estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL
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144 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />
quer o Felipe, é <strong>de</strong>licado esse assunto, daí eu prefiro ligar. “A Dani falou que o Felipe sabe<br />
tocar aquela música, é ele que vai <strong>de</strong>ssa vez, tudo bem?” Você enten<strong>de</strong>u, porque é assunto<br />
<strong>de</strong>licado. Aí vem um torpedo “Olha, você não vai fazer o espetáculo, quem vai fazer....”<br />
enten<strong>de</strong>u, porque as vezes <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> como for, é frio né? Não tem um jeito <strong>de</strong> dizer, o<br />
torpedo. E aí a maneira como vai ser dito interfere no que foi dito.<br />
Pesquisadora: E custo não, você não tem essa.<br />
Entrevistado: Também penso nessa coisa do custo, eu prefiro mandar torpedo. “Ah vou mandar<br />
torpedo pra tentar...” É que na verda<strong>de</strong> essa coisa da comunicação, eu prefiro falar, sabe? Eu<br />
prefiro, mas só tem crédito pra torpedo, aí não tem opção.<br />
Pesquisadora: As vezes acabou... o crédito da ligação, já tem torpedo.<br />
Entrevistado: Mas interfere também.<br />
Pesquisadora: Tirando essa coisa do <strong>de</strong>licado, <strong>de</strong> situações mais <strong>de</strong>licadas, meio que<br />
varia <strong>con</strong>forme a situação.<br />
Entrevistado: É varia <strong>con</strong>forme a situação <strong>de</strong> tempo por exemplo, porque as vezes eu não sei<br />
se a pessoa recebeu o torpedo. Sabe?<br />
Pesquisadora: Então você prefere ligar que...<br />
Entrevistado: Essa coisa da urgência, o Einstein e quer saber daqui a uma hora se tal pessoa<br />
po<strong>de</strong> ir pra lá tal dia fazer o negócio. Aí eu prefiro ligar.<br />
Pesquisadora: E você falou também nessa coisa <strong>de</strong> ligar, <strong>de</strong> ficar monitorando, quem tá<br />
chegando, quem não tá chegando. Né, que vocês ligam pra falar se tá atrasado, se não tá<br />
atrasado?<br />
Entrevistado: É... <strong>de</strong>ntro da própria apresentação, é isso, a gente fica monitorando “você tá<br />
perto, e aí?” Ou a gente não vai por exemplo, o Rodrigo quer <strong>con</strong>tar história lá no parque Chico<br />
Men<strong>de</strong>s: “chegou, foi legal?”. Pra mim ter essa avaliação <strong>de</strong>le.<br />
Pesquisadora: E, mais na questão do monitoramento, vocês já chegaram a tomar alguma<br />
estratégia, ter alguma estratégia pra modificar a apresentação? Por exemplo, você falou,<br />
“ah, outro dia liguei”... como diz, agora me embananei.... você <strong>con</strong>trola erro <strong>de</strong><br />
informação.<br />
Entrevistado: Teve uma vez, a gente tinha um espetáculo, teve um espetáculo que a gente<br />
criou para semana <strong>de</strong> segurança do hospital Albert Einstein. A gente criou um espetáculo para<br />
semana <strong>de</strong> segurança, era falando <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> trabalho. Aí o que a gente fez? A gente<br />
<strong>de</strong>ixou, todos os atores <strong>de</strong>ixaram duas malas <strong>de</strong>ntro do metrô. A gente tava indo fazer a<br />
apresentação <strong>de</strong> metrô, a gente <strong>de</strong>ixou duas malas <strong>de</strong>ntro do metrô. Quando a gente percebeu<br />
que faltavam duas malas, a gente ainda tava... a gente tava perto do... a gente tinha acabado<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>scer. “Quem tava com aquela mala”, “ah, não sei” aí o Conrado tava na técnica, ele fazia<br />
o som. Os atores tinham que checar né? O som, sei lá, as vezes você dar um outro jeito. “Con,<br />
você vai atrás das malas, a gente vai pro Einstein?”. Foi superengraçado que a gente pegou<br />
um ônibus que é muito mais longo o caminho, que é o Jardim Colombo, que a gente chegou<br />
quase junto lá. Mas por exemplo, eu liguei pra ele no meio do caminho “Você achou as<br />
malas?”, “achei, tava <strong>de</strong>ntro do metrô”. Ele achou as malas...<br />
Pesquisadora: E aí vocês ficaram monitorando por celular. Nossa, vocês tem uma sorte<br />
<strong>de</strong> acharem as coisas.<br />
Entrevistado: É que porque as vezes a gente é muito palhaço, a gente esquece <strong>de</strong> tirar o<br />
personagem do palhaço e faz umas coisas “pelo amor <strong>de</strong> Deus, como eu fiz isso? Por que eu<br />
fiz isso?”<br />
Pesquisadora: Mas por exemplo, <strong>de</strong> ator não chegar, e ter que começar sem ator e<br />
monitorar a chegada <strong>de</strong>le?...<br />
Entrevistado: Ah não, nunca a<strong>con</strong>teceu <strong>de</strong>sse jeito. Já a<strong>con</strong>teceu parecido nesse sentido: a<br />
gente faz uma parada, que é uma caminhada <strong>de</strong> palhaços, que a<strong>con</strong>tece sempre 27 <strong>de</strong> março.<br />
“E aí, você tá chegando? A gente vai começar a parada daqui a pouco”. Mas não <strong>de</strong> no meio<br />
do espetáculo, nunca a<strong>con</strong>teceu <strong>de</strong> no meio do espetáculo. Só assim “ah, você tá chegando,<br />
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