Download do arquivo - Museu de História da Medicina do Rio ...
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EX-,ipterno <strong>do</strong> Ambulhtorio <strong>de</strong>, cirúrgia"<strong>do</strong> Cona"uI.;,<br />
torio, ,med~co, <strong>de</strong>mulheres,:,<strong>de</strong> cli~ica cirurgiça dQ'J<br />
.PrQf. ArJhiI,r<br />
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Frapcp e <strong>do</strong>, lnóitit1l,to Oswlll('lo,<br />
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FACULDADEDE MEDICINADE PORTOALEGRE<br />
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Tl1ESE<br />
APRESENTADA Á<br />
FACULDADEDE MEDICINADE PORTOALEGRE<br />
em 30 <strong>de</strong> Novembro<strong>de</strong> 1921e <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong><br />
em 19 <strong>de</strong> Dezembro<strong>do</strong> mesmoanno<br />
POR<br />
FELICISSIMO DIFINI<br />
Natural <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul<br />
Filho legitimo <strong>de</strong> José Difini e D. Dorsulina <strong>da</strong> Rocha Difini,<br />
afim <strong>de</strong> obter o grão <strong>de</strong> <strong>do</strong>utor em medicina<br />
.....<br />
DISSERTAQÃO:<br />
Da reacção <strong>de</strong> Noguchi<br />
( Ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Pathologia geral)<br />
I "<br />
111III111111111111111111 T-0279<br />
Dareaccao<strong>de</strong> Noguchi<br />
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qSy<br />
fACULDADtDE MEDICINADE PORTOALEGRE<br />
...J<br />
CADEIRAS<br />
PROFESSORES<br />
Physicamedica. . . . . . . . . . NeyCabral<br />
Chlmicamedica. . . . . . . . . . ChristianoFischer<br />
Historianaturalmedica. . . . . . . SarmentoBarata<br />
Histologia e embryologia . . . . . . Marques Pereira<br />
Anatomia <strong>de</strong>scriptiva ( \" parte). . . . Moysés Menezes<br />
Physiologia (\" 'parte). . . . . . . . Raul PiIla (interino)<br />
Physiologia (2a parte). . . . . . . . Fabio <strong>de</strong> Barros<br />
Anatomia <strong>de</strong>scriptiva (2" parte) . . . Sarmento Leite<br />
Microbiologia . . . . . . . . . . . Pereira Filho<br />
Cllmca prope<strong>de</strong>utica Medica. . . . . Plinio Gama (interino)<br />
Clinica prope<strong>de</strong>utica Cirurgica . . . . Guerra Elesemann (substituto)<br />
Pathologia geral. . . ., "" Mario Totta<br />
Anatomia e physiologia pathologicas. . Gonçalves Vianna<br />
Pharmacologia e arte <strong>de</strong> formular. . . Argemiro Galvão (interino)<br />
Pat.hologia cirurgica . . . . . . . . Diogo Ferrás<br />
Clinica <strong>de</strong>rmatologica e syphHigraphica. Ulysses <strong>de</strong> Nonohay<br />
Clinica SyphHigraphica (Curso Comple-<br />
mentar). . . . . . . . . . . . CarlosLeite<br />
Clinicaophtalmologica. . . . . . . . Victor<strong>de</strong> Britto<br />
CI<br />
" . .<br />
{ Fre<strong>de</strong>rico Falk<br />
ImcaClrurglCa. . . . . . . . . . Arthur Franco<br />
Anatomia medico-cirurgica e operações Octacilio Rosa<br />
Thera peutica . . . . . . . . . . . Pa ula Esteves<br />
{ Annes Dias (interino)<br />
Clinicamedica. . . . . . . . . . . AurelioPy<br />
Octavio <strong>de</strong> Souza<br />
Clinica Pediatric", medica e bygiene<br />
mfantil. . .. . . . . . . . . . RaulMoreira(substituto)<br />
Clinica pediatr. cirurgica e orthopedia Nogueira Flores<br />
Cllnica oto-rhino-Iaryngologica . . . . Alberto <strong>de</strong> Souza (interino)<br />
Patbologia medica (\,"parte).. Sarmento L~ite F.O. ( su1?stituto)<br />
(2." parte) .. Thomaz Marlante (mtermo)<br />
Hygiene. . . . . . . . . .. . VelhoPy<br />
<strong>Medicina</strong> legal. .. ""'" Freitas e Castro (substituto)<br />
Clinica obstetrica . . . . . . . . . Freire <strong>de</strong> Figueire<strong>do</strong><br />
Clinica gynecologica . . . . . . . - Seraplão Mariante<br />
Cllnica neurologica . Luis Gue<strong>de</strong>s (interino)<br />
Climca psychiatrica. - . .. .., Luis Gue<strong>de</strong>s<br />
Chimica analytica . . . . . . . . . Felisberto Rath (interino)<br />
Pharmacologia (1' parte) . . . . . . C.Fischer( intermo )<br />
Hygiene,<br />
Bromatolog.a<br />
p~rte. geral.. . . . . . . . . . .\ 1 Wal<strong>de</strong>mar Castro (interino)<br />
Pharmacologia (2" parte) . . . . . . Argemiro Galvão ( interino)<br />
Prothese, comprehen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> metallurgia Rache Vitello (interino)<br />
Clinica o<strong>do</strong>ntologica e estomatologica. . José Paranhos<br />
Noções <strong>de</strong> pathol. geral e anat. pathol .<br />
applica<strong>da</strong>, therapeutica <strong>de</strong>ntaria . . Cirne Lima<br />
Hygienegeral. . . . . . . . . . .1 V Ih M t .<br />
<strong>Medicina</strong> legal applica<strong>da</strong>. . . . . . .\. e o on elro m erm<br />
( . t . O )<br />
Technica o<strong>do</strong>ntologica. . . . . . . . O. Lautert (interino)<br />
Substituto <strong>da</strong> 7" secção. Freitas e Castro<br />
" "9." ".. .. Sarmento Leite F.o<br />
" "10." " Mardm Gomes<br />
"12." " . . . . Guerra Blessmann<br />
"15." " . . . . CarlosLeite<br />
"16." " Raul Moreira<br />
Profes-ores jubila<strong>do</strong>s. '. ..., CarvalhoFreitas e Dias Campos<br />
Professoresbonorarios . . . . . . . CarlosBarbosa,Olinto<strong>de</strong> Oliveira<br />
e Protasio Alves<br />
em disponibili-<br />
. Mario <strong>de</strong> Bittencourt<br />
Professor substituto<br />
<strong>da</strong> <strong>de</strong> . .<br />
N. B. - A Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> não approva nem reprova as opiniões emitti<strong>da</strong>s nas théses<br />
por seus auctores.<br />
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MED<br />
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616.8 D569r 1921<br />
05300409<br />
[0018056] Difini, Felicissimo. Da reacção <strong>de</strong><br />
Noguchi. 1921. 52 p.<br />
Obriga<strong>do</strong>s, pelos Estatutos <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong>, a<br />
apresentar como ultima prova escolar um<br />
trabalho escripto sobre lim <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> assumpto,<br />
não nos po<strong>de</strong>mos esquivar a uma tal<br />
disposição regulamentar e é por isso que<br />
apresentamos aos illustra<strong>do</strong>s Professores esta<br />
nossa mo<strong>de</strong>stissima these inaugural, aos quaes<br />
pedimos não vejam nella o producto <strong>de</strong> quem<br />
escreve por inclinação, mas sim <strong>de</strong> quem. não<br />
ten<strong>do</strong> absolutamente os <strong>do</strong>tes requisita<strong>do</strong>s para<br />
semGlhante especie <strong>de</strong> trabalho. sómente<br />
por exigencia a tanto se atreve.<br />
Assim sen<strong>do</strong>, resolvemos dissertar sobre<br />
« A reacção, <strong>de</strong> Noguchi, <strong>da</strong> proteina no liqui<strong>do</strong><br />
cephalo-racheano basea<strong>da</strong> na floculação<br />
<strong>do</strong>s lipoi<strong>de</strong>s », ten<strong>do</strong> como uniea proposição<br />
verificar o parallelismo, porventura existente,<br />
entre a reacção <strong>de</strong> Noguchi e algumas <strong>da</strong>s<br />
mais usa<strong>da</strong>s reacções <strong>de</strong> verificação <strong>do</strong> augmento<br />
<strong>da</strong>s proteinas.<br />
Aproveitamos aqui a opportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, que<br />
se nos apresenta, <strong>de</strong> patentearmos a nossa gratidãQ<br />
a to<strong>do</strong>s aquelles que nos facilitaram a<br />
execução <strong>de</strong>, para nós, tão ardua tarefa, especialmente<br />
aos distinctos Professores Guerra<br />
Blessmann e Luiz Gue<strong>de</strong>s; ao primeiro por<br />
nos ter insinua<strong>do</strong> o assumpto <strong>da</strong> presente these<br />
<strong>de</strong> <strong>do</strong>utoramento e ao segun<strong>do</strong> por nos ter<br />
faculta<strong>do</strong> a colheita <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong><br />
observações.<br />
--- -<br />
,
-2~<br />
Antes <strong>de</strong> entrarmos em materia cumprenos<br />
lembrar ao leitor que, em vista <strong>da</strong> reacção<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong>butyrico, para <strong>de</strong>scobrir o augm~nt9<br />
<strong>da</strong>~ globulinas elo liqui<strong>do</strong> cephalo-ra-<br />
~héaho, 'ser t~Únbem: <strong>da</strong> autoria <strong>de</strong> Noguchi e<br />
éonhecidá'pelo nome <strong>de</strong> seu autor, I'~solvemos<br />
na <strong>de</strong>scripçã6" <strong>do</strong> n'osso trabalho 'chamar<br />
<strong>de</strong> Noguchi' a . reacção que ora nos occupa,<br />
<strong>de</strong>signan<strong>do</strong> a primitiva reacção <strong>de</strong>ste experimenta<strong>do</strong>r<br />
sob o titulo <strong>de</strong> reacçã6 dó aci<strong>do</strong><br />
butyrico. I<br />
A presente t"Qese'será, para maiór clareza<br />
na exposição, dividi<strong>da</strong> em seis capitulos.<br />
No primeiro lembraremos, <strong>de</strong> um lIlO<strong>do</strong> rapi<strong>do</strong>,<br />
as applicações mais importantes que, no<br />
<strong>de</strong>correr <strong>do</strong>s annos, se fizeram <strong>da</strong> puncção<br />
lombar, quer corri fim therapeutico, quer para<br />
esclarecer ou confirmar um dignostico pelo<br />
exame <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano.<br />
Em segui<strong>da</strong> faremos, no segun<strong>do</strong> capitulo,<br />
a <strong>de</strong>scripção <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> <strong>da</strong> preparação <strong>do</strong> reagen<br />
te.<br />
No terceiro exporemos a technica <strong>da</strong> reacção<br />
e a leitura <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s.<br />
O quarto capitulo será <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> á <strong>de</strong>scripção<br />
<strong>da</strong>s outras reacções que realisámos conjunctamente<br />
com a <strong>de</strong> Noguchi. Ahi <strong>de</strong>screveremos<br />
o mo<strong>do</strong> pelo qual fizemos os reagentes<br />
e a technica que seguimos na execução<br />
<strong>da</strong>s reacções bem como o criterio, por nós<br />
toma<strong>do</strong>, na leitura <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s.<br />
O capitulo seguinte será <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> á~ observações<br />
e no ultimo publicaremos as conclusões<br />
ás quaes chegámos. .<br />
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CAPITULO I<br />
Consi<strong>de</strong>rações gerae~<br />
o liqui<strong>da</strong> cephala-racheana fai <strong>de</strong>scaberta. par Walsalva,<br />
ten<strong>da</strong> si<strong>do</strong>., anteriarmente, assignala<strong>da</strong> vagamente<br />
par Haller, e <strong>de</strong>manstra<strong>da</strong> na ca<strong>da</strong>ver par 00.tunga.<br />
WiIlis e Vieussens estu<strong>da</strong>ram-n'a tambem, summariamente,<br />
mas fai Magendie que, em 1825, verificau<br />
ta<strong>da</strong> a impartanci-a physialagica, assirp cama a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
entre a liqui<strong>da</strong> sllb-arachnai<strong>de</strong>a e a intra-ven~<br />
tricular.<br />
Fai na America <strong>da</strong> Narte que nasceu a idéa <strong>de</strong><br />
extrahir liqui<strong>da</strong> cephala-racheana cam. fim therapeutica,<br />
ten<strong>da</strong> si<strong>do</strong>. feita a primeira puncçãa em 1885, pela<br />
Dr. E. Le Oarning. . .<br />
Um pouca mais tar<strong>de</strong> Essex W:inter i<strong>de</strong>au a puncção<br />
ventricular cam a fim <strong>de</strong> diminuir a, pressão. in.<br />
tra--craneana. Em 1889 se tentau attingir a mesmo<br />
resulta<strong>da</strong>, par meia <strong>de</strong> uma laminectamia, em um<br />
<strong>do</strong>ente cujas fantanellas já se tinham fecha<strong>da</strong>.<br />
Entretanto. a estu<strong>da</strong> <strong>da</strong> liqui<strong>do</strong> cephala.racheana,<br />
sab a panta <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> sua applicaçãa, áclinica, <strong>da</strong>c<br />
ta <strong>de</strong> 1891, quan<strong>do</strong>. Quincke: mastrau a innacui<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> puncção lambar. Este autar tratau ,a: questão. <strong>de</strong><br />
um ma<strong>da</strong> tão. completa, que se ligau seu ,name á his~<br />
taria <strong>da</strong> ,puncçãa cama methadq clinica, ten<strong>da</strong> si<strong>do</strong>. sUi'lr<br />
publicação. a panta <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> d,e n,umerqsas pesquisas. ,
- 4 --<br />
Apesar disso, o liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano ficou,<br />
por muito tempo, exclusivamente no <strong>do</strong>minio <strong>da</strong> physiologia<br />
e foi sómente <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> varios annos que se vulgarisou<br />
o conhecimento <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> auxilio trazi<strong>do</strong>, á<br />
medicina geral e á neurologia, pela puncção 10mbar,<br />
o que se <strong>de</strong>ve graças aos trabalhos <strong>de</strong> Wi<strong>da</strong>l, Sicard<br />
Ravaut e Mestrezat, <strong>do</strong> anno 1897 para os nossos dias.<br />
Nos primeiros tempos a puncção lombar foi,. por<br />
Quincke e seus alumnos, emprega<strong>da</strong> unicamente como<br />
metho<strong>do</strong> therapeutico. Esta therapeutica era por subtracção<br />
<strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano, posta em pratica<br />
to<strong>da</strong>s as vezes que os phenomenos nervosos pa'reciam<br />
ser <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s a um augmento <strong>da</strong> tensão d'aquelle.<br />
Entretanto este tratamento não é uma panacéa como<br />
pensava o medico <strong>de</strong> Kiel, que' applicava, indistinctamente,<br />
em to<strong>da</strong>s as molestias <strong>do</strong> systhema nervoso,<br />
<strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> que em pouco tempo se viu que<br />
era palliativo, ten<strong>do</strong>, to<strong>da</strong>via, suas indicações especiaes,<br />
tan<strong>do</strong> assim que actualmente ain<strong>da</strong> se o emprega<br />
em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s casos.<br />
O papel talvez mais saliente <strong>da</strong> puncção racheana<br />
é <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ás informações que nos presta por meio <strong>do</strong><br />
exame <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> cerebro-espinhal. Este se generalisou,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se simplificou a technica <strong>da</strong> puncção,<br />
se mostrou a innocui<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> mesma e se soube evitar<br />
os raros acci<strong>de</strong>ntes consecutivos, <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> que<br />
não se concebe um clinico que ignore a utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
exame <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano como um elemento<br />
<strong>de</strong> diagnostico <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m.<br />
Ao principio foi pratica<strong>do</strong> o exame bacteriologico<br />
<strong>do</strong> liqui<strong>do</strong>, nos casos <strong>de</strong> meningites agu<strong>da</strong>s, por FÜhrbringer,<br />
Sta<strong>de</strong>lmann, Lenhartz, Krõnig, Weichselbaum,<br />
Bonome e Netter, alem <strong>de</strong> outros.<br />
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II<br />
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-5-<br />
Surgiram, a seguir, os processos <strong>de</strong> injecções subarachnoi<strong>de</strong>as,<br />
que a cirurgia aproveitou, empregan<strong>do</strong><br />
a cocaina e seus succe<strong>da</strong>neos, com o fim <strong>de</strong> obter a<br />
anesthesia por via racheana. A essa epocha se ligam<br />
os nomes <strong>de</strong> Bier, Tuffier e Reclus.<br />
Um <strong>do</strong>s factores, porém, que tornou a puncção<br />
lombar um meio <strong>de</strong> investigação corrente, foi o exame<br />
cytologico <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano, (Wi<strong>da</strong>l, Sicard,<br />
Ravaut), que, applica<strong>do</strong> ao estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s meningites<br />
agu<strong>da</strong>s e chronicas, <strong>de</strong>u os melhores resulta<strong>do</strong>s diagnosticos.<br />
Ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssas pesquisas occupam lugar não menos<br />
saliente os exames physico e chimico <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong><br />
cerebro.espinhal. Destes, o que mais nos interessa é<br />
o chimico, mas como o assumpto <strong>de</strong> que tratamos só<br />
é referente ás proteinas, nos limitaremos a fazer um<br />
rapi<strong>do</strong> resumo <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s proteinas <strong>do</strong> liquidci<br />
Normalmente o liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano contem<br />
albumina, o que já foi estabeleci<strong>do</strong>, em 1895, por Quincke<br />
e Riecken, <strong>de</strong> accor<strong>do</strong> com outros experimenta<strong>do</strong>res,<br />
que avaliaram a sua taxa normal <strong>de</strong> Ogr. 20 a<br />
Ogr. 50. A seguir estes mesmos autores estu<strong>da</strong>ram as<br />
variações <strong>da</strong> albumina no curso <strong>de</strong> um certo numero<br />
<strong>de</strong> affecções meningo-encephalicas. Entretanto admito<br />
te-se, hoje, que o liqui<strong>do</strong> normal contem Ogr. 10 a<br />
Ogr. 20 por mil.<br />
A albuminia <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> .cephalo-racheano é uma<br />
mistura <strong>de</strong> serina e <strong>de</strong> globulinas. As globulinas são<br />
as albuminas que precipitam quan<strong>do</strong> satura<strong>da</strong>s pelo<br />
sulfato <strong>de</strong> magnesia ou trata<strong>da</strong>s pelo sulfato <strong>de</strong> amo<br />
monio até meia saturação.<br />
As serinas não se precipitam pelo sulfato <strong>de</strong> magnesia<br />
a frio, mas sim por acidulação e aquecimento
- 6 --<br />
ulterior;es; são tambem pt',ecipita<strong>da</strong>s pelo sulfato <strong>de</strong><br />
anunonio ,em saturação comp}(jt,a.<br />
Quasi a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> albumina <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> cephalo-.racheano<br />
é constitui<strong>da</strong> por serina, não existin<strong>do</strong> as,<br />
globulinas senão no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> ,traços, a ,qual se encontra;<br />
,porém, em maior quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> em diversas affec.<br />
ções <strong>do</strong> systhema nervoso.<br />
'Destas verificações se teve a id~a d,e <strong>de</strong>terminat' o<br />
augm,ento <strong>da</strong>s globulinas ,<strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano.<br />
Muitos processos surgiram, então, para a pesquisa <strong>do</strong><br />
augmento <strong>da</strong> albumina <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> notar,<br />
entre outros, os estu<strong>do</strong>s feitos neste particular por<br />
Wid~li Sicar<strong>de</strong> Ravaut, por G~illain e Parant, Achard<br />
e Lamby, por Monod, por Wolff, por Fuchs e Rosenthal,<br />
por Nonne e Appelt, Havaut e Boyer e por Denis<br />
e A.yer.<br />
Alguns <strong>de</strong>sses processos eram quantitativos, outros<br />
qmdita,tivos. Como reagente se usou, entre outros, o<br />
aci<strong>do</strong> trichloracetico, o aci<strong>do</strong> sulfosalicylico e o aci<strong>do</strong><br />
azotico, mas estes produzem precipitação tanto nos<br />
liqui<strong>da</strong>s pathologicos como nos normaes, o que é <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>,<br />
sem duvi<strong>da</strong>, á precita.ção <strong>da</strong>serina.<br />
Em vista disso se procut'ou reacções capazes <strong>de</strong><br />
indicar o augmento <strong>da</strong>s globulinas sem sommar, a estas,<br />
a aerina. Dessas reacções occupam lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque,<br />
sen<strong>do</strong> muito emprega<strong>da</strong>s, pela sua efficacia as<br />
<strong>do</strong>aci<strong>do</strong> butyrico, <strong>de</strong> A,?oss, <strong>de</strong> Nonne e Appelt, <strong>de</strong><br />
Ross e Jones e <strong>de</strong> Pandy.<br />
,A estas se veiu juntar ultimamente a reacção <strong>de</strong><br />
Noguchi, a qual constitue o assumpto <strong>do</strong> presente trabalho.<br />
.....-
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I 'I:<br />
OAPlrrULO II .: ".',<br />
Preparação <strong>do</strong> reagente<br />
A reacção <strong>de</strong> Noguchi para verificar o augmento<br />
<strong>da</strong>s proteinas <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong>êephalo-racheano se baE'Jeia,<br />
segun<strong>do</strong> seu autor, não na precipitação directa 'dBStas<br />
substancias, mas sim na floculação <strong>de</strong> certoslipoi<strong>de</strong>s<br />
que entram na composição <strong>do</strong> reagente. .<br />
Para a obtenção <strong>de</strong> um reactivo nestas condições<br />
se utilisou Noguchi, especialmente, <strong>de</strong> certas substàneias<br />
lipoi<strong>de</strong>s, insoluveis em acetona, e que se el1:càntram<br />
no myocardio <strong>do</strong> boi.<br />
O extracto alcoolico <strong>de</strong>stes lipoi<strong>de</strong>s constitue o que<br />
Noguchi <strong>de</strong>signa por Solução 1.<br />
Alem <strong>de</strong>ste extracto alcoolico é necessaria uma outra<br />
solução (Solução lI) que contenha 19r.5 <strong>de</strong>phos.<br />
phato aci<strong>do</strong> <strong>de</strong> potassio, 4 grs. <strong>de</strong> chlorureto <strong>de</strong> sodio,<br />
10 cc. <strong>de</strong> uma solução satura<strong>da</strong> <strong>de</strong> aci<strong>do</strong> picrico em<br />
alcool absoluto, -0.5 cc. <strong>de</strong> aci<strong>do</strong> acetico glacial e agua<br />
distilla<strong>da</strong> até completar 1.000 cc.<br />
A preparação <strong>do</strong> reagente <strong>de</strong>ve ser feita exaetamente<br />
<strong>da</strong> seguinte maneira:<br />
SoluçãoI - A parte muscular <strong>de</strong> um coração <strong>de</strong><br />
boi é pica<strong>da</strong> em porções muito pequenas e, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
bem tritura<strong>da</strong> por meio <strong>de</strong> uma faca ou pela passagem<br />
em uma machina <strong>de</strong> picar carne, é posta asee-<br />
~() ;<br />
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I<br />
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-8-<br />
cal" por meio <strong>de</strong> um ventila<strong>do</strong>r, em cima <strong>de</strong> um aquece<strong>do</strong>r.<br />
Depois <strong>de</strong> bem secca é colloca<strong>da</strong> em um gral e reduzi<strong>da</strong><br />
a pó. Do to<strong>do</strong> tira-se 100 grammas, que são<br />
<strong>de</strong>posita<strong>da</strong>s em um frrsco conten<strong>do</strong> um litro <strong>de</strong> acetona.<br />
em contacto com a qual ficam durante cinco dias,<br />
na temperatura ambiente, ten<strong>do</strong>-se o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> agitar<br />
a mistura diariamente.<br />
Decorri<strong>do</strong> este prazo. se separa a acetona que sobrena<strong>da</strong><br />
e, <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> massa <strong>de</strong> soli<strong>do</strong>s estar livre <strong>do</strong><br />
resto <strong>de</strong>lla, o que po<strong>de</strong> ser auxilia<strong>do</strong> pela evaporação,<br />
se prepara o extracto juntan<strong>do</strong> a esse residuo um litro<br />
<strong>de</strong> alcool absoluto.<br />
Após estar o alcool durante cinco dias, á temperatura<br />
ambiente, em contacto com a porção restante <strong>do</strong><br />
musculo cardiaco, se <strong>de</strong>canta, obten<strong>do</strong>-se assim um<br />
extracto alcoolico, que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> uma côr amarello<br />
<strong>de</strong> ouro e contem as substancias lipoi<strong>de</strong>s insoluveis<br />
em acetona:<br />
A preparação <strong>de</strong>sta Solução I é a parte <strong>da</strong> reacção<br />
<strong>de</strong> Noguchi que mais cui<strong>da</strong><strong>do</strong> requf,r e si não fôr feita<br />
seguin<strong>do</strong> estrictamente a technica exposta resultará<br />
improficuo o trabalho <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> quinze dias, que é,<br />
mais ou menos. o tempo necessario para a sua execução.<br />
Assim, pois, si não se fizer a eliminação completa<br />
<strong>da</strong> acetona existente na massa <strong>de</strong> Boli<strong>do</strong>s, o extracto<br />
alcoolico conterá, além <strong>do</strong>s lipoi<strong>de</strong>s utilisa<strong>do</strong>s para a<br />
reacção, certa quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lipoi<strong>de</strong>s soluveis em acetona<br />
(cholesterina, p. ex.), o que faz com que esse se<br />
torne <strong>de</strong>masia<strong>da</strong>mente sensivel e, portanto, imprestavel<br />
para a preparação <strong>do</strong> reagente.<br />
Depois <strong>de</strong> prepara<strong>do</strong> é, pois, necessario prova l-o pa.<br />
ra verificar si está em condições. Para isso se junta<br />
uma pat'te <strong>do</strong> extracto alcoolico a nove <strong>da</strong> Solução II
II<br />
~<br />
I<br />
,<br />
-9-<br />
Esta mistura, para po<strong>de</strong>r. ser utilisa<strong>da</strong> como reagente,<br />
<strong>de</strong>ve ser transparente, não <strong>da</strong>n<strong>do</strong> mais <strong>do</strong> que uma<br />
leve opalescencia, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser inutilisa<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o extracto<br />
que, reuni<strong>do</strong> á Solução lI, <strong>de</strong>r uma opalescencia<br />
muito notavel.<br />
Solução11 - Esta solução <strong>de</strong>ve ser feita <strong>da</strong> maneira<br />
seguinte: 19r.5 <strong>de</strong> phosphato aci<strong>do</strong> <strong>de</strong> potassio e<br />
4 grammas <strong>de</strong> chlorureto <strong>de</strong> sodio são dissolvi<strong>da</strong>s em<br />
990 cc. <strong>de</strong> agua distilla<strong>da</strong> que contenha 0.5 cc. <strong>de</strong> aci<strong>do</strong><br />
acetico glacial, se juntan<strong>do</strong> por ultimo 10 cc. <strong>de</strong> uma<br />
solução satura<strong>da</strong> <strong>de</strong> aci<strong>do</strong> picrico em alcool absoluto<br />
(mais ou menos 3gl's.5 por cento).<br />
Noguchi, para evitar a <strong>de</strong>terioração <strong>de</strong>sta solução,<br />
aconselha fazel-a <strong>de</strong>z vezes mais concentra<strong>da</strong>, dissolven<strong>do</strong><br />
19r.5 <strong>de</strong> phosphato aci<strong>do</strong> <strong>de</strong> potassio e 4 grammas<br />
<strong>de</strong> chlorureto <strong>do</strong> sodio em 90 cc. <strong>de</strong> agua distillq<strong>da</strong><br />
conten<strong>do</strong> 0.5 cc. <strong>de</strong> aci<strong>do</strong> acetico glacial e acrescentan<strong>do</strong><br />
10 cc. <strong>da</strong> solução alcoolica <strong>de</strong> aci<strong>do</strong> picrico.<br />
Para fazer o reagente <strong>de</strong>via-se, então, misturar uma<br />
parte <strong>de</strong>sta solução concentra<strong>da</strong> com ,oito d'agua distilla<strong>da</strong><br />
e úma <strong>do</strong> extracto alcoolico.<br />
Nós, entretanto, <strong>da</strong><strong>da</strong> venia, achamos inconveniente<br />
este processo, pois nessas condições não é completa<br />
a solução <strong>do</strong>s saes, que, em parte, ficam em suspensão<br />
no liqui<strong>do</strong> por mais que se misture, o que é<br />
um <strong>de</strong>feito em vista <strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> utilisarmos a Solução<br />
11, termos uma percentagem <strong>de</strong> saes diversa <strong>da</strong> <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>.<br />
Preparaçãoe conservação <strong>do</strong> reagente - Este se obtem<br />
juntan<strong>do</strong> gradualmente, misturan<strong>do</strong> por leve agitação,<br />
uma parte <strong>do</strong> extracto alcoolico <strong>de</strong> lipoi<strong>de</strong>s (Solução I)<br />
These
- 10 --<br />
a nove partes <strong>da</strong> Solução lI. Dar-se-á uma mistura<br />
muito pouco opalescente e transparente.<br />
Si fizermos o inverso, isto é, si <strong>de</strong>itarmos-a Solução<br />
II na Solução 1,' se formará uma turvação geral, o<br />
que inutilisará o reagente.<br />
O reactivo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> prepara<strong>do</strong> fica inalterad(j) por<br />
muito tempo, mas é preferivel conservar separa<strong>da</strong>s<br />
as duas soluções e fazer a mistura no momento <strong>de</strong><br />
executar a reacção Entretanto, como medi<strong>da</strong> preventiva,<br />
para continuar inaltera<strong>da</strong>s por muito tempo, <strong>de</strong>ve-se<br />
guar<strong>da</strong>l-as em uma geleira, principalmente a solução<br />
<strong>do</strong>s saes.<br />
to-<br />
=:::::>E:>O-K::=---<br />
j"'"
,.<br />
I<br />
I<br />
'1<br />
I<br />
I<br />
OAPITULO lU<br />
Technica <strong>da</strong> reacção. Leitura <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />
E' muito simples a technica <strong>da</strong> reacção <strong>de</strong> Noguchi.<br />
Em um pequeno tubo <strong>de</strong> ensaio, como os que se usa<br />
para a reacção <strong>de</strong> Wassermann, se colloca 0,1 cc. <strong>do</strong><br />
liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano a examinar, que não <strong>de</strong>ve<br />
conter sangue, e se junta 1 cc. <strong>do</strong> reagente. Quan<strong>do</strong><br />
ha sangue no liqui<strong>do</strong>, a reacção é sempre positiva.<br />
Nos liqui<strong>do</strong>s normaes o reagente não apresen ta<br />
modificação no aspecto ou então se torna ligeiramente<br />
opalescente, ao passo que n'aquelles em que ha augmento<br />
<strong>da</strong>s proteinas se produz uma turvação geral.<br />
Nos casos <strong>de</strong> meningites bacterianas é que a reacção<br />
se mostra mais intensa; se produz uma floculação mais<br />
ou menos abun<strong>da</strong>nte, segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> precipitação ao cabo<br />
<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> uma hora.<br />
Nos outros liqui<strong>do</strong>s pathologic'os a floculação é menor<br />
<strong>do</strong> que a produzi<strong>da</strong> pelos esta<strong>do</strong>s inflammatorios<br />
agu<strong>do</strong>s e a precipitação <strong>do</strong>s floculos, subsequente, já<br />
requer algumas horas.<br />
Em nosso trabalho, em diversas amostras <strong>de</strong> liqui<strong>do</strong>s,<br />
fizemos a reacção na temperatura ambiente, na<br />
<strong>da</strong> estufa e na <strong>da</strong> geleira. Tivemos, então, occasião<br />
<strong>de</strong> verificar que a mais favoravel é a temperatura ambiente,<br />
o que, aliás, já foi verifica<strong>do</strong> por Noguchi.<br />
Em nossas observações o maximo <strong>de</strong> opaci<strong>da</strong><strong>de</strong> foi
-- 12 -<br />
verifica<strong>do</strong> em tempo sempre inferior a cinco mio<br />
nutos.<br />
A: leitura <strong>da</strong> reacção se po<strong>de</strong> fazer, si houver pressa,<br />
aos <strong>de</strong>z minutos, tempo sufficiente para que attinj a<br />
o seu maximo <strong>de</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nesta primeira leitura<br />
é muito difficil distinguir os diversos grá9s <strong>da</strong> reacção;<br />
o que se po<strong>de</strong> fazer é distinguir as positivas <strong>da</strong>s negativas.<br />
Uma outra leitura, após algumas horas -- e no nosso<br />
trabalho effectuámos, sempre, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixarmos<br />
os tubos em repouso durante to<strong>da</strong> noite - é pois necessaria<br />
para distinguir o gráo <strong>de</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> reacção.<br />
.<br />
Para a leitura <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, em falta <strong>de</strong> outra,<br />
a<strong>do</strong>ptámos a seguinte escala, que é a mesma <strong>da</strong> reacção<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico:<br />
- = liqui<strong>do</strong> opalescente<br />
+ = turvação fraca<br />
+ = precipita<strong>do</strong> fipamente granuloso )<br />
++ = precipita<strong>do</strong> granuloso intenso ~=positiva<br />
+++ =precipita<strong>do</strong>emflócos, muito intensoJ<br />
",*""!)~(j~<br />
= negativa<br />
= duvi<strong>do</strong>sa<br />
,......
OAPITULO IV<br />
Outras reacções<br />
Para attingir o fim por nós collima<strong>do</strong>, que era a<br />
verificação <strong>do</strong> paralleli:ssimo, porv€ntura existente,<br />
entre a reacção <strong>de</strong> Noguchi e algumas <strong>da</strong>s mais usa<strong>da</strong>s<br />
reacções para averiguação <strong>do</strong> augmento <strong>da</strong>s proteinas<br />
<strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano, fizemos ao la<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>ssa re~cção as <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico, <strong>de</strong> Amoss, <strong>de</strong><br />
~onne-Appelt, <strong>de</strong> Ross-Jones e <strong>de</strong> Pandy, por serem<br />
estas consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s as mais precisas por gran<strong>de</strong> numero<br />
<strong>de</strong> experimenta<strong>do</strong>res.<br />
Essas reacções po<strong>de</strong>m ser dividi<strong>da</strong>s em <strong>do</strong>is grupos:<br />
as que requerem o calor para sua execução e as<br />
que se realisam a frio.<br />
Ao primeiro grupo pertencem. as reacções <strong>do</strong> aci<strong>do</strong><br />
butyrico e <strong>de</strong> Amoss; as <strong>de</strong>mais ao segun<strong>do</strong>.<br />
A seguir <strong>de</strong>screveremos o mo<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> o qual<br />
preparámos 0S reagentes, a technica segui<strong>da</strong> e a maneira<br />
pela qual fizemos a leitura <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s reacções mais acima enumera<strong>da</strong>s.<br />
Reacção<strong>do</strong> aci<strong>do</strong>butyrico: Não nos sen<strong>do</strong> possivel<br />
conseguir o artigo original, no qual faz Noguchi a<br />
exposição <strong>da</strong> technica <strong>da</strong> reacção <strong>de</strong> sua autoria, seguimos<br />
a <strong>de</strong>scripta por Fontecilla e Sepulve<strong>da</strong>.
- 14-<br />
Para esta reacção se necessita <strong>de</strong> uma solução <strong>de</strong><br />
aci<strong>do</strong>. butyrico puro a 10 % e lixivia <strong>de</strong> so<strong>da</strong> a 4 %.<br />
Em um pequeno tu<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensaio se colloca 0,1 CCo<br />
<strong>de</strong> liqui<strong>do</strong> cephalooracheano e 0,5 cc. <strong>da</strong> solução <strong>de</strong><br />
aci<strong>do</strong> butyrico e se leva á ebullição. A seguir <strong>de</strong>itase<br />
rapi<strong>da</strong>mente 0,1 cc. <strong>de</strong> lixivia <strong>de</strong> so<strong>da</strong> a 4 % e se<br />
aquece novamente até a ebullição.<br />
Si a reacção é positiva, no fim <strong>de</strong> tres horas se<br />
tem um precipita<strong>do</strong> granuloso. Quan<strong>do</strong> fôr duvi<strong>do</strong>sa<br />
po<strong>de</strong>r-se-á renoval-a empregan<strong>do</strong>, então, 0,2 cCo <strong>de</strong> liqui<strong>do</strong><br />
cephalo-racheano com a mesma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
solução <strong>de</strong> aci<strong>do</strong> butyrico e <strong>de</strong> lixivia <strong>de</strong> so<strong>da</strong>.<br />
Na leitura <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, que <strong>de</strong>ve ser feita, no<br />
maximo, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tres horas, utilisámos a escala proposta.<br />
por Swift e Ellis, que é a seguinte:<br />
- = liqui<strong>do</strong> opalescente<br />
::!::= turvação fraca<br />
= negativa<br />
=duvi<strong>do</strong>sa<br />
++ + = precipita<strong>do</strong> finamente granuloso intenso granuloso 1<br />
f positiva<br />
+++ = precipita<strong>do</strong> em flocos, muito intenso<br />
Reacção <strong>de</strong> Amoss.~ O reactivo se prepara dissolven<strong>do</strong><br />
3 grammas <strong>de</strong> phosphato aci<strong>do</strong> <strong>de</strong> potassio em<br />
100 cc. <strong>de</strong> agua distilla<strong>da</strong> e addicionan<strong>do</strong> 0,05 cê. <strong>de</strong><br />
aci<strong>do</strong> acetico glacial.<br />
A reacção se faz misturan<strong>do</strong> num pequeno tubo <strong>de</strong><br />
ensaio 0,2 eco <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano a examinar<br />
e 0,6 cc. <strong>de</strong> reacti vo, collocan<strong>do</strong>, em segui<strong>da</strong>, em agua<br />
ferven<strong>do</strong> durante seis minutos.<br />
A leitura <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, que se <strong>de</strong>ve fazer após<br />
este tempo, effectÚámos sempre <strong>de</strong> accor<strong>do</strong> com a escala<br />
utilisa<strong>da</strong> para a reacção' <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico.<br />
-
l<br />
- 15--<br />
Reacção <strong>de</strong> Nonne-Appelt.- O reagen te <strong>de</strong> N onne.<br />
Appelt é uma solução satura<strong>da</strong>, a quente, <strong>de</strong> sulfato<br />
<strong>de</strong> arnmonio. Oonsegue-se <strong>de</strong>itan<strong>do</strong> cerca <strong>de</strong> 85 grammas<br />
<strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> ammonio, puro e neutro, em 100<br />
grammas d'agua distilla<strong>da</strong>e levan<strong>do</strong> á ebullição até<br />
que o sal não se dissolva mais. Esta solução <strong>de</strong>ve ter<br />
uma reacção neutra e é precisoconserval-a em geleira,<br />
ten<strong>do</strong> a precaução <strong>de</strong>, <strong>de</strong> quan<strong>do</strong> em vez, verificara<br />
sua efficaciafazen<strong>do</strong> a reacção com liqui<strong>do</strong>s que, <strong>de</strong><br />
antemão, se conhece serem pathologicos ou normaes.<br />
A reacção se realísandsturan<strong>do</strong> partes iguaes (geralmente<br />
1 cc.)<strong>de</strong> liqui<strong>do</strong> cephalo-racheano e <strong>do</strong> reagente.<br />
Obtem-se assim uma meia-saturação,o que<br />
provoca a precipitação <strong>da</strong>s globulinas e nucleo-albuminas<br />
e as separa <strong>da</strong>s albuminas que continuam dis-<br />
sol vi<strong>da</strong>s.<br />
No fim <strong>de</strong> tres minutos se verifica o resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />
reacção, o que se <strong>de</strong>ve fazer olhan<strong>do</strong> o tubo sobre um<br />
fun<strong>do</strong> escuro. Quan<strong>do</strong> o liqui<strong>do</strong> é normal não se produz<br />
nenhuma modificação; nos casos positivos diversos<br />
gráos se po<strong>de</strong> verificar.<br />
A escala por nós a<strong>do</strong>pta<strong>da</strong> foi a seguinte:<br />
leve opalescencia """" 4turvação<br />
leve ++<br />
turvação intensa . +++<br />
precipitação + + -+<br />
Esta é a «Phase 1» <strong>da</strong> reacção <strong>de</strong> Nonne-Appelt, a<br />
unica que tem valor clinico,pois, segun<strong>do</strong> a gran<strong>de</strong><br />
maioria <strong>do</strong>s experimenta<strong>do</strong>res, a «Phase 11» <strong>da</strong> reacção<br />
se observa tambem nos liqui<strong>do</strong>s normaes.<br />
O que é essencial, tanto na reacção <strong>de</strong> Nonne-<br />
Appelt como na <strong>de</strong> Ross-Jones, para que Ioejam pre
-- 16 -<br />
cisas, é que o liqui<strong>do</strong> cephalo-rache~no não contenha<br />
sangue, a presença <strong>do</strong> qual dá sempre uma reacção<br />
positiva.<br />
Reacção<strong>de</strong> Ross-Jones.- A reacção <strong>de</strong> Ross-J ones<br />
na<strong>da</strong> mais é <strong>do</strong> que uma modificação <strong>da</strong> reacção <strong>de</strong><br />
Nonne-Appelt; o reactivo usa<strong>do</strong> é o mesmo.<br />
A reacção se dá <strong>de</strong>itan<strong>do</strong>, cui<strong>da</strong><strong>do</strong>samente, 2 cc. <strong>de</strong><br />
solução satura<strong>da</strong> <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> amnlOnio sobre 1 cc. <strong>do</strong><br />
liqui<strong>do</strong> a examinar, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a não misturar os <strong>do</strong>is<br />
liquid0s.<br />
Si a reacção é positiva, no fini <strong>de</strong> tres minutos se<br />
forma um annel branco, <strong>de</strong> altura e intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> variaveis;<br />
si negativa, nenhuma modificação se notará<br />
no ponto <strong>de</strong> contacto <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is liqui<strong>do</strong>s.<br />
Quizeram alguns autores distinguir diversos gráos<br />
na reacção <strong>de</strong> Ross-Jones, conforme a menor ou maior<br />
altura e intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> annel.<br />
Nós, entretanto, não segtiimos tal pratica nas nossas<br />
observações, porquanto numa reacção como esta,<br />
na qual os liqui<strong>do</strong>s pathologicos dão lugar á formação<br />
<strong>de</strong> um annel <strong>de</strong> pequena espessura, é arbitraria a distincção<br />
<strong>de</strong> diversos gráos, mesmo porque qualquer<br />
movimento, um pouco mais brusco, po<strong>de</strong> provocar uma<br />
mistura .no nivel <strong>de</strong> contacto <strong>do</strong>e <strong>do</strong>is liqui<strong>do</strong>s, <strong>de</strong> modÓ<br />
a parecer muito mais espesso o annel, que em condições<br />
normaes não seria mais <strong>do</strong> que a <strong>de</strong> uma folha<br />
<strong>de</strong> pape1. Assim sen<strong>do</strong>, para nós, só tres casos po<strong>de</strong>rão<br />
se apresentar: reacção negativa (-), reacção duvi<strong>do</strong>sa<br />
(.+) e reacção positiva (+).<br />
Reacção<strong>de</strong> Pandy-- O reactivo para esta reacção é<br />
uma solução <strong>de</strong> 10 grammas <strong>de</strong> aci<strong>do</strong> phenico crystallisadb<br />
em 150 cc. <strong>de</strong> agua distilla<strong>da</strong>, solução esta que<br />
li
,,<br />
- 17-<br />
<strong>de</strong>ve ser bem limpi<strong>da</strong>, renova<strong>da</strong> segui<strong>da</strong>mente e exa-<br />
. mina<strong>da</strong>, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua exactidão, realisan<strong>do</strong> a<br />
reacção com liqui<strong>do</strong>s que já se sabe serem normaes<br />
ou pa thologicos.<br />
A reacção se dá <strong>de</strong>itan<strong>do</strong> em um tubo <strong>de</strong> ensaio<br />
1 cc. <strong>do</strong> reactivo, ao qual se junta uma gotta <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong><br />
cephalo-racheano a examinar. No fim <strong>de</strong> tres mi.<br />
nutos o maximo <strong>de</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> é attingi<strong>do</strong>, distinguin<strong>do</strong>-se,<br />
então, diversos gráos segun<strong>do</strong> a seguinte eacala:<br />
opalescencia .......<br />
. turvação "...........<br />
turvação intensa....................<br />
turvação leitosa ........<br />
--L<br />
I<br />
++<br />
+++<br />
++-++<br />
Nesta reacção se <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar negativos os casos<br />
em que se <strong>de</strong>r uma opalesceneia muito leve.<br />
These<br />
-=+
OAPITULO V<br />
Observações<br />
Nos liqui<strong>do</strong>s utilisa<strong>do</strong>s para as nossas observações<br />
realisámos, como já dissemos anteriormente, além <strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> Noguchi, as reacções <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico, <strong>de</strong> Amoss,<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt, <strong>de</strong> Ross-Jones e <strong>de</strong> Pandy.<br />
~as 13 primeiras observações não nos foi possivel<br />
effectuar as reacções <strong>de</strong> Pandy e <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico;<br />
a primeira por não termos, até então, a <strong>de</strong>scripção <strong>da</strong><br />
technica e a segun<strong>da</strong> por falta <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico, que<br />
tivemos <strong>de</strong> encommen<strong>da</strong>r em Buenos-Ayres.<br />
As nossas observações constam <strong>de</strong> liqui<strong>do</strong>s extrahi<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> <strong>do</strong>entes <strong>da</strong> clinica particular <strong>de</strong> diversos profissionaes,<br />
<strong>de</strong> <strong>do</strong>entes recolhi<strong>do</strong>~ á Santa Casa <strong>de</strong> Misericordia<br />
e ao Hospicio São Pedro, sen<strong>do</strong> que os<br />
diagnosticos <strong>do</strong>s enfermos <strong>de</strong>ste ultimo estabelecimento<br />
pio nos foram gentilmente forneci<strong>do</strong>s pelo distincto<br />
professor Luiz Gue<strong>de</strong>s.<br />
Ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong>sses liqui<strong>do</strong>s fizemos algumas reacções<br />
em liqui<strong>do</strong>s <strong>de</strong> individuos <strong>de</strong> systema nervoso integro,<br />
aproveitan<strong>do</strong>, para isso, a occasião em que se sujeitavam<br />
á rachianesthesia para se submetter a alguma<br />
intervenção cirurgica.<br />
Após a exposição <strong>da</strong>s observações reuniremos to<strong>da</strong>s<br />
ellas em quadros para mais facil se tornar a comparação<br />
<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> que nessas taboas indicaremos<br />
com o signal-O - as reacções que não foram<br />
executa<strong>da</strong>s.
