30.05.2013 Views

Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos

Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos

Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Testes</strong> <strong>de</strong> Sensibilida<strong>de</strong><br />

<strong>aos</strong> <strong>Antimicrobianos</strong>


Indicações do Antibiograma<br />

• Quando o perfil <strong>de</strong> susceptibilida<strong>de</strong> não é<br />

previsível<br />

• Estudos <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miologia <strong>de</strong> resistência<br />

• Estudos <strong>de</strong> novos agentes<br />

antimicrobianos<br />

• Não recomendado em microrganismos da<br />

microbiota normal<br />

– Ex: Staphylococcus coagulase negativo <strong>de</strong><br />

secreção nasal


Seleção dos antimicrobianos<br />

• Responsabilida<strong>de</strong> do laboratório testar os<br />

antimicrobianos mais apropriados para o microrganismo<br />

isolado e sítio da infecção<br />

• Os antimicrobianos testados <strong>de</strong>vem ser apropriados<br />

para o tipo <strong>de</strong> hospital ou instituição<br />

• As orientações sobre os antimicrobianos mais<br />

a<strong>de</strong>quados para cada grupo <strong>de</strong> microrganismos são<br />

publicadas e atualizadas anualmente pelo NCCLS<br />

(National Committee for Clinical Laboratory Standards)


Principais Classes <strong>de</strong> <strong>Antimicrobianos</strong><br />

Classes Subclasses Exemplos<br />

Penicilinas<br />

(Betalactâmicos)<br />

Betalactâmicos +<br />

inibidores <strong>de</strong><br />

betalactamases<br />

Cefens<br />

(Betalactâmicos)<br />

Carbapenens<br />

(Betalactâmico)<br />

Penicilinas naturais Penicilina G<br />

Penicilinas resistentes a<br />

Oxacilina, meticilina e cloxacina<br />

betalactamases<br />

Aminopenicilinas Ampicilina e amoxicilina<br />

Carboxipenicilinas Carbenicilina e ticarcilina<br />

Ureidopenicilinas Piperacilina, mezlocilina e azocilina<br />

Amoxicilina + Ácido clavulânico<br />

Ampicilina + Sulbactam<br />

Tirarcilina + Ácido clavulânico<br />

Piperacilina + Tazobactam<br />

Cefalosporinas <strong>de</strong> 1ª Geração Cefalotina, cefazolina, cefalexina<br />

Cefamicinas (2ª Geração) Cefoxitina, cefotetan, cefmetazol<br />

Cefalosporinas <strong>de</strong> 2ª Geração Cefuroxima sódica, cefamandol,<br />

cefonicida<br />

Cefalosporinas <strong>de</strong> 3ª Geração Cefoperazona, cefotaxima, ceftriaxona<br />

Cefalosporinas <strong>de</strong> 4ª Geração Cefepima<br />

Imipenem, meropenem, ertapenem<br />

Aminoglicosí<strong>de</strong>os Amicacina, gentamicina, netilmicina,<br />

neomicina<br />

Quinolonas Ácido nalidíxico, ácido pipemídico


Principais Classes <strong>de</strong> <strong>Antimicrobianos</strong><br />

Classes Subclasses Exemplos<br />

Fluoroquinolonas Ciprofloxacina, norfloxacina,<br />

levofloxacina<br />

Lincosamidas Clindamicina, lincomicina<br />

Ansamicinas Rifampicina<br />

Macrolí<strong>de</strong>os Eritromicina, azitromicina<br />

Glicopeptí<strong>de</strong>os Vancomicina, teicoplanina<br />

Tetraciclina Tetraciclina<br />

Nitromidazol Metronidazol<br />

Oxazolidinona Linezolida<br />

Inibidores do ácido<br />

fólico<br />

Sulfametoxazol / trimetoprima,<br />

sulfonamidas, trimetoprima


Métodos <strong>de</strong> avaliação<br />

• Métodos convencionais:<br />

– Microdiluição ou macrodiluição<br />

– Difusão dos discos (Kirby-Bauer)<br />

• Métodos não convenionais:<br />

– E-test<br />

– <strong>Testes</strong> especiais<br />

• Resistência a Meticilina (MRSA)<br />

• Resistência a Vancomicina (VISA)<br />

• Detecção <strong>de</strong> betalactamases<br />

– Automatizado


Método da microdiluição ou<br />

• Diluição do antibiótico<br />

macrodiluição<br />

– Em caldo – Concentração Inibitória Mínima (CIM)<br />

• Macrométodo<br />

• Micrométodo<br />

– Em ágar – CIM


Método <strong>de</strong> Difusão<br />

• Técnica qualitativa<br />

• Meio <strong>de</strong> cultura: Ágar Müeller-Hinton<br />

– Transparência e reprodutibilida<strong>de</strong><br />

– Baixos teores <strong>de</strong> inibidores<br />

– Crescimento satisfatório<br />

• Vantagens<br />

– Fácil execução<br />

– Gran<strong>de</strong> utilização<br />

– Escolha flexível dos antibióticos<br />

– Custo operacional menor


Método <strong>de</strong> Difusão<br />

Princípio do método da difusão <strong>de</strong> discos


Método <strong>de</strong> Difusão<br />

Padronização <strong>de</strong> Kirby e Bauer<br />

• Preparo do inóculo<br />

• Turbidimetria<br />

• Meio <strong>de</strong> escolha<br />

• Semeadura<br />

• Uso <strong>de</strong> discos<br />

• Incubação e leitura


Preparação do inóculo<br />

bacteriano<br />

• Padrão <strong>de</strong> turvação para o preparo do<br />

inóculo:<br />

– Escala <strong>de</strong> McFarland 0,5<br />

• 0,5ml <strong>de</strong> BaCl 2<br />

• 99,5ml <strong>de</strong> H 2 SO 4<br />

• 10 8 UFC/ml<br />

Cartão para ajuste do inóculo


Preparação do inóculo<br />

• Método do crescimento<br />

bacteriano<br />

– Selecionar 3-4 colônias com a mesma morfologia<br />

– Inocular em 3ml <strong>de</strong> caldo TSB ou Mueller-Hinton<br />

– Incubar 33-35 o C até atingir turvação 0,5 McFarland<br />

– Se ultrapassar a turbi<strong>de</strong>z ajustar com caldo TSB, Mueller-<br />

Hinton ou solução salina estéril<br />

• Método da suspensão direta <strong>de</strong> colônias<br />

– Suspensão direta em meio líquido ou salina <strong>de</strong> colônias<br />

crescidas por 16-24 horas<br />

– Ajuste até atingir turvação 0,5 McFarland


Distensão do inóculo<br />

• Dentro <strong>de</strong> 15 minutos após<br />

ajuste do inóculo<br />

• Introduzir swab estéril na<br />

suspensão ajustada<br />

• Comprimir o swab na<br />

pare<strong>de</strong> interna do tubo para<br />

retirar o excesso do inóculo<br />

• Semear na superfície do<br />

meio em 3 direções, sem<br />

<strong>de</strong>ixar nenhuma área sem<br />

semear<br />

• Deixar secar com as<br />

tampas semi-abertas


Distensão do inóculo<br />

Inóculo Ina<strong>de</strong>quado Inóculo A<strong>de</strong>quado


Seleção dos Antibióticos a<br />

• Microrganismo isolado<br />

• Local da infecção<br />

Testar<br />

• Origem do paciente externo – ambulatório<br />

interno – hospital<br />

• Paciente – <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da via <strong>de</strong> administração<br />

• Ida<strong>de</strong> do paciente – quinolonas e tetraciclinas não são<br />

indicadas em pacientes pediátricos<br />

• Disponibilida<strong>de</strong> no mercado local / nacional


Aplicação dos Discos<br />

• Colocar no máximo 12 discos em placas <strong>de</strong> 150mm<br />

e não mais que 5 discos em placas <strong>de</strong> 90mm<br />

• Distância entre discos e entre borda da placa <strong>de</strong><br />

2,5-3cm<br />

• Colocar o disco e pressionar levemente com auxílio<br />

<strong>de</strong> uma pinça<br />

• Uma vez colocado o disco, não mais remover do<br />

lugar pois a difusão da droga é imediata


Aplicação dos Discos


Medida do Halo <strong>de</strong> Inibição<br />

• O diâmetro do halo <strong>de</strong> inibição é lido com auxílio <strong>de</strong> uma<br />

régua sobre o fundo da placa<br />

• Em placas <strong>de</strong> MH com sangue <strong>de</strong>ve-se ter cuidado para ler a<br />

zona <strong>de</strong> inibição e não a zona <strong>de</strong> hemólise<br />

• Amostras <strong>de</strong> Proteus spp. po<strong>de</strong>m apresentar pequeno véu<br />

<strong>de</strong>ntro do halo <strong>de</strong> inibição – ignorar o véu e ler do ponto on<strong>de</strong><br />

se inicia o crescimento<br />

• Colônias pequenas <strong>de</strong>ntro do halo <strong>de</strong> inibição <strong>de</strong>vem ser<br />

verificadas se são clones resistentes ou eventual<br />

contaminação<br />

• Halos <strong>de</strong> inibição <strong>de</strong>vem ser interpretados nas categorias<br />

sensível, intermediário ou resistente, <strong>de</strong> acordo com critérios<br />

estabelecidos pelo NCCLS


Halo <strong>de</strong><br />

leitura<br />

em mm<br />

Medida do Halo <strong>de</strong> Inibição


Medida do Halo <strong>de</strong> Inibição<br />

Paquímetro Régua milimetrada


Associações<br />

<strong>de</strong> Antibióticos<br />

Autonomia<br />

Sinergismo<br />

Antagonismo<br />

Sinergismo


Método do E-test<br />

• Combina os princípios da difusão do<br />

disco e da diluição<br />

• Consiste <strong>de</strong> uma fita plástico inerte,<br />

medindo 5,5mm <strong>de</strong> largura por<br />

60mm <strong>de</strong> comprimento<br />

• De um lado da fita está impressa<br />

uma escala <strong>de</strong> CIM (µg/ml) com um<br />

gradiente <strong>de</strong> concentração que varia<br />

<strong>de</strong> 0,016 a 256 µg/ml ou 0,002 a 32<br />

µg/ml, a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do antimicrobiano<br />

• Po<strong>de</strong> ser utilizado para uma gran<strong>de</strong><br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> microrganismos


Detecção <strong>de</strong> ESBL<br />

• Beta-lactâmico associado ao inibidor <strong>de</strong><br />

beta-lactamase<br />

• E. coli e K. pneumoniae<br />

• Métodos:<br />

– Disco aproximação<br />

– Disco combinado<br />

– E-test<br />

• Aumento do halo ou zonas fantasmas<br />

• Reportar resistência à todas as<br />

cefalosporinas, penicilinas e aztreonam


Detecção <strong>de</strong> ESBL<br />

Disco aproximação<br />

3mm<br />

AZT<br />

3<br />

CTX AMO/AC<br />

CAZ<br />

3mm<br />

CRO<br />

AZT = Aztreonam<br />

CRO = Ceftriaxona<br />

CAZ = Ceftazidima<br />

CTX = Cefotaxima<br />

AMO/AC = Amoxicilina +<br />

Ácido clavulânico


Detecção <strong>de</strong> ESBL


Interpretação do Antibiograma<br />

Resistência intrínseca apresentada por algumas espécies bacterianas<br />

Gênero ou espécie Resistência a<br />

Citrobacter amalonaticus Ampicilina<br />

Citrobacter freundii Ampicilina, cefalotina, cefazolina<br />

Citrobacter diversus Ampicilina<br />

Edwardsiella tarda Colistina<br />

Enterobacter sp. Ampicilina, cefalotina, cefazolina, betalactamicos com<br />

inibidores <strong>de</strong> betalactamases<br />

Hafnia alvei Ampicilina, cefalotina<br />

Klebsiella pneumonia Ampicilina<br />

Proteus mirabilis Polimixinas, tetraciclina, nitrofurantoína<br />

Proteus vulgaris Polimixinas, ampilcilina, nitrofurantoína, tetraciclina<br />

Morganella morganii Polimixinas, ampilcilina, nitrofurantoína, cefalotina<br />

Provi<strong>de</strong>ncia rettgeri Polimixinas, ampilcilina, nitrofurantoína, tetraciclina<br />

Provi<strong>de</strong>ncia sp. Não- Polimixinas, ampilcilina, nitrofurantoína,<br />

Serratia<br />

rettgeri<br />

marcescens Polimixinas, ampilcilina, nitrofurantoína, cefalotina


Interpretação do Antibiograma<br />

Resultados que não <strong>de</strong>vem ser liberados mesmo que a leitura no<br />

antibiograma apresente sensibilida<strong>de</strong><br />

<strong>Antimicrobianos</strong> Microrganismos<br />

Cefalosporinas <strong>de</strong> 1 e 2ª gerações<br />

e aminoglicosí<strong>de</strong>os<br />

Salmonella e Shigella isoladas <strong>de</strong> fezes<br />

Betalactâmicos e carbapenens Staphylococcus spp. resistentes à<br />

Cefalosporinas, aminoglicosí<strong>de</strong>os, Enterococcus oxacilina spp.<br />

clindamicina e<br />

sulfametoxazol/trimetoprima<br />

Cefalosporinas Listeria spp.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!