estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL
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50 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />
Entrevistador 1: É você mesmo? Você se auto<strong>de</strong>nomina diretor, coor<strong>de</strong>nador, tem algum<br />
nome?<br />
Entrevistado: Eu acho que eu fiquei com essa função <strong>de</strong> diretor, <strong>de</strong> articulador pq há treze<br />
anos sobrevivi <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa estrutura <strong>de</strong> grupo e acabei assumindo isso, puxando isso pra<br />
mim, né, essa responsabilida<strong>de</strong>... e... mas isso não é impeditivo <strong>de</strong>ntro do grupo que se surgir<br />
um outro articulado que ele faça. É que esse trabalho <strong>de</strong> articulado é muito chato, né? Então<br />
tem que ter estômago pra fazê-lo. E eu acho que eu tenho, talvez mais... mais habilida<strong>de</strong>, mais<br />
tempo <strong>de</strong> experiência nisso aí, então eu me atiro mais pra fazer<br />
Entrevistador 1: E geralmente como é q você faz essa articulação? Pq são muitas pessoas,<br />
com funções diferentes... vocês têm sempre en<strong>con</strong>tros semanais... como é q funciona isso?<br />
Entrevistado: Na verda<strong>de</strong> a gente... sempre.... como a gente... somos em treze pessoas pra<br />
reunir todo esse pessoal e isso é um custo também... então a gente aproveita... a gente tá<br />
sempre se falando, mas a gente pega pra valer mesmo quando a gente já tá com algumas<br />
apresentações fechadas, então a gente pega uns dias mesmo antes pra começar a manter o<br />
espetáculo. Pq o espetáculo ele já tem uma estrutura. A gente... <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que ele surgiu, o circo<br />
chegou, a gente já fez pelo interior <strong>de</strong> São Paulo umas 25 cida<strong>de</strong>s. E fora isso, outras<br />
apresentações que a gente fez aqui na Capital... então já tem uma estrutura. Oq a gente<br />
precisa fazer é readquirir o ritmo, né, da apresentação, então isso com os ensaios a gente...<br />
Entrevistador 1: E daí pra marcar um ensaio, você telefona pra todo mundo, você manda email?<br />
Entrevistado: Manda e-mail... primeiro manda e-mail. A nossa estratégia é: manda e-mail. Aí a<br />
gente dá um tempo.<br />
Entrevistador 1: Quanto tempo?<br />
Entrevistado: Dois ou três dias... Alguns não respon<strong>de</strong>ram, então, liga. Aí a gente tenta ligar<br />
pra um fixo. Esse é o procedimento. Aí não <strong>con</strong>seguiu? Aí liga pro celular.<br />
Entrevistador 1: Então essa hierarquia é por um motivo e<strong>con</strong>ômico?<br />
Entrevistado: Também, claro... senão a gente... tem que pensar inclusive nesses... em como<br />
e<strong>con</strong>omizar, pq se toda a vez que dá vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ligar pra um artista você liga pro celular, no<br />
final do mês a <strong>con</strong>ta vai lá em cima<br />
Entrevistador 1: Por exemplo, o último ensaio que vocês tiveram, funcionou assim? Você<br />
mandou primeiro um e-mail...<br />
Entrevistado: Isso, primeiro um e-mail... <strong>de</strong>pois a gente...<br />
Entrevistador 1: As pessoas respon<strong>de</strong>ram? Elas acessam bastante e-mail?<br />
Entrevistado: Algumas... é... acessam... eu diria 60%, 70% respon<strong>de</strong>u por e-mail. Que aí as<br />
pessoas abrem nos mais diversos horários, né, os seus e-mails. Eu tenho uma rotina <strong>de</strong> abrir<br />
sempre <strong>de</strong> amanhã e à noite, mas tem gente que faz isso ao longo da noite, da madrugada,<br />
também respon<strong>de</strong>, né?<br />
Entrevistador 1: Aí eles <strong>con</strong>firmaram, então 60%, "sim, estarei lá". Aí os outros você ligou pro<br />
fixo?<br />
Entrevistado: Pro fixo... Aí você en<strong>con</strong>tra... em casa... digamos que mais uns 20% você<br />
en<strong>con</strong>tra em casa e o restante...<br />
Entrevistador 1: Aí sobra um pouquinho pro celular?<br />
Entrevistado: Sobra pro celular... Às vezes quando a gente tem uma certa urgência, que<br />
ninguém respon<strong>de</strong>u, aí a gente começa <strong>de</strong>sesperado a ligar pro celular, que é a última<br />
possibilida<strong>de</strong>, assim...<br />
Entrevistador 1: Como você caracterizaria, em poucas frases, o trabalho <strong>de</strong> um artista <strong>de</strong><br />
teatro <strong>de</strong> rua?<br />
Entrevistado: É um trabalho árduo, porém muito satisfatório. Pq... a garantia <strong>de</strong> público é<br />
maior, né? In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da qualida<strong>de</strong> do trabalho que você apresenta. Você num precisa<br />
ven<strong>de</strong>r ingresso antecipado, você num precisa ter bilheteiro, nada. Então assim, a gente chega<br />
na rua, num lugar que é bastante movimentado ou que tem um potencial pra aglomerar<br />
Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina