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estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

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Pesquisadora: São os custos fixos pra...<br />

85 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />

Entrevistado: Então quando a gente ven<strong>de</strong> espetáculo, ven<strong>de</strong> três espetáculos num mês, é o<br />

necessário pra gente... pq os três espetáculos que a gente ven<strong>de</strong>, além disso a gente paga<br />

todos os impostos...<br />

Pesquisador 2: Você ven<strong>de</strong>, você tá falando pra quem? Você ven<strong>de</strong> pras pessoas que vem<br />

aqui ou você ven<strong>de</strong> espetáculo avulso?<br />

Entrevistado: Não, eu tô falando <strong>de</strong> espetáculo como um todo, então eu faço casa <strong>de</strong> cultura,<br />

prefeitura, acabo fazendo um evento numa cida<strong>de</strong> x <strong>de</strong> aniversário, SESC, SESI, entida<strong>de</strong>s...<br />

Pesquisador 2: Então além dos editais vocês também ven<strong>de</strong>m...<br />

Entrevistado: Sim, sim...<br />

Pesquisador 2: Aqui as pessoas vêm gratuitamente?<br />

Entrevistado: Aqui é um trabalho que a Farândula tem <strong>de</strong> artista cidadão. A gente vem, fecha...<br />

tanto que não é uma coisa muito regrada, a gente já foi mais regrado, mas pelas dificulda<strong>de</strong>s<br />

que a companhia vai, vai sofrendo, então a gente acaba andando <strong>con</strong>forme as pernas dão, né?<br />

Então não dá pra gente fechar ali se a gente num tem dinheiro nem pra algumas coisas<br />

necessárias pra realização daquilo com dignida<strong>de</strong>. Pq isso é uma outra preocupação da<br />

Farândula: o material que vocês vêem aqui e vocês vão levar, esse mesmo material, ele é<br />

entregue tanto no Morumbi quanto na favela... Então não é que a pessoa é...<br />

Pesquisador 2: É muito bem feitinho, não é?<br />

Entrevistado: É, então... o nosso material a gente preza muito com isso, pq isso daqui é<br />

exatamente também como é o nossos espetáculos. Eles são bem acabados, ele tem uma<br />

preocupação estética, ética e do que a gente quer dizer, e não é por que uma pessoa é pobre<br />

que a gente vai fazer um teatro pobre. A gente faz o teatro com a mesma verda<strong>de</strong> pra qualquer<br />

cidadão; não importa se o cara é um bêbado, se é um cachorro vira-lata ou se é o milionário <strong>de</strong><br />

qualquer castelo, né? Pq senão, eu taria segregando uma coisa que... eu não posso fazer isso,<br />

né? Eu taria lutando <strong>con</strong>tra a minha arte.<br />

Pesquisador 2: E só uma curiosida<strong>de</strong>: tem empresas privadas que financiam esse tipo <strong>de</strong><br />

espetáculo?<br />

Entrevistado: Então, hoje, eu acredito que a tendência (eu não sei se a gente vai presenciar<br />

isso), mas eu vejo com bons olhos, pq são os meus, (riso), que a tendência é uma melhora<br />

gradativa, porém a passos lentos, né? pq a gente copia algumas fórmulas do que vem <strong>de</strong> fora,<br />

mas eu acho que hoje a socieda<strong>de</strong> começa a perceber que nem tudo se enquadra nos nossos<br />

mol<strong>de</strong>s. Pq historicamente somos um país diferente. Cada país tem um país que<br />

historicamente foi o que...<br />

Pesquisador 2: Construíram.<br />

Outro Entrevistado - Não, o que tomou posse das coisas, né? o que foi <strong>con</strong>quistador e tem os<br />

países que foram <strong>con</strong>quistados, né? Até eu acho que hoje, ainda ainda sofre muitas heranças<br />

escravocratas, né? Até como cidadão. A gente se vê muito mais como um servo, do que como<br />

um mandante, né? socialmente, né? A gente busca isso até socialmente. "Ah, eu vou trabalhar<br />

na empresa pra ser tal coisa", e nunca "Ah, eu vou trabalhar pra ser o gerente, ou pra ser o<br />

presi<strong>de</strong>nte". A gente não fala isso ambiciosamente, né? É pq a gente tem essa.. essa...<br />

Pesquisador 2: Uma postura carregada <strong>de</strong> toda essa história.<br />

Entrevistado: É uma herança escravocrata mesmo, né? E isso... o que importa é a gente fazer<br />

esse diagnóstico, pra gente começar a compreen<strong>de</strong>r, né? E a gente percebe, principalmente a<br />

Farândula, ela trabalha muito em periferias. Nós já fizemos todas as favelas, todas as ruelas e<br />

Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

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