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relatório final do programa paraná biodiversidade - Instituto ...

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e, por meio de suas matas ciliares, propicia a conexão para outras áreas, como a reserva<br />

indígena de Mangueirinha, de 17.308 hectares, um <strong>do</strong>s maiores e mais bem conserva<strong>do</strong>s<br />

remanescentes da Floresta com Araucária no Paraná. Assim, o módulo agroecológico de<br />

meliponicultura implanta<strong>do</strong> no reassentamento foi considera<strong>do</strong> prioritário pelo Paraná<br />

Biodiversidade.<br />

Quan<strong>do</strong> o reassentamento foi constituí<strong>do</strong>, a demarcação <strong>do</strong>s lotes ocorreu de forma<br />

irregular, de maneira que as áreas de reserva legal e de APP não foram respeitadas. A área<br />

de APP, numa extensão de oito quilômetros, com diversos fragmentos, é coletiva, sen<strong>do</strong> vista<br />

pelos mora<strong>do</strong>res como área sem <strong>do</strong>no. Com os cursos e ofi cinas proporciona<strong>do</strong>s pelo Paraná<br />

Biodiversidade, os produtores se conscientizaram de que a APP não era “terra de ninguém”,<br />

mas espaço de to<strong>do</strong>s. O projeto também propiciou que as matas ciliares e de reserva legal<br />

fossem identifi cadas, refl orestadas (com o plantio de 50 mil mudas de árvores nativas)<br />

e, quan<strong>do</strong> necessário, fechadas, evitan<strong>do</strong> com isso a invasão de animais e promoven<strong>do</strong> a<br />

regeneração de espécies nativas e a recomposição da <strong>biodiversidade</strong> antes existente.<br />

A intenção é que, com o tempo, to<strong>do</strong>s os produtores <strong>do</strong> reassentamento venham a<br />

participar da meliponicultura, promoven<strong>do</strong> maior produção e comercialização e viabilizan<strong>do</strong><br />

a Casa <strong>do</strong> Mel para processamento, envase e rotulação de toda a produção. No fi nal de<br />

2008, já se produziam aproximadamente 100 quilos de mel/ano no assentamento.<br />

Um <strong>do</strong>s benefícios da meliponicultura é que, apesar da produção ser mais baixa,<br />

o mel – rico em propriedades medicinais - pode ser usa<strong>do</strong> para fi ns terapêuticos, o que<br />

agrega valor ao produto. Outro diferencial é a possibilidade de envolvimento de toda a<br />

família na produção, pois o manuseio não exige equipamentos de proteção, uma vez que<br />

as meliponíneas, ao contrário das abelhas africanas, são inofensivas. Outra facilidade é o<br />

fato de as famílias residirem e trabalharem agrupadas. O Paraná Biodiversidade apoiou<br />

o módulo com 250 caixas para as abelhas, construção da Casa <strong>do</strong> Mel, mudas de árvores<br />

nativas para o refl orestamento das áreas degradadas e a criação de uma reserva particular<br />

<strong>do</strong> patrimônio natural (RPPN), o que trará, entre outros benefícios, a captação de recursos<br />

fi nanceiros graças ao ICMS Ecológico.

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