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Esquizofrenia Paranoide ou Esquizotipia versus Criatividade

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<strong>Esquizofrenia</strong> <strong>Paranoide</strong> <strong>ou</strong> <strong>Esquizotipia</strong> <strong>versus</strong> <strong>Criatividade</strong><br />

Aceder objetivamente à criatividade individual é de importância fulcral para a realização de<br />

qualquer estudo que tente caracterizar concretamente a sua relação com <strong>ou</strong>tras variáveis. O<br />

método amplamente utilizado é o recurso a testes de criatividade (22). Existe uma ampla<br />

variedade de testes de criatividade, que podem ser divididos em dois grandes grupos: os que<br />

avaliam a criatividade em função da realização, <strong>ou</strong> seja, como um produto, e os que avaliam<br />

a criatividade como um traço (testes de DT) (5). Os teste de DT, eram unanimemente aceites<br />

como critérios absolutos de criatividade. Carrol (25) veio pôr em causa essa quase premissa,<br />

ao considerar a existência de dois tipos principais de criatividade: a fluência, que se mede<br />

pelo número de produtos criativos; e a originalidade, que avalia a novidade e utilidade do<br />

produto. Contudo, nenhum teste de criatividade foi universalmente aceite; provável<br />

consequência da falta de consenso relativamente à definição de criatividade (5).<br />

Richards (1) distinguiu dois tipos de criatividade, com implicações e contributos diferentes<br />

para a sociedade: a criatividade do dia-a-dia e a criatividade de eminência. A criatividade do<br />

dia-a-dia é descrita como aquela que permite ao individuo adaptar-se a todas as questões e<br />

problemas que vão surgindo no seu quotidiano. A criatividade de eminência envolve as<br />

realizações criativas reconhecidas pela sociedade em geral <strong>ou</strong> por um grupo profissional.<br />

A falta de rigor científico na avaliação da criatividade, por todas as razões já enunciadas, e a<br />

não existência de uma definição de criatividade cientificamente consensual e aceite, dificulta<br />

a sua abordagem científica.<br />

Sugere-se como melhor definição de criatividade, aquela apresentada por Eysenck “I argue<br />

that creative achievement in any sphere depends on many different facts: (a) cognitive<br />

abilities (e.g. Intelligence, acquired knowledge, technical skills, and special talents; (b)<br />

environmental variables- such as political, religi<strong>ou</strong>s, cultural, socioeconomic and educational<br />

facts; and (c) personality traits - such as internal motivation, confidence, nonconformity, and<br />

originality. All or most of these, in greater or lesser degree, are needed to produce a truly<br />

creative achievement, and many of these variables are likely to act in a multiplicative<br />

(synergistic) rather than additive manner” (5).<br />

5

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