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145 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero então assim que você chegar você se troca, que a gente já tá aqui, já tá em tal lugar, já vai começar, enfim”. Pesquisadora: Você poderia, a gente já falou um pouco sobre isso, mas vamos ver se... de elencar os ganhos significativos do uso de celular. Entrevistado: Ah, a rapidez da informação. Pesquisadora: Pro grupo, né? Entrevistado: É, as vezes você tem um espetáculo que tem 3, ou 4 pessoas e você não sabe se elas tem a data da apresentação. Essa coisa do evento... as vezes tem que fazer um espetáculo no Sabina... Essa coisa da informação as vezes ela tem que ser muito rápida. O evento tem essa coisa da urgência, sempre com pressa, é sempre pra ontem. Acaba ajudando nesse sentido. Ou num sei quem tá no Centro, alguém pode pegar a nota fiscal, “você pode passar na cooperativa e pegar a nota fiscal?”. Pesquisadora: Uma coisa de organização. Entrevistado: Essa coisa de receber os torpedos, eu consigo controlar o saldo da conta nos sms. É possível controlar e saber quanto tem na conta, e saber se dá pra fazer aquilo ou não. A gente vai uma apresentação, dá pra encher o tanque? Dá, tem saldo. Quando você tem umas movimentações que não registra, que eu não entendo muito bem. Por exemplo, eu compro alguma coisa de 10 reais, aí eu vou saber quanto tem na conta. Ele me manda um torpedo e eu vou conseguir saber o quanto tem na conta. As vezes eu quero saber, não tenho como ir até o banco e tirar um extrato. Tem o telefone também, mas aí tem que ligar pra saber, mas aí ligar do celular fica caro. Melhor comprar alguma coisa e saber o quanto tem na conta do que eu as vezes ligar, porque fica caro, você tem que digitar a conta, a senha, aí as vezes demora. Pesquisadora: Você falou que o Carlos tem fotos, câmera fotográfica no celular. Você falou que não conseguem descarregar. Mas vocês costumam registrar o espetáculo, ensaio, alguma coisa? Entrevistado: Não Pesquisadora: Então você não consegue pensar em nenhum momento em que o celular pode te ajudar num processo criativo? Por exemplo, teve grupos que falaram que tão na rua e aí tiram uma foto e fala “nossa, esse cenário seria o máximo”. Sabe? E tira foto pelo celular ou... Entrevistado: É que eu quero uma máquina fotográfica. Pra mim celular é pra atender telefone. Pesquisadora: Mas você não tem a máquina? Entrevistado: Então, a gente tinha, é que ela quebrou. Mas por exemplo, a gente tem a máquina, a gente prefere a máquina. Tirar foto a gente tira com a máquina. Pesquisadora: Mas no caso a Noêmia falou “poxa, ele dá mó bandeira que tá tirando foto”. O celular tem um pouco dessa coisa da descrição, de repente se for alguma cena que... Entrevistado: A gente nunca teve essa coisa de celular, usar no processo criativo. Pesquisadora: Tá, mas as pessoas filmam, e tiram fotos, o público... Entrevistado: Tiram, nossa, total, acaba a apresentação “posso tirar um foto, palhaça, com você?” Pesquisadora: E tudo bem? Entrevistado: Tudo bem. Pesquisadora: Você gosta? Entrevistado: É, sim. Sempre fica, né? Quando acaba a apresentação ali, praquela relação, porque as vezes as crianças nunca tocaram, nunca tiveram esse contado com palhaço. Pesquisadora: E se toca o celular no meio da apresentação. Entrevistado: Não, eu deixo no silencioso. Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

146 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Pesquisadora: Mas do público, atrapalha? Entrevistado: Claro. Mas como é uma apresentação de palhaço, a gente vai lá atender, né? Pesquisadora: Ah tá, vocês interagem. Entrevistado: A gente vai lá atender. Pesquisadora: Aí vocês brincam. Entrevistado: A gente brinca, de pegar um nosso ou um aparelho e ficar “oi... é... é...” A pessoa falando lá e a gente respondendo aqui, entendeu? “Não posso falar” “por que você não pode falar?” Entendeu... Pesquisadora: Vocês respondem como se fossem a pessoa na linha. E com isso acabam usando essa questão do celular. Entrevistado: É, como é essa questão do palhaço, dá pra usar, dá pra brincar com isso. Dá pra fazer uma dança quando começa a tocar, se é musiquinha. Pesquisadora: Acho que é última pergunta, se você lembra de alguma situação particular em que o celular foi muito importante na sua vida pessoal ou na vida do grupo. Entrevistado: É esse que é o problema, são tantos anos... Pesquisadora: Alguma coisa que te lembre. Entrevistado: Eu lembro que se não fosse o celular, não sei o que seria de mim hoje. Parece que eu não lembro o que aconteceu. Deixa eu tentar lembrar, peraí. Pesquisadora: Que você já contou várias histórias na verdade... Entrevistado: É, que ajudou, que o celular ajudou.... mas assim, me lembro de coisas de falar assim “nossa, se não fosse o celular hoje”... Pesquisadora: Você lembra de ter pensado mas não lembra que... Entrevistado: Teve uma vez que tinha 2 colégios com o mesmo nome, ou com nome parecido. Um era Sagrado Coração e o outro era Coração Sagrado, quase isso. Fruto do Saber, ou Futuro Saber, sabe assim uma coisa muito parecida? E a gente foi pro colégio errado, fazer a apresentação. A gente tava indo pro colégio errado, eu achava que não era aquele colégio, porque assim, o nome da pessoa responsável era Cristina, naquele outro colégio, aí não tinha o telefone. Aí eu ligava e não tinha Cristina, entendeu? A gente começou a ir pro errado, sabendo que tava errado, que não era aquele, porque a mulher que a gente tava procurando não tava lá. Aí ela ligou “onde vocês tão?”, eu falei “ah, tamo aqui”, “vocês tão muito longe”. Aí ela falou onde era, a gente foi, virou, e conseguiu o espetáculo fazer na hora. Pesquisadora: Na hora? Entrevistado: Não na hora, mas tipo... tinha um teto, e dentro desse máximo a gente conseguiu fazer. # Tava marcado pras 9 da manhã, só que as crianças iam sair meio dia. Então a gente conseguiu apresentar as dez e meia. Daí deu tempo de no mínimo... e eram duas apresentações, era uma de manhã e uma de tarde. E a gente conseguiu fazer a apresentação. E nesse dia por exemplo se não fosse o celular pra mulher ligar pra gente. Porque se a gente fosse esperar em casa ela ligar a gente não chegaria, sabe? Aí quando deu 9 e pouco ela falou “gente, o grupo...” Ela tinha que ter ligado antes né? Porque a gente tinha que chegar uma hora antes, as 8, aí ela esperou a hora de começar a apresentação para ligar. Ela esperou 9 e 20, ela ligou e falou “onde vocês tão?”. Aí a gente conseguiu chegar. Pesquisadora: Na verdade era a penúltima pergunta. Que eu deixo uma pro final, que ela é um pouco mais chatinha de fazer. Você acha que você tem uma percepção de que você usa o telefone mais pro lado profissional ou pro lado pessoal? Entrevistado: É bem dividido viu? Porque na verdade, ainda mais porque o Carlos é casado. Ainda tem essa relação, várias vezes a gente mistura mil assuntos, liga um pro outro e fala assim “oi e aí, como é que você tá? Não esquece de ligar pra # Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

146 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />

Pesquisadora: Mas do público, atrapalha?<br />

Entrevistado: Claro. Mas como é uma apresentação <strong>de</strong> palhaço, a gente vai lá aten<strong>de</strong>r, né?<br />

Pesquisadora: Ah tá, vocês interagem.<br />

Entrevistado: A gente vai lá aten<strong>de</strong>r.<br />

Pesquisadora: Aí vocês brincam.<br />

Entrevistado: A gente brinca, <strong>de</strong> pegar um nosso ou um aparelho e ficar “oi... é... é...” A pessoa<br />

falando lá e a gente respon<strong>de</strong>ndo aqui, enten<strong>de</strong>u? “Não posso falar” “por que você não po<strong>de</strong><br />

falar?” Enten<strong>de</strong>u...<br />

Pesquisadora: Vocês respon<strong>de</strong>m como se fossem a pessoa na linha. E com isso acabam<br />

usando essa questão do celular.<br />

Entrevistado: É, como é essa questão do palhaço, dá pra usar, dá pra brincar com isso. Dá pra<br />

fazer uma dança quando começa a tocar, se é musiquinha.<br />

Pesquisadora: Acho que é última pergunta, se você lembra <strong>de</strong> alguma situação particular<br />

em que o celular foi muito importante na sua vida pessoal ou na vida do grupo.<br />

