estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

29 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero
vai acreditar nisso? E ela: - Eu acreditaria (porque ela tem uma filha de quatro anos). Falei: -
Ce tá doido!... não conhece nem a voz do filho ?!...
Pesquisador 1: O meu irmão foi seqüestrado umas seis vezes.
Entrevistado 2: Seis vezes?!
Pesquisador 1: É! Ligou pra minha cunhada...(risos) E eu fui de verdade e ninguém ficou
sabendo. O seqüestro relâmpago.
Entrevistado 2: Lá na casa da minha mãe, o máximo que aconteceu, foi a Estela, minha
cunhada que caiu num golpe... que era amiga de um presidiário, num presídio lá no Ceará;
preso no Ceará o cara ligou no celular, falando que participou de uma promoção, que ela vai
ganhar uma casa, que o nome dela vai sair no SBT, na televisão. E ela caiu nessa, começou
passando nome, dar informação, passou dinheiro, colocou crédito no celular do cara... e a tonta
ficou lá esperando o nome dela aparecer na televisão. Louca. É louca.
Entrevistada 1: Eu, heim!? É ruim. Eu demora pra cair as ficha nessas coisa, entende? Então
quando eu... nem ligo.
Pesquisador 3: – Noêmia, você trabalha com quanta gente no seu grupo?
Entrevistada 1: Treze pessoas.
Pesquisador 3: – Quantas?
Entrevistada 1: Treze.
Pesquisador 3: – Treze. E quantas tem telefone celular?
Entrevistada 1: Vamos ver... hum...Eu, Rogério,...
Pesquisador 3: – Já fizeram essas perguntas?
Pesquisador 1: Não.
Entrevistada 1: Não. Quantos têm, não. Eu, o Rogério, a Ana, a Letícia, a Luciana, quem
mais?... a Ana e a filha dela não são... o Chico, aí já tem uma meia-dúzia aqui, né? o Oróchi,
tem sete. Tem mais umas quatro pessoas, que são umas velhinhas que trabalham com a
gente, que cantam junto com a gente, que eu não sei se elas tem ou não. Mas tem pelo menos
umas sete pessoas, com certeza.
Pesquisador 3: – E essa gente tem sistema de pré-pago ou de pós-pago?
Entrevistada 1: Olha, noventa por cento (com exceção dele agora, que tem pós-pago), acho
que todo mundo tem pré-pago.
Pesquisador 3: – Salvo vocês.
Entrevistada 1: É.
Pesquisador 3: – E por quê eles têm pré-pago?
Entrevistada 1: Porque todo mundo acha que é mais barato e eu acho que não é. Eu acho que
todo mundo acha que é mais barato, acha que não vai...
Pesquisador 3: – E porque a gente acha que é mais barato?
Entrevistada 1: Porquê as pessoas acham que é mais barato? Não sei! Elas acham que elas
vão controlar mais o dinheiro que elas vão gastar, elas acham que elas põe só o dinheiro que
elas têm e as vezes a conta vem e você é obrigado a pagar aquilo que você gastou mesmo,
né? E se você tem trinta reais, você põe trinta reais de crédito, se você tem sessenta você põe
sessenta. E às vezes se você faz um plano de sessenta minutos (que a sua conta nunca fica
naqueles sessenta que você fala), é sessenta e cinco, é setenta, pode chegar lá a conta, e
você não tem dinheiro. Paga atrasado, paga com multa... acaba que, assim, do ponto de vista
do dinheiro em si, pode ser mais caro mesmo, você ter um pós-pago, mas a relação custobenefício
é bem mais interessante você ter um pós-pago do que um pré-pago. Eu
particularmente acho isso, porque... agora, muitas das pessoas (que é uma coisa legal pras
operadoras de telefonia), elas têm um telefone celular e elas usam ela assim: chama de pai-desanto,
aqui no Brasil, só recebe, né? só recebe ligação.
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