Dosimetria por Ressonância Paramagnética Eletrônica - Ufabc
Dosimetria por Ressonância Paramagnética Eletrônica - Ufabc
Dosimetria por Ressonância Paramagnética Eletrônica - Ufabc
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
BC1317: Fenômenos Ondulatórios, UFABC (2011.3)<br />
<strong>Dosimetria</strong> <strong>por</strong> <strong>Ressonância</strong> <strong>Paramagnética</strong> <strong>Eletrônica</strong> usando uma blenda de alanina dopada para possíveis<br />
aplicações na radiologia diagnóstica.<br />
1<br />
Leonardo Ribeiro Marques da Silva<br />
leoufabc@hotmail.com<br />
Universidade Federal do ABC (UFABC), 09210-170, Santo André, SP, Brasil<br />
1<br />
Resumo: A radiação ionizante é capaz de produzir radicais livres na alanina, que podem ser quantificados de espectro de<br />
ressonância paramagnética, pela amplitude da linha central do espectro que se relaciona pela com a dose de radiação.<br />
Palavras - chave: alanina, ressonância paramagnética eletrônica, radiodiagnóstico, dosimetria.<br />
1. Introdução<br />
A utilização da radiação ionizante nas aplicações<br />
médicas teve inicio com a descoberta dos raios X <strong>por</strong><br />
Roentgen em 1895, em particular, nas aplicações em<br />
radioterapia, iniciando assim a dosimetria das radiações com o<br />
objetivo de prever e reproduzir os resultados clínicos.<br />
Gordy e colaboradores utilizando a técnica de<br />
ressonância paramagnética eletrônica (RPE), mostraram que a<br />
alanina apresentou um espectro bem resolvido e um grande<br />
número de radicais livres formados <strong>por</strong> unidade de dose<br />
absorvida e,em razão destas características,a alanina passou a<br />
ser estudada como dosímetro[1].<br />
A dosimetria das radiações, trata da medida da dose<br />
absorvida ou da taxa de dose absorvida, resultante da<br />
interação da radiação ionizante com a matéria. Mas, no geral,<br />
isto se refere à determinação, <strong>por</strong> medidas ou cálculos, das<br />
grandezas dose absorvida e taxa de dose absorvida [2].<br />
A determinação correta da dose absorvida pelo material<br />
irradiado é de grande im<strong>por</strong>tância, principalmente na<br />
utilização de radiações ionizantes tanto em processos<br />
industriais como em terapias, pois dela dependerá o sucesso<br />
das aplicações.<br />
A ressonância paramagnética eletrônica descoberta em<br />
1945 <strong>por</strong> Y.K. Zavoisky [3] é comumente usado em processos<br />
envolvendo radiações ionizantes tais como: dosimetria das<br />
radiações com alanina; controle da irradiação de alimentos,<br />
datação arqueológica e geológica, dosimetria de acidentes e<br />
dosimetria de irradiação industrial [4].<br />
Esta técnica apresenta a vantagem de informação<br />
cumulativa com a dose; leitura não destrutiva; alta<br />
sensibilidade; facilidade de manuseio; boa reprodutibilidade;<br />
pequeno decaimento do sinal; grande intervalo de linearidade;<br />
permite o uso de materiais orgânicos como tecido biológico.<br />
2. <strong>Ressonância</strong> <strong>Paramagnética</strong> <strong>Eletrônica</strong>.<br />
A técnica de ressonância paramagnética eletrônica<br />
detecta elétrons desemparelhados presos na rede cristalina.<br />
Os elétrons presos são medidos <strong>por</strong> espectroscopia de<br />
absorção de microonda, e a intensidade do sinal RPE é<br />
pro<strong>por</strong>cional à dose absorvida. A natureza não destrutiva<br />
da detecção de RPE permite o estudo de . espécies<br />
paramagnéticas em amostras biológicas [5] tais como ossos,<br />
tecidos, remédios, dentes [6].<br />
Em 1986 Pieter Zeeman mostrou que as linhas<br />
espectrais emitidas <strong>por</strong> um átomo dividiam-se com um<br />