Entrevistado: É esse que é o problema, são tantos anos...<br />

Pesquisadora: Alguma coisa que te lembre.<br />

Entrevistado: Eu lembro que se não fosse o celular, não sei o que seria <strong>de</strong> mim hoje. Parece<br />

que eu não lembro o que a<strong>con</strong>teceu. Deixa eu tentar lembrar, peraí.<br />

Pesquisadora: Que você já <strong>con</strong>tou várias histórias na verda<strong>de</strong>...<br />

Entrevistado: É, que ajudou, que o celular ajudou.... mas assim, me lembro <strong>de</strong> coisas <strong>de</strong> falar<br />

assim “nossa, se não fosse o celular hoje”...<br />

Pesquisadora: Você lembra <strong>de</strong> ter pensado mas não lembra que...<br />

Entrevistado: Teve uma vez que tinha 2 colégios com o mesmo nome, ou com nome parecido.<br />

Um era Sagrado Coração e o outro era Coração Sagrado, quase isso. Fruto do Saber, ou<br />

Futuro Saber, sabe assim uma coisa muito parecida? E a gente foi pro colégio errado, fazer a<br />

apresentação. A gente tava indo pro colégio errado, eu achava que não era aquele colégio,<br />

porque assim, o nome da pessoa responsável era Cristina, naquele outro colégio, aí não tinha<br />

o telefone. Aí eu ligava e não tinha Cristina, enten<strong>de</strong>u? A gente começou a ir pro errado,<br />

sabendo que tava errado, que não era aquele, porque a mulher que a gente tava procurando<br />

não tava lá. Aí ela ligou “on<strong>de</strong> vocês tão?”, eu falei “ah, tamo aqui”, “vocês tão muito longe”. Aí<br />

ela falou on<strong>de</strong> era, a gente foi, virou, e <strong>con</strong>seguiu o espetáculo fazer na hora.<br />

Pesquisadora: Na hora?<br />

Entrevistado: Não na hora, mas tipo... tinha um teto, e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse máximo a gente <strong>con</strong>seguiu<br />

fazer. # Tava marcado pras 9 da manhã, só que as crianças iam sair meio dia. Então a gente<br />

<strong>con</strong>seguiu apresentar as <strong>de</strong>z e meia. Daí <strong>de</strong>u tempo <strong>de</strong> no mínimo... e eram duas<br />

apresentações, era uma <strong>de</strong> manhã e uma <strong>de</strong> tar<strong>de</strong>. E a gente <strong>con</strong>seguiu fazer a apresentação.<br />

E nesse dia por exemplo se não fosse o celular pra mulher ligar pra gente. Porque se a gente<br />

fosse esperar em casa ela ligar a gente não chegaria, sabe? Aí quando <strong>de</strong>u 9 e pouco ela falou<br />

“gente, o grupo...” Ela tinha que ter ligado antes né? Porque a gente tinha que chegar uma hora<br />

antes, as 8, aí ela esperou a hora <strong>de</strong> começar a apresentação para ligar. Ela esperou 9 e 20,<br />

ela ligou e falou “on<strong>de</strong> vocês tão?”. Aí a gente <strong>con</strong>seguiu chegar.<br />

Pesquisadora: Na verda<strong>de</strong> era a penúltima pergunta. Que eu <strong>de</strong>ixo uma pro final, que ela<br />

é um pouco mais chatinha <strong>de</strong> fazer. Você acha que você tem uma percepção <strong>de</strong> que você<br />

usa o telefone mais pro lado profissional ou pro lado pessoal?<br />

Entrevistado: É bem dividido viu? Porque na verda<strong>de</strong>, ainda mais porque o Carlos é casado.<br />

Ainda tem essa relação, várias vezes a gente mistura mil assuntos, liga um pro outro e fala<br />

assim “oi e aí, como é que você tá? Não esquece <strong>de</strong> ligar pra #<br />

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