estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

134 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero
porque eram professores que me interessavam. A Tica de dança de corpo, peguei algumas
coisas. E eu não queria fazer. Eu tinha uma amiga que ela fazia terapia por causa de uma aula
que ela tinha na faculdade de artes cênicas que era de um velho chato da ECA. Eu falei assim
“ai credo, a gente estuda tanto tempo aquilo que a gente não quer estudar, pra pegar,
escolher...” Se eu for fazer uma faculdade, acho que eu vou fazer ou de pedagogia, porque eu
dou muita aula, ou de história. Acho que artes cênicas é tão maluco já, acho que tem que sair
fora. A escola livre já deu inclusive um retorno teórico disso.
Pesquisadora: E aí você mora aqui?
Entrevistado: Isso, a gente mora aqui.
Pesquisadora: Aqui é a sede também?
Entrevistado: Também. A gente morava ali em cima, mas o homem pediu a casa. A gente
acabou tendo que juntar os dois, né? Porque a gente quer sair daqui na verdade, desse bairro.
Porque tem a federal aqui, né? Acho que faz um ano que colocaram a faculdade federal, os
aluguéis aqui fizeram isso... Dobraram, todos os aluguéis. A gente falou assim “ai não, a gente
não consegue comprar a nossa casa desse jeito, vamos ficar no galpão”. A gente tem um
projeto agora de ir pra Paranapiacaba, que a gente tá escrevendo esse projeto pra pegar uma
sede lá bem grandona. Porque lá os aluguéis, é licitação, e aí os aluguéis é conforme lance
que você dá. E varia de 46 reais a 600 reais, no máximo, as casas, os aluguéis. Por conta
disso, porque é um lugar cultural mesmo, então eles querem “ah, você trabalha com
artesanato? Não tem ninguém de artesanato aqui vamos colocar”.
Pesquisadora: Eles tão investindo, porque até fizeram um festival esse ano que foi bem
divulgado.
Entrevistado: É, então, aí a gente tá com esse projeto.
Pesquisadora: Mas aí vocês levariam a sede do teatro pra lá também. E aí as
apresentações vocês fazem aonde?
Entrevistado: Olha, aqui no espaço a gente usa o espaço mais pra ensaiar, né? Porque a gente
tem uma pesquisa bem intensa dessa questão corporal mesmo, aqui a gente promove saraus,
promove encontros, debates. Apresentação rola super pouco aqui, por exemplo, tem outros
grupos também ensaiam nesse espaço aí a gente marca uma apresentação, uma amostra do
processo deles. Aí eles apresentam como que tá o espetáculo pra gente sentar depois em roda
e bater um papo, pra eles terem um retorno antes de estrear em algum lugar, então a gente
promove essa relação de troca mesmo aqui no espaço. Apresentação, a gente vende
apresentação. A gente apresenta desde Barueri, São Carlos, normalmente a gente vai, vende o
espaço pra cidade do interior, pra São Paulo e apresenta.
Pesquisadora: Ah tá, então não tem problema levar pra Paranapiaca o espaço.
Entrevistado: A sede, não. Aí seria até a idéia de promover essa relação, porque a gente faz
também retiro de palhaço. Que é quando a pessoa passa um final de semana inteiro, quatro
dias dentro do espaço. E a gente queria levar pro interior mesmo, assim para um lugar bem
tranquilo. Só uma idéia, a gente vai escrever o projeto, vai levar lá pra ver.
Pesquisadora: E aí você tem outra ocupação fora o teatro? É o tempo inteiro, ou tá
dando aula, ou...
Entrevistado: Faz 15 anos que eu faço teatro, e 13 que eu vivo de teatro. Foi tão intensa a
minha relação com teatro que eu ficava todos os dias no teatro das 2 as 10 da noite, fazia
cenografia, fazia dança, fazia tai chi chuan.
Pesquisadora: Tai chi chuan? Por que tai chi chuan? É que eu faço tai chi chuan. Por
causa da coisa do corpo?
Entrevistado: É, da respiração, porque ator é isso né? A respiração...
Pesquisadora: É que é engraçado, as pessoas procuram yoga, eu fui procurar tai chi.
Entrevistado: Hoje em dia eu faço mais yoga mesmo, mas adorei fazer tai chi. Foi muito legal,
foi muito legal. Mesmo porque, na verdade o que acontece? Eu, o primeiro lugar que tive aula
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