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31.05.2013 Views

99 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Entrevistado - Então... vou falar aqui novamente sob o meu enfoque, um enfoque humanista, né? Eu acho... às vezes a gente atrapalha o nosso ensaio. A gente ta num momento de concentração no ensaio de construção de personagem... e de elaboração, de compreensão do texto, oq o texto quer dizer... ou oq a gente quer dizer com oq diz aquele texto... e muitas vezes uma ligação, num momento indevido, ele rompe uma criação que poderia ter sido mais brilhante. Pesquisador 2: Então ele ajuda e atrapalha na criação Entrevistado - Ele ajuda e atrapalha... né? Mas eu acho que é como tudo, né? Como tudo, é uma faca de dois gumes e afiada igualmente dos dois lados.. e uma faca de dois gumes com uma ponta, né? Então, é... se você não souber dosar (fim da primeira parte) Entrevistador 1 – Ontem esse aqui deixou a gente na mão, né? Pesquisador 2: É... Entrevistador 1 – A bateria dele tava carregada, mas aí ele parou... Aí a gente tinha o outro... Tamo salvando o outro... Entrevistado - É, eu to com esse problema no meu celular... eu tenho que ir lá... to pra ir há duas semanas e... ele, eu carrego ele e aí duas horas depois já ta ruim Pesquisadora: E ele é novo, né, q vc tava falando... Entrevistado - É, ele é novo... Então tem que ir lá, na urgência... Pesquisador 2: Mas ta terminando, já... Entrevistado - Ah, sim, mas vai a bateria.... Pesquisadora: Não, é q também não sei como você ta, né? Pesquisador 2: É, a gente já extrapolou seu tempo... Entrevistado - Não, não. Não tem problema. Pesquisadora: Quem costuma ligar mais, dentro do grupo? É você ou o Neto? Entrevistado - Ah, o Neto, com certeza Pesquisadora: E você falou q ele tem pós, né? Entrevistado - Ele tem pós... ele utiliza muito mais... mesmo com o fixo, ele... Pesquisador 2: Prefere o celular... Entrevistado - É, pra urgência... Pesquisadora: E você se lembra de alguma situação em particular em que o celular foi muito importante pra você ou pro grupo, pra vocês dois... enfim... algo específico q você... Entrevistado - Ah, tem várias situações, né, como a gente vive na estrada, o fato de estar na estrada e não ter telefones na estrada, ou não ter... não saber fazer sinal de fumaça, então... acaba sendo... agora também já teve momento de eu ta na estrada e ser um lugar de sombra... já calhou de ta com o carro quebrado, sem o poder de consertar, chovendo torrencialmente e o meu celular não funcionava, e aliás, tava acabando a bateria pq tava procurando rede. E tava Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

100 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero justamente numa região de sombra e aí tive q andar uns 600 metros, sorte ainda que eu andei pouco... 600 metros debaixo de chuva... e aí vi que tinha uma... já saía da região de sombra, dava pra falar um pouquinho, e aí me salvou, né? Pesquisador 2: E já teve algum personagem que vocês utilizaram o celular? Entrevistado - Não, mas já teve gente que falou no celular durante o espetáculo e a gente puxou pra dentro do espetáculo, né? Pesquisador 2: Ah é? E aí a pessoa fica assim... Entrevistado - Fica, pq quando você ta em teatro você já avisa anteriormente, né, no nosso caso a gente avisa: “desliguem os aparelhos celulares pq pode virar uma piada” Pesquisadora: Mas isso só nos lugares fechados... Pesquisador 2: É... Entrevistado - Em lugares fechados... Pesquisadora: Na rua num tem como... Pesquisador 2: Na praça... Entrevistado - Na rua já tocou o orelhão, por exemplo, e a gente atendeu como palhaço. Eu atendi como palhaço e... e aí ainda chamamo o fulano e ficamo lá, esperando conversar. “Não, conversaí!” E tinha umas 300 pessoas assistindo, ficaram as 300 pessoas vendo uma pessoa ficar totalmente vermelha atendendo um orelhão comunitário... que foi numa favela isso... Pesquisadora: Vira parte, né, do espetáculo? Entrevistado - Foi, vira parte do espetáculo... Pesquisadora: Ah, legal... Entrevistado - Mas acontece muito, principalmente pessoas que... (gostei da olhadinha) (risos) Pesquisadora: Era pra saber “tem alguma coisa que...” Pesquisador 2: É, tem mais alguma coisa... (risos) Pesquisadora: Num foi ensaiado.. (risos) Entrevistado - Ah, não, mas essas são as melhores... Mas é, mas acontece muito, né? Principalmente fazendo na rua, as pessoas que atende celular e por uma questão de status e quer falar alto e a gente ta falando alto... po, você ta interferindo, né? Uma coisa ta interferindo na outra. Então ou a gente começa a levantar a voz pra que o cara também tenha que levantar a voz e acabe fazendo um papel ridículo, né? Pq o cara pode sair, vai atender o telefone e volta, né? Mas ele ta assistindo a gente e “AH, BLÁ, BLÁ BLÁ, NUM SEI OQ”... E a gente tentando dar o texto pras outras pessoas que querem ver... Pesquisadora: Até pq o celular tem mobilidade, né? A pessoa pode sair de onde ela ta... Entrevistado - Eu acredito que sim, tem pessoas que eu acho que não... (risos) Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

100 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />

justamente numa região <strong>de</strong> sombra e aí tive q andar uns 600 metros, sorte ainda que eu an<strong>de</strong>i<br />

pouco... 600 metros <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> chuva... e aí vi que tinha uma... já saía da região <strong>de</strong> sombra,<br />

dava pra falar um pouquinho, e aí me salvou, né?<br />

Pesquisador 2: E já teve algum personagem que vocês utilizaram o celular?<br />

Entrevistado - Não, mas já teve gente que falou no celular durante o espetáculo e a gente<br />

puxou pra <strong>de</strong>ntro do espetáculo, né?<br />

Pesquisador 2: Ah é? E aí a pessoa fica assim...<br />

Entrevistado - Fica, pq quando você ta em teatro você já avisa anteriormente, né, no nosso<br />

<strong>caso</strong> a gente avisa: “<strong>de</strong>sliguem os aparelhos celulares pq po<strong>de</strong> virar uma piada”<br />

Pesquisadora: Mas isso só nos lugares fechados...<br />

Pesquisador 2: É...<br />

Entrevistado - Em lugares fechados...<br />

Pesquisadora: Na rua num tem como...<br />

Pesquisador 2: Na praça...<br />

Entrevistado - Na rua já tocou o orelhão, por exemplo, e a gente aten<strong>de</strong>u como palhaço. Eu<br />

atendi como palhaço e... e aí ainda chamamo o fulano e ficamo lá, esperando <strong>con</strong>versar. “Não,<br />

<strong>con</strong>versaí!” E tinha umas 300 pessoas assistindo, ficaram as 300 pessoas vendo uma pessoa<br />

ficar totalmente vermelha aten<strong>de</strong>ndo um orelhão comunitário... que foi numa favela isso...<br />

Pesquisadora: Vira parte, né, do espetáculo?<br />

Entrevistado - Foi, vira parte do espetáculo...<br />

Pesquisadora: Ah, legal...<br />

Entrevistado - Mas a<strong>con</strong>tece muito, principalmente pessoas que... (gostei da olhadinha)<br />

(risos)<br />

Pesquisadora: Era pra saber “tem alguma coisa que...”<br />

Pesquisador 2: É, tem mais alguma coisa... (risos)<br />

Pesquisadora: Num foi ensaiado.. (risos)<br />

Entrevistado - Ah, não, mas essas são as melhores... Mas é, mas a<strong>con</strong>tece muito, né?<br />

Principalmente fazendo na rua, as pessoas que aten<strong>de</strong> celular e por uma questão <strong>de</strong> status e<br />

quer falar alto e a gente ta falando alto... po, você ta interferindo, né? Uma coisa ta interferindo<br />

na outra. Então ou a gente começa a levantar a voz pra que o cara também tenha que levantar<br />

a voz e acabe fazendo um papel ridículo, né? Pq o cara po<strong>de</strong> sair, vai aten<strong>de</strong>r o telefone e<br />

volta, né? Mas ele ta assistindo a gente e “AH, BLÁ, BLÁ BLÁ, NUM SEI OQ”... E a gente<br />

tentando dar o texto pras outras pessoas que querem ver...<br />

Pesquisadora: Até pq o celular tem mobilida<strong>de</strong>, né? A pessoa po<strong>de</strong> sair <strong>de</strong> on<strong>de</strong> ela ta...<br />

Entrevistado - Eu acredito que sim, tem pessoas que eu acho que não...<br />

(risos)<br />

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