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estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

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Pesquisadora: humhum<br />

97 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />

Entrevistado - Então, você me ligou, falou assim, ai, tal... a gente teve um pequeno atraso<br />

aqui, num sei oq...<br />

Pesquisador 2: Ah, fui eu que vim <strong>de</strong> Pirituba, <strong>de</strong>sculpa...<br />

Entrevistado - Mas pra mim, você me ligou, pra avisar... você num me ligou às 9:10... você me<br />

ligou eram vinte pras 9, então você ligou pra falar e eu falei tudo bem, eu vou estar aqui e vou<br />

estar disponível, e tal... agora quando a pessoa liga em cima da hora pra falar: “ah, então... ”<br />

“mas aon<strong>de</strong> você está?” “ah, eu to em casa”... porra, numa cida<strong>de</strong> como São Paulo... Ou você<br />

veio <strong>de</strong> disco voador e num sabe on<strong>de</strong> c ta, né? Pq num tem como, né? E eu já morei longe<br />

também, né? Já morei em Cajamar e vinha pra cá também... Eu sei que tem essa dificulda<strong>de</strong>,<br />

mas eu não ligo pra te cobrar, enten<strong>de</strong>u? Aí oq po<strong>de</strong> a<strong>con</strong>tecer é chegar aqui e bater com a<br />

cara... Enten<strong>de</strong>u? Pq eu fico, às vezes... o nosso compromisso tem uma hora?<br />

Aproximadamente? Se for além disso não tem problema, não sou uma máquina, não sou um<br />

computador, mas eu vou me agendando o dia... Ah, tem uma hora, então vai ser das nove até<br />

às <strong>de</strong>z? Então já coloco assim... vai ser até umas <strong>de</strong>z, aí tem o papo furado, até umas <strong>de</strong>z e<br />

meia, pq eu gosto muito <strong>de</strong> papo furado, adoro jogar <strong>con</strong>versa fora, gosto <strong>de</strong> falar e tal, então<br />

eu sei disso... Então eu fico aqui até aquele momento... Só q se você chegar aqui <strong>de</strong>z pras <strong>de</strong>z,<br />

que era o momento <strong>de</strong> terminar, e falar assim “ah, então, viu? É q a gente teve um atraso” Eu<br />

vou falar “ta bom, então, mas a gente tem <strong>de</strong>z minutos pra fazer oq tinha uma hora, enten<strong>de</strong>u?”<br />

por mais in<strong>de</strong>licado que seja, é uma maneira, a minha maneira <strong>de</strong> chamar a tua atenção <strong>de</strong><br />

que eu não tenho nada com isso. Agora uma outra coisa é você ser profissional, como você foi,<br />

e falar assim, ó “são vinte pras nove, a gente vai ter um atraso e num sei quê, tudo bem?” Tudo<br />

bem, pra mim tudo é... <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que me trate com dignida<strong>de</strong>, tá tudo tranqüilo, tudo acertado, né?<br />

Pesquisadora: humhum, até pq você tem que organizar o seu tempo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das outras<br />

pessoas, né?<br />

Entrevistado - Sim, é isso, né, assim... num existe uma supremacia, o meu tempo, oh! Não é<br />

um valor... é que pra mim ele é muito importante, pq a vida é finita, então pra mim eu tenho<br />

uma urgência em viver mto gran<strong>de</strong>... então eu tenho urgência em todas as coisas que eu faço,<br />

e urgência não é “ah, vamo terminar aqui” não. Não é isso.. o quanto tiver legal e for produtivo<br />

pra vocês e pra mim também, a gente ta num comum aqui, né? Mas a urgência é que... num dá<br />

pra que eu gire em torno do seu tempo na vida, né? Que tem uma coisa... eu sou muito caxias<br />

com horário.. eu sou assim... eu fazer alguém esperar cinco minutos eu já chego<br />

envergonhado, chego mal, já falo assim, foi uma falha minha e não tenho oq dizer... ta. To<br />

pedindo <strong>de</strong>sculpa... o restante é só <strong>de</strong>sculpa mesmo, né? O ônibus atrasa, tudo a<strong>con</strong>tece e é<br />

humanamente explicável...<br />

Pesquisadora: humhum... e em questão <strong>de</strong> espetáculo você já teve essa... em questão <strong>de</strong>...<br />

enfim, atrasos e aí você teve que <strong>con</strong>tornar isso usando celular?<br />

Entrevistado - Celular, não. Seu eu tivesse usado o celular seria pra matar...<br />

(risos) Pq já teve um espetáculo em que o ator não foi. Aí “ah, on<strong>de</strong> você ta?” “eu to em<br />

Floripa, mas eu já to indo” (risos) E a gente maquiado em cena... e nós fizemos em dois, eu e o<br />

Neto...<br />

Pesquisador 2: Ah, então, mas <strong>de</strong> alguma maneira o celular....<br />

Entrevistado - É, não... o cara num tava em Floripa, e tava chegando em São Paulo na<br />

rodoviária e eu falei “não, faz o seguinte, aproveita q você ta aí e volta pra Floripa”<br />

Pesquisador 2: Mas você tomou a <strong>de</strong>cisão sabendo que ele tava.... foi por celular?<br />

Entrevistado - Foi por celular... Mas se tivesse pessoalmente, realmente seria um estilingue,<br />

uma bazuca, um lança-celulares... (risos) Seria diferente a atitu<strong>de</strong>...<br />

Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

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