a<strong>na</strong>lisar e<br />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r comportamento <strong>do</strong> processo, manutenção <strong>de</strong> equipamento, <strong>de</strong>svios e outros.<br />

Outro padrão <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong> é o OPC Complex Data, esse padrão trata formatos mais<br />

complexos <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, como exemplo estruturas binárias e arrays.<br />

O OPC Commands é o padrão para OPC que trata os coman<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>controle</strong> envia<strong>do</strong>s ao<br />

equipamento, ele permite que se monitore e envie coman<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>controle</strong> aos equipamentos.<br />

2.8. Gerenciamento <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s<br />

O LabVIEW é um software que utiliza linguagem gráfica <strong>de</strong> programação, basea<strong>do</strong> <strong>na</strong> língua<br />

G, cria<strong>do</strong> em 1996 pela Natio<strong>na</strong>l Instruments, hoje é muito utiliza<strong>do</strong> em para realizar<br />

aquisição <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> medição e em projeto <strong>de</strong> automação.<br />

Os programas cria<strong>do</strong>s pelo LabVIEW são conheci<strong>do</strong>s como Virtual Instrument (VI), quan<strong>do</strong><br />

se cria um VI abre-se duas telas, uma que será interface <strong>de</strong> usuário e a outra a tela <strong>de</strong><br />

programação. A programação é bem simples e é baseada no fluxo <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, ou seja, os blocos<br />

42


utiliza<strong>do</strong>s <strong>na</strong> programação fornecem, recebem ou fornecem e recebem da<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> que cada<br />

bloco manipula os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com sua função.<br />

O LabVIEW possui vários toolkits que po<strong>de</strong>m ser instala<strong>do</strong>s no LabVIEW para acrescentar<br />

funções mais complexas ou especificas que se <strong>de</strong>seja realizar com o LabVIEW, alguns<br />

exemplo são os toolkits FPGA e System I<strong>de</strong>ntification, que permitem trabalhar chips FPGA e<br />

realizar i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s.<br />

2.8.1. LabVIEW DSC Module<br />

O toolkit DSC (Datalogging and Supervisory Control) é um toolkit que permite a criação <strong>de</strong><br />

supervisórios através <strong>do</strong> LabVIEW. Permite se historiar e acompanhar variáveis <strong>de</strong> processo<br />

em tempo real, alarmes e administrar eventos.<br />

O module DSC também permite a comunicação <strong>do</strong> LabVIEW com uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> CLPs,<br />

através da comunicação OPC.<br />

2.9. Controle Proporcio<strong>na</strong>l Integral Derivativo (PID)<br />

Antes <strong>de</strong> explicar o funcio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> um <strong>controle</strong> PID é necessário conhecer algumas<br />

variáveis que estarão presente no processo. A primeira é a Process Variable (PV) ou variável<br />

<strong>de</strong> processo, a variável <strong>de</strong> processo é a variável que se <strong>de</strong>seja controlar, ela po<strong>de</strong> ser uma<br />

pressão, temperatura, nível ou outros. A segunda é o Setpoint (SP) que é o valor <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> para<br />

a PV. Depois vem a Manipulate Variable (MV) ou variável manipulada, essa é variável que<br />

irá realizar o <strong>controle</strong> sobre a PV, ela po<strong>de</strong> ser um si<strong>na</strong>l para o posicio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> uma<br />

válvula, um si<strong>na</strong>l para um inversor <strong>de</strong> uma bomba ou para um aquece<strong>do</strong>r. E por último o Erro,<br />

o erro é diferença da PV para o SP.<br />

No <strong>controle</strong> PID existem <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> <strong>controle</strong> a ação direta e a ação reversa. A ação<br />

direta é utilizada para os casos em que a PV aumentar a MV também <strong>de</strong>ve aumentar, esse tipo<br />

<strong>de</strong> ação é utiliza<strong>do</strong> em casos <strong>de</strong> <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong>. Já a ação reversa <strong>de</strong> <strong>controle</strong> a MV<br />

segue caminho contrário ao da PV, caso PV aumente a MV <strong>de</strong>verá diminuir, esse tipo <strong>de</strong> ação<br />

é utiliza<strong>do</strong> em casos <strong>de</strong> aquecimento.<br />

43


A equação mais utilizada pelo PID é a equação 2.1.<br />

( ) [ ( ) ∫ ( )<br />

( )<br />

]<br />

44<br />

(2.1)<br />

Na equação E(t) é o erro e Kp, Ki e Kd, são os parâmetros P, I, D respectivamente. Kp é o<br />

ganho proporcio<strong>na</strong>l, ele tem a função <strong>de</strong> variar o valor da MV <strong>de</strong> forma proporcio<strong>na</strong>l ao erro,<br />

ou seja quanto maior o erro maior será o valor da MV. Já Ki é ganho integral, esse parâmetro<br />

irá fornecer um ganho proporcio<strong>na</strong>l ao valor <strong>do</strong> produto <strong>do</strong> erro x tempo que o erro<br />

permanece. E por último Kd que é o ganho <strong>de</strong>rivativo mais conheci<strong>do</strong> como “tempo<br />

<strong>de</strong>rivativo”, esse ultimo parâmetro fornece um ganho proporcio<strong>na</strong>l a taxa <strong>de</strong> variação <strong>do</strong> erro.<br />

Para tor<strong>na</strong>r mais claro o entendimento será mostra<strong>do</strong> exemplo <strong>de</strong> <strong>controle</strong> P, PI e PD.<br />

Começan<strong>do</strong> pelo <strong>controle</strong> P. Para o caso <strong>de</strong> <strong>controle</strong> P, o valor da MV é proporcio<strong>na</strong>l ao valor<br />

<strong>do</strong> erro, caso o valor <strong>de</strong> Kp seja pequeno é possível po<strong>de</strong> acontecer <strong>de</strong> não atingir o SP, e caso<br />

o valor seja alto po<strong>de</strong> ocorrer <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> ficar instável. A figura 2.32 exemplifican<strong>do</strong> a<br />

variação <strong>do</strong> ganho Kp.<br />

Figura 2.32 – Efeito da Variação <strong>de</strong> Kp<br />

Fonte: NOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA<br />

Na figura 2.32 po<strong>de</strong>-se visualizar o efeito <strong>do</strong> aumento <strong>de</strong> Kp, da esquerda para direita, <strong>na</strong><br />

imagem foi utiliza<strong>do</strong> Pb (banda proporcio<strong>na</strong>l), que é o inverso <strong>de</strong> Kp multiplica<strong>do</strong> por 100.<br />

No primeiro caso como Kp era muito pequeno então o valor alcança<strong>do</strong> pela PV foi bem<br />

abaixo <strong>do</strong> SP, já no segun<strong>do</strong> caso o valor da PV ficou próximo <strong>do</strong> SP, e no terceiro como o<br />

valor <strong>de</strong> Kp foi gran<strong>de</strong> o <strong>sistema</strong> ficou instável oscilan<strong>do</strong> em torno <strong>do</strong> SP.<br />

Para mostrar o efeito da ação integral, tem-se que mostrar um <strong>controle</strong> PI, pois não existe um<br />

controla<strong>do</strong>r somente I, a ação integral busca diminuir o erro para zero, ou seja, ela busca


diminuir o retirar o erro que ação proporcio<strong>na</strong>l não consegue. Com isso ela produz um ganho<br />

proporcio<strong>na</strong>l ao produto erro x tempo. A figura 2.33 <strong>de</strong>monstra a ação <strong>de</strong> um controla<strong>do</strong>r PI.<br />

Figura 2.33 – Inclusão da Ação Integral<br />

Fonte: NOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA<br />

Nos gráficos da esquerda po<strong>de</strong>-se perceber que a PV e MV já estão estabilizadas mesmo sem<br />

ter alcança<strong>do</strong> o valor <strong>do</strong> SP, o que acontece freqüentemente em <strong>controle</strong>s puramente<br />

proporcio<strong>na</strong>is, já nos gráficos da direita percebe-se a ação integral agin<strong>do</strong> diminuin<strong>do</strong> o erro<br />

para zero.<br />

E por ultimo a ação <strong>de</strong>rivativa, essa ação, como ocorre com a integral, não ocorre sozinha por<br />

isso será usa<strong>do</strong> um <strong>controle</strong> PD para exemplificar sua ação. Essa ação tem como objetivo<br />

reduzir as variações <strong>de</strong> PV, ou seja, ela irá evitar que o valor da PV aumente ou diminua<br />

rapidamente. Então a ação <strong>de</strong>rivativa só irá atuar quan<strong>do</strong> ocorrer variação <strong>do</strong> erro, caso<br />

contrário sua ação será nula. A figura 2.34 serve para exemplificar essa ação.<br />

45


Figura 2.34 – Efeito da Ação Derivativa<br />

Fonte: NOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA<br />

Como se po<strong>de</strong> perceber a inclusão da ação <strong>de</strong>rivativa diminui a oscilação da PV e da MV,<br />

tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong> as duas mais estáveis.<br />

46


3. APLICAÇÃO DO CONTROLE<br />

Para facilitar a explicação <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s para a realização <strong>do</strong> <strong>controle</strong>, a explicação<br />

será divida em três partes, configuração e programação <strong>do</strong> CLP, configuração <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r<br />

OPC e por último a programação <strong>do</strong> LabVIEW ® .<br />

3.1. CLP<br />

O CLP utiliza<strong>do</strong> foi o mo<strong>de</strong>lo VersaMax produzi<strong>do</strong> pela GE Fanuc com três módulos <strong>de</strong><br />

comunicação: um <strong>de</strong> entrada a<strong>na</strong>lógica, um <strong>de</strong> saída a<strong>na</strong>lógica e um <strong>de</strong> saída digital, além da<br />

fonte <strong>de</strong> alimentação e CPU.<br />

Para se começar a trabalhar com o CLP primeiro <strong>de</strong>ve-se ter alguns <strong>do</strong>s softwares <strong>de</strong><br />

programação, que é o CIMPLICITY Machine Edition ou Proficy Machine Edition, para esse<br />

caso foi utiliza<strong>do</strong> o CIMPLICITY Machine Edition.<br />

Após o software instala<strong>do</strong> e pronto para utilização, abre-se o software que apresenta como tela<br />

inicial, imagem semelhante a mostrada <strong>na</strong> figura 3.1.<br />

Figura 3.1 – Tela inicial CIMPLICITY Machine Edition<br />

Nessa tela opta-se criar um novo Machine Edition Template, então abre-se uma tela<br />

semelhante a da figura 3.2.


Figura 3.2 – Escolha <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> CLP e nome <strong>do</strong> Projeto<br />

Nessa tela <strong>de</strong>ve-se escolher o nome <strong>do</strong> projeto e o mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> CLP que será usa<strong>do</strong>, para o caso<br />

foi escolhi<strong>do</strong> REFRIGERACAO para o nome <strong>do</strong> projeto e mo<strong>de</strong>lo GE Fanuc Versamax PLC.<br />

Após esses passos abre-se uma tela semelhante à tela apresentada <strong>na</strong> figura 3.3 on<strong>de</strong> se inicia<br />

a configuração <strong>do</strong> CLP.<br />

Figura 3.3 – Tela inicial para Programação e Configuração <strong>do</strong> CLP<br />

Depois <strong>de</strong>sse início o primeiro passo é realizar as configurações <strong>de</strong> hardware. O CLP<br />

trabalha<strong>do</strong> contém um módulo <strong>de</strong> entrada a<strong>na</strong>lógica, um módulo <strong>de</strong> saída a<strong>na</strong>lógica, um<br />

módulo <strong>de</strong> saída digital, três bases idênticas, uma CPU e uma fonte, <strong>de</strong> respectivos mo<strong>de</strong>los,<br />

IC200ALG230G, IC200ALG320G, IC200MDL940H, IC200CHS022J, IC200CPUE05-FH E<br />

IC200PWR102F.<br />

48


A configuração <strong>de</strong> hardware (figura 3.4) situa-se <strong>na</strong> parte esquerda <strong>do</strong> CIMPLICITY, a<br />

primeira configuração contém uma fonte IC200PWR001 e CPU IC200CPU001, essas <strong>de</strong>vem<br />

ser substituídas pela configuração utiliza e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>vem ser adicio<strong>na</strong>das à base e por fim os<br />

módulos, os módulos <strong>de</strong>vem ser adicio<strong>na</strong><strong>do</strong>s <strong>na</strong> or<strong>de</strong>m em que serão utiliza<strong>do</strong>s <strong>na</strong> montagem.<br />

Figura 3.4 – Configuração <strong>de</strong> hardware inicial e configuração <strong>de</strong> hardware utilizada<br />

Então se começa a programação, para facilitar a leitura, programação e <strong>de</strong>puração <strong>de</strong> erros, o<br />

programa foi dividi<strong>do</strong> em vários LD BLOCK, ao invés <strong>de</strong> escrever o programa to no LD<br />

BLOCK MAIN. O LD BLOCK funcio<strong>na</strong> como uma função que quan<strong>do</strong> chamada pelo bloco<br />

MAIN executa toda sua lógica. As figuras 3.5 a 3.9 mostram as linhas <strong>de</strong> programação.<br />

O bloco MAIN contém somente linhas semelhantes a linha mostrada <strong>na</strong> figura 3.5, essa linha<br />

realiza a chamada <strong>do</strong>s outros LD BLOCK, a bobi<strong>na</strong> no fi<strong>na</strong>l da linha não executa nenhuma<br />

função, só que o bloco CALL necessita <strong>de</strong> uma bobi<strong>na</strong> após sua utilização, caso não se utilize<br />

<strong>de</strong>ssa bobi<strong>na</strong> ocorre erro programação.<br />

Figura 3.5 – Linha <strong>de</strong> programação Bloco Main<br />

O LD BLOCK TP_ACIO é o responsável pelo recebimento da informação <strong>do</strong> supervisório e<br />

informar para o CLP qual o tipo <strong>de</strong> acio<strong>na</strong>mento. Este bloco contém quatro linhas<br />

semelhantes às mostradas <strong>na</strong> figura 3.6, essa linha permite que no caso <strong>do</strong>s botões <strong>de</strong><br />

emergência <strong>do</strong> supervisório e físico não estejam pressio<strong>na</strong><strong>do</strong>s, o botão liga geral <strong>do</strong><br />

49


supervisório esteja pressio<strong>na</strong><strong>do</strong> e quan<strong>do</strong> o botão <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> acio<strong>na</strong>mento for pressio<strong>na</strong><strong>do</strong>,<br />

manter o tipo <strong>de</strong> acio<strong>na</strong>mento ativo até que o botão liga geral seja pressio<strong>na</strong><strong>do</strong> novamente.<br />

Figura 3.6 – Linha <strong>do</strong> Bloco TP_ACIO<br />

O bloco ACIO_1 contém quatro linhas semelhantes a linha da figura 3.7, essa linha funcio<strong>na</strong><br />

da seguinte forma, o contato é acio<strong>na</strong><strong>do</strong> pelas bobi<strong>na</strong>s <strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> acio<strong>na</strong>mento, capa tipo <strong>de</strong><br />

acio<strong>na</strong>mento acio<strong>na</strong> as bobi<strong>na</strong>s que acio<strong>na</strong>rá fisicamente os dispositivos necessários para<br />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> acio<strong>na</strong>mento. Para o caso ARxAR será acio<strong>na</strong><strong>do</strong> a válvula solenói<strong>de</strong>, o<br />

ventila<strong>do</strong>r <strong>do</strong> evapora<strong>do</strong>r, o ventila<strong>do</strong>r <strong>do</strong> con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r e o compressor e assim por diante <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong>.<br />

Figura 3.7 – Linha <strong>do</strong> Bloco ACIO_1<br />

Após esses blocos contém <strong>do</strong>is LD BLOCK semelhantes PID e PID_2, esses <strong>do</strong>is blocos<br />

controlam as rotações da bomba <strong>do</strong> con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>r e <strong>do</strong> motor <strong>do</strong> compressor respectivamente,<br />

um exemplo é mostra<strong>do</strong> <strong>na</strong> figura 3.8.<br />

Figura 3.8 – Bloco PID<br />

50


Esse bloco realiza uma série <strong>de</strong> cálculos que conforme a diferença da PV, ou seja, a<br />

temperatura a ser controlada, para o SP , valor <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> <strong>de</strong> temperatura, <strong>de</strong>termi<strong>na</strong> o valor<br />

para Control Variable (CV), ou MV, variável controlada ou manipulada, no caso a rotação <strong>do</strong><br />

compressor ou da bomba, que irá atuar <strong>de</strong> modifican<strong>do</strong> a PV.<br />

Para fi<strong>na</strong>lizar a parte <strong>de</strong> configuração e programação <strong>do</strong> CLP é necessário informar quais<br />

variáveis serão fornecidas e recebidas pelo servi<strong>do</strong>r OPC, para isso <strong>de</strong>ve-se adicio<strong>na</strong>r um<br />

componente chama<strong>do</strong> Ethernet Global Data. Após adicio<strong>na</strong>r serão criadas duas pági<strong>na</strong>s, uma<br />

Consumed Page e outra Produced Page, as variáveis que forem adicio<strong>na</strong>das <strong>na</strong> Consumed<br />

Page, serão as variáveis que o CLP irá receber <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r OPC e as variáveis adicio<strong>na</strong>das <strong>na</strong><br />

Produced Page serão as variáveis que o CLP irá fornecer para o servi<strong>do</strong>r. As variáveis po<strong>de</strong>m<br />

ser adicio<strong>na</strong>das uma a uma ou através <strong>de</strong> uma faixa <strong>de</strong> valores, para o caso foi utilizada uma<br />

faixa <strong>de</strong> valores, essa faixa é <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da pelo Length, o Length é <strong>na</strong>da mais que quantas<br />

variáveis a partir da inicial, colocada em Ref Addres,s serão disponibilizadas para o servi<strong>do</strong>r,<br />

<strong>na</strong> figura 3.9 são mostradas as configuração para Consumed e Produced Page.<br />

Figura 3.9 – Consumed e Produced Page<br />

Com isso está concluída a programação e configuração <strong>do</strong> CLP.<br />

3.2. Servi<strong>do</strong>r OPC<br />

O primeiro passo foi escolher um servi<strong>do</strong>r que aten<strong>de</strong>sse as especificações necessárias, por<br />

isso o servi<strong>do</strong>r utiliza<strong>do</strong> foi o MatrikonOPC for GE PLCs (figura 3.10), por ser o único<br />

encontra<strong>do</strong> que possuía uma versão <strong>de</strong> teste que comunica-se por tempo in<strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>do</strong>, pois a<br />

51


maioria <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res só comunicam durante duas horas, o único problema <strong>de</strong>sse servi<strong>do</strong>r é<br />

que se trata <strong>de</strong> uma versão Trial, portanto funcio<strong>na</strong> durante trinta dias.<br />

Figura 3.10 – Tela Inicial MatrikonOPC<br />

Para começar a configuração <strong>de</strong>ve se clicar em Edit e <strong>de</strong>pois em Define New. Conforme<br />

mostra<strong>do</strong> <strong>na</strong> figura 3.11.<br />

Figura 3.11 – Primeiro Passo para Configuração <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r OPC<br />

Então se abre uma janela, como a mostrada <strong>na</strong> figura 3.12, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve-se escolher o tipo <strong>de</strong><br />

servi<strong>do</strong>r OPC que será utiliza<strong>do</strong>. Como foi configura<strong>do</strong> no CLP a comunicação tipo Ethernet<br />

Global Data o objeto escolhi<strong>do</strong> será GE EGD Network<br />

52


Figura 3.12 – Escolha <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> comunicação<br />

Após selecio<strong>na</strong><strong>do</strong> GE EGD Network abre-se uma janela como a mostrada <strong>na</strong> figura 3.13, on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ve-se colocar o nome da re<strong>de</strong>, a placa <strong>de</strong> re<strong>de</strong> que será utilizada, a porta por on<strong>de</strong> a<br />

informação trafegará, o atraso entre uma tentativa <strong>de</strong> conexão e outra, e o último parâmetro<br />

permite que você disponibilize essa informação para to<strong>do</strong>s os que tenham interesse <strong>na</strong> re<strong>de</strong> ou<br />

para somente um CLP, caso o valor seja 1 a informação fica disponibilizada para toda re<strong>de</strong>.<br />

Figura 3.13 – Definição das configurações básicas <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r OPC<br />

Após <strong>de</strong>ve-se clicar com o botão direito <strong>do</strong> mouse no ca<strong>na</strong>l cria<strong>do</strong> e então clicar em Define<br />

New então uma nova janela para inserção <strong>de</strong> objetos abrirá. Nela conterá <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> objetos<br />

GE EGD Consumer e GE EGD Producer, enquanto o GE EGD Consumer receberá da<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

CLP o GE EGD Producer irá fornecer da<strong>do</strong>s para o CLP. Por isso adicio<strong>na</strong>-se os <strong>do</strong>is objetos,<br />

mas se começa pelo GE EGD Consumer. Após adicio<strong>na</strong>r o GE EGD Consumer abrirá uma<br />

janela como a mostrada <strong>na</strong> figura 3.14.<br />

53


Figura 3.14 – Configurações Gerais <strong>do</strong> GE EGD Consumer<br />

Nessa janela a configuração mais importante é o Producer ID que é o en<strong>de</strong>reço IP <strong>do</strong> CLP<br />

que irá fornecer da<strong>do</strong>s para o servi<strong>do</strong>r. Depois <strong>de</strong>ve-se clicar <strong>na</strong> aba exchange então<br />

configurar quais as variáveis serão trocadas, as configurações nessa parte <strong>de</strong>vem ser idênticas<br />

as configurações feitas <strong>na</strong> Produced Page no CLP. Conforme mostra<strong>do</strong> <strong>na</strong> figura 3.15.<br />

Figura 3.15 – Configuração Consumer Exchange<br />

Após <strong>de</strong>ve-se adicio<strong>na</strong>r o GE EGD Producer (figura 3.16), as configurações gerais <strong>do</strong><br />

Producer é somente o en<strong>de</strong>reço IP <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r que irá fornecer da<strong>do</strong>s para o CLP. Depois<br />

<strong>de</strong>ve-se partir para a aba Exchange (figura 3.17) e indicar as variáveis que serão enviadas para<br />

o CLP, lembran<strong>do</strong> que <strong>de</strong>vem ser idênticas as variáveis configuradas <strong>na</strong> Consumed Page <strong>do</strong><br />

CLP.<br />

54


Figura 3.16 – Configurações Gerais <strong>do</strong> GE EGD Producer<br />

Figura 3.17 – Configuração Producer Exchange<br />

Com isso o servi<strong>do</strong>r OPC está configura<strong>do</strong> e já esta comunican<strong>do</strong> com o CLP, restan<strong>do</strong><br />

somente o programa que irá produzir da<strong>do</strong>s para o servi<strong>do</strong>r enviar aos CLP.<br />

3.3. LabVIEW<br />

Para tor<strong>na</strong>r a explicação <strong>do</strong> que foi feito no LabVIEW mais clara, essa será dividida em três<br />

partes, criação e configuração <strong>do</strong> Cliente OPC, a interface <strong>de</strong> usuário e por último a lógica<br />

utilizada.<br />

55


3.3.1. Cliente OPC<br />

A função <strong>do</strong> Cliente OPC é realizar a interface entre o servi<strong>do</strong>r OPC e o VI <strong>do</strong> LabVIEW. O<br />

VI funcio<strong>na</strong> como se fosse uma função e para o caso será utiliza<strong>do</strong> como base para toda<br />

programação no LabVIEW. A criação <strong>do</strong> Cliente OPC é bem simples, primeiro <strong>de</strong>ve-se abrir<br />

o LabVIEW e <strong>na</strong> tela inicial (figura 3.18) criar um Empty Project.<br />

Figura 3.18 – Tela inicial LabVIEW<br />

Então abrirá um tela como a mostrada <strong>na</strong> figura 3.19, nessa tela <strong>de</strong>ve-se clicar com o botão<br />

direito em “My Computer” em “New” e por fim em “I/O Server” (figura 3.20). Com isso<br />

inicia-se a criação <strong>do</strong> Cliente. A opção <strong>de</strong> criação <strong>do</strong> I/O Server só ficará disponível após a<br />

instalação <strong>do</strong> toolkit DSC <strong>do</strong> LabVIEW.<br />

Figura 3.19 – Tela inicial <strong>do</strong> Projeto<br />

56


Figura 3.20- Criação I/O Server<br />

Então <strong>na</strong> nova tela que irá abrir escolhe-se “OPC Client” (figura 3.21), então irá aparecer<br />

outra tela para a escolha <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r para o cliente (figura 3.22).<br />

