estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

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103 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Pesquisadora: Terceiro colegial, é que a gente que estudou um pouco antes chamava segundo grau. Entrevistado: É, eu sou dessa época aí. Pesquisadora: E o grupo? Entrevistado: O grupo, o Ademir tem faculdade, a Rafa tá cursando, o Max tá também, e o Fábio também e a Kátia também. Só eu que não, tô cansado. Pesquisadora: E onde você mora? Entrevistado: Eu tô morando... puxa vida, hein? Eu sou o cara mais sem endereço da cidade. Porque assim, eu tô morando no Campo Limpo, é mais fácil, vamos encurtar a história. Pesquisadora: Tá, e você trabalha, tem uma sede do grupo, onde vocês trabalham? Entrevistado: Agora tem, a gente tá com uma sede há um ano, fica no Parque Santo Antônio, na Zona Sul de São Paulo. Entrevistado: É bem pertinho do Terminal Capelinha. Entrevistado: Você mora aonde agora? Pesquisadora: Agora eu tô morando aqui mais pro Centro mesmo. Entrevistado: Eu tava morando aqui no Centro, morava aqui embaixo na São Joaquim, mas eu já vou mudar de lá de novo. Pesquisadora: Você tem outra ocupação fora o teatro? Entrevistado: Toda mina ocupação é relacionada ao teatro. Então assim, ou eu estou no grupo ou eu estou dando aula de teatro. Alguma indicação do grupo, alguma coisa assim. Pesquisadora: Se você não se importar, qual a sua renda mensal? 1 a 2 salários mínimos, 3 a 4, 5 a 6? Entrevistado: Quanto tá o salário mínimo? Pesquisadora: R$ 415 Entrevistado: 3 né? 3 dá 1200? 3 Pesquisadora: E do grupo também é mais ou menos isso? Entrevistado: Mais ou menos isso, é, entre mil e 2mil reais. Pesquisadora: 3 e 4 mesmo. Entrevistado: É, entre 3 e 4. Pesquisadora: E falando mais sobre o grupo, são 6 integrantes? Entrevistado: A gente chama de, tudo entre aspas, a gerência do grupo. A gerência tem 5 pessoas: tem o Max que tá voltando, que tinha saído do grupo e tá voltando agora, provavelmente ele vai fazer parte dessa gerência, tudo entre aspas, e a Lu que a gente chamou pra trabalhar na produção, que a gente recebeu um projeto da prefeitura agora no começo do ano, que é o projeto que chama Prêmio de Fomento ao Teatro, que ele tem algumas particularidades que só a gente fazendo o teatro e tocando a produção que a gente se perdeu um pouco, então a gente chamou alguém de produção pra dar uma força pra gente. Mas a gente tem um produtora fora isso, então somos nós 4 atores, eu, Ademir, Rafaela, Fábio, aí tem o Max que tá voltando agora mas ele não participa desse espetáculo, e a Kátia que é a produtora, e a Luciana que a gente chamou de fora. Pesquisadora: A Luciana vocês chamaram pra esse projeto específico? Entrevistado: Pra esse projeto, isso. Pesquisadora: E tem a outra pessoa que você falou que produz também, esqueci o nome, desculpa é o... Entrevistado: Max, Kátia. A Kátia é produtora faz parte dessa gerência entre aspas. Pesquisadora: Que aí ajuda na produção de todos os espetáculos, que essa peça que vocês tão fazendo aqui ela é uma adaptação de uma peça que é feita na rua, é isso? Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina
Entrevistado: Não, é a mesma. 104 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Pesquisadora: Ah é a mesma? Entrevistado: É a mesma peça. Tem uma adaptação que a gente fez que é uma cena, que aqui a gente tinha que fazer diferente, que na rua tem um jeito e aqui a gente fez de outro. Só isso, o resto é a mesma peça que é da rua do mesmo jeito. Pesquisadora: Bacana...e os espetáculos que vocês fazem normalmente na rua: eles são vendidos, eles vem por projeto edital, ou vocês passam chapéu? Entrevistado: Tudo misturado, então assim, a gente tinha um, tinha não, a gente tem um jeito de trabalhar que assim, toda vez que a gente vende um espetáculo a gente faz isso muito parecido com União e olho vivo, ele fala um pouco isso, é a tática Robin Hood que a gente fala. Então quando a gente vende um espetáculo, a gente leva pra perifa de graça né, ou a preço... Hoje em dia a gente acha que não é bom dar de graça as coisas, por conta do próprio valor... Um valor que as vezes não tem preço mas a gente dá um pouquinho de valor. Fala assim “então você paga a condução, você paga o nosso transporte pra chegar até aí”, se ele não tiver nada, a gente vai do mesmo jeito, mas a gente insiste em cobrar alguma coisa, qualquer coisa, nem que seja “você vem na minha casa e você vai almoçar”, perfeito, fechado. Mas aí alguns espetáculos a gente foi pra rua com ele sem pagar falar nada, saindo do nosso bolso, que foi um jeito da gente mostrar, falar “olha, estamos aqui”. Meio que uma propaganda, uma promoção nossa. Mas agora a gente vai voltar pra rua, né? Saindo daqui em novembro a gente tá de novo na frente do teatro, do mosteiro São Bento. A gente vai tá lá, a gente ficou em agosto. A gente tava em agosto aí a gente vai voltar agora, a gente deu uma parada pra concentrar aqui no Centro Cultural, foi ótimo, a gente nunca tinha ficado em lugar fechado, foi bem legal, muitos contatos, serviu pra isso mesmo “vamos lá que a gente vai potencializar no trabalho”. Pesquisadora: E há quanto tempo tem o grupo? Entrevistado: O grupo já tem 10 anos. Tem 10 anos, mas ele tinha outro nome, e de quase 2 anos pra cá nós somos a Brava Companhia. Pesquisadora: E quem faz a articulação do grupo, marca as reuniões os ensaios, fecha projeto... Entrevistado: Todo mundo, a gente trabalha de uma forma que é assim “o que nós queremos?” a gente parte desse princípio, então “qual nossa vontade? O que a gente vai falar pro mundo?” Então partindo disso daí a gente começa a criar nossos projetos, os caminhos que a gente vai trilhar. Nunca é o contrário. Agora a gente tem esse projeto agora, que é a Brava. O nome do espetáculo é o mesmo mas é uma coincidência mesmo, não foi de propósito. Então é assim, com isso a gente fala “onde encaixa a Brava?” Encaixa nesse, encaixa nesse. Agora a gente tá com espaço, espaço ele é um coisa mais delicada, que gente nunca teve que a gente vai aprender agora a lidar com isso. Então a gente ainda vai devagarinho ver que tipo de projeto que cabe, porque a gente tem um... Pesquisadora: Vocês são uma associação? Entrevistado: Não, somos só um grupo. Que a gente trabalha nesse espaço que a gente tá chama Sacolão das Artes. Dentro do Sacolão das Artes tem o espaço Brava Companhia, que a gente tá construindo lá, transformando num espaço cênico. A gente quer que seja um espaço de referência na América Latina, não só onde a gente tá, sabe na cidade de São Paulo, mas na América Latina. Tem algumas particularidades nossas de ideal mesmo, a gente conversa de diálogo, que a gente quer colocar isso na prática ver se tudo isso funciona, lá nesse espaço. É um pouco assim que a gente trabalha. Pesquisadora: Então não tem uma pessoa que fica “ah, tem que marcar a reunião”, “tem que marcar ensaio” e fica ligando pra tudo mundo pra marcar? Entrevistado: Não. Pesquisadora: Vocês acabam distribuindo tudo? Entrevistado: Isso a gente, é... aí é onde entram os celulares. Pesquisadora: Isso que eu ia perguntar, se vocês usam e-mail, celular...? Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina
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