estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL
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142 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />
mudar o trajeto, e ir pro outro lugar. Já a<strong>con</strong>teceu várias coisas nesse sentido, ou <strong>de</strong> erro <strong>de</strong><br />
informação que aí você <strong>con</strong>segue <strong>con</strong>trolar justamente porque a pessoa tá... porque você<br />
<strong>con</strong>segue falar com ela andando no trajeto da apresentação. Ou tá chegando perto, em São<br />
Bernardo, a gente faz muita apresentação em São Bernardo. São Bernardo é tão ruim, é tão<br />
<strong>con</strong>tramão, você vai chegar, você olha no guia e você fala “gente, tá bem pertinho” aí você vai<br />
chegar, você nunca chega porque tem um rio, porque tem uma <strong>con</strong>tramão. Aí você liga pra<br />
escola e fala “tô em tal lugar, como é que eu faço pra ir daí até aí?” Aí ela explica, aí você<br />
chega. Normalmente eu gosto <strong>de</strong> olhar no guia e chego com o guia, São Bernardo não <strong>con</strong>sigo<br />
chegar, é horrível, não <strong>con</strong>sigo chegar. A rua que eu escolho pra virar não é mão e não tá no<br />
guia, dizendo que não é mão. Aí a escola que eu escolho é muito fininha, o carro não passa,<br />
sabe assim? São Bernardo é muito maluco <strong>de</strong> o trânsito assim, essas coisa. Aí você avisa, né,<br />
você liga e avisa...<br />
Pesquisadora: Mas você acha essencial então o celular na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vocês?<br />
Entrevistado: Um pouco difícil, né? Essencial... Acho que é um facilitador, Dá pra fazer teatro<br />
<strong>de</strong> rua sem celular. Acho que essencial nesse sentido não é. Ele é um facilitador. você tem um<br />
celular você <strong>con</strong>segue movimentar. Você <strong>con</strong>segue, por exemplo, você tá apresentando em<br />
algum lugar, você viajou, a pessoa <strong>con</strong>segue te achar, fechar espetáculo com você, pra<br />
quando você volta <strong>de</strong> viagem fazer...<br />
Pesquisadora: Então não é essencial, mas ele, em termos <strong>de</strong> ganho significativo, você<br />
acha que tem um gran<strong>de</strong> impacto e<strong>con</strong>ômico pra vocês?<br />
Entrevistado: Se não for pra aumentar, e pra diminuir. Mas um gran<strong>de</strong> impacto tem.<br />
Pesquisadora: Por que pra diminuir?<br />
Entrevistado: Por causa da <strong>con</strong>ta.<br />
Pesquisadora: Por causa da <strong>con</strong>ta?<br />
Entrevistado: Um gran<strong>de</strong> impacto ele tem. Seja pra aumentar. A gente já teve secretária, a<br />
gente já teve pessoas pra ajudar a gente aqui na se<strong>de</strong>. Aí quando a gente sai aqui perto a<br />
gente usa o livre. Quando a gente não tá, superfacilita, melhor do que pagar alguém pra ficar.<br />
As vezes a pessoa que a gente paga não sabe falar do espetáculo direito, sabe? Então é<br />
bacana você po<strong>de</strong>r ficar com o celular pra po<strong>de</strong>r falar do espetáculo, pra po<strong>de</strong>r, sabe, as vezes<br />
é superpositivo isso.<br />
Pesquisadora: Você tá me dizendo que ele po<strong>de</strong>ria até substituir uma secretária então<br />
pra vocês?<br />
Entrevistado: As vezes sim, porque por exemplo, se eu retorno, eu vejo a chamada, retorno,<br />
daí pra gente é claro que talvez a pessoa fechasse, eu não teria o trabalho. Mas tudo bem<br />
também porque a gente já teve pessoas que trabalhou com a gente. É muito legal, porque a<br />
pessoa procura trabalho, a gente fala “olha, manda emails pra essa lista <strong>de</strong> clientes”, aí a<br />
pessoa manda, e o celular não faz isso, né, <strong>de</strong> mandar pra lista <strong>de</strong> clientes o email que você<br />
fez. Mas na falta <strong>de</strong> ter alguém que fique no escritório direto, o celular super dá <strong>con</strong>ta. Esse<br />
ano na verda<strong>de</strong>, até tô usando bem menos o celular, porque eu fiz essa opção nesse ano <strong>de</strong><br />
dar mais aula. Então quer dizer, eu tô em tal lugar, tal hora, quer dizer, é bem mais certo. E aí,<br />
eu que faço a produção aqui, né? Então eu tô produzindo menos. Quando eu tô no meio da<br />
produção, daí... Por exemplo, pra não fechar 2 espetáculos no mesmo dia, pra ligar pra cá e<br />
perguntar se <strong>con</strong>firmou. “Tô em tal lugar fazendo reunião, então eu preciso <strong>con</strong>firmar isso<br />
aqui”. As vezes o cliente pergunta o preço do espetáculo pro Carlos e pergunta pra mim <strong>de</strong><br />
novo, só pra ver se não cai em <strong>con</strong>tradição. Porque a gente nunca ven<strong>de</strong> um espetáculo... pra<br />
cada cliente é um valor diferente, não tem essa história. Porque num mesmo espetáculo, se<br />
você vai fazer numa escola, escola não tem dinheiro <strong>de</strong> uma prefeitura por exemplo. E é isso<br />
que a<strong>con</strong>tece na verda<strong>de</strong>, o maior acaba pagando o menor, né? Quem não tem tantas<br />
<strong>con</strong>dições. A gente opta por isso. Que a gente não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> fazer a apresentação <strong>de</strong> 500 reais<br />
da escola. Aí aquela outra do SESC que é 3 mil paga aquela. A gente faz esse bem bolado,<br />
enten<strong>de</strong>u? Que é justamente pra mais pessoas assistirem, pra gente estar mais em cena, pra<br />
tocar mais pessoas. Ainda mais essa história <strong>de</strong> fazer rir, que é tão bacana, né?<br />
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