O USO DE ROTATÓRIAS NAS ENTRADAS E SAÍDAS DAS ... - CBTU

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A falta de visibilidade, a precariedade da sinalização de advertência e a implantação de dispositivos redutores de velocidades inadequados levam à percepção lenta por parte dos motoristas e conseqüente aumento do tempo de reação o que é, sem dúvida, um grande fator de risco. 2.4 Dispositivos Redutores de Velocidade As diversas soluções para a redução da velocidade com a utilização de diferentes dispositivos têm se mostrado ineficientes, ocasionando vários acidentes, notadamente os atropelamentos. Dentre os dispositivos, destacam-se: a) Sinalização Vertical; b) Sinalização Horizontal; c) Faixas Transversais de Sonorização; d) Lombadas Eletrônicas; e) Almofadas; f) Chicanas; g) Rotatórias; e h) Combinação de dois ou mais dispositivos. Mesmo diante da magnitude do problema, os dispositivos isoladamente não satisfazem as condições de segurança, entretanto, a construção de uma rotatória na entrada e na saída de uma área urbana garante a redução da velocidade pelas próprias características geométricas, se tornando um redutor permanente na via. Alguns críticos, poderão argumentar que a implantação de uma rotatória é muito mais onerosa e ainda, considerar que nas entradas ou saídas, provavelmente, não haverá interseções que justifiquem a rotatória. Cabe ressaltar que este estudo se destina a áreas urbanas de pequeno e médio portes, portanto, nas entradas e saídas, ainda existem áreas disponíveis sem edificações que tornarão mais acessíveis os valores da desapropriação. Por outro lado, mesmo que nessas áreas ainda não haja interseções, o crescimento da população e do tecido urbano se aproximarão da mesma e, ao longo do tempo, fatalmente existirá, pelo menos, uma interseção de 4 ramos. Assim, nesse momento, já haverá condições técnicas e de baixo custo para a efetiva transposição da interseção ou ainda, para permitir a canalização do tráfego que se dirige à área urbana por ruas laterais. Segundo Ourston (2004), as vantagens da utilização da rotatória nos cruzamentos de duas vias são: a) Redução de 46 % da velocidade do tráfego; b) Redução do total de colisões em 37 %; c) Redução de 51 % nas colisões nas interseções simples convertidas para rotatórias; d) Pesquisa em 26 municípios dos EUA mostrou que os usuários estão unanimemente satisfeitos com suas rotatórias; e) O custo de uma rotatória normal varia entre US$ 10.000 e US$ 500.000 e para rotatórias em níveis diferentes de US$ 2,8 milhões e US$ 6,4 milhões; f) As rotatórias têm benefícios significativos em termos de segurança, capacidade de tráfego e assegura um melhoramento estético ao projeto urbano. 3. TIPOS DE ROTATÓRIAS Uma rotatória opera com um sistema de circulação em mão única ao redor de uma ilha central, onde a entrada é controlada por sinalização de “Pare” ou “Dê a Preferência” e a
prioridade deve ser do tráfego “que já está circulando por ela” (CBT,1997), ou seja a preferência é a aproximação pela esquerda. São vários os tipos de rotatórias, destacando-se, entre eles, os seguintes: Tabela 1 - Descrição dos Tipos de Rotatórias TIPO DESCRIÇÃO USO NORMAL MINI DUPLA NÍVEIS DIFERENTES INTERSEÇÕES COM ARCOS SEMAFORIZADA Fonte: IHT, 1987 − Ilha central com meio-fio e diâmetro maior ou igual a 4m. − Aproximações alargadas para permitir faixas múltiplas de entrada. − Ilha central ligeiramente elevada com diâmetro menor que 4m. − Marcas no pavimento indicando os movimentos. − Alargamento das aproximações. − Sem mobiliário urbano na ilha central para permitir a passagem de veículos em emergências. − Duas rotatórias normais ou colocadas numa mesma interseção ou em duas interseções adjacentes conectadas por uma via de ligação curta. − Pelo menos um movimento passa pela interseção sem interrupção enquanto os demais são direcionados a uma ou mais rotatórias num nível diferente. − Favorece projetos compactos, pedestres e ciclistas − Sistemas de circulação em dois sentidos, onde em cada aproximação é oferecido aproximações de 3 ramos (minis) ou com semáforos. − O tráfego que entra na rotatória é controlado por semáforo, em todo ou parte do dia. − Novos empreendimentos e construções. − Interseções entre 2 rodovias. − Para mudar de direção numa interseção de uma nova via. − Para melhorar a performance de interseções urbanas existentes onde há restrições de espaço. − Não usar em novas construções mas em conversões de outros tipos de vias. − Útil para controlar aproximações assimétricas. − Útil em aproximações com movimentos de giro à esquerda com tráfego oposto pesado, aproximações defasadas e em locais com mais de 4 aproximações. − Vias Expressas urbanas e Rodovias de pista dupla. − Vias de alta capacidade e aquelas com altas velocidades de aproximação. − Novas construções onde os fluxos de veículos e pedestres são elevados. − Útil em locais especiais para solucionar problemas locais. − Transformação de rotatórias muito grandes com problemas nas entradas. − Não é recomendada em projetos novos. − Pode aumentar a capacidade sob certas condições operacionais.
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