estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

62 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero
fez com o Sebrae, a gente consegui firmar uma parceria com a Cohab, onde a Cohab cederia
um prédio pra gente em comodato por 20 anos, pra gente desenvolver um trabalho. Que foi,
esse prédio aqui. Na verdade, não seria aqui, seria num bairro... na Cohab José Bonifácio, que
é perto daqui, mas o prédio lá, já tava ocupado por uma outra instituição, aí a gente acabou
vindo pra cá. Quando nós chegamos aqui, depois vocês podem olhar as fotos, a primeir
impressão, foi de que a gente não conseguiria desenvolver um trabalho. Pq? Aqui não tinha
teto, não tinha água, não tinha luz, não tinha piso, não tinha parede. Era só um imenso
quadradão, assim. Só que o Lino falou assim: "Não, já tô vendo lá na frente. Aqui vai ser um
centro cultural." Bom, se o Lino acredita pq que a gente não vai acreditar, né? A gente abraçou
o sonho junto com ele, e aí começou o centro cultural. Só que, com o falecimento do Lino,
muita gente achou que o grupo Pombas Urbanas ía acabar, né?
Entrevistador 3 - Quando ele faleceu?
Entrevistado - Foi em 95.
Entrevistador 3 - Foi violência? Foi alguma coisa assim, não?
Entrevistado - Foi numa questão de assalto. E com o falecimento dele, acharam que a gente ía
acabar o grupo, mas não. A gente se fortaleceu ainda mais, rescrevemos o projeto que o Lino
fez em 89, que é esse projeto que a gente tá executando esse ano, que a gente só colocou
assim: Semeando Asas... na Comunidade. Então, é o projeto que o Lino fez em 89, mas ele
reformulado pra tá aqui, acontecendo dentro do centro cultural. E o que acontece? Esse
projeto, a gente tem apresentações de teatro o mês inteiro aqui no centro cultural, e nós
adotamos quatro praças de Cidade Tiradentes, onde uma vez por mês, em cada uma dessas
praças tem apresentação de teatro profissional também. Teatro de rua. E abrimos espaço uma
vez por mês aqui dentro pra grupos amadores que querem mostrar o seu trabalho também.
Fortalecemos bastante isso. Fora os cursos de teatro, que acontecem também por esse
projeto, e jovens da comunidade que já tavam fazendo curso, já tavam como voluntários,
passaram a ser estagiários do projeto. Passaram a estagiar recebendo uma pequena bolsa,
mais pra eles tarem aprendendo mais coisa também. Então tem jovem estagiando na parte da
administração, outros na parte de comunicação, na parte de divulgação. Então cada um tá
entrando numa área.
Entrevistador 3 - Legal! Então, desculpa, eu fecho esse parêntesis, mas acho que era
legal a gente se entender um pouco a história, né?
Entrevistado - Claro! Claro, era legal.
Entrevistador 1 - Voltando aqui. Aí, você falou que você trabalha só aqui, né? A
companhia de teatro que você participa chama?
Entrevistado - Pombas Urbanas .
Entrevistador 1 - Pombas Urbanas, mas aí, na praça, vão outras companhias também
fazer espetáculo?
Entrevistado - Na verdade o Pombas, como eu falei, não deixou de ser um grupo de teatro. É
um instituto, mas não deixou de ser um grupo de teatro. Alguns projetos aqui dentro são
contemplados por algum programa. Aqui, o telecentro, é Casa Brasil. O projeto de letramento
com as crianças, a gente recebeu um prêmio Itaú- Unicef, então veio uma verba pra trabalhar
ess projeto. Só que a maior parte da verba que a gente tem pra trabalhar com centro cultural,
vem das apresentações do Pombas Urbanas. As apresentações de teatro que nós fazemos pra
fora, o recurso, nós colocamos tudo dentro do centro cultural.
Entrevistador 1 - E aí você, na companhia você quem é?
Entrevistado - Eu faço a programação. Eu sou programador do centro cultural.
Entrevistador 1 - Do centro cultural, ou do instituto como um todo e da companhia?
Entrevistado - Do centro cultural. Do projeto Semeando Asas. Da companhia, na verdade não
é só uma pessoa que programa; da companhia assim: quando tem uma proposta, é decidido
em grupo. Pq como... O projeto hoje, tá muito grande, então não tem como uma única pessoa
tomar conta e decidir. Assim: "olha, tem uma apresentação mês que vem" , aceitamos, já
vamos fazer. Não. A gente tem que conversar, pq de repente... que nem essa viagem que você
tava falando agora, que... de Belém, né? que vai ter esse encontro lá, essa oficina, já vai uma
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