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87 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero
Pesquisador 2: Posso propor pra Entrevistador 1 continuar? A gente entrar já nos dados do
celular, e aí começar assim à partir da articulação? Pensar o articulador do grupo e começar
com os dados do celular.
Pesquisadora: É que você tava falando: "Ah, às vezes a gente vai pra lugares pra fazer o
espetáculo... enfim, na periferia, pq a gente tem montagens, e a gente vai apresentar um
espetáculo que foi vendido, e tal... E aí, como é que você faz pra articular essas pessoas? É
você, é o Neto, são os dois?
Entrevistado: Articular o quê? Nesses lugares?
Pesquisadora: Chamar as pessoas: "Ah, a gente vai fazer o espetáculo", ou a gente
apresentou um projeto... Pra juntar essa equipe... pq tem uma equipe técnica que também
trabalha com vocês, não é?
Entrevistado: Tem. Tem e não tem, na verdade. O que acontece é o seguinte: quando a gente
faz um edital, a gente já contempla como sendo também nosso... nossa manifestação artística,
o fato de irmos a determinados lugares. Nós temos um projeto que desde a muito tempo, que
se chama "Projeto Maomé", que a gente vai onde o povo... o público não... como o público não
pode vir à gente, a gente vai até eles. E por isso então a gente vai visitar essas periferias,
esses lugares. Então, o que a gente faz? A gente geralmente chega nesses lugares, a gente
mesmo... eu, então, através de internet ou telefones, e falo assim: "qual é o ponto de cultura
mais conhecido do Paraisópolis?" "Ah, é a igreja não-sei-o-quê. Ou então é a EMEI, ou então é
tal coisa, ou é a casa do cicrano. Pq às vezes é isso. Então, a gente liga pra essa pessoa:
"Olha,.é o seguinte, nós fazemos parte de um companhia de teatro, e nós estamos levando, pq
fomos fomentados por... é.... fomos contemplados por uma lei de incentivo e essa lei de
incentivo contempla também que o bairro de vocês receba uma apresentação nossa." Pra isso
a gente precisa de uma mobilização. Então a gente entra num comum acordo com essas
pessoas. Mas tudo parte da gente.
Pesquisadora: E aí vocês entram em contato com o celular? Vocês usam o celular daqui...
vocês vão até lá?
Entrevistado: Ela quer o ponto que a gente quer discutir! Nem sempre, pq nós temos uma linha
fixa aqui, né? e por uma questão administrativa e financeira, o que a gente percebe é que o
celular em São Paulo e no Brasil, ele é muito caro. O serviço, né? É diferente do... sei lá, de
outros países aonde eles facilitam ao ponto de você esquecer que você tem uma linha fixa. O
que faz a gente esquecer um pouco, é a comodidade de estar em trânsito, em movimento. Aí,
sim. Mas quando a gente tá aqui por exemplo, eu deixo meu celular e só atendo as minhas
ligações. Ou então, se a pessoa, por exemplo, eu tenho que me comunicar com alguém, é...
sei lá, no Amapá, então eu mando um torpedo, um SMS. E vê: "Oh, a gente pode entrar na
internet tal hora pra gente fazer um debate?" então a gente entra, pq a internet hoje, barateou
muito, né? Então é uma questão administrativa mesmo, né? E por uma questão de erro e
acerto, né? pq eu já...
Pesquisador 2: O seu celular é pré, pós?
Entrevistado: É pós. Pós com plano de alguns minutos. Pq tanto eu quanto a minha esposa,
nós temos. Então pra gente se comunicar a gente utiliza o celular, e aí fica mais fácil tendo um
plano, né?
Pesquisadora: Mas daqui, vocês fazem ligação do fixo, mas vocês fazem ligação pra celular
das outras pessoas com quem vocês se comunicam pra fechar essas apresentações?
Entrevistado: Então, aí vem a matemática administrativa, pq se eu vejo que eu tenho algum
bônus sobrando do meu aparelho pra um outro aparelho da mesma empresa, então eu utilizo
isso, pra que... tudo otimizando pra que a empresa não tenha um ônus muito maior, né? Então,
se eu já tenho um gasto mensal de um plano X, que eu pago Y, então eu utilizo aquilo até o
talo, né? Até o último centavo.
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