estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL
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129 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />
Pesquisadora 1: E tem alguma situação em particular em que o celular foi muito<br />
importante na vida <strong>de</strong> vocês ou na do grupo? Alguma coisa que...<br />
Pesquisadora 2: Algum <strong>caso</strong>...<br />
Entrevistado 1 – Particular? Pessoal?<br />
Pesquisadora 1: Particular também, se você quiser falar do grupo ou particular, <strong>de</strong><br />
repente...<br />
Pesquisadora 2: Alguma situação que você se lembra?<br />
Entrevistado 1 – Ah, eu acho que... que foi importante? Acho que vários momentos foram<br />
importantes... muito <strong>de</strong>ssa coisa <strong>de</strong> fechar trabalho... <strong>de</strong>, <strong>de</strong>... <strong>de</strong> saber... tem essa praticida<strong>de</strong><br />
mesmo, né? Você acaba <strong>con</strong>trolando mesmo, né, as coisas, a organização pelo celular...<br />
Pesquisadora 1: Alguém lembra <strong>de</strong> algum? Tava no meio da estrada...<br />
Entrevistado 2 – Eu tenho quando a gente recebeu a notícia do fomento, que daí você me ligou<br />
no celular... Aí ele tava... num sei oq eu tava fazendo... Aí ele falou “Ah, a gente ganhou, a<br />
gente foi <strong>con</strong>templado e tal”... “Po, que da hora”... E aí do nada, né? Essa é a praticida<strong>de</strong>, né?<br />
E aí, foi muito legal...<br />
Entrevistado 1 – Ah é, o celular é o primeiro a ser utilizado... quando ganha assim algum<br />
projeto, alguma coisa, o celular é a primeira coisa a ser utilizada, né?<br />
Entrevistado 3 – Por causa <strong>de</strong>ssa coisa da praticida<strong>de</strong>, né? Pq você sabe q vai achar o cara,<br />
né, pra compartilhar mesmo... “Nossa, vou ligar pro fulano”.. Pq você sabe que, né, é rápido,<br />
né? Eu, no meu trabalho... várias coisas: “ó, <strong>de</strong>u certo?” Pessoal, principalmente, também,<br />
né?... Mensagenzinha, uma briga q você <strong>con</strong>segue resolver...<br />
Pesquisadora 1: Uma briga que você <strong>con</strong>segue resolver?<br />
Entrevistado 1 – Manda uma mensagem romântica, né?<br />
Entrevistado 3 – Lógico, meu... Liga, quebra o pau e à noite dá beijinho... São bastantes<br />
coisas... (risos)<br />
Entrevistado 4 – Com certeza já foi muito útil, mas não lembro assim, não, muito... Uma irmã<br />
que ficou grávida e...<br />
Pesquisadora 2: Uma irmã que ficou grávida?<br />
Entrevistado 3 – Ah, eu tive um que foi sério! Agora que eu lembrei! Meus pais sofreram um<br />
aci<strong>de</strong>nte há um tempo, capotaram o carro, meu pai, minha mãe e meu sobrinho <strong>de</strong> cinco anos.<br />
Meu sobrinho voou. Eles estavam viajando, eu estava esperando eles chegarem e aí pelo<br />
celular eu fiquei sabendo disso. Eu <strong>con</strong>segui entrar em <strong>con</strong>tato com meu pai, pelo celular <strong>de</strong>le,<br />
aí a minha mãe tava hospitalizada, ela pegou o celular, aí eu já ouvi a voz da minha mãe, aí<br />
ouvi a voz do meu sobrinho e vi que todo mundo tava bem... Foi muito louco... A gente fica<br />
numa angústia, né? Po, capotou o carro numa rodovia, seu sobrinho voou, ce fala, po, morreu,<br />
né? E tava todo mundo...Aí por causa do celular que eu fiquei tranqüilo....<br />
Pesquisadora 1: E você falou com ela no hospital também já no celular...<br />
Entrevistado 1 – Falei com ela pelo celular, que na hora ela já pegou pra falar, pra passar<br />
aquela... nossa, foi muito forte... faz pouco tempo<br />
Pesquisadora 1: Mais alguma pergunta, Si?<br />
Pesquisadora 2: Num sei essa aqui a gente já fez sobre ativida<strong>de</strong>s...<br />
Pesquisadora 1: Qual?<br />
(#as duas entrevistadores murmuram algumas palavras, não dá pra enten<strong>de</strong>r)<br />
Pesquisadora 2: Bom, na verda<strong>de</strong> a gente quer mesmo mais saber como que vocês<br />
acham que seria a ativida<strong>de</strong> sem o celular, se vocês <strong>con</strong>seguem pensar... Não seria?<br />
Entrevistado 4 – Não <strong>con</strong>sigo mais pensar nisso... (risos)<br />
Entrevistado 2 – Olha... Eu acho que a gente se a<strong>de</strong>qua ao que tem, né? Se não tivesse celular<br />
a gente ia arrumar uma outra... outra... como a gente já fez, né? Outra forma <strong>de</strong> se comunicar,<br />
<strong>de</strong>... sei lá... é lento, às vezes? É, mas a gente <strong>con</strong>segue, o ser humano <strong>con</strong>segue viver sem o<br />
celular... eu por exemplo <strong>con</strong>sigo viver sem... Agora é necessida<strong>de</strong> mesmo, hoje já é<br />
necessida<strong>de</strong>, mas pq o tempo pe<strong>de</strong> isso, né, as pessoas, os trabalhos pe<strong>de</strong>m isso, né? Mas eu<br />
não vejo nenhum problema, se um dia acabasse o celular eu não ia morrer por isso, não...<br />
num...<br />
Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina