Primeiro Complemento de aula
Primeiro Complemento de aula
Primeiro Complemento de aula
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
2.4. Minimização em dimensão infinita 27<br />
Para resolver problemas <strong>de</strong> minimização em espaços <strong>de</strong> dimensão infinita, <strong>de</strong>vemos<br />
exten<strong>de</strong>r o conceito <strong>de</strong> convergência.<br />
Lembremos o conceito <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> para funções <strong>de</strong> uma variável. Seja f :<br />
[a, b] → R uma função contínua no ponto x0, para todo ɛ > 0 existe δ > 0 tal que<br />
|x − x0| < δ ⇒ |f(x) − f(x0)| < ɛ<br />
Esta <strong>de</strong>finicão <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> é equivalente a seguinte: f é uma função contínua se<br />
e somente se a preimagem <strong>de</strong> conjuntos abertos <strong>de</strong> R é um aberto <strong>de</strong> [a, b]. Mais<br />
precissamente temos o seguinte teorema.<br />
Teorema 2.4.2 Uma função f : [a, b] → R é contínua se e somente se para todo aberto<br />
V <strong>de</strong> R, f −1 (V ) é um aberto <strong>de</strong> [a, b]<br />
Demonstração.- Se f é uma função contínua o resultado é simple <strong>de</strong> verificar. Mostraremos<br />
que quando a preimagem <strong>de</strong> abertos <strong>de</strong> R é um aberto <strong>de</strong> [a, b] então f <strong>de</strong>ve<br />
ser contínua. De fato, lembremos que para toda função f e para todo conjunto V ⊂ R<br />
é válido<br />
f(f −1 (V )) ⊂ V (2.2)<br />
Tomemos agora uma vizinhança <strong>de</strong> f(x0), isto é<br />
Bɛ(f(x0)) = {y ∈ R; |y − f(x0)| < ɛ}<br />
Como f −1 (Bɛ(f(x0))) é um conjunto aberto e<br />
então teremos que existe δ > 0 talque<br />
x0 ∈ f −1 (Bɛ(f(x0)))<br />
Bδ(x0) ⊂ f −1 (Bɛ(f(x0)))<br />
Usando a proprieda<strong>de</strong> (2.2) concluimos que<br />
que significa que se<br />
f(Bδ(x0)) ⊂ f(f −1 (Bɛ(f(x0)))) ⊂ Bɛ(f(x0)))<br />
x ∈ Bδ(x0) ⇒ f(x) ∈ f(Bδ(x0)) ⊂ Bɛ(f(x0)))<br />
Ou equivalentemente, teremos que dado ɛ > 0 existe δ > 0 tal que<br />
que mostra a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> f.<br />
|x − x0| < δ ⇒ |f(x) − f(x0)| < ɛ<br />
O mesmo resultado é válido sobre os espacos <strong>de</strong> Banach. Isto é