estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL
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93 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />
Entrevistado: Mando bastante. Tenho um pacote <strong>de</strong> cinqüenta torpedos e eu sempre extrapolo<br />
em mais uns cinqüenta<br />
Pesquisadora: Nossa, bacana... E recebe, também?<br />
Entrevistado: Recebo também<br />
Pesquisadora: Nessa proporção, menos?<br />
Entrevistado: Ah.. uma média <strong>de</strong> uns seis... <strong>de</strong> seis a vinte por dia... em dias que ninguém me<br />
manda eu recebo uns seis... ten<strong>de</strong>u, eu recebo bastante, uns vinte...<br />
Pesquisador 2: E você faz assim uma... você tem uma política pra você... quando você faz a<br />
ligação e quando você usa o SMS?<br />
Entrevistado: Aí eu vejo como é que está o meu saldo junto a empresa, né? Eu entro no site e<br />
vejo "Ah, então quer dizer que eu tô assim.. e já estourei tudo, então que se dane" e eu já ligo..<br />
ou então que se dane mas meu bolso tá falando que é melhor... um torpedo vai custar menos...<br />
às vezes eu entro até na própria internet e mando torpedo por lá... então eu vou utilizando oq<br />
eu posso, né, todas as armas pra... na verda<strong>de</strong> oq vale mesmo é o dinheirinho no bolso, né?<br />
Pesquisador 2: E você acabou comentando também da questão da sutileza, né? Que às<br />
vezes é melhor mandar um SMS...<br />
Entrevistado: Exatamente... Pra num ser in<strong>de</strong>licado, né? Uma questão <strong>de</strong> <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za...<br />
Pesquisadora: E você costuma esquecer o celular, assim, já alguma vez?<br />
Entrevistado: Não... esqueço <strong>de</strong> por calça mas...<br />
(risos)<br />
Entrevistado: Exatamente pq tá tudo ali... então...<br />
Pesquisador 2: E vocês se...<br />
Entrevistado: Mas é que eu tenho um hábito assim, eu sou muito sistemático pras minhas<br />
coisas. Como eu não saio <strong>de</strong> casa sem a minha mochila, então mesmo que esteja<br />
<strong>de</strong>sorganizado eu ponho tudo em cima <strong>de</strong>la. Então ponho o celular, ponho tudo oq eu vou<br />
precisar no dia, um texto <strong>de</strong> teatro, ou uma literatura que eu preciso, fotos que eu preciso ver,<br />
qualquer tipo <strong>de</strong> coisa... então CDs, alguma coisa, eu coloco em cima da minha mochila. Saio<br />
às vezes do banho, termino <strong>de</strong> tomar café, tal, já vejo tudo ali em cima e falo "Ah!" enten<strong>de</strong>u?<br />
O famoso "Ah", então eu relembro, coloco tudo <strong>de</strong>ntro da mochila e aí vou utilizando no<br />
<strong>de</strong>correr do dia...<br />
Pesquisadora: E você falou, né, das fotos que você precisa ver... daí.. quando vocês estão<br />
apresentando espetáculo você percebe que o público usa o celular pra tirar foto, pra filmar?<br />
Entrevistado: Depen<strong>de</strong> muito da localida<strong>de</strong>, né? A gente vê por exemplo na periferia, por<br />
incrível que pareça tem uma <strong>de</strong>manda forte <strong>de</strong> celular, née? É um lugar...<br />
Pesquisadora: As pessoas têm bastante, né?<br />
Entrevistado: Muito. Os pré-pago da vida, né, mas funciona, estão ali, né? Aí você vê muito a<br />
questão <strong>de</strong> status, né? Não é uma questão <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios, poucos ali utilizam<br />
como negócio. O próprio fato <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> seis... tem, tenho amiga minha que já <strong>de</strong>u pra<br />
criança <strong>de</strong> seis, sete anos um celular. Eu acho um crime, né? Eu... pra mim, né, justo pra mim,<br />
que fecho uma rua pra que as criancinhas tenham infância, vê isso eu acho... acho uma<br />
sacanagem, assim. Primeiro tem que... acho que pra você dar um aparelho <strong>de</strong>sse pra criança<br />
primeiro você tem que ensinar a matemática financeira. Ou quanto vale pra se ter o dinheiro<br />
Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina