Esquizofrenia Paranoide ou Esquizotipia versus Criatividade
Esquizofrenia Paranoide ou Esquizotipia versus Criatividade
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Conclusão<br />
<strong>Esquizofrenia</strong> <strong>Paranoide</strong> <strong>ou</strong> <strong>Esquizotipia</strong> <strong>versus</strong> <strong>Criatividade</strong><br />
A classificação das diferentes psicoses tem importantes implicações para a associação<br />
psicopatologia e criatividade, assim como para a completa compreensão da construção do<br />
fenómeno de criatividade e a sua relação com a psicopatologia. A abundância de artigos e de<br />
livros que relacionam a bipolaridade à criatividade contrasta com o, ainda, p<strong>ou</strong>co interesse<br />
dedicado pela comunidade científica ao escrutínio da relação deste fenómeno com a<br />
esquizofrenia. Multiplicam-se os estudos no que concerne à sua relação com a esquizotipia,<br />
nomeadamente em termos das dimensões da personalidade que a caracterizam. O<br />
reconhecimento da IL como característica crítica da esquizofrenia e da esquizotipia; a<br />
crescente sensibilização para a consistente relação entre a dimensão positiva destas duas<br />
condições e <strong>ou</strong>tras características da personalidade, modelada por variáveis como a<br />
inteligência, diferenças individuais, e fatores situacionais, com a criatividade, constitui os<br />
pilares para a futura pesquisa nesta área. Contudo, este estudo está ainda condicionado à<br />
falta de consenso das definições dos seus elementos-chave, e de medidas cientificamente<br />
válidas para a sua mensuração. Todos os estudos desenvolvidos até agora, apesar da<br />
consistência dos seus resultados, pelo fato de não serem reproduzíveis, aliados a algum<br />
ceticismo remete este tema para longe da importância que lhe é devida, já que a sua total<br />
compreensão poderá revolucionar o atual entendimento e posterior manejamento de doenças<br />
psiquiátricas como a esquizofrenia.<br />
“ Creativity is <strong>ou</strong>r most complex human contribution to an evolving cosmos” (1).<br />
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