Figura 3.21 – Criação <strong>do</strong> Cliente OPC<br />

Figura 3.22 – Escolha <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r para o Cliente<br />

57


O nome para o MatrikonOPC for GE PLCs é Matrikon.OPC.GE.1, então foi esse o servi<strong>do</strong>r<br />

selecio<strong>na</strong><strong>do</strong> para o Cliente. Então aparecerá uma nova biblioteca no projeto (Untitled Library<br />

1), com isso o cliente OPC estará cria<strong>do</strong> (figura 3.23).<br />

Figura 3.23 – Cliente OPC cria<strong>do</strong><br />

Agora o próximo passo é criação das variáveis que serão utilizadas pelo LabVIEW. Para a<br />

criação das variáveis <strong>de</strong>ve-se clicar com o botão direito em “Untitled Library 1” e então em<br />

“Create Bound Variable...”, então abrirá uma nova tela (figura 3.24), nessa <strong>de</strong>la <strong>de</strong>ve localizar<br />

o servi<strong>do</strong>r e então visualizar as variáveis que estão disponíveis para utilização e então <strong>de</strong>cidir<br />

quais serão utilizadas e clicar em Add.<br />

Figura 3.24 – Criação das Variáveis OPC<br />

Após selecio<strong>na</strong>das todas a variáveis que serão utilizadas pelo LabVIEW, as configurações <strong>do</strong><br />

Cliente OPC está pronta. Segue <strong>na</strong> figura 3.25 uma imagem <strong>do</strong> cliente após completamente<br />

configura<strong>do</strong> para o caso.<br />

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Figura 3.25 – Cliente OPC Configura<strong>do</strong><br />

Para a utilização das variáveis nos VIs é necessário somente clicar e arrastar a variável<br />

<strong>de</strong>sejada para <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> VI.<br />

3.3.2. Interface <strong>de</strong> Usuário<br />

A interface <strong>de</strong> usuário (figura 3.26) é bem simples e chega a ser auto-explicativa, Contém um<br />

botão Liga/Desliga Geral, quatro botões que acio<strong>na</strong>m os dispositivos para mo<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong>, quatro leds que indicam qual o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

funcio<strong>na</strong>mento está acio<strong>na</strong><strong>do</strong>, um botão <strong>de</strong> emergência um quadro com as seis temperaturas<br />

presente no processo, um quadro as pressões alta e baixa, <strong>do</strong>is gráficos indica<strong>do</strong>res para as<br />

temperaturas que <strong>de</strong>vem ser controladas, e <strong>do</strong>is quadros com parâmetros <strong>de</strong> <strong>controle</strong> PID para<br />

as variáveis controladas.<br />

Figura 3.26 – Interface <strong>de</strong> Usuário<br />

59


Para ligar o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong> <strong>de</strong>ve-se pressio<strong>na</strong>r o botão liga geral e <strong>de</strong>pois pressio<strong>na</strong>r o<br />

botão com mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ve-se manter o botão pressio<strong>na</strong><strong>do</strong> até que o<br />

led acenda indican<strong>do</strong> que o mo<strong>do</strong> foi acio<strong>na</strong><strong>do</strong>. O botão <strong>de</strong> emergência quan<strong>do</strong> pressio<strong>na</strong><strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sabilita to<strong>do</strong>s os equipamentos presentes no <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong>. Os quadros <strong>de</strong><br />

temperatura e pressão funcio<strong>na</strong>m somente como indica<strong>do</strong>res. Os gráficos foram utiliza<strong>do</strong>s<br />

somente para as temperaturas das águas quente e fria, pois é necessário realizar uma análise<br />

da temperatura ao longo <strong>do</strong> tempo para <strong>de</strong>finir os melhores parâmetros para o PID, e abaixo<br />

<strong>de</strong> cada gráfico segue os parâmetros <strong>de</strong> <strong>controle</strong> para o bloco PID que irá controlar aquela<br />

temperatura.<br />

8.3.3. Lógica <strong>do</strong> LabVIEW<br />

O LabVIEW possui uma linguagem <strong>de</strong> programação gráfica <strong>de</strong> fácil entendimento. Agora será<br />

explica<strong>do</strong> as principais linhas <strong>de</strong> programação utilizadas.<br />

Primeiro começa-se pela lógica <strong>do</strong>s botões utiliza<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> se insere um botão da interface<br />

<strong>do</strong> VI, o LabVIEW automaticamente cria um bloco para esse botão <strong>na</strong> tela <strong>de</strong> programação. A<br />

única lógica aplicada para os botões é a ligação com as variáveis que eles irão comandar<br />

(figura 3.27), para isso é só clicar e arrastar as variáveis <strong>do</strong> Cliente OPC.<br />

Figura 3.27 – Lógica <strong>do</strong> Botão Liga/Desliga Geral<br />

A lógica para os leds <strong>de</strong> indicação também é semelhante a <strong>do</strong>s botões, só que a variável que<br />

<strong>de</strong>ve ser ligada ao led (figura 3.28).<br />

Figura 3.28 – Lógica Led <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>mento ÁguaxÁgua<br />

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As lógicas das temperaturas foi um pouco mais complexa, pois não foi possível fazer a<br />

aquisição das temperaturas pelo CLP, pois o cartão <strong>de</strong> entrada a<strong>na</strong>lógica só permite quatro<br />

entradas e seriam necessárias oito, pois são seis temperaturas e duas pressões. Por isso foi<br />

utilizada a placa <strong>de</strong> aquisição da Natio<strong>na</strong>l Instruments (NI USB-6009).<br />

Outro problema que ocorri<strong>do</strong> com as entradas a<strong>na</strong>lógicas foi a presença <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> no si<strong>na</strong>l, com<br />

isso havia uma oscilação gran<strong>de</strong> no si<strong>na</strong>l, tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong> totalmente impossível a interpretação<br />

<strong>de</strong>sse si<strong>na</strong>l por isso foi utiliza<strong>do</strong> um filtro e um compressor <strong>de</strong> amostra, para melhorar esse<br />

si<strong>na</strong>l.<br />

Devi<strong>do</strong> isso o si<strong>na</strong>l sai <strong>de</strong> um bloco que representa a placa <strong>de</strong> aquisição, segue para o bloco <strong>do</strong><br />

filtro, <strong>de</strong>pois segue para o compressor <strong>de</strong> amostra, após segue para o bloco que realiza a<br />

conversão <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>, pois o si<strong>na</strong>l é capta<strong>do</strong> <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> corrente e <strong>de</strong>ve ser converti<strong>do</strong> para<br />

temperatura e por fim segue para o indica<strong>do</strong>r da temperatura e para um indica<strong>do</strong>r gráfico<br />

(figuras 3.29 e 3.30).<br />

Figura 3.29 – Lógica da Temperatura da Entrada da Válvula <strong>de</strong> expansão<br />

Figura 3.30 – Lógica temperatura Água Quente<br />

A lógica das pressões é um pouco diferente, pois a aquisição foi realizada pelo CLP, portanto<br />

o primeiro bloco é substituí<strong>do</strong> pela variável OPC (figura 3.31), mas o restante é idêntico.<br />

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Figura 3.31 – Lógica Pressão Alta<br />

Por fim a lógica das variáveis <strong>de</strong> <strong>controle</strong> necessárias pelo bloco PID. Também se trata <strong>de</strong><br />

uma lógica bem simples, <strong>na</strong> qual um <strong>controle</strong> numérico é liga<strong>do</strong> a variável <strong>de</strong>sejada (figura<br />

3.32).<br />

Figura 3.32 – Lógica Variável <strong>de</strong> Controle KI<br />

62


4. RESULTADOS<br />

No primeiro resulta<strong>do</strong> obti<strong>do</strong> espera-se que a temperatura da água fria atinja 6°C e então se<br />

inicia a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> quatro horas, sem a utilização <strong>de</strong> nenhuma carga<br />

térmica. Foram realiza<strong>do</strong>s três ensaios, o primeiro com a aplicação <strong>de</strong> um <strong>controle</strong> PI para a<br />

rotação <strong>do</strong> compressor, o segun<strong>do</strong> para <strong>controle</strong> “On-Off” com uma histerese <strong>de</strong> 0,5°C e o<br />

terceiro com um <strong>controle</strong> “On-Off” com histerese e 1°C.<br />

Gráfico 4.1 – Energia Consumida Ensaio <strong>de</strong> 4 horas sem carga.


Gráfico 4.2 – Temperatura Água Fria Ensaio <strong>de</strong> 4 horas sem carga.<br />

Gráfico 4.3 – Temperatura Água Quente Ensaio <strong>de</strong> 4 horas sem carga.<br />

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Gráfico 4.4 – Rotação <strong>do</strong> Compressor Ensaio <strong>de</strong> 4 horas sem carga.<br />

O segun<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> foi obti<strong>do</strong> após um teste com duração <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze horas, também inician<strong>do</strong><br />

em 6°C e sem a utilização <strong>de</strong> carga térmica. Foram realiza<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is ensaios um para o <strong>controle</strong><br />

PI e outro para o <strong>controle</strong> “On-Off” com histerese <strong>de</strong> 0,5°C.<br />

Gráfico 4.5 – Energia Consumida Ensaio <strong>de</strong> 12 horas sem carga.<br />

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Gráfico 4.6 – Temperatura Água Fria Ensaio <strong>de</strong> 12 horas sem carga.<br />

Gráfico 4.7 – Temperatura Água Quente Ensaio <strong>de</strong> 12 horas sem carga.<br />

66


Gráfico 4.8 – Rotação <strong>do</strong> Compressor Ensaio <strong>de</strong> 12 horas sem carga.<br />

Para o ultimo resulta<strong>do</strong> foram realiza<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is ensaios, um para o <strong>controle</strong> PI e ou para o “On-<br />

Off” com histerese 0,5°C, esses ensaios foram inicia<strong>do</strong>s com a temperatura <strong>de</strong> 6°C e após<br />

duas e três horas <strong>do</strong> ensaio foi inseri<strong>do</strong> um ebuli<strong>do</strong>r <strong>na</strong> água fria, durante 2,5 minutos,<br />

simulan<strong>do</strong> uma carga térmica inserida.<br />

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Gráfico 4.9 – Energia Consumida Ensaio <strong>de</strong> 4 horas com carga térmica.<br />

Gráfico 4.10 – Temperatura Água Fria Ensaio <strong>de</strong> 4 horas com carga térmica.<br />

68


Gráfico 4.11 – Temperatura Água Quente Ensaio <strong>de</strong> 4 horas com carga térmica.<br />

69


5. CONCLUSÃO<br />

O servi<strong>do</strong>r OPC no início apresentou alguns problemas <strong>de</strong> comunicação e se mostrou lento<br />

para o <strong>controle</strong>, mas após alguns testes e configurações aten<strong>de</strong>u perfeitamente a necessida<strong>de</strong>.<br />

O CLP e o LabVIEW funcio<strong>na</strong>ram como o <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> perfeitamente as necessida<strong>de</strong>s.<br />

O <strong>controle</strong> <strong>de</strong> temperatura da água quente mostrou-se eficiente. Pelas curvas apresentadas nos<br />

gráficos po<strong>de</strong>-se perceber a temperatura oscilou muito, mas manten<strong>do</strong>-se sempre entre os<br />

valores <strong>de</strong> 24,5 e 25,5°C, com isso aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover as mesmas<br />

condições exter<strong>na</strong>s em to<strong>do</strong>s os experimentos.<br />

A temperatura da água fria para os experimentos <strong>de</strong> quatro e <strong>do</strong>ze horas sem a aplicação <strong>de</strong><br />

carga térmica apresentou uma variação menor, após o primeiro pico, para o <strong>controle</strong> PI, com<br />

isso o <strong>controle</strong> PI apresentou um melhor <strong>controle</strong> da temperatura quan<strong>do</strong> não há variação da<br />

carga térmica que se <strong>de</strong>seja resfriar.<br />

Para o caso em que a carga térmica inter<strong>na</strong> varia muito, como foi o caso <strong>do</strong> experimento em<br />

que houve a aplicação <strong>de</strong> carga térmica, o comportamento <strong>do</strong> <strong>controle</strong> PI foi bem pareci<strong>do</strong><br />

com o <strong>controle</strong> On-Off, por isso se houver variação da carga térmica antes <strong>do</strong> <strong>controle</strong> PI ter<br />

atingi<strong>do</strong> o primeiro pico, o comportamento <strong>do</strong> <strong>controle</strong> PI será pareci<strong>do</strong> com o <strong>controle</strong> On-<br />

Off.<br />

A<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> os gráficos <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> energia, o <strong>controle</strong> PI foi o méto<strong>do</strong> que apresentou o<br />

maior consumo em to<strong>do</strong>s os experimentos, apesar da diferença não ser muito gran<strong>de</strong>.<br />

Com isso po<strong>de</strong>-se concluir que o méto<strong>do</strong> é eficiente para <strong>controle</strong> em <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> <strong>refrigeração</strong><br />

em que variação da carga térmica não é gran<strong>de</strong>. Para os casos em que essa variação é gran<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>-se tentar ajustar os parâmetros PI para que o <strong>sistema</strong> atenda as necessida<strong>de</strong>s.


Com relação ao consumo <strong>de</strong> energia, não foi possível obter uma economia com o méto<strong>do</strong><br />

utiliza<strong>do</strong>, mas toman<strong>do</strong> como base o experimento realiza<strong>do</strong> durante <strong>do</strong>ze horas, o consumo<br />

para o PI foi <strong>de</strong> 5,67 KWh enquanto para o On-Off foi <strong>de</strong> 5,13 KWh, uma diferença <strong>de</strong> 0,54<br />

KWh, o que representa um consumo superior <strong>de</strong> 32,4 KWh por mês, supon<strong>do</strong> que o<br />

equipamento funcione por 24 horas. Utilizan<strong>do</strong> o valor cobra<strong>do</strong> pela CEMIG sem a adição <strong>de</strong><br />

impostos e outras tarifas, que é 0,38978 R$/KWh (valor vigente <strong>de</strong> 08/04/2011 a 07/04/2012),<br />

representaria um aumento <strong>de</strong> R$ 12,68 no total consumi<strong>do</strong> em um mês. Esse valor po<strong>de</strong><br />

compensar, pois pelo méto<strong>do</strong> On-Off realiza-se <strong>de</strong>zoito partidas em 12 horas e no méto<strong>do</strong> PI<br />

realizada-se somente uma, o motor pelo méto<strong>do</strong> PI sofre um menor <strong>de</strong>sgaste necessitan<strong>do</strong><br />

menos <strong>de</strong> manutenção e corren<strong>do</strong> menores riscos <strong>de</strong> quebra.<br />

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