estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL
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92 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />
família mesmo são os meus amigos, e tem alguns que, né, faço qualquer coisa por eles. E eles<br />
sabem disso. Agora urgência em negócios não existe, né... a urgência... eu entendi oq você<br />
falou, mas a urgência... a gente sabe quais são as nossas urgências, né, assim como a gente<br />
sabe os nossos valores, o valor quanto custa a nossa alma, né? por quanto eu me vendo, né?<br />
todo mundo tá a venda, né, nesse mundo, todo mundo tem um preço, mas qual o nosso preço,<br />
qual é o seu, qual é o seu, qual é o meu. Isso é uma coisa que só gente sabe, né? Ou nem a<br />
gente sabe, né? Às vezes a gente se troca lá pela chupeta do Silvio Santos... acen<strong>de</strong> a luzinha<br />
"SIIIM", né, então... às vezes é mó furada, né?<br />
Pesquisadora: Como você recebe as ligações, enfim, <strong>de</strong>ixa o celular ligado e tal, sei lá... eu<br />
fiquei pensando se você recebe muitas ligações... você tem uma média mais ou menos <strong>de</strong><br />
quantas...<br />
Entrevistado: Não, isso tem muitas... é muito variado, até. E isso é até um dado interessante,<br />
pq meus amigos não me ligam toda hora. Esses mesmos amigos que eu tenho essa urgência,<br />
a gente tem uma ligação tão forte, que a gente não fica se perturbando, falando "e aí, como é<br />
que tá o dia?" "Ah, legal"... Às vezes a gente.. eu tenho amigos que às vezes eu fico dois, três<br />
anos sem se falar, mas a gente retoma o assunto como se tivesse<br />
Pesquisadora: Fosse ontem...<br />
Entrevistado: Exatamente. Mas a gente não se perturba. Então por isso eu não tenho muitas<br />
ligações assim no celular...<br />
(As entrevistadoras falam ao mesmo tempo, não dá pra enten<strong>de</strong>r bem oq nenhuma <strong>de</strong>las fala,<br />
o texto em parênteses é aproximado)<br />
(Entrevistador Pesquisador 2: Então é no trabalho, é mais profissional?)<br />
(Pesquisadora: Você tem uma média, assim, no geral?)<br />
Entrevistado: "Vareia", né, como diz o palhaço, "vareia"... Pq tem dias por exemplo que eu só<br />
atendo ligações profissionais. Então, é... por exemplo, no final do mês agora até o final do mês<br />
<strong>de</strong> novembro, eu sei que vamos ter muitas ligações relativas a trabalho, pq a gente tá entrando<br />
em edital e aí então isso faz com que as pessoas envolvidas nesse edital se liguem "E aí, como<br />
é que tá? Oq você precisa? Qual documentação" "Olha, eu creio que vai num sei oq nã nã nã".<br />
Então acabo recebendo muito mais profissional. E assim como eu tenho fases... esse mês, por<br />
exemplo, que é o mês do meu aniversário, então as pessoas mais próximas vão se... todos os<br />
amigos <strong>de</strong> quinhentos anos vão falar assim "oh, lembreeei!"<br />
Pesquisadora: E te ligam mais no celular, assim?<br />
Entrevistado: Liga mais no celular. Pq sabe que vai estar a três segundos <strong>de</strong> distância, é o<br />
tempo <strong>de</strong> enfiar a mão no bolso e tirar.<br />
Pesquisadora: Mas aí você sabe? Tipo "Eu recebo <strong>de</strong>z ligações, trinta ligações por semana"<br />
Entrevistado: Por dia?<br />
Pesquisadora: Ah, sei lá...<br />
Entrevistado: Sei lá.. por dia umas vinte, trinta...<br />
Pesquisadora: Ah, é bastante por dia! Ah, legal...<br />
Pesquisador 2: E fazer ligações?<br />
Entrevistado: Menos. Assim, fazer, <strong>de</strong>vo fazer umas sete, seis...<br />
Pesquisadora: E SMS? Você manda bastante?<br />
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