estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL
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32 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />
<strong>de</strong>la, o cara que leve a gente, faz transporte pra gente é meu vizinho, aí eu pego ele na rua <strong>de</strong><br />
casa, a gente vai pra casa da Ana e a maior parte das pessoas já estão lá, né? A gente sai<br />
junto da casa <strong>de</strong>la, então eu tenho o telefone das figuras que... eu fui pondo no meu telefone o<br />
das figuras que eu preciso... que eu sei que vai chegar num ponto diferente, então eu preciso<br />
ficar andando atrás, né? Porque assim, acho que não tenho também porque são muito crinça,<br />
a gente não <strong>con</strong>versa muito assim. A gente tá junto, brinca quando tá trabalhando, né? mas<br />
não é assim <strong>de</strong>...Ah, e daí a gente fica falando no telefone. Eu falo com a Ana, né? que é<br />
minha amiga, a gente cria junto, trabalha junto mesmo. Os outros é... são as crianças, são uns<br />
meninos assim e a gente... Se eu tenho 52 anos, eles têm 18, têm 20, têm 16... O nosso grupo<br />
tem gente <strong>de</strong> 16 anos, que é a filha mais nova da Ana, e tem uma velhinha lá <strong>de</strong> 70 anos, que<br />
são as cantoras, as nossas cantoras, as sopranos do nosso grupo. De 70, 66 essas figuras.<br />
Que essas também é oytra coisa assim: a gente não precisa se preocupar. A gente fala que vai<br />
ter espetáculo às cinco, às quatro elas já estão no lugar, enten<strong>de</strong>? Então com elas eu não<br />
preciso me preocupar. Elas vem <strong>de</strong> bem longe da cida<strong>de</strong> e elas estão lá.<br />
Pesquisador 1: E elas se <strong>con</strong>hecem (?)...?<br />
Entrevistada 1: Se <strong>con</strong>hecem. Tem essa articulação assim, eu tenho articulação com o bloco,<br />
né? e das outras pessoas não tenho. Não tenho mesmo assim, porque não tenho uma ligação<br />
tão gran<strong>de</strong> com essas pessoas sim... com o Oróchi, que tem telefone, que eu não tenho o<br />
telefone <strong>de</strong>le... Eu tenho da Letícia, que é uma menina, também bem novinha <strong>de</strong>sse grupo, só<br />
que ela trabalha, e quando a gente vai se en<strong>con</strong>trar, a Letícia, ela é operadora <strong>de</strong> telemarketing<br />
<strong>de</strong> manhã, geralmente a gente faz espetáculo <strong>de</strong> tar<strong>de</strong> e eu tenho que ficar... a Letícia vem do<br />
trabalho, aí eu fico, né? monitorando a Letícia chegar no ponto que a gente vai se en<strong>con</strong>trar. A<br />
razão é essa ainda, mas...<br />
Pesquisador 2: E você tem uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer uma ligação com mais <strong>de</strong> uma pessoa<br />
do grupo? Como uma <strong>con</strong>ferência?<br />
Entrevistada 1: Ao mesmo tempo? Olha, se eu tenho eu não sei. Eu não sei porque você sabe<br />
que eu sou gansa.<br />
Pesquisador 2: Você não usa?<br />
Entrevistada 1: Eu nunca usei, eu não sei se eu tenho. É por isso que eu não sei.<br />
Pesquisador 2: Seria útil?<br />
Entrevistada 1: Seria.<br />
Pesquisador 2: Seria pra enviar um alerta? Quando... as pessoas estão atrasasdas...<br />
Entrevistada 1: É... Conversar com várias ao mesmo tempo. É que eu não sei.<br />
Pesquisador 2: E seria possível também você enviar um torpedo para todas as pessoas do<br />
grupo?<br />
Entrevistada 1: Isso é, porque eu já enviei torpedo pra várias pessoas ao mesmo tempo, então<br />
eu sei que eu posso enviar o mesmo recado pra todo mundo.<br />
Pesquisador 2: Mas você não usa?<br />
Entrevistada 1: Nunca precisei, eu sempre usei só a ligação mesmo. Porque nesse ponto eu<br />
sou pentelha. Eu quero saber mesmo, eu quero ouvir a voz da pessoa. Eu quero ter certeza<br />
que o telefone não estava <strong>de</strong>sligado. É porque é uma aflição muito gran<strong>de</strong>, não é brinca<strong>de</strong>ira.<br />
É a única coisa assim super responsável nesse sentido. Eu sempre fico brincando, falando<br />
que: a gente fez aquele trabalho, o "abre mais" que a gente chegava a qualquer hora, mas na<br />
hora. Então a gente nunca marcava a hora que a gente ía fazer o trabalho, mas a gente sabia<br />
que uma hora a gente ía fazer. Começava se aprontar e quando tivesse pronto a gente ía. Mas<br />
essas coisas <strong>de</strong> teatro, eu sempre falo: se tem que começar na hora, tem que começar na<br />
hora. Trabalho <strong>de</strong> teatro é trabalho <strong>de</strong> teatro. O cara tem um espetáculo às 21 horas, é às 21<br />
horas, não é às 21:40. Se a gente vai fazer um trabalho na praça aí nesse dia que tá marcado<br />
às 16 horas, é às 16 horas. Você tem que tá lá. Po<strong>de</strong> até não começar às 16 horas por alguma<br />
razão qualquer <strong>de</strong> lá, <strong>de</strong>u rolo, alguma <strong>con</strong>tingência do momento ali, do local, mas a gente tem<br />
que tá lá bem antes, pra que isso a<strong>con</strong>teça às 16 horas. E nesse ponto assim é...é gozado, é<br />
uma coisa muito... é um sentimento muito religioso em relação ao teatro. Eu posso atrasar um<br />
en<strong>con</strong>tro (e é louco, porque isso já a<strong>con</strong>teceu) com um super diretor <strong>de</strong> empresa que ía me<br />
Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina