31.05.2013 Views

estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

30 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />

Pesquisador 3: – Muitas das pessoas só recebem...?<br />

Entrevistada 1: A maioria das pessoas só recebem, mas isso aí: alguém ligou pra aquele<br />

telefone que recebe. Então <strong>de</strong> qualquer maneira, ter um monte <strong>de</strong> telefone no mercado que, a<br />

maior parte do tempo ficam sem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer uma ligação, mas <strong>con</strong>seguem receber<br />

uma ligação, eles tão gerando investimento pras operadoras. Tão gerando renda pras<br />

operadoras porque alguém tá pagando a ligação até aquele telefone. Afora umas louca, que<br />

nem eu, que pega uns doido que nem ele quando não tinha crédito no telefone <strong>de</strong>le, que ligava<br />

no meu a cobrar. Então alguém paga essa <strong>con</strong>ta <strong>de</strong>ssa ligação <strong>de</strong> um telefone que não tem<br />

crédito faz. Sempre existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse telefone gerar receita pras operadoras. De<br />

alguma forma isso vira dinheiro. Por isso que eu acho que no começo, quando as operadoras<br />

ficavam cortando o telefone da pessoa quando ela não...principalmente esses pré-pago quando<br />

não tinha crédito, eu achava uma burrice, porque alguém paga essa operação. Se o sujeito tá<br />

recebendo, alguém fez essa ligação pra chegar no telefone <strong>de</strong>le. Então alguém gastou. Esse<br />

dinheiro <strong>de</strong> alguma maneira vai entrar pra alguma operadora. Essa operação a<strong>con</strong>teceu e<br />

gerou um custo, e virou dinheiro no mercado.<br />

Pesquisador 3: – E você é que é a responsável do grupo?<br />

Entrevistada 1: Pelo trabalho disso exatamente, não, mas pela essa coisa burocrática, sim.<br />

Pesquisador 3: – chegando tar<strong>de</strong> eu ouvi você dizer que estava "monitoriando" a gente, que é<br />

uma responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>... <strong>de</strong> responsável...<br />

Entrevistada 1: Exatamente.<br />

Pesquisador 2: Mas a minha pergunta é: se o grupo usa o telefone para outras coisas que<br />

para o monitorio?<br />

Entrevistada 1: É, usa pra <strong>con</strong>versar, <strong>de</strong> quando a gente tem alguma idéia e tá no meio da rua.<br />

Eu, por exemplo, quando tenho uma idéia no meio da rua e quero <strong>con</strong>tar pra Ana, quero falar<br />

com ele, eu falo! On<strong>de</strong> tiver. Eu não <strong>con</strong>sigo guardar a minha idéia até <strong>de</strong> noite pra falar.<br />

Inclusive assim, numa roda que a gente tá discutindo eu acho um saco fica fazendo aquelas:<br />

vezinha, inscrição pra falar. Porque eu acho que você tem uma idéia... a idéia é um negócio<br />

que é assim, né? é um insight, bateu assim, saiu da tua cabeça na hora e você vai esperar o<br />

seu décimo-oitavo lugar na fila pra falar, chega até lá eu já esqueci o que eu ía falar. Eu<br />

esqueço mesmo! É muito assim, é muito em cima do que está a<strong>con</strong>tecendo, né? Então as<br />

vezes saio, tô pensando um negócio legal, eu quero falar eu falo. Eu ligo e falo...pra...produzir<br />

idéia, pensamento, articular...<br />

Pesquisador 3: – Eles te chamam quando têm uma idéia?<br />

Entrevistada 1: Eles? Não sei, porque pensar é uma função minha! (risos) Pensar é um<br />

problema meu e eu penso pra caramba, né? Penso; a minha cabeça tá sempre funcionando,<br />

criando.<br />

Pesquisador 3: – Olha, sempre me liga quando tem uma idéia! Sempre, sempre, liga, liga<br />

sempre.<br />

Entrevistada 1: Eu ligo mesmo, é verda<strong>de</strong>. Já ligo pra Ana tb pra falar umas coisas que eu tô<br />

pensando. Eu ligo pra dar uma força assim, hoje por exemplo, eu tava no meio dum lance, falei<br />

assim: eu vou ligar pra Ana que tá lá na casa <strong>de</strong>la com pneumonia. Vou dizer pra ela se cuidar,<br />

comer salada <strong>de</strong> agrião que ela precisa sarar <strong>de</strong>sse pulmão... Ah, a Ana é a outra pessoa que<br />

coor<strong>de</strong>na o nosso trabalho, que criou esse processo aí, o Boi e fez toda a coor<strong>de</strong>nação<br />

artística <strong>de</strong>sse trabalho especificamente. Não tem nada pra falar, né? Fazendo uns carinho na<br />

orelha <strong>de</strong>la pra ela ficar menos baixo astral, a gente fazer uma zona. Então serve pra essas<br />

coisas tb. Fundamentalmente serve pra você dizer ao outro que você gosta <strong>de</strong>le. Que você<br />

quer falar com ele. Que você quer entrar em <strong>con</strong>tato com ele. E por outro, né? que minha<br />

cachorra não aten<strong>de</strong> o telefone; nem que eu <strong>de</strong>sse um pra ela. Gostaria que ela falasse comigo<br />

no telefone!<br />

(risos)<br />

Entrevistado 2: Quando fala dos celulares pré-pago, eu acho que ele tira a obrigação... da<br />

pessoa não pagar uma <strong>con</strong>ta. Eu acho que um dos motivos das pessoas, as vezes têm um<br />

celular pré-pago; talvez eu não seja tão racional assim que nem você <strong>de</strong> pensar em custo-<br />

Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!