estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

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139 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Pesquisadora: E vídeo também? Entrevistado: O meu é mais... aquele lá tijolinho, o mais recente, baratinho. Vídeo o dele não tem. Pesquisadora: Mas tem despertador, tem agenda? Entrevistado: Tem despertador. A única coisa que eu uso é isso. Pesquisadora: Música não, mp3? Nem o dele? Entrevistado: Não, nem o dele. Pesquisadora: Tá, e acesso a internet também não, então vocês não devem acessa a internet pelo celular. Entrevistado: Não, mas por exemplo, tem um serviço que o Banco do Brasil faz, que toda a movimentação da conta vem um torpedo pra mim. Acho que eu pago, sei lá, bem baratinho, por mês, sei lá, 3 reais eu acho. E aí toda a movimentação da conta... Porque por exemplo, tem o cartão e conta conjunta, eu tenho cartão e ele também. Ás vezes acontecia dele movimentar a conta e aí eu procurar o dinheiro e não ter, ele esquecia de falar pra mim, entendeu? E aí ficava essa história. E agora assim, se ele movimenta a conta, o cartão dele aparece pra mim, entendeu? Pesquisadora: Mas aí é pessoal, não é do grupo? Entrevistado: A conta conjunta. A gente acaba dividindo o orçamento virtual... porque você ter mais de uma conta é muito caro, porque nessa conta a gente tem limite, tem cheque especial, tem não sei que, não sei que. Ele ter uma, eu ter outra, e mais a companhia ter outra, é muito trabalho. A gente faz uma coisa conjunta e administra # e administra essa divisão a gente faz virtual mesmo. A gente faz no Excel, a gente fala “então a gente tem tanto...” Pesquisadora: Esse gasto que eu movimente foi pro grupo, esse gasto foi pessoal. Entrevistado: Isso, a gente divide dessa maneira, a gente acha mais simples, fica tudo junto na verdade. Porque aí você tem que pagar a manutenção da conta, são várias coisas que você tem que pagar. Pesquisadora: Então administrativamente ele acaba ajudando também né, o celular, o torpedo. Eu nunca tinha ouvido falar, na verdade. Entrevistado: É, ele manda o torpedo, E também tem uma coisa que eles mandam, que acho que eu não pago esse serviço, eles falaram que eu não ia pagar. Eles mandam notícias, então eu soube da morte do Roberto Freire... Notícias da celebridade, tem gente que eu nem sei quem é “Angelina Jolie ganhou neném”.... Pesquisadora: E da onde você... Entrevistado: Do torpedo. Pesquisadora: Mas... de que... serviço de quem, de que? Entrevistado: A Vivo que me manda, informações... tipo, alguém morre, alguém tá doente, tá hospitalizado, eles mandam. Pesquisadora: E você acha que modelo de celular dá status pras pessoas? Entrevistado: Eu não reparo no celular das pessoas. Você fala “que carro era?” não sei, olha, sou péssima pra isso, viu. Mas eu acho que eu nunca pensei nisso, se modelo de celular dá status pra pessoa. Pesquisadora: Até porque vocês estão em família, mas com os outros participantes você acha que tem isso? De “ah, olha meu celular, é melhor, tem esse recurso, tem aquele recurso”. Você não enxerga isso? Entrevistado: Andréia uma vez comprou um de 300 reais, que bobagem... Paguei 70 no meu, igual, e o dela não funciona. Pesquisadora: E você acha que ela tem essa coisa de “ah, deixa eu mostrar”, mesmo inconsciente, né? As pessoas acabam fazendo isso, de querer mostrar que tem um melhor. Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

140 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Entrevistado: Acho que tem um melhor... acho que tirava foto.... não sei, as pessoas querem... uma máquina fotográfica, que fotografa melhor, sai a definição melhor. Eu gosto de separado, sabe essa história? DVD e TV juntos, quebra um os dois tão quebrados. Acho que celular é pra atender e pra responder telefonema. Ás vezes é isso, tenho uma amiga que dá palestra, ela tem uma empresa chamada Usina do Pensamento, a gente trabalha com ela. A gente faz performance dentro da palestra dela, e a última palestra que ela tava dando chamava Saúde do Bolso. E ela fala justamente disso, que as vezes o cara do interior, ele mora perto do trabalho, dá pra ele ir de bicicleta. Mas o patrão tem um carro zero, então ele faz uma prestação, compra um carro em mil vezes pra poder ir de carro, por causa dos status. Daí você pega o telefone dele: tira foto, tem mp3, falta só falar. Mas não faz ligação porque tá cortado. Só não tem crédito. Pesquisadora: É um outro uso, né? Entrevistado: É então... Aí por exemplo, eu opto pela de história de conseguir telefonar. Porque eu acho que o telefone é isso, a pessoa tá com um problema na minha frente eu falo “vamos ligar”. Outro dia eu tava fazendo aula de circo lá na escola livre, tinha um cara que tinha caído na rua, cortou a cabeça. Ele tava bêbado, era um senhor. Celular. Tem crédito, vamos ligar pro SAMU pra ele vir buscar a pessoa. Acho que o telefone tem que ter essa funcionabilidade. Pesquisadora: Aí você prefere ter um aparelho mais simples... [celular toca]. Você tem o hábito de atender ligação a cobra? Entrevistado: Tenho. Pesquisadora: Qualquer uma? De desconhecido também? Entrevistado: É que as vezes é de orelhão, as vezes a gente tem o hábito, porque as vezes é os filhos. Mas normalmente a gente tem o hábito de atender ligação a cobrar. Porque as vezes tem pessoas que é do grupo e que liga a cobrar. “Ah, tô aqui no trabalho, não encontrei a mulher que eu preciso contar a história num colégio... Não encontrei a mulher que eu tenho que procurar, esqueci o nome, qual é o nome dela?” Pesquisadora: Daí você atende. Entrevistado: É verdade. Pesquisadora: E normalmente acaba sendo quase sempre pra você que eles ligam? Entrevistado: É, porque aqui a sede, então as informações de endereço, de nome, de todos, tá aqui na verdade. Tá tudo aqui. Pesquisadora: E você costuma desligar o celular? Entrevistado: Eu deixo no silencioso, eu deixo mais no silencioso, porque aí registra né, as chamadas. Aí quando termina o que eu tô fazendo eu consigo retornar, costumo retornar. Tem chamada não atendida eu costumo retornar. Pesquisadora: Por que? Entrevistado: Porque normalmente é trabalho, normalmente é alguma coisa. Pesquisadora: E aí você não pode perder a oportunidade, né? Entrevistado: Porque as vezes é uma coisa séria “você me ligou? Você não ligou” # Tava dando aula, daí tinha um telefone eu não sabia de quem era. Aí liguei, era uma moça que tinha que confirmar uma data de apresentação. Falei “ah, o Carlos não te deu a confirmação ,que eu saiba tá confirmado, mas eu te ligo mais tarde”. Ela ia fechar outro trabalho, se eu não ligasse naquela hora por exemplo. Porque o Carlos mandou um email perguntando “quem tem essas datas?” e aí as pessoas responderam, e ela respondeu “eu tenho”, ele não respondeu “então tá fechado”. Mas pra ele já tava fechado, entendeu? Ele mandou um email falando “quem tem essas datas?” O Einstein chamou a Jéssica, a Ciléia, a Rosseta (?) pra fazer esse trabalho, “quem tem essas datas?” Aí ela respondeu e falou “eu tenho”, mas ele não mandou de volta falando que tá fechado, mas pra ele já tá fechado, entendeu? E aí ela ligou confirmando, eu falei “não fecha esse outro trabalho que eu te retorno”. Que se eu não ligasse aquela hora talvez ela fechasse com outro grupo o trabalho. Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

139 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />

Pesquisadora: E ví<strong>de</strong>o também?<br />

Entrevistado: O meu é mais... aquele lá tijolinho, o mais recente, baratinho. Ví<strong>de</strong>o o <strong>de</strong>le não<br />

tem.<br />

Pesquisadora: Mas tem <strong>de</strong>spertador, tem agenda?<br />

Entrevistado: Tem <strong>de</strong>spertador. A única coisa que eu uso é isso.<br />

Pesquisadora: Música não, mp3? Nem o <strong>de</strong>le?<br />

Entrevistado: Não, nem o <strong>de</strong>le.<br />

Pesquisadora: Tá, e acesso a internet também não, então vocês não <strong>de</strong>vem acessa a<br />

internet pelo celular.<br />

Entrevistado: Não, mas por exemplo, tem um serviço que o Banco do Brasil faz, que toda a<br />

movimentação da <strong>con</strong>ta vem um torpedo pra mim. Acho que eu pago, sei lá, bem baratinho,<br />

por mês, sei lá, 3 reais eu acho. E aí toda a movimentação da <strong>con</strong>ta... Porque por exemplo,<br />

tem o cartão e <strong>con</strong>ta <strong>con</strong>junta, eu tenho cartão e ele também. Ás vezes a<strong>con</strong>tecia <strong>de</strong>le<br />

movimentar a <strong>con</strong>ta e aí eu procurar o dinheiro e não ter, ele esquecia <strong>de</strong> falar pra mim,<br />

enten<strong>de</strong>u? E aí ficava essa história. E agora assim, se ele movimenta a <strong>con</strong>ta, o cartão <strong>de</strong>le<br />

aparece pra mim, enten<strong>de</strong>u?<br />

Pesquisadora: Mas aí é pessoal, não é do grupo?<br />

Entrevistado: A <strong>con</strong>ta <strong>con</strong>junta. A gente acaba dividindo o orçamento virtual... porque você ter<br />

mais <strong>de</strong> uma <strong>con</strong>ta é muito caro, porque nessa <strong>con</strong>ta a gente tem limite, tem cheque especial,<br />

tem não sei que, não sei que. Ele ter uma, eu ter outra, e mais a companhia ter outra, é muito<br />

trabalho. A gente faz uma coisa <strong>con</strong>junta e administra # e administra essa divisão a gente faz<br />

virtual mesmo. A gente faz no Excel, a gente fala “então a gente tem tanto...”<br />

Pesquisadora: Esse gasto que eu movimente foi pro grupo, esse gasto foi pessoal.<br />

Entrevistado: Isso, a gente divi<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa maneira, a gente acha mais simples, fica tudo junto na<br />

verda<strong>de</strong>. Porque aí você tem que pagar a manutenção da <strong>con</strong>ta, são várias coisas que você<br />

tem que pagar.<br />

Pesquisadora: Então administrativamente ele acaba ajudando também né, o celular, o<br />

torpedo. Eu nunca tinha ouvido falar, na verda<strong>de</strong>.<br />

Entrevistado: É, ele manda o torpedo, E também tem uma coisa que eles mandam, que acho<br />

que eu não pago esse serviço, eles falaram que eu não ia pagar. Eles mandam notícias, então<br />

eu soube da morte do Roberto Freire... Notícias da celebrida<strong>de</strong>, tem gente que eu nem sei<br />

quem é “Angelina Jolie ganhou neném”....<br />

Pesquisadora: E da on<strong>de</strong> você...<br />

Entrevistado: Do torpedo.<br />

Pesquisadora: Mas... <strong>de</strong> que... serviço <strong>de</strong> quem, <strong>de</strong> que?<br />

Entrevistado: A Vivo que me manda, informações... tipo, alguém morre, alguém tá doente, tá<br />

hospitalizado, eles mandam.<br />

Pesquisadora: E você acha que mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> celular dá status pras pessoas?<br />

Entrevistado: Eu não reparo no celular das pessoas. Você fala “que carro era?” não sei, olha,<br />

sou péssima pra isso, viu. Mas eu acho que eu nunca pensei nisso, se mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> celular dá<br />

status pra pessoa.<br />

Pesquisadora: Até porque vocês estão em família, mas com os outros participantes você<br />

acha que tem isso? De “ah, olha meu celular, é melhor, tem esse recurso, tem aquele<br />

recurso”. Você não enxerga isso?<br />

Entrevistado: Andréia uma vez comprou um <strong>de</strong> 300 reais, que bobagem... Paguei 70 no meu,<br />

igual, e o <strong>de</strong>la não funciona.<br />

Pesquisadora: E você acha que ela tem essa coisa <strong>de</strong> “ah, <strong>de</strong>ixa eu mostrar”, mesmo<br />

in<strong>con</strong>sciente, né? As pessoas acabam fazendo isso, <strong>de</strong> querer mostrar que tem um<br />

melhor.<br />

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