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107 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Entrevistado: Só no desespero, no desespero eu coloquei 5 reais, que tem um negócio agora, cartãozinho que é pequenininho, então eu comprei um pequenininho e coloquei pra resolver umas coisas urgentes, que tinha acabado de acabar, alguém me ligou, Pesquisadora: E você tinha falado que começou a usar o celular por causa # mas aí como você não tem fixo, você acaba dando o celular pra tudo mundo? Entrevistado: Hoje? Sim, é meu único número. Pesquisadora: Bom, email você já falou que tem. Qual é o seu aparelho? Modelo. Entrevistado: Puxa vida, é um LG simplezinho preto, não sei o nome não, tá escrito no aparelho? Pesquisadora: Mas não se incomoda, não precisa pegar. A gente queria saber também se tem câmera fotográfica, essas coisas. Entrevistado: Não, não tem nada, tem o rádio, Fm. Pesquisadora: Acesso a internet? Entrevistado: Ah, não sei, acho que não. Pesquisadora: E você acha que o modelo de celular dá status pras pessoas? Entrevistado: Eu acho que as pessoas acreditam que dá. Eu acho que não dá, as pessoas acreditam que dá... olhando assim, então é engraçado. Pesquisadora: Bastante gente que tem um aparelho bom mas não fala porque é caro falar, aí fica só com o aparelho Entrevistado: Aí você fala “o que você quer? Você quer um rádio, pra ficar tocando?” Não, você quer uma câmera fotográfica. Eu acho estranho, eu tô sentindo necessidade por conta da correria e por conta da minha organização mesmo, porque eu não sou muito organizado em ter um celular com internet. Mas por conta disso, eu senti uma necessidade mas eu não sei se tenho coragem de pagar o preço por isso. Pesquisadora: Mas o preço do aparelho ou o preço do pacote de dados? Entrevistado: O preço do aparelho, ainda tem isso, que você paga pra usar. Pesquisadora: Mas essa coisa do status, você consegue ver dentro do grupo algum tipo de relação? Entrevistado: Não, dentro do grupo não tem, as vezes a gente faz de sacanagem “olha só o meu...” mas de verdade, não, no grupo não. Pesquisadora: E você tem o hab de atender ligações a cobra, nunca? Entrevistado: Agora eu tenho, porque agora tem porque. Pesquisadora: Mas mesmo que o número seja desconhecido? Entrevistado: Será que eu fiz isso? Não, quando é desconhecido não. Pesquisadora: Se o endereço tá na sua agenda. Entrevistado: Eu acho que atendi uma vez. Porque a gente tá na rua e pensa assim “alguém acabou o crédito então tá ligando de um número, você olha, parece número de orelhão, né, aí aceita porque... costumo sim .. e quando tem restrito, aquele restrito lá me dá raiva, o meu vai pra tudo mundo, porque não veio pro meu? Pesquisadora: E em que ocasiões você costuma desligar o celular ou deixar vibrando? Entrevistado: Ah, ocasiões sociais, reuniões, teatro, cinema, você desliga o celular, Pesquisadora: Aí você desliga mesmo? Entrevistado: Deixo no vibrador. Pesquisadora: Não desliga? Por que você não desliga? Entrevistado: Não sei, acho que eu gosto de saber quem foi que ligou. Pra ficar informado, “ah, fulano que ligou, quem é esse número, esse num não interessa”. Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

108 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Pesquisadora: Eu ia perguntar se você costuma esquecer o celular mas já falou que deixou em alguns lugares. Mas aí você foi atrás, foi recuperar? Entrevistado: Fui, e recuperei, todas as vezes. Pesquisadora: E como é ficar sem o celular? Entrevistado: No começo dá um desespero, depois dá um tranquilidade. Pesquisadora: O desespero, porque então? Entrevistado: Porque você fala “e se alguém me procurar?” aí depois você fala “que bom ninguém me procura”. Pesquisadora: Não tem aquela coisa tocando... mas você acha que não tem i pacto profissional de você não ter. Entrevistado: Tem, tem, perdi um monte de trabalho, esse que é o mais certinho dessa vez agora. Quando perdi ele, vixe maria, esse eu fiquei desesperado um tempão, eu falei “puta merda” e aconteceu isso mesmo, um monte de gente me ligou, um monte. Pesquisadora: Mas pra fechar algum espetáculo? Entrevistado: Fechar trabalho, mas aí era relacionado ao teatro mas não era relacionado ao grupo, mais comigo. Pesquisadora: Porque se for relacionado ao grupo talvez consiga com outra pessoa né? Entrevistado: Sai tem outros contatos. Pesquisadora: E você tem mais ou menos uma idéia de quantas ligações você recebe por semana? Entrevistado: Por semana? Pesquisadora: Sei lá, por dia. Entrevistado: Por dia, tenho pelo menos acho que 10 ligações, pelo menos. Pesquisadora: E fazer? Entrevistado: Pelo menos 5, por dia. Pesquisadora: E torpedo também você usa bastante. Entrevistado: Isso aí é muito. Pesquisadora: Mais que as ligações. Entrevistado: É, mais. Pelo menos umas 15. Pesquisadora: Recebe bastante também? Entrevistado: Porque é tudo muito # as vezes é “e aí?” sabe, são coisas mais rápidas assim. Pesquisadora: Ia perguntar se faz alguma diferença, quando você envia torpedo e quando que você decide fazer uma ligação, se tem algum momento. Entrevistado: Acho que quando esse textinho não dá mais. Quando a comunicação precisa ser pessoal, “não dá, tá ficando complexo”. Pesquisadora: Só pra mensagens mais simples. Entrevistado: É, mais simples, tipo “vou fazer isso aqui, ok? Sim, não”.. aí a gente tem ainda o hábito de dar uma discutidazinha. Pesquisadora: Por sms? Entrevistado: É. Pesquisadora: Mas porque não por telefone? Entrevistado: As vezes por preguiça, porque a gente se vê tanto que as vezes acho que gente tem preguiça, pelo menos no meu caso. Pesquisadora: Não é pelo custo? Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

108 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />

Pesquisadora: Eu ia perguntar se você costuma esquecer o celular mas já falou que<br />

<strong>de</strong>ixou em alguns lugares. Mas aí você foi atrás, foi recuperar?<br />

Entrevistado: Fui, e recuperei, todas as vezes.<br />

Pesquisadora: E como é ficar sem o celular?<br />

Entrevistado: No começo dá um <strong>de</strong>sespero, <strong>de</strong>pois dá um tranquilida<strong>de</strong>.<br />

Pesquisadora: O <strong>de</strong>sespero, porque então?<br />

Entrevistado: Porque você fala “e se alguém me procurar?” aí <strong>de</strong>pois você fala “que bom<br />

ninguém me procura”.<br />

Pesquisadora: Não tem aquela coisa tocando... mas você acha que não tem i pacto<br />

profissional <strong>de</strong> você não ter.<br />

Entrevistado: Tem, tem, perdi um monte <strong>de</strong> trabalho, esse que é o mais certinho <strong>de</strong>ssa vez<br />

agora. Quando perdi ele, vixe maria, esse eu fiquei <strong>de</strong>sesperado um tempão, eu falei “puta<br />

merda” e a<strong>con</strong>teceu isso mesmo, um monte <strong>de</strong> gente me ligou, um monte.<br />

Pesquisadora: Mas pra fechar algum espetáculo?<br />

Entrevistado: Fechar trabalho, mas aí era relacionado ao teatro mas não era relacionado ao<br />

grupo, mais comigo.<br />

Pesquisadora: Porque se for relacionado ao grupo talvez <strong>con</strong>siga com outra pessoa né?<br />

Entrevistado: Sai tem outros <strong>con</strong>tatos.<br />

Pesquisadora: E você tem mais ou menos uma idéia <strong>de</strong> quantas ligações você recebe<br />

por semana?<br />

Entrevistado: Por semana?<br />

Pesquisadora: Sei lá, por dia.<br />

Entrevistado: Por dia, tenho pelo menos acho que 10 ligações, pelo menos.<br />

Pesquisadora: E fazer?<br />

Entrevistado: Pelo menos 5, por dia.<br />

Pesquisadora: E torpedo também você usa bastante.<br />

Entrevistado: Isso aí é muito.<br />

Pesquisadora: Mais que as ligações.<br />

Entrevistado: É, mais. Pelo menos umas 15.<br />

Pesquisadora: Recebe bastante também?<br />

Entrevistado: Porque é tudo muito # as vezes é “e aí?” sabe, são coisas mais rápidas assim.<br />

Pesquisadora: Ia perguntar se faz alguma diferença, quando você envia torpedo e<br />

quando que você <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> fazer uma ligação, se tem algum momento.<br />

Entrevistado: Acho que quando esse textinho não dá mais. Quando a comunicação precisa ser<br />

pessoal, “não dá, tá ficando complexo”.<br />

Pesquisadora: Só pra mensagens mais simples.<br />

Entrevistado: É, mais simples, tipo “vou fazer isso aqui, ok? Sim, não”.. aí a gente tem ainda o<br />

hábito <strong>de</strong> dar uma discutidazinha.<br />

Pesquisadora: Por sms?<br />

Entrevistado: É.<br />

Pesquisadora: Mas porque não por telefone?<br />

Entrevistado: As vezes por preguiça, porque a gente se vê tanto que as vezes acho que gente<br />

tem preguiça, pelo menos no meu <strong>caso</strong>.<br />

Pesquisadora: Não é pelo custo?<br />

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