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estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

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88 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />

Pesquisadora: Mas normalmente você tem que falar com essas pessoas, elas normalmente<br />

tão no celular?<br />

Entrevistado: Geralmente no celular. É, as pessoas têm isso , né? às vezes elas tão com o fixo<br />

do lado, mas elas te dão o celular: "Ah, você me liga no meu celular?" Eu acho uma besteira<br />

isso, mas isso é um... eu não sei se é uma questão <strong>de</strong> status social. O que eu percebo é muito<br />

mais isso, né? Status <strong>de</strong> falar alto no ônibus; o cara tá andando <strong>de</strong> ônibus e <strong>de</strong> celular: "Ah,<br />

fulano...É isso aí, certo mano, beleza, vâmo nessa então!" se você perceber a <strong>con</strong>versa, e eu<br />

como ator percebo muito mais isso, esses gestos sociais. Então, eu vejo que a pessoa não tá<br />

falando nada, pq até falam: "Ah, da hora, bacana, só, é isso aí, bacana!" E foram <strong>de</strong>z minutos<br />

<strong>de</strong> <strong>con</strong>versa no celular, e aí eu já sou meio..., né? como o Neto mesmo diz, assim, eu uso a<br />

tecnologia, mas a meu favor, né? Então eu... Toda a minha vida tá no <strong>de</strong>ntro do meu celular.<br />

Eu uso agenda, uso tudo que ele tem.<br />

Pesquisador 2: Você usa <strong>de</strong>spertador?<br />

Entrevistado: Uso <strong>de</strong>spertador. Eu tenho três programações <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertador, eu agendo as<br />

reuniões como a nossa por exemplo: eu agen<strong>de</strong>i no meu calendário pra me <strong>de</strong>spertar tal hora,<br />

falando: "Ah, lembra que..." Além <strong>de</strong> tudo tem o trajeto <strong>de</strong> você se en<strong>con</strong>trar e tudo mais.<br />

Pesquisador 2: E teu celular tem câmera, MP3 ,essas coisas todas?<br />

Entrevistado: Tem câmera, MP3 , rádio...<br />

Pesquisador 2: Qual o mo<strong>de</strong>lo? Curiosida<strong>de</strong>!<br />

Entrevistado: Mo<strong>de</strong>lo?! Aí agora...não me lembro. É da LG, mas é K alguma coisa. Aí tem uma<br />

câmera <strong>de</strong> três megapixel, que pra mim é muito importante, pq como eu também trabalho com<br />

bonecos, aquilo que eu falei, e às vezes eu tô na rua e falo: "nossa, aquilo é muito interessante<br />

pro meu trabalho", vou lá e bato uma foto.<br />

Pesquisador 2: Influencia na tua criação artística, então?<br />

Entrevistado: Na minha criação artística também. Eu vejo <strong>de</strong> repente... Isso já a<strong>con</strong>teceu, <strong>de</strong><br />

ver um nicho <strong>de</strong> um mendigo na rua e falar: "Putz, aquilo é o cenário do meu espetáculo!" e bati<br />

a foto, e <strong>de</strong>pois reproduzi próximo daquilo. Ou aquilo ao menos virou um centro <strong>de</strong> discussão.<br />

Pesquisador 2: Ai, que bacana.<br />

Entrevistado: Então eu tenho sempre o meu celular e ele é o meu companheiro fiel. Duas<br />

coisas na minha vida: isso e minha mochila, que eu sou muito mochileiro mesmo. De sair sem<br />

<strong>de</strong>stino e tá... E o meu celular é on<strong>de</strong> eu organizo a minha vida.<br />

Pesquisador 2: E você tem ele <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando?<br />

Entrevistado: Esse eu peguei há duas semanas, pq o meu tinha pifado <strong>de</strong> tanto uso, né?<br />

Pesquisador 2: Nossa! E <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando, sei lá... quando você teve o seu primeiro celular, faz<br />

tempo?<br />

Entrevistado: Foi. Eu voltei pro Brasil em 92, mas eu tive <strong>con</strong>tato em celular em... acho que 95,<br />

96. Foi quando eu tive, aí eu tive pré-pago até 2004. Pré-pago , né? Com... pq como a gente<br />

tinha essa coisa do nosso trabalho não ter uma renda fixa, não ter uma estabilida<strong>de</strong>, então eu<br />

tinha muito medo <strong>de</strong> utilizar aquilo que eu não podia pagar. E por uma questão assim <strong>de</strong><br />

imaturida<strong>de</strong> mesmo, né? De uso. Pq se a coisa tá disponível, é que nem um cartão <strong>de</strong> banco; a<br />

gente utiliza e aí fala: "Ah, mais tem o limite". O limite é não um dinheiro invisível, é mentiroso,<br />

mas a gente cisma em utilizar aquilo, né? A gente não trabalha com coisas reais, né? E esse é<br />

o problema.<br />

Pesquisador 2: Os bancos sabem bem disso, né?<br />

Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

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