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37 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero fiquei indo e trabalhando de figurante onde eu ganhava um cachê de oito reais, e ainda a produtora me pagava em cheque esse oito reais... e a gente era carinhosamente chamado de tapa-buraco. Mas aí isso foi em 95, 96 onde eu fiz um teste pra ópera Aída, e foi maravilhoso a ópera alí porque, aí eu conheci o Copoti, que foi a pessoa que me levou pra teatro, aonde eu conheci a Noêmia em 96. Tava falando pra ele: a minha primeira experiência de palco foi a ópera Aída, né? onde a gente fazia... na verdade era um... 150 figurantes, né? porque os protagonistas eram cantores. E a gente fazia o guardiões da egípcio, tal... é muito legal, curti muito essa história. Aí não parei mais. Aí fui mesmo estuda teatro. Escola mesmo. Depois do teatro... eu não cheguei a concluir o teatro porque me apresentaram pra uns professores de circo, onde eu fui... onde eu conheci o universo circense. Quando eu entrei, eu vi aquelas pernas-de-pau andando, o pessoal jogando malabares... Achei maravilhoso aquilo. Larguei praticamente tudo, até o estudo do teatro só pra seguir com o circo, que com o circo eu sigo até hoje, com a linha mesmo circense. Pesquisador 1: Mas como linguagem, ou como prática, porque o circo é praticamente uma... um estilo de vida, né? Entrevistado 2: Os dois. Tudo. Hoje o meu trabalho é com a linha circense. Tudo que eu faço eu vejo circo, eu vejo perna-de-pau, malabares andando no palhaço. Pesquisador 1: mas você é nômade também, você faz apresentações em circo? Entrevistado 2: Diversos lugares. Eu mesmo, até pegar um celular pra mim, eu tenho o celular hoje como meu escritório, que eu ando (?) porque todos os meus trabalhos eu fecho no celular. As vezes na minha casa, lógico quando eu tô, mas a maioria é no meu celular. E é bem nômade mesmo. Eu trabalho com uma companhia aqui, trabalho com uma outra alí... se der, num dia, chego a trabalhar em duas companhias fazendo apresentações de perna-de-pau mais puxado pra propaganda. Eles contratam perna-de-pau pra ficar na porta de uma loja, divulgando aquela marca, aquela propaganda. E eu trabalho... esse é o meu trabalho hoje. E fora o teatro de rua, né? na verdade como o teatro de rua nunca deu uma ... um sustento certo, eu parti pra esse lado da propaganda mesmo, de fazer perna-de-pau. De usar pra perne em circense, né? de ficar um palhaço lá, fazendo malabares, brincando com os clientes que vão entrar na loja divulgando aquela mercadoria... É esse o meu trabalho. Pesquisador 1: E pra te contatar, é o celular? Entrevistado 2: Celular. Primeiro. É o celular, segundo, o telefone fixo. Pesquisador 1: E te ligam muito no fixo? Entrevistado 2: me ligam, sim, mas mais no celular, acredito eu. Mais no celular. Só quando eu tô na minha casa e me ligam no celular: Então, liga na minha casa, fica aquela coisa de troca. Desliga e liga que eu tô em casa. Pesquisador 1: Isso você dá, esse aviso, esse toque? Entrevistado 2: Dou. Pesquisador 1: Por conta do ... você pensa na pessoa que tá ligando, no custo. Entrevistado 2: É também do preço, do custo de ligação e tal. As vezes, eu tava olhando agora os planos, parece que hoje tá ficando mais barato você ligar de um celular (tava falando de custo-benefício), né? eu mesmo nesse fixo tô pagando setenta e oito centavos. Esse meu plano é de sessenta reais, você vê que você paga setenta e oito centavos . tá mais barato já do que um telefone fixo, né? que é um real e pouco, acho que é um real e quinze, não é isso? Pesquisador 3: – O telefone fixo é um real e quinze? Entrevistado 2: Por aí. Pesquisador 1: Pra fazer ligação pra celular, é. Entrevistado 2: É, pra celular, de fixo pra celular. Já que você ligou de um celular para outro celular você tá pagando mais barato. Pesquisador 1: Mas isso num plano de... Entrevistado 2: É aí tem vários planos, e o legal é isso, né? que eles... Pesquisador 1: Antes você não era da TIM. Você era de qual operadora? Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

Entrevistado 2: Vivo. 38 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Pesquisador 1: Vivo? Pré-pago. E você colocava crédito mais ou menos de quanto em quanto tempo? Entrevistado 2: Eu procurava manter de um em mês, mas na lógica mesmo ía dois, três mês sem colocar crédito. Pesquisador 1: E aí quais... mas você falava com as pessoas? Entrevistado 2: Falava. Pesquisador 1: Como? Entrevistado 2: Orelhão, ligava do orelhão. Esperava chegar na minha casa pra ligar. E esperava a pessoa me retornar a ligação. Mas eu percebi que tava ficando mais difícil mesmo. Assim no meu trabalho mesmo; as vezes eu perdia trabalho por causa disso. As pessoas não conseguiam falar comigo porque eu tava num local onde o celular não pega. No metrô, por exemplo. E no meu trabalho acontece muito isso: a pessoa vai ligar, quer um perna-de-pau. Se ela não conseguir já ligando pra outro, já tá fechando com outro. Então é coisa assim: pá, pá. Por isso que eu também optei de hoje ter um celular conta fixa. Porque se de repente eu pego uma ligação perdida... e outra: o orelhões públicos tão tudo quebrado! Todos! Você não encontra um orelhão bom. Tudo, tudo. E é horrível, é bagunçado. Eles fazem você perder cartão... eu já perdi cartão de 50 unidades dentro do telefone... Vou estourar aquele telefone... nunca estourei, mas sempre tive vontade, pra tomar meu cartão de volta... e .. fora o vandalismo, né, que acontece.. e sujo, e... tem telefone que você pega e ah... tudo sujo... chiclete, já aconteceu de grudar... nossa, horrível, horrível... Pesquisador 1: E o movimento? Você faz parte do movimento há muito tempo? Entrevistado 2: Eu acho que eu comecei nesse movimento desde o embrião. Desde o comecinho... eu entrei na... a minha primeira companhia de circo/teatro que unia as duas linguagens, foi com a Companhia Pavaneli, isso foi em 99, aonde outros grupos também de teatros e circo/teatro também começaram... foi até um pensamento coletivo mesmo. De começar a se unir e discutir aonde se apresentar, é... e pq se apresentar num teatro de rua, oq a gente pode ganhar nisso.. oq a política pode dar pras companhias que hoje estão buscando a linguagem de rua... então isso foi em 2000, 2001, né, que começou o primeiro movimento, né? Chamava "Se essa rua fosse minha". E foi o primeiro nome Pesquisador 1: E tinha essa noção de movimento, movimento "Se essa rua fosse minha"? Entrevistado 2: Isso, movimento. Até a gente cantava, né, aquela música.. (cantarolando) "Se essa rua, se essa rua..." E saía todo mundo cantando. E nisso participava bastante é... Pesquisador 1: Eles que num sabem provavelmente... É uma música infantil... Entrevistado 2: Popular, assim Pesquisador 1: Muito, toda criança conhece e aí é... (Rogério e Laura cantam juntos a música) Entrevistado 2: Eu acho que esse primeiro movimento (Laura continua cantando) Entrevistado 2:... reuniu mais, uns 25 a.... a conta eu num lembro mais direito.... uns 25 a 30 palhaços. Mulher, homens, artistas, né? Pernas-de-pau, a gente jogando malabares cantando essa música... Foi um movimento legal que aconteceu lá no Tucuruvi a primeira vez... Pesquisador 1: Ah, entáo vocês fazem manifestações públicas do movimento... Entrevistado 2: Fazemos Pesquisador 1: Tá... e tem alguma peridiocidade? Ou é de acordo com alguma causa... eu pra chamar a atenção pra algum aspecto específico? Como é que rola isso? Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

37 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />

fiquei indo e trabalhando <strong>de</strong> figurante on<strong>de</strong> eu ganhava um cachê <strong>de</strong> oito reais, e ainda a<br />

produtora me pagava em cheque esse oito reais... e a gente era carinhosamente chamado <strong>de</strong><br />

tapa-buraco. Mas aí isso foi em 95, 96 on<strong>de</strong> eu fiz um teste pra ópera Aída, e foi maravilhoso a<br />

ópera alí porque, aí eu <strong>con</strong>heci o Copoti, que foi a pessoa que me levou pra teatro, aon<strong>de</strong> eu<br />

<strong>con</strong>heci a Noêmia em 96. Tava falando pra ele: a minha primeira experiência <strong>de</strong> palco foi a<br />

ópera Aída, né? on<strong>de</strong> a gente fazia... na verda<strong>de</strong> era um... 150 figurantes, né? porque os<br />

protagonistas eram cantores. E a gente fazia o guardiões da egípcio, tal... é muito legal, curti<br />

muito essa história. Aí não parei mais. Aí fui mesmo estuda teatro. Escola mesmo. Depois do<br />

teatro... eu não cheguei a <strong>con</strong>cluir o teatro porque me apresentaram pra uns professores <strong>de</strong><br />

circo, on<strong>de</strong> eu fui... on<strong>de</strong> eu <strong>con</strong>heci o universo circense. Quando eu entrei, eu vi aquelas<br />

pernas-<strong>de</strong>-pau andando, o pessoal jogando malabares... Achei maravilhoso aquilo. Larguei<br />

praticamente tudo, até o estudo do teatro só pra seguir com o circo, que com o circo eu sigo<br />

até hoje, com a linha mesmo circense.<br />

Pesquisador 1: Mas como linguagem, ou como prática, porque o circo é praticamente uma...<br />

um estilo <strong>de</strong> vida, né?<br />

Entrevistado 2: Os dois. Tudo. Hoje o meu trabalho é com a linha circense. Tudo que eu faço<br />

eu vejo circo, eu vejo perna-<strong>de</strong>-pau, malabares andando no palhaço.<br />

Pesquisador 1: mas você é nôma<strong>de</strong> também, você faz apresentações em circo?<br />

Entrevistado 2: Diversos lugares. Eu mesmo, até pegar um celular pra mim, eu tenho o celular<br />

hoje como meu escritório, que eu ando (?) porque todos os meus trabalhos eu fecho no celular.<br />

As vezes na minha casa, lógico quando eu tô, mas a maioria é no meu celular. E é bem<br />

nôma<strong>de</strong> mesmo. Eu trabalho com uma companhia aqui, trabalho com uma outra alí... se <strong>de</strong>r,<br />

num dia, chego a trabalhar em duas companhias fazendo apresentações <strong>de</strong> perna-<strong>de</strong>-pau mais<br />

puxado pra propaganda. Eles <strong>con</strong>tratam perna-<strong>de</strong>-pau pra ficar na porta <strong>de</strong> uma loja,<br />

divulgando aquela marca, aquela propaganda. E eu trabalho... esse é o meu trabalho hoje. E<br />

fora o teatro <strong>de</strong> rua, né? na verda<strong>de</strong> como o teatro <strong>de</strong> rua nunca <strong>de</strong>u uma ... um sustento certo,<br />

eu parti pra esse lado da propaganda mesmo, <strong>de</strong> fazer perna-<strong>de</strong>-pau. De usar pra perne em<br />

circense, né? <strong>de</strong> ficar um palhaço lá, fazendo malabares, brincando com os clientes que vão<br />

entrar na loja divulgando aquela mercadoria... É esse o meu trabalho.<br />

Pesquisador 1: E pra te <strong>con</strong>tatar, é o celular?<br />

Entrevistado 2: Celular. Primeiro. É o celular, segundo, o telefone fixo.<br />

Pesquisador 1: E te ligam muito no fixo?<br />

Entrevistado 2: me ligam, sim, mas mais no celular, acredito eu. Mais no celular. Só quando eu<br />

tô na minha casa e me ligam no celular: Então, liga na minha casa, fica aquela coisa <strong>de</strong> troca.<br />

Desliga e liga que eu tô em casa.<br />

Pesquisador 1: Isso você dá, esse aviso, esse toque?<br />

Entrevistado 2: Dou.<br />

Pesquisador 1: Por <strong>con</strong>ta do ... você pensa na pessoa que tá ligando, no custo.<br />

Entrevistado 2: É também do preço, do custo <strong>de</strong> ligação e tal. As vezes, eu tava olhando agora<br />

os planos, parece que hoje tá ficando mais barato você ligar <strong>de</strong> um celular (tava falando <strong>de</strong><br />

custo-benefício), né? eu mesmo nesse fixo tô pagando setenta e oito centavos. Esse meu<br />

plano é <strong>de</strong> sessenta reais, você vê que você paga setenta e oito centavos . tá mais barato já do<br />

que um telefone fixo, né? que é um real e pouco, acho que é um real e quinze, não é isso?<br />

Pesquisador 3: – O telefone fixo é um real e quinze?<br />

Entrevistado 2: Por aí.<br />

Pesquisador 1: Pra fazer ligação pra celular, é.<br />

Entrevistado 2: É, pra celular, <strong>de</strong> fixo pra celular. Já que você ligou <strong>de</strong> um celular para outro<br />

celular você tá pagando mais barato.<br />

Pesquisador 1: Mas isso num plano <strong>de</strong>...<br />

Entrevistado 2: É aí tem vários planos, e o legal é isso, né? que eles...<br />

Pesquisador 1: Antes você não era da TIM. Você era <strong>de</strong> qual operadora?<br />

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