estudio de caso con prostitutas, travestis - CMDAL

Ricardo – 31 (trinta e um).
Entrevistador 1 - E você estudou...?
Ricardo – Segundo Grau.
61 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero
Entrevistador 1 - E você disse que mora aqui, na Cidade Tiradentes mesmo, né? que
você mudou. E você trabalha só aqui?
Ricardo – No momento? Só trabalho aqui.
Entrevistador 1 - Eu, deixa eu entender. Aqui é o Instituto Pombas Urbanas e também
um centro cultural Arte em Construção?
Ricardo – Exato. Na verdade é o Centro Cultural Arte em Construção, onde é a sede do
instituto Pombas Urbanas. E o Pombas Urbanas, mesmo sendo um instituto, não deixou de ser
um grupo de teatro. Como grupo de teatro, a gente tá fazendo 19 anos; como instituto 5 anos.
E o centro cultural, na verdade também tem 5, vai fazer 4 anos.
Entrevistador 3 - Posso fazer um parêntesis? Eu tô curiosa pra saber um pouquinho a
história do Lino Rojas?
Ricardo – Do Lino!... Ah, até se você quiser conhecer, esse é o Diego, filho do Lino, ele
trabalha com a gente... (Diego é apresentado) Bom, o Diego tá no Pombas desde a fundação
do Pombas, né? desde quando...
Entrevistador 3 - Desde quando ele nasceu?!
Diego – É, eu acompanho o Pomba desde que eu tinha 7 anos, mas de fato trabalhando fazem
5 anos, 6 anos.
Ricardo – Desde quando nós chegamos aqui na Tiradentes, né?
Diego - Um pouquinho não, não! Barra Funda. Barra Funda eu já tava trabalhando.
Entrevistado - É...um pouquinho mais, então.
Diego - 5 anos
Entrevistado - Então, o Lino, ele chegou aqui no Brasil na década de 70, e bom... Eu não
sei te dizer direito pq ele veio pra cá, mas...
Entrevistador 3 - Ele é chileno?
Entrevistado - É... peruano. Ele já trabalhava com teatro , lá e no Peru... Na década de 70, ele
veio pra cá, e começou a trabalhar questões de teatro aqui, acho que ele deu aula na USP
também. Na década de 80, final da década de 80, ele começou a trabalhar um projeto
chamado Semeando Asas, que teve o pico assim em 89. Ele queria trabalhar teatro com jovens
de periferia.
Entrevistador 2 - Em que... não era aqui, então?
Entrevistado - Não era aqui na Tiradentes, era em São Miguel. São Miguel Paulista. Ele tinha
esse projeto Semeando Asas junto com a Coordenadoria de Cultura, Secretaria de Cultura. Só
que acabou a verba desse projeto, mas o Lino acreditava muito no potencial desses jovens
então ele resolveu com recurso próprio manter o grupo. Então, com o decorrer do tempo, o
grupo foi se profissionalizando. Através dos contatos que o Lino tinha com grupos de teatro da
América Latina, o grupo começou a viajar pra fora. Começou a trabalhar, a se profissionalizar e
viajar.
Entrevistador 1 - E a linguagem sempre foi teatro de rua?
Entrevistado - Teatro de rua, é. Depois começou fazer teatro de palco também, normal, mas o
primeiro passo foi com o teatro de rua mesmo. Só que o processo migrou pro centro de São
Paulo, onde também tinha mais oportunidades pra desenvolver o trabalho. Só que um
pensamento do grupo, sempre foi assim: "quando tiver essa oportunidade, voltar pra Zona
Leste. Voltar pra Zona Leste, pra multiplicar com outros jovens, o que o pessoal aprendeu, né?
Eu falo assim pq eu não tô no grupo desde o começo, eu tô desde quando fundou o Centro
Cultural. Algumas vezes eu falo como se eu tivesse desde o começo, pq é muito forte o
processo. A gente teve uma sede que era na Barra Funda; através de um trabalho que a gente
Proyecto Comunicaciones Móviles y Desarrollo en América Latina