estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL
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21 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero q estar... Ainda mais que eu conheço a cidade pra caramba, eu consigo, se um sujeito falar... se ele não mentir pra mim, oq eu espero que não minta... que não fale assim que tá mais perto... pq às vezes eu tb faço com as pessoas – "Não, eu estou aí..." Sabe, - "to na Doutor Arnaldo", mas na verdade eu ainda estou ainda na Vila Leopoldina... Eu to a bem mais tempo de distância... se a pessoa não estiver mentindo muito... mas eu sempre dou esse desconto, pode estar mentindo um pouquinho... você vai conseguindo monitorar... então seu stress é menor, c fica menos angustiado... pq a gente chegou assim de ficar, sabe, o público lá dentro e você assim na coxia pronto... agoniada, arrancando os cabelos da cabeça pq alguém ainda não tinha chegado pra fazer o espetáculo... e não tinha como se comunicar. Pesquisador 1: E com o público? Isso é... é uma outra pergunta, né? Vocês usam o celular? Entrevistada 1: Pra? Pesquisador 1: Pra chamar o público, pra participar dessas apresentações? Entrevistada 1: Como assim, ligar pra pessoas e avisar de onde é o teu trabalho? Pesquisador 1: É... você tem algum público cativo?... É... não? Entrevistada 1: É... eu particularmente... nosso trabalho ele não tem... mas tem os amigos, tem as figuras que sempre usam celular.. pra... Pesquisador 1: Tá... Entrevistada 1: Pra mandar... Agora então , assim... usa o celular até dentro de casa. Por causa das promoções das operadoras, né? Aí você vai ... Esse Tim pra Tim que a gente fica brincando, né... Você liga... tem quinhentos minutos grátis pra falar do seu Tim para outro Tim qualquer, então claro que se você tem Tim eu acabo usando o celular, né? E aí você acaba avisando os amigos, avisando as pessoas também pelo celular, quando você vai ter alguma apresentação. Acho que eu vou fazer bastante isso agora que a gente vai fazer essa apresentação no dia (?) Pesquisador 1: É, e tem horário marcado, né? Entrevistada 1: É Pesquisador 1: Você divulga um horário e as pessoas podem aparecer.. Acho que por isso é importante... Entrevistada 1: Sei... Pesquisador 1: E pra dispersar é muito fácil, né? Eu imagino... Entrevistada 1: A rua? Pesquisador 1: É... Entrevistada 1: é, pq a rua é meio isso... tem as pessoas que chegam, as que passam e ficam, as que passam, ficam e vão, e as que... sei lá... que chegam e que ficam lá até o fim... aquelas que chegam pra acontecer, não acontece na hora e vai embora, pq fala – "oq tá acontecendo? Num tá acontecendo nada..." Ée isso... Pesquisador 1: Ahn... documentação... Pesquisador 2: Sempre tem... Pesquisador 1: Ah, desculpa... Pesquisador 3: - Você sempre tem um horário? Entrevistada 1: Desses agora, sim. Aqueles outros, o nosso trabalho antigo eu adorava pq era assim: Sai hoje A qualquer hora, mas na hora (risos). Era esse o nosso lema, você imagina pq que não tinha muito jeito de a gente sobreviver disso, nem nada pq com essa estrutura anarquista de pensamento (risos) só aconteceia a coisa ali... quem viu, viu, quem não viu... perdeu, né? Nem sei se era viu, né? Quem estava dentro... pq num tinha muito como ver aquele trabalho... você era... todo mundo que tava na rua... não tinha o q assistir... Tinha oq participar, né? Era uma coisa muito orgânica. Todo mundo interagia com o que acontecia... Pesquisador 1: E às vezes a gente esquece que o celular é um aparelho multimídia assim, né? Tem mil funções. Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina
22 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Entrevistada 1: Ele por exemplo me mostrou outro dia. Tirou uma foto do aparelho dele, novo, e me mandou uma fotografia! Eu falei AH! Não sabia que o meu celular poderia... ele não fotografa, mas ele pode receber uma foto! Não sabia, descobri domingo. Pesquisador 1: E rola alguma documentação? Ou seja do próprio espetáculo... do público... ou mesmo da cidade, né? De locais de apresentação... Entrevistada 1: Você fala o quê, fotografar? Pesquisador 1: É, se já aconteceu de usar o celular pra isso? Entrevistada 1: Fazer foto? Pesquisador 1: Foto, filmar, gravar o áudio... Entrevistada 1: Eu não, porque eu nunca tive um celular que fizesse isso, mas o Rogério aí, acabou de comprar um celular assim, e eu digo: oh, que legal, o meu próximo celular terá uma máquina fotográfica. Quando esse aqui quebrar e não funcionar mais, eu vou comprar um... Entrevistado 2: –Tava na verdade relutando pra ter um celular de... com câmera... Entrevistada 1: Eu? Entrevistado 2: É. Pra você só atender tava bom, mas você viu que eu comprei um legal que eu vou usar pra mil coisas... Entrevistada 1: É. É que dá pra filmar. É legal isso daí. Essa idéia de fazer... eu acho que vai ser legal. Porque foi a primeira coisa que eu falei pra ele quando eu vi que o celular dele...ele tava lá fotografando quando ele acabou de comprar o celular e ele falou: tô filmando! Eu falei: que legal, né? porque dava pra gente fazer. Aí então foi isso que eu falei mesmo. Falei: quando a gente for fazer os trabalhos na rua, né? aí dá pra filmar algumas coisas. Tem uns detalhesinhos, umas coisinhas que você quer assim... algum acontecimento, você pode, né? quando não tiver muito, não tiver em cena, nada, filmar, fotografar mesmo. E eu pensei... porque eu sou super aficcionada em fotografia, né? E é muito chato assim: eu tive uma câmera muito grande, depois uma menor... uma menorzinha muito vagabunda, eu não tinha uma câmera legal agora, né? Pequenininha e legal. E às vezes câmera é muito bandeira, assim. As pessoas tão fotografando de celular, você nem percebe. Parece até que ela tá falando no celular e de repente ela tá fotografando um troço que interessa, que la curtiu. Pode não sair uma foto lá essas coisas, porque eu não sei muito bem qual é que é assim a qualidade de imagem de uma foto feita no celular, né? Ou qual celular, porque deve ter alguns com umas super máquinas aí. Mas sempre é um registro, é a possibilidade de um registro. Tem ene cenas que eu vejo que só tão fotografadas na memória, né? Pesquisador 1: Tá... Noêmia - E pode ser legal isso. E o que eu acho legal, uma das coisas que sempre me angustiou muito em fotografar é a bandeira, né? Você está dando bandeira que você está fotografando. E eu acho que quando uma figura fotografa com o celular, você nem vê que ela tá fotografando. Primeiro com essa história digital, né? Olha a imagem quem aperta... Pesquisador 1: Pra quem tá atuando é melhor?, porque eu acho que deve desconcentrar... alguém na multidão assim... Entrevistada 1: Na rua, não faz diferença, porque na rua, criatura... Pesquisador 2: ...Se for pra desconcentrar...? Entrevistada 1: Meu Deus! Olha, eu acho assim: teatro de rua é uma coisa engraçada. A gente aprende, né? Eu, pelo menos, quando estudei a teoria do Stanyilavski que falava assim que... haja emoção pra resistir à uma luz de serviço, né? Porque o trabalho do ator... outro dia eu fiquei aqui pensando: a gente faz teatro na rua, não é nem só à luz de serviço que a gente resiste, né? a gente resiste à luz do sol, não é? Resiste a tudo quando você está na rua trabalhando, fazendo teatro. Não tem luz...(risos) Tem todas as luz, as buzina, os cachorro, papagaio... Entrevistado 2: E chuva ! Entrevistada 1: E chuva! E quem passar no meio do caminho. Entrevistado 2: A estréia do Boi foi debaixo de chuva! Ah! Dasabou, aquele negócio, a gente apresentando o Boi debaixo de uma marquise. Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina
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21 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />
q estar... Ainda mais que eu <strong>con</strong>heço a cida<strong>de</strong> pra caramba, eu <strong>con</strong>sigo, se um sujeito falar...<br />
se ele não mentir pra mim, oq eu espero que não minta... que não fale assim que tá mais<br />
perto... pq às vezes eu tb faço com as pessoas – "Não, eu estou aí..." Sabe, - "to na Doutor<br />
Arnaldo", mas na verda<strong>de</strong> eu ainda estou ainda na Vila Leopoldina... Eu to a bem mais tempo<br />
<strong>de</strong> distância... se a pessoa não estiver mentindo muito... mas eu sempre dou esse <strong>de</strong>s<strong>con</strong>to,<br />
po<strong>de</strong> estar mentindo um pouquinho... você vai <strong>con</strong>seguindo monitorar... então seu stress é<br />
menor, c fica menos angustiado... pq a gente chegou assim <strong>de</strong> ficar, sabe, o público lá <strong>de</strong>ntro e<br />
você assim na coxia pronto... agoniada, arrancando os cabelos da cabeça pq alguém ainda<br />
não tinha chegado pra fazer o espetáculo... e não tinha como se comunicar.<br />
Pesquisador 1: E com o público? Isso é... é uma outra pergunta, né? Vocês usam o celular?<br />
Entrevistada 1: Pra?<br />
Pesquisador 1: Pra chamar o público, pra participar <strong>de</strong>ssas apresentações?<br />
Entrevistada 1: Como assim, ligar pra pessoas e avisar <strong>de</strong> on<strong>de</strong> é o teu trabalho?<br />
Pesquisador 1: É... você tem algum público cativo?... É... não?<br />
Entrevistada 1: É... eu particularmente... nosso trabalho ele não tem... mas tem os amigos, tem<br />
as figuras que sempre usam celular.. pra...<br />
Pesquisador 1: Tá...<br />
Entrevistada 1: Pra mandar... Agora então , assim... usa o celular até <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa. Por<br />
causa das promoções das operadoras, né? Aí você vai ... Esse Tim pra Tim que a gente fica<br />
brincando, né... Você liga... tem quinhentos minutos grátis pra falar do seu Tim para outro Tim<br />
qualquer, então claro que se você tem Tim eu acabo usando o celular, né? E aí você acaba<br />
avisando os amigos, avisando as pessoas também pelo celular, quando você vai ter alguma<br />
apresentação. Acho que eu vou fazer bastante isso agora que a gente vai fazer essa<br />
apresentação no dia (?)<br />
Pesquisador 1: É, e tem horário marcado, né?<br />
Entrevistada 1: É<br />
Pesquisador 1: Você divulga um horário e as pessoas po<strong>de</strong>m aparecer.. Acho que por isso é<br />
importante...<br />
Entrevistada 1: Sei...<br />
Pesquisador 1: E pra dispersar é muito fácil, né? Eu imagino...<br />
Entrevistada 1: A rua?<br />
Pesquisador 1: É...<br />
Entrevistada 1: é, pq a rua é meio isso... tem as pessoas que chegam, as que passam e ficam,<br />
as que passam, ficam e vão, e as que... sei lá... que chegam e que ficam lá até o fim... aquelas<br />
que chegam pra a<strong>con</strong>tecer, não a<strong>con</strong>tece na hora e vai embora, pq fala – "oq tá a<strong>con</strong>tecendo?<br />
Num tá a<strong>con</strong>tecendo nada..." Ée isso...<br />
Pesquisador 1: Ahn... documentação...<br />
Pesquisador 2: Sempre tem...<br />
Pesquisador 1: Ah, <strong>de</strong>sculpa...<br />
Pesquisador 3: - Você sempre tem um horário?<br />
Entrevistada 1: Desses agora, sim. Aqueles outros, o nosso trabalho antigo eu adorava pq era<br />
assim: Sai hoje A qualquer hora, mas na hora (risos). Era esse o nosso lema, você imagina pq<br />
que não tinha muito jeito <strong>de</strong> a gente sobreviver disso, nem nada pq com essa estrutura<br />
anarquista <strong>de</strong> pensamento (risos) só a<strong>con</strong>teceia a coisa ali... quem viu, viu, quem não viu...<br />
per<strong>de</strong>u, né? Nem sei se era viu, né? Quem estava <strong>de</strong>ntro... pq num tinha muito como ver<br />
aquele trabalho... você era... todo mundo que tava na rua... não tinha o q assistir... Tinha oq<br />
participar, né? Era uma coisa muito orgânica. Todo mundo interagia com o que a<strong>con</strong>tecia...<br />
Pesquisador 1: E às vezes a gente esquece que o celular é um aparelho multimídia assim,<br />
né? Tem mil funções.<br />
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