estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

Entrevistado: Opa! A e a gente também, deveria saber. E você paga.
Pesquisador 2: E bem caro.
Entrevistado: Multas e tal.
89 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero
Pesquisador 2: E você tava falando da questão do status, da pessoa, enfim, falar no celular.
Você acha que o aparelho também dá status?
Entrevistado: Ah, com certeza. Você ter o aparelho da moda, você ter um Smartfone hoje é
tudo.
Pesquisador 2: O I-Phone agora, né?
Entrevistado: O I-Phone 3G.
Pesquisadora: Mas aqui na companhia, você não...
Entrevistado: Não, aqui... Ah, não sei, não sei. Acho que entre a gente não. Mas pessoas que
vêm às vezes aqui é... o fato de você falar alto no celular, já é uma questão de status, né? você
já consegue diagnosticar de que a pessoa quer ser observado falando no aparelho. Pq os
microfones disso, é muito sensível. Eu pra falar com as pessoas, as pessoas falam: "oh, você
tá falando alto", então eu abaixo e tô praticamente sussurrando mesmo, falando na rua
movimentada. E, o fato de você falar alto ao telefone, você já percebe que aquela pessoa quer
ser observado, que utiliza bastante, pq era uma pessoa requisitada socialmente. Então, tem um
fundo de status nisso, né? É o diagnóstico que eu faço na verdade.
Pesquisadora: Mas e aí, aqui você não vê entre vocês?
Entrevistado: Entre a gente não. Eu por exemplo, vocês nem vêem despertar o meu celular.
Principalmente pq eu dou o número de celular pra poucas pessoas, né? A não ser que por
trabalho...
Pesquisador 2: Você dá mais o fixo daqui?
Entrevistado: Mais o fixo. Relativo a trabalho, sim. A não ser quando a gente viaja. Na nossa
secretária eletrônica tem o telefone celular. Mas eu acredito que nada é tão urgente. A gente
criou uma urgência social, de que a gente tem que ser localizado imediatamente; e não existe
isso, né? Mesmo pq se eu tô em trânsito, eu não vou te ajudar em nada. Se você precisa de
um documento, dum e-mail, de um fax, qualquer coisa, eu não tenho como te ajudar. Então, eu
primeiro sempre dou o telefone daqui, e se for o caso de um projeto grande, uma resposta de
uma grande empresa, então, eu dou uma filtrada nas urgências e nas pessoas que vão ter
acesso ao meu número de celular.
Pesquisador 2: E não o contrário, né? As pessoas te acham nas urgências delas.
Outro Entrevistado - E não o contrário. Eu não vou expor isso , né? no campo...
Pesquisadora: Ele fica então um pouco mais pessoal? O celular? Você dá pra pessoas mais...
não?
Entrevistado: Não. Ele é profissional, mas pra certas urgências?
Entrevistado: É ele é... ele é pra tudo, né? Ele é assim uma extensão do Entrevistado. Na
verdade é o meu HD, né? pq eu até coloco uma memória externa de que eu deixo tudo. Até
documentos, vídeos e textos e tudo mais, eu armazeno dentro do celular. Da memória... da
memoriazinha do chip, lá né? E então, ele serve pra tudo. Só que tudo passa pele\o meu crivo,
né? Eu não vou chegar prum cara que eu acabei de conhecer num boteco e falar: "Ah não,
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