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estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

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78 Articulación profesional y uso <strong>de</strong>l móvil en grupos <strong>de</strong> teatro callejero<br />

Entrevistado: O grupo já tem 15 anos, fez 15 anos agora dia 13 <strong>de</strong> agosto. E, no bairro do<br />

Cambucí, que é uma coisa que a gente tem mais (bom, não sei se você vai se aprofundar<br />

nisso?)<br />

Pesquisadora: Não, po<strong>de</strong> falar!<br />

Pesquisador 2: Não, po<strong>de</strong> falar! Antes <strong>de</strong> entrar no celular, a gente queria <strong>con</strong>hecer bem a<br />

história do grupo...<br />

Entrevistado: Entendi, tá bom. É...então o grupo aqui no Cambucí já tem 10 ou 11 anos. Nós<br />

somos uma companhia <strong>de</strong> teatro <strong>de</strong> rua, que também utiliza elementos <strong>de</strong> circo, música, né? a<br />

gente estuda tanto música, circo, diversas vertentes <strong>de</strong> todos os tipos <strong>de</strong> manifestações<br />

artísticas pra agregar isso em cada trabalho, e ser uma coisa diferenciada. Mas tudo voltado<br />

tanto ao teatro <strong>de</strong> rua, e muito próximo da nossa comunida<strong>de</strong>. Pq o que a gente percebeu, num<br />

mundo globalizado, às vezes a gente esquece da nossa vizinhança. E a gente esquece <strong>de</strong><br />

olhar, é... às vezes o que a gente mais busca, tá muito próximo e não tão distante. Pra citar um<br />

exemplo disso é... o Bairro do Cambucí , ele beira 330 mil habitantes. Somente o Bairro do<br />

Cambucí, é um bairro <strong>de</strong> São Paulo. Então, a gente falou assim: "Pra que a gente vai querer<br />

ficar viajando com esse espetáculo pra tanto lado, se no Cambucí tem 330 mil habitantes? Se<br />

cada um for assistir a gente uma vez por ano, a gente tem público pra... durante muito tempo,<br />

né? então a gente tenta fortalecer isso. Isso não quer dizer que a companhia fique fixada aqui,<br />

direto aqui. É como se a gente criasse um muro em volta do Cambucí, não é isso. A gente viaja<br />

bastante, a gente faz o interior, viaja pra fora do Estado, e tudo mais.<br />

Pesquisadora: Mas vocês procuram fazer bastante coisa por aqui, ser <strong>con</strong>hecido por aqui?<br />

Entrevistado: É, é a mesma coisa se você tem uma micro-empresa, e o seu vizinho não sabe<br />

que você tem aquela micro-empresa, você tá per<strong>de</strong>ndo negócio, né? Eu não <strong>con</strong>sigo encarar<br />

teatro como negócio, né? Pq é diferente nas questões artísticas, né? Pq se eu vejo teatro como<br />

negócio, então o meu teatro vai ser permeado pelo que o mercado dita. E eu não posso. Eu<br />

como ator, eu tenho que falar sobre tudo, inclusive os males da própria socieda<strong>de</strong>. E às vezes<br />

com isso, você acaba mexendo em gran<strong>de</strong>s entida<strong>de</strong>s, né? Então se o meu artístico for ditado<br />

pelo mercado, então eu acabo... acaba não sendo isso. Porém, tem uma visão que também se<br />

agrega ao teatro, que é o fato <strong>de</strong> que se o meu vizinho não souber que eu faço teatro, então o<br />

que eu faço já tá errado, pq o meu trabalho é comunicação. E, se eu não me comunico com os<br />

meus vizinhos, se o meu bairro não <strong>con</strong>hece o trabalho do meu grupo, então já tô na profissão<br />

errada, né? Então, é isso.<br />

Pesquisadora: E você tinha falado que o grupo existe a 15 anos, mas ele tá a menos tempo<br />

aqui no Cambucí, ele começou em outro lugar...<br />

Entrevistado: Ele começou na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Carlos, no interior <strong>de</strong> São Paulo. Ai começamos<br />

lá, foi on<strong>de</strong> na verda<strong>de</strong> eu e o Neto, nós nos <strong>con</strong>hecemos; nós somos uma dupla <strong>de</strong> palhaço a<br />

17 anos. Só que a gente... foi montado o grupo a 15 anos, né? Antes disso a gente fez outros<br />

trabalhos, né? trabalhos isolados, aí <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sses 15 anos... E nesses 15 anos não ficou a<br />

dupla o tempo todo, né? pq teve um período que eu acabei saindo do grupo pq peguei outros<br />

trabalhos pra fazer, que <strong>de</strong>mandavam muito tempo; fui também embora do Brasil, fiquei três<br />

meses morando na Alemanha... Então, várias coisas fizeram com que a gente se distanciava e<br />

voltava, mas nunca existiu uma ruptura entre o nosso trabalho. Era sempre um distanciamento<br />

mesmo pra que cada um fosse evoluindo em outras áreas, quer dizer, a gente acredita que<br />

tava evoluindo, né? Mas que foi buscando uma evolução paralela no trabalho, né?<br />

Pesquisadora: E hoje são só vocês dois, ou tem mais atores, mais pessoas envolvidas no<br />

grupo?<br />

Entrevistado: Hoje... Então, o grupo se resume tanto na questão <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong>, quanto <strong>de</strong><br />

elenco, nós dois, né? Trabalhamos a questão da dupla cômica. Até hoje, várias pessoas já<br />

passaram, já tivemos 12 pessoas trabalhando como elenco no grupo. Mas aí, a gente via que<br />

acabava o dinheiro, aí todo mundo também, acabava o ânimo <strong>de</strong> trabalhar.<br />

Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina

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