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77 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Pesquisadora: Então vamos lá. Outro Entrevistado - Aqui nós vamos responder por uma companhia de teatro? Pesquisador 1: Hum hum! Pesquisador 2: Isso. Pesquisadora: Mas pq? Você se... Outro Entrevistado - Tá, pq aí eu... acho que eu vou lá, dando uma... Entrevistado: Tudo bem. Outro Entrevistado - ... uma ripa; você responde. Até pq celular, tecnologia é muito mais com ele do que comigo! (risos) Pesquisadora: Mas como é que funciona? Você falou uma companhia pq? Tem mais de uma? Entrevistado - Não, não. É... uma pessoa na companhia pode falar por outra. Pesquisadora: Há, é assim! Pesquisador 2: Posso pegar uma caneta emprestada? Entrevistado - Claro que sim! Outro Entrevistado - Gente, fiquem à vontade. Entrevistado - Não sei se essa daí funciona... Pesquisador 2: Obrigada. Tá, então vamo lá. Seu nome? Entrevistado - Entrevistado. Pesquisador 2: Tá. É... Idade? Entrevistado: 37. Vou fazer 38 agora. Pesquisador 2: Tá. Você estudou até...? Entrevistado: Segundo grau completo. Pesquisador 2: E você mora por aqui mesmo? Entrevistado: Moro a duas quadras da nossa sede. Pesquisador 2: Ah, legal. E você trabalha em outra ocupação além daqui? Entrevistado: Ah, eu faço muitas coisas na verdade, né? Eu trabalho... pq eu sou... o meu DRT profissional é de palhaço, porém eu trabalho com bonecos, faço bonecos pra televisão, faço cenografia tanto pra televisão quanto pra teatro e eventos. Já tive uma empresa de cenografia, agora parei um pouco, é... o que mais? E trabalho em alguns eventos quando sou chamado, né? Tanto na área de comunicação, leitura de texto, às vezes gravação de voz, algumas coisas assim, então eu trabalho em diversas áreas. Pesquisadora: E a sede do grupo é aqui mesmo? Entrevistado: A sede é aqui. Pesquisadora: Tá legal. E daí eu vou te perguntar, algumas coisas sobre o grupo mesmo, né? Há quanto tempo que ele existe? Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina
78 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero Entrevistado: O grupo já tem 15 anos, fez 15 anos agora dia 13 de agosto. E, no bairro do Cambucí, que é uma coisa que a gente tem mais (bom, não sei se você vai se aprofundar nisso?) Pesquisadora: Não, pode falar! Pesquisador 2: Não, pode falar! Antes de entrar no celular, a gente queria conhecer bem a história do grupo... Entrevistado: Entendi, tá bom. É...então o grupo aqui no Cambucí já tem 10 ou 11 anos. Nós somos uma companhia de teatro de rua, que também utiliza elementos de circo, música, né? a gente estuda tanto música, circo, diversas vertentes de todos os tipos de manifestações artísticas pra agregar isso em cada trabalho, e ser uma coisa diferenciada. Mas tudo voltado tanto ao teatro de rua, e muito próximo da nossa comunidade. Pq o que a gente percebeu, num mundo globalizado, às vezes a gente esquece da nossa vizinhança. E a gente esquece de olhar, é... às vezes o que a gente mais busca, tá muito próximo e não tão distante. Pra citar um exemplo disso é... o Bairro do Cambucí , ele beira 330 mil habitantes. Somente o Bairro do Cambucí, é um bairro de São Paulo. Então, a gente falou assim: "Pra que a gente vai querer ficar viajando com esse espetáculo pra tanto lado, se no Cambucí tem 330 mil habitantes? Se cada um for assistir a gente uma vez por ano, a gente tem público pra... durante muito tempo, né? então a gente tenta fortalecer isso. Isso não quer dizer que a companhia fique fixada aqui, direto aqui. É como se a gente criasse um muro em volta do Cambucí, não é isso. A gente viaja bastante, a gente faz o interior, viaja pra fora do Estado, e tudo mais. Pesquisadora: Mas vocês procuram fazer bastante coisa por aqui, ser conhecido por aqui? Entrevistado: É, é a mesma coisa se você tem uma micro-empresa, e o seu vizinho não sabe que você tem aquela micro-empresa, você tá perdendo negócio, né? Eu não consigo encarar teatro como negócio, né? Pq é diferente nas questões artísticas, né? Pq se eu vejo teatro como negócio, então o meu teatro vai ser permeado pelo que o mercado dita. E eu não posso. Eu como ator, eu tenho que falar sobre tudo, inclusive os males da própria sociedade. E às vezes com isso, você acaba mexendo em grandes entidades, né? Então se o meu artístico for ditado pelo mercado, então eu acabo... acaba não sendo isso. Porém, tem uma visão que também se agrega ao teatro, que é o fato de que se o meu vizinho não souber que eu faço teatro, então o que eu faço já tá errado, pq o meu trabalho é comunicação. E, se eu não me comunico com os meus vizinhos, se o meu bairro não conhece o trabalho do meu grupo, então já tô na profissão errada, né? Então, é isso. Pesquisadora: E você tinha falado que o grupo existe a 15 anos, mas ele tá a menos tempo aqui no Cambucí, ele começou em outro lugar... Entrevistado: Ele começou na cidade de São Carlos, no interior de São Paulo. Ai começamos lá, foi onde na verdade eu e o Neto, nós nos conhecemos; nós somos uma dupla de palhaço a 17 anos. Só que a gente... foi montado o grupo a 15 anos, né? Antes disso a gente fez outros trabalhos, né? trabalhos isolados, aí depois desses 15 anos... E nesses 15 anos não ficou a dupla o tempo todo, né? pq teve um período que eu acabei saindo do grupo pq peguei outros trabalhos pra fazer, que demandavam muito tempo; fui também embora do Brasil, fiquei três meses morando na Alemanha... Então, várias coisas fizeram com que a gente se distanciava e voltava, mas nunca existiu uma ruptura entre o nosso trabalho. Era sempre um distanciamento mesmo pra que cada um fosse evoluindo em outras áreas, quer dizer, a gente acredita que tava evoluindo, né? Mas que foi buscando uma evolução paralela no trabalho, né? Pesquisadora: E hoje são só vocês dois, ou tem mais atores, mais pessoas envolvidas no grupo? Entrevistado: Hoje... Então, o grupo se resume tanto na questão de uma sociedade, quanto de elenco, nós dois, né? Trabalhamos a questão da dupla cômica. Até hoje, várias pessoas já passaram, já tivemos 12 pessoas trabalhando como elenco no grupo. Mas aí, a gente via que acabava o dinheiro, aí todo mundo também, acabava o ânimo de trabalhar. Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina
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