campo magnético externo <strong>por</strong>que o átomo se com<strong>por</strong>ta<br />
como um imã.<br />
Se considerarmos um elétron rodando em torno do<br />
núcleo, a corrente no loop gera um momento magnético:<br />
Onde I é a corrente no loop, A é a área do loop, e é<br />
a carga do elétron, r é o raio da orbita do elétron, m é a<br />
massa do elétron, T é o período de uma revolução do<br />
elétron, L é o momento angular e μ é o momento<br />
magnético.<br />
Como o momento magnético e o momento angular<br />
são vetores, tem-se:<br />
(2)<br />
Na ausência de campo externo magnético externo, os<br />
momentos magnéticos das espécies envolvidas possuem<br />
direções randômicas. No eletromagnetismo clássico se um<br />
dipolo magnético é colocado em campo magnético externo<br />
ele sofrerá um torque:<br />
(3)<br />
Que tenderá alinhar o dipolo magnético com o campo<br />
magnético, precisamente o que acontece é que o momento<br />
magnético tende a se alinhar a campo magnético e o torque<br />
entre momento magnético e campo magnético externo<br />
(1)
constante causa a precessão do momento magnético em<br />
torno do campo magnético como na figura abaixo:<br />
Figura 1: Precessão do momento magnético, adaptada [7].<br />
Como o torque é e pela mecânica clássica o torque<br />
é<br />
e o torque é perpendicular a μ, L e B a direção do<br />
torque esta na direção de ΔL (Figura 1).<br />
Da equação (2) tem-se:<br />
O torque (equação (3)) é definido como:<br />
A freqüência de precessão é chamada de freqüência de<br />
Larmor :<br />
Na Mecânica quântica o momento angular L é quantizado,<br />
isso é:<br />
(7)<br />
O momento magnético não pode se alinhar exatamente na<br />
direção do campo magnético externo, assim o momento<br />
magnético terá direções orientadas, então o momento<br />
magnético será:<br />
Onde<br />
é chamada de magnéton de Bohr e ml é o<br />
número quântico magnético.<br />
Figura 2: Quantização do momento angular L para l=1/2 e<br />
l=3/2 respectivamente, adaptado de [8].<br />
O elétron desemparelhado, ligado à uma molécula,<br />
possui momento angular orbital (L) e momento angular de<br />
spin (S). O momento dipolar magnético () devido a estes<br />
dois momentos angulares se expressa <strong>por</strong>:<br />
(9)<br />
Onde é o magneton de Bohr,<br />
é a razão giromagnética, é denominado fator de<br />
desdobramento espectroscópico, que vale 2,0023 para um<br />
elétron livre. O sinal negativo da equação (9) surge devido à<br />
carga negativa do elétron.<br />
(4)<br />
(5)<br />
(6)<br />
(8)<br />
Na grande maioria dos casos, o momento dipolar magnético é<br />
devido ao momento angular de spin, com uma pequena contribuição<br />
do momento angular orbital.<br />
Por esta razão, a equação (9) pode ser escrita como:<br />
(10)<br />
Quando a molécula é colocada dentro de um campo magnético<br />
H, surge uma interação entre o momento dipolar magnético com o<br />
campo magnético, que é expressa pelo Hamiltoniano:<br />
a energia de interação é dada <strong>por</strong>:<br />
(11)<br />
(12)<br />
Se o modulo do campo magnético é H e está na direção z, a equação<br />
(12) pode ser escrita como:<br />
(13)<br />
Onde: e Sz representa a componente do<br />
operador S na direção z, cujos autovalores são mS (número quântico<br />
de spin). Para moléculas com um elétron desemparelhado ,<br />
os possíveis valores para são: +1/2 e –-1/2. Então, a expressão<br />
(13) para a energia fica como:<br />
Pode-se variar a freqüência da onda ou o valor do campo<br />
magnético. O campo Hr se conhece como campo magnético de<br />
(14)<br />
A expressão (14) fornece as energias Zeeman do elétron e<br />
representam os dois possíveis níveis de energia (figura 3) em que<br />
pode estar o elétron quando é colocado num campo magnético de<br />
intensidade.<br />
Figura 3: Níveis de energia do elétron em função da intensidade do<br />
campo magnético. Hr é o valor do campo na ressonância [9].<br />
Agora, quando uma onda eletromagnética de energia h<br />
incide sobre a molécula (que está dentro do campo H), esta onda<br />
pode induzir transições do elétron desemparelhado entre os dois<br />
níveis Zeeman. Toda vez que acontece uma transição, ocorre uma<br />
absorção de energia da onda, ou seja, quando a energia da onda<br />
coincide com a diferença de energia entre os dois níveis:<br />
– r (15)<br />
Então, acontece a absorção. Do exposto anteriormente se deduz que<br />
o fenômeno da ressonância ocorre quando se cumpre a condição:<br />
(16)
essonância. A outra condição para que aconteça a ressonância<br />
é que a componente magnética da onda eletromagnética deve ser<br />
perpendicular ao campo Hr. Para atingir a ressonância, segundo<br />
a equação (16).<br />
Além do campo magnético externo, o elétron<br />
desemparelhado sente outro campo, chamado de campo local e<br />
que se adiciona vetorialmente ao campo externo, produzido pelos<br />
núcleos vizinhos. A interação entre o elétron desemparelhado e<br />
o momento magnético de um núcleo vizinho chama-se de<br />
interação nuclear hiperfina. Este tipo de interação faz com que<br />
os níveis de energia do elétron (figura 4) sofram um<br />
desdobramento criando uma estrutura espectral chamada de<br />
estrutura hiperfina (ver figura 4.3).<br />
E 0<br />
m = +1/2<br />
S<br />
m = -1/2<br />
S<br />
m = +1/2<br />
I<br />
m = -1/2<br />
I<br />
m = -1/2<br />
I<br />
m = +1/2<br />
I<br />
Figura 4: Esquema de níveis de energia para um sistema com S<br />
= I = ½ na presença de um campo magnético externo intenso.<br />
[10]<br />
O spin nuclear está caracterizado pelo número quântico I,<br />
e como no caso do elétron, a componente em z do spin nuclear<br />
está quantizada e é representada pelo número quântico mI .<br />
Para um núcleo com spin I, mI pode adquirir valores<br />
possíveis, o que significa que existem estados possíveis do<br />
spin nuclear.<br />
3. <strong>Dosimetria</strong> <strong>por</strong> <strong>Ressonância</strong> <strong>Paramagnética</strong> <strong>Eletrônica</strong>.<br />
A dosimetria das radiações relaciona-se com a medição da<br />
dose absorvida ou taxa de dose resultante da interação da<br />
radiação ionizante com a matéria. Um dosímetro define-se como<br />
um dispositivo capaz de pro<strong>por</strong>cionar uma “leitura” a qual seria<br />
uma medida da dose absorvida depositada em seu volume<br />
sensível <strong>por</strong> causa da radiação ionizante. Na verdade, o interesse<br />
não é medir a dose no volume sensível do dosímetro<br />
propriamente dito, se não, usar esta medida como um meio de<br />
determinar a dose em outro meio no qual uma medição direta da<br />
dose não é possível.<br />
Um dosímetro ideal deve possuir as seguintes<br />
propriedades: alta resolução espacial, resposta ou sinal<br />
independente da energia da radiação, a resposta com a dose deve<br />
ser linear em uma ampla faixa de dose, leitura reproduzível e<br />
estável.<br />
A espectroscopia <strong>por</strong> RPE é uma técnica que permite<br />
detectar, e algumas vezes, caracterizar moléculas com elétrons<br />
desemparelhados (espécies paramagnéticas), sem alterar ou<br />
destruir as moléculas. Alguns exemplos destas espécies são:<br />
radicais livres, íons de metais de transição, defeitos pontuais em<br />
sólidos ou imperfeições cristalinas. Os radicais livres encontramse<br />
freqüentemente em sistemas biológicos, e são moléculas com<br />
um só elétron desemparelhado. Para poder detectar estas<br />
moléculas, o elétron desemparelhado deve absorver energia<br />
eletromagnética em presença de um campo magnético. Segundo<br />
[11] o fenômeno de RPE como a absorção ressonante de energia<br />
E 4<br />
E<br />
3<br />
E<br />
2<br />
E<br />
1<br />
eletromagnética em substâncias paramagnéticas pela transição<br />
do spin de um elétron desemparelhado entre diferentes níveis de<br />
energia, na presença de um campo magnético.<br />
Na área de dosimetria das radiações ionizantes, a<br />
espectroscopia <strong>por</strong> RPE mostra sua utilidade graças à<br />
capacidade que a radiação tem de formar radicais livres em<br />
materiais orgânicos ou de induzir mudanças de valência de<br />
algumas impurezas. Desta forma, os centros paramagnéticos<br />
assim criados detectam-se mediante os correspondentes espectros<br />
de RPE [12]. A técnica de dosimetria alanina/RPE baseia-se na<br />
determinação da concentração dos radicais livres produzidos,<br />
pela interação da radiação ionizante com as moléculas do<br />
aminoácido alanina. Basicamente, consiste no registro do<br />
espectro de RPE (sinal do primeiro harmônico-1h) da alanina<br />
irradiada (figura 1) sob determinadas condições experimentais e<br />
com o espectrômetro operando em Banda-X (~ 9.5 GHz).<br />
Figura 5: Espectro RPE em Banda-X da alanina<br />
Señal de RPE (10 -5 V)<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
-2<br />
-4<br />
-6<br />
-8<br />
-10<br />
-12<br />
315 320 325 330 335<br />
irradiada. As linhas tracejadas mostram as cinco linhas do<br />
espectro. A amplitude pico a pico da linha central (h)<br />
correlaciona-se diretamente com a dose [13].<br />
O espectro possui cinco linhas características devido à<br />
interação hiperfina dos momentos magnéticos dos quatro prótons<br />
equivalentes com o momento magnético do elétron<br />
desemparelhado no radical livre predominante à temperatura<br />
ambiente. Para propósitos de dosimetria, a amplitude h da<br />
linha central do espectro se correlaciona diretamente com a dose<br />
de radiação e interpreta-se como a “leitura” do dosímetro. Para<br />
um determinado intervalo de dose, <strong>por</strong> exemplo, de 1 até 20 Gy,<br />
como se mostra na figura 6, a variação da amplitude h com a<br />
dose resulta numa relação linear.<br />
Amplitude h (10 -5 V)<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
DL-alanina<br />
irradiada com 20 Gy<br />
Campo Magnético (mT)<br />
Curva de calibração<br />
0<br />
0 5 10 15 20<br />
Dose de radiação (Gy)<br />
Figura 6: Curva de calibração mostrando uma relação linear<br />
entre a amplitude (h) e a dose de radiação adaptado de [13].<br />
h
Na verdade, o com<strong>por</strong>tamento linear da curva doseresposta<br />
se estende desde alguns poucos Gy até<br />
aproximadamente 100 kGy e, acima deste valor, a curva é<br />
sublinear alcançando uma região de saturação passando <strong>por</strong> um<br />
máximo em ~1000 kGy [1]. Além de mostrar este<br />
com<strong>por</strong>tamento linear num amplo intervalo de dose (10 Gy –<br />
100 kGy), a alanina possui outras qualidades que a fazem um<br />
material dosimétrico adequado: resposta independente da energia<br />
da radiação acima de 100 keV, e independência com a taxa de<br />
dose [11].<br />
Já no começo dos anos 80, a International Atomic Energy<br />
Agency (IAEA) escolheu a alanina, dentre vários tipos de<br />
dosímetros, para usá-la no programa de padronização de doses<br />
altas (~ 1 kGy) devido à suas boas qualidades tais como: pouca<br />
mudança do sinal de RPE com o tempo devido ao<br />
com<strong>por</strong>tamento estável dos radicais; os dosímetros não requerem<br />
nenhum tratamento químico nem térmico antes e depois da<br />
irradiação; o sinal não é destruído depois do registro do espectro<br />
