a análise de placas laminadas compostas inteligentes

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27.05.2013 Views

4 Mecânica de placas laminadas compostas Geralmente, os compostos estruturais são classificados em sanduíches, laminados e compostos tridimensionais. Elaborados na forma de placas e cascas, os compostos lamina- dos são formados pela superposição de duas ou mais lâminas, que numa situação genérica podem ser de diferentes materiais reforçados por fibras, cada qual com uma orientação e densidade de reforço. Evidentemente, por construção, os laminados compostos possuem suas dimensões planares maiores que a espessura, o que em essência caracteriza uma estrutura do tipo placa. Ainda, uma placa pode ser entendida rigorosamente como um tipo especial de casca uma vez que, se as cascas são definidas como estruturas finas e curvadas constituídas de uma ou várias camadas, podendo ter diferentes curvaturas, aquelas se enquadram no conjunto das cascas com curvatura infinita. Valendo-se deste preceito, um corpo tridimensional do tipo placa ou casca pode ser analisado considerando hipóteses cinemáticas que, pela suposição de modos de desloca- mentos dos pontos materiais contidos num plano transversal inicialmente perpendicular à superfície média da estrutura, conduzem a um problema bidimensional. As teorias que partem deste princípio são chamadas Teorias em Camada Equivalente Única e geram um número fixo de funções de deslocamentos generalizados no plano de referência. Uma outra metodologia consiste em considerar cada lâmina ou conjuntos de lâminas adjacentes num estratificado como uma camada discreta para efeito de cálculo, cada qual representada por seus deslocamentos, devendo-se impor condições de continuidade dos deslocamentos ou de tensões entre estas camadas, o que recebe o nome de Teoria em Camadas Discretas. Portanto, sob esta ótica, o número de graus de liberdade pode resultar dependente do número de camadas discretas considerado. 32

4.1 Macromecânica de uma lâmina composta 33 4.1 Macromecânica de uma lâmina composta Conforme Mendonça (2005), o termo comportamento macromecânico refere-se ao comportamento da lâmina apenas quando as propriedades mecânicas aparentes médias, em sua forma macroscópica, são consideradas. Essas propriedades são obtidas diretamente de ensaios com corpos de prova, feitos com aquela lâmina, ou de forma aproximada a partir das propriedades termomecânicas dos componentes da lâmina, as fibras e a matriz, respeitando-se as proporções especificadas em projeto para cada constituinte. A premissa básica consiste em supor que o comportamento de uma lâmina de um com- posto polimérico reforçado por fibras seja hiperelástico linear, ou seja, o comportamento constitutivo é somente função do estado de deformação. Assim, a relação tensão-deformação para materiais elásticos-lineares é dada pela Lei de Hooke que, supondo a existência de uma tensão residual σ 0 na configuração de referência, as componentes de tensão são consideradas como funções lineares das componentes de deformação, e que para o caso mais geral, considerando deformações infinitesimais, é escrita na forma tensorial como e em termos das componente como σ = C : ε + σ 0 σij = Cijklεkl + σ 0 ij (4.1) (4.2) com εkl = εlk e i, j, k, l = 1, 2, 3, onde C é um tensor de quarta ordem que contêm parâmetros materiais chamado tensor de rigidez ou tensor de elasticidade elástico, que na situação mais geral, possui 3 4 = 81 componentes escalares, número este que se reduz em virtude da simetria do tensor de tensões σ, da simetria do tensor de deformações ε e da possível simetria inerente à resposta do material. Assim, feitas as considerações de simetria do tensor de tensões, pode-se escrever a relação constitutiva, usando a notação contraída ou notação de Voigt-Kelvin, no formato matricial, em termos das deformações de engenharia

4.1 Macromecânica <strong>de</strong> uma lâmina composta 33<br />

4.1 Macromecânica <strong>de</strong> uma lâmina composta<br />

Conforme Mendonça (2005), o termo comportamento macromecânico refere-se ao<br />

comportamento da lâmina apenas quando as proprieda<strong>de</strong>s mecânicas aparentes médias,<br />

em sua forma macroscópica, são consi<strong>de</strong>radas. Essas proprieda<strong>de</strong>s são obtidas diretamente<br />

<strong>de</strong> ensaios com corpos <strong>de</strong> prova, feitos com aquela lâmina, ou <strong>de</strong> forma aproximada a<br />

partir das proprieda<strong>de</strong>s termomecânicas dos componentes da lâmina, as fibras e a matriz,<br />

respeitando-se as proporções especificadas em projeto para cada constituinte.<br />

A premissa básica consiste em supor que o comportamento <strong>de</strong> uma lâmina <strong>de</strong> um com-<br />

posto polimérico reforçado por fibras seja hiperelástico linear, ou seja, o comportamento<br />

constitutivo é somente função do estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação.<br />

Assim, a relação tensão-<strong>de</strong>formação para materiais elásticos-lineares é dada pela Lei <strong>de</strong><br />

Hooke que, supondo a existência <strong>de</strong> uma tensão residual σ 0 na configuração <strong>de</strong> referência,<br />

as componentes <strong>de</strong> tensão são consi<strong>de</strong>radas como funções lineares das componentes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>formação, e que para o caso mais geral, consi<strong>de</strong>rando <strong>de</strong>formações infinitesimais, é<br />

escrita na forma tensorial como<br />

e em termos das componente como<br />

σ = C : ε + σ 0<br />

σij = Cijklεkl + σ 0 ij<br />

(4.1)<br />

(4.2)<br />

com εkl = εlk e i, j, k, l = 1, 2, 3, on<strong>de</strong> C é um tensor <strong>de</strong> quarta or<strong>de</strong>m que contêm<br />

parâmetros materiais chamado tensor <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z ou tensor <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> elástico, que<br />

na situação mais geral, possui 3 4 = 81 componentes escalares, número este que se reduz<br />

em virtu<strong>de</strong> da simetria do tensor <strong>de</strong> tensões σ, da simetria do tensor <strong>de</strong> <strong>de</strong>formações ε e<br />

da possível simetria inerente à resposta do material.<br />

Assim, feitas as consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> simetria do tensor <strong>de</strong> tensões, po<strong>de</strong>-se escrever a<br />

relação constitutiva, usando a notação contraída ou notação <strong>de</strong> Voigt-Kelvin, no formato<br />

matricial, em termos das <strong>de</strong>formações <strong>de</strong> engenharia

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