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55 Articulación profesional y uso del móvil en grupos de teatro callejero
Entrevistador 1: É.
Entrevistado: Sobre ensaio, sobre palco do teatro, sobre meu horário, agendamento de
reunião...
Entrevistador 1: Tá certo. Bom, eu queria te perguntar de uma maneira geral, qual é a
importância e qual é o peso do celular na atividade profissional dos artistas de rua?
Entrevistado: Eu acho que assim como qualquer outro cidadão que fica muito tempo fora de
casa, o uso do celular é extremamente necessário. Se não por todos os integrantes do grupo,
pelo menos pra aqueles que estão diretamente ligados à articulação, à produção, enfim, esses
têm que ter o celular. E não só pela necessidade não só pela atividade que desenvolve o
teatro de rua, pq a atividade do teatro de rua muitas vezes toma pouco tempo, lá na rua, né?
Se você tomar como referência o espetáculo, o espetáculo dura uma hora, uma hora e meia,
então isso seria o tempo... umas três horas seria o tempo, porque você chega antes, pá...
estaria lá. Mas eu acho que ajuda muito. É uma forma de você encontrar e ser encontrado.
Entrevistador 1: E nas suas outras atividades pessoais ou profissionais, se bem que, as
profissionais são todas ligadas ao teatro, né? Você não tem outras atividades fora dessa área.
Mas, e pra sua vida pessoal, qual é a importância do celular?
Entrevistado: Olha, eu nem separo muito a minha vida pessoal da profissional pq eu tô
constantemente trabalhando, assim tanto que eu falei pra você: eu nunca desligo o celular pq
as pessoas me ligam e me encontram. Meia- noite, uma hora da manhã. Até uma hora, que é
quando eu fecho a barraquinha lá. Falo chega! Mas... é muito importante. Eu acho que, depois
que eu voltei a usar o celular, eu não sei como seria se eu deixasse de usar, né? Ia fazer muita
falta.
Entrevistador 1: Tenta imaginar o que iria acontecer, se você hoje tivesse que fazer as
mesmas coisas sem o celular?
Entrevistado: Eu acho que pra mim seria mais tranqüilo. Como eu uso pouco celular, mas eu
diria que pras outras pessoas me encontrarem seria muito difícil falar comigo. Pq me
encontrariam ou no fixo, ou no e-mail, né? e aí como eu paro, eu tô sempre a maioria das
vezes eu tô aqui na Vila Madalena ou tô no centro. As vezes tô noutra cidade, fora. Então pras
outras pessoas que pretendem me encontrar, seria difícil.
Entrevistador 1: As apresentações de você, aproveitando esse gancho, vocês tem um bairro
específico em São Paulo que vocês atuam com mais freqüência? Ou geograficamente é uma
coisa bem distribuída na cidade de São Paulo?
Entrevistado: Então, a gente atua por conta do teatro, mais na Vila Madalena. As
apresentações de rua são mais no centro.
Entrevistador 1: No centro antigo?
Entrevistado: No centro e na zona sul.
Entrevistador 1: Na zona sul em que bairro? Você poderia dizer?
Entrevistado: Campo Limpo, né? Aquela região do Campo Limpo, lá. E aqui no centro, nesse
centro antigo, também todo. E no interior do estado.
Entrevistador 1: Eu vou repetir só pra gravação, um elemento que eu tô com medo de que
não tenha gravado, por causa da falha técnica, que é sobre o número de torpedos e de
ligações. O Entrevistado: disse que ele recebe muitas ligações por dia... você chegou a falar
em...?
Entrevistado: Semanal, umas 80, né?
Entrevistador 1: 80 por semana faz poucas ligações. Você chegou a dar o número? A estimar
um número?
Entrevistado: De celular, do meu, desse celular aqui eu ligo pouquíssimo. Desse nosso.
Entrevistador 1: Umas duas, três ou um pouco mais?
Entrevistado: É. Umas cinco vezes.
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