o que permite guardar os dosímetros para uma re-avaliação<br />
posterior.<br />
Na faixa de dose utilizadas na radioterapia (Gy), existem<br />
inúmeros trabalhos publicados aplicando os dosímetros de<br />
alanina em teleterapia, braquiterapia, dosimetria in vivo, e<br />
radiocirurgia. Já em radiodiagnóstico, onde a ordem de<br />
grandeza das doses envolvidas é de mGy, cGy, a alanina não<br />
tem sido aplicada como dosímetro devido a sua pouca<br />
sensibilidade aos fótons de baixa energia [14]. Algum esforço<br />
tem sido feito misturando a alanina com materiais de alto<br />
número atômico (Z) com a tentativa de incrementar a<br />
sensibilidade da alanina a fótons de baixa energia [15].<br />
Figura 7: Radiocirurgia umas das aplicações de<br />
dosímetros de alanina [16].<br />
Aumentando esta sensibilidade se conseguiria então<br />
detectar doses na ordem dos mGy e isto possibilitaria aplicar o<br />
dosímetro de alanina em radiodiagnóstico (mamografia,<br />
tomografia computadorizada) e em braquiterapia com fontes de<br />
radiação de baixa energia, projetos que estão em<br />
desenvolvimentos para utilizar uma blenda de alanina dopada<br />
com um material de alto número atômico Z para aumentar sua<br />
sensibilidade a baixas energias e assim explorar a possível<br />
aplicação da dosimetria alanina/RPE em radiodiagnóstico.<br />
Figura 8: Tomografia uma das possíveis aplicações de<br />
dosímetro de alanina para equipamentos de “baixa energia”<br />
4. Conclusão.<br />
O método de dosimetria <strong>por</strong> ressonância paramagnética<br />
eletrônica é confiável para dosimetria de dosímetros irradiados<br />
<strong>por</strong> ter com<strong>por</strong>tamento linear para diferentes doses irradiadas<br />
indicado aplicabilidade para uso em radioterapia (altas<br />
energias), e para fim de radiodiagnóstico estão sendo feitas<br />
pesquisas a respeito.<br />
5. Referências<br />
[1] GORDY, W; ARD, W.B; SHIELDS, H. Microwaves Spectroscopy of<br />
Biological Substances.I-Paramagnetic Resonance in X Irradiated Ami no<br />
Acids and Proteins. Proc Nat. Acad. Sci., v. 41, p. 983 - 996, 1955.<br />
[2] ATTIX, F.H. Introduction to Radiological Physics and Radiation<br />
Dosimetry. London. John Wiley & Sons, 1986.<br />
[3] MCMILLAN. J. A.Paramagnetismo Electrónico. Washingon, D.C.Editora<br />
Eva V. Chesneau. Programa Regional de Desarrollo Científico y Tecnológico,<br />
1975.<br />
[4] PAKE, G.E. Paramagnetic Resonance, New York, N. Y. Washington<br />
University, W. A Benjamin, INC, 1962<br />
[5] HANS EN, J. W; OLSEN, K. J; WILLE, M. The Alanine Radiation<br />
Detector for High and Low LET Dosimetry. Radiat. Prot.Dosim., v. 19, 4 3,<br />
1987.<br />
[6] SATO, K. Study of an Asymmetric ESR Signal in X- irradiated Human<br />
Tooth En amel. Calcif. Tissue Int. , v.29 , p. 95 - 99, 1979.<br />
[7] http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu<br />
[8]http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-<br />
0422007000800044<br />
[9] SWARTZ, H. M.; BOLTON, J. R.; and BORG, D. C. Biological<br />
Applications of Electron Spin Resonance. John Wiley & Sons, Inc. 1972.<br />
[10] McMILLAN, J. A. Paramagnetismo Electrónico. Monografía da<br />
Organização de Estados Americanos. 1975.<br />
[11] D. F. Regulla and U. Deffner, Int. J. Appl. Radiat. & Isot. 33 (11),<br />
1101-1114 (1982).<br />
[12] . Ikeya. Appl. Magn. Reson., 7, 237 (1994).<br />
[13] Microbiological and sensory evaluation of the shelf-life of irradiated<br />
chicken breast meat L. Miyagusku I, ; F. Chen M.F.de F. Leitão; O. Baffa<br />
[14] G. G. Zeng and J. P. McCaffrey, Radiat. Phys. Chem., 72, 537-540<br />
(2005).<br />
[15] F. Chen, J. V. Ramirez, P. Nicolucci, O. Baffa. Health Physics, 98 (2),<br />
383-387 (2010).<br />
[16] http://neuroita.com.br/