-- 20-<br />
OBSERV AÇÃO N.o 1<br />
.<br />
Clinica dó Pfof.' Luiz Gue<strong>de</strong>s<br />
X., brasileira, branca, casa<strong>da</strong>, com 23 annos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Diagnostico: Encephalite Iethargica.<br />
Puncção em 30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>de</strong> Amoss -HO. -"-0_00 0 -+<strong>de</strong><br />
Nonne-AppeIto -"""" +<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones. _H ":_--';-" -+<strong>de</strong><br />
Noguchi.. _",..HO_' -+<br />
OBSERV AÇÃO N.o 2<br />
CASA DE SAUDE DO DR. DIAS FERNANDES<br />
Clinica <strong>do</strong> Dr. Alfeu B. <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros<br />
I<br />
X., brasileiro, mixto, casa<strong>do</strong>, 36 annos, funccionario<br />
publico.<br />
Diagnostico: Epid.ydimi-te tuberculosa direita.<br />
Puncção para rachianesthesia em 2 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>de</strong> Amoss """'0"" "'0""'''' -<br />
<strong>de</strong> Nonne-AppeIt "'''''0 -<br />
<strong>de</strong> R08s.Jones. "'''0'' -<br />
<strong>de</strong> Noguchi. """""""''''H'" 'r-
-<br />
I<br />
- 21 -<br />
OBSERV AÇÃO N.o 3<br />
Enfermaria DI'. Wallau<br />
.<br />
-<br />
i!<br />
Papeleta n.O 3206<br />
"<br />
A. F., brasileiro, mixto, solteiro, 42 annos, cozinheiro.<br />
Entrou para o Hospital em 26
-- 22 -<br />
OBSERV AÇÃO N.o 5<br />
Enfermaria DI'. Wallau - Papeleta n.O 3329<br />
O. R. L., brasileiro, branco, solteiro, 28 annos, jornaleiro.<br />
1921.<br />
Entrou para o Hospital em 3 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong><br />
Diagnostico: calculo vesical.<br />
Puncção<br />
1921.<br />
para rachianesthesia em 4 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong><br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>de</strong> Amoss" ,..<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt -<strong>de</strong><br />
Ross-Jones -<br />
<strong>de</strong> Noguchi -<br />
OBSERVAÇÃO N.o 6<br />
Enfermaria Dr. Wallau - Papeleta n.O 3359<br />
H. G., italiano, branco, solteiro, 28 annos, co.nfeiteiro.<br />
Entrou para o Hospital em 5 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico:<br />
reita.<br />
Hydrocele esquer<strong>da</strong> e hematocele di-<br />
Puncção<br />
1921.<br />
para rachianesthesia em 5 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong><br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>de</strong> Amoss -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt '--<strong>de</strong><br />
Ross-Jones. "''''0. -<strong>de</strong><br />
Noguchi. 0.. """.0..00 -<br />
.
-<br />
I<br />
.- 23 -<br />
OBSERV AÇÃO N.o 7<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5840<br />
A. R. F., brasileiro, branco, solteiro, 23 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Passo Fun<strong>do</strong> foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em<br />
9 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Demencia precoce.<br />
Puncção em 17 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>de</strong> Amoss "'''''''''''''''''' -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt -<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones ... ... -<br />
<strong>de</strong> Noguchi. """""""'''''' -<br />
OBSERVAÇÃO N.o 8<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5837<br />
A. P., brasileiro, branco, solteiro, 17 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> São Francisco <strong>de</strong> Assis foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio<br />
em 2 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose epiletica.<br />
Puncção em 17 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>de</strong> Amoss .., -<br />
<strong>de</strong> Nonne-AppeIt -<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones , -<br />
<strong>de</strong> Noguchi -
- 24-<br />
OBSERV ACÃO N.o 9<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5751<br />
.i:,(:~ .' .,<br />
J. K., brasileiro, branco, solteiro, 42 annos. Proce<strong>de</strong>hte<br />
'<strong>de</strong> Taquara foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 3 <strong>de</strong><br />
Márço <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose pre-senil (forma melancolica<br />
).<br />
Puncção em 17 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
})<br />
})<br />
})<br />
<strong>de</strong> Amoss " '...0'0' -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt..oo o..o.. -<br />
<strong>de</strong> Ross.Jones o -<br />
<strong>de</strong> Noguchi -<br />
OBSERV AÇÃO N.o 10<br />
'.(' . ','<br />
UbSpicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5813<br />
J:' 'V., italiíand, branco, casa<strong>do</strong>, 29 annos:. Proce<strong>de</strong>nté<br />
'tie iPa:ioT Gran<strong>de</strong> foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 23<br />
<strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Demencia precoce.<br />
Puncção em 17'<strong>de</strong> Agostá' <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
.})<br />
})<br />
<strong>de</strong> Amoss o.. """"0 . -<br />
<strong>de</strong> Nonne~Appelt -<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones. -<br />
<strong>de</strong> Noguchi. 0 -
- -<br />
25-<br />
OBSERVAÇÃO N.o 11<br />
Enfermaria Dr. Mariante - Papeleta n.O3199<br />
J. A. F., brasileira, mixta, solteira, 15 annos, <strong>do</strong>mestica.<br />
1921.<br />
Entrou para o Hospital em 26 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong><br />
Diagnostico: Oondylomas anaes e vulvares.<br />
Puncção<br />
1921.<br />
para rachianesthesia em 17 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong><br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>de</strong> Amoss -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt , -<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones , -.<br />
<strong>de</strong> Noguchi. """'"'''''' -<br />
. OBSERV AÇÃO N.o 12<br />
Clínica <strong>do</strong> Prof. Luíz Gue<strong>de</strong>s<br />
X., brasileiro, branco, solteiro, 24 annos,<br />
no commerclO.<br />
Diagnosti~o: Epilepsia 'motora.<br />
Puncção em 12 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>de</strong> AmosiS +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt +<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones +<br />
<strong>de</strong> Noguchi +<br />
emprega<strong>do</strong><br />
These 4
- 26-<br />
OBSERV AÇÃO N.o 13<br />
Clinica <strong>da</strong> Prof. Gonçalves Vianna<br />
X" brasileiro, branco, solteiro, 40 annos.<br />
Dignostico : Psychose maniaco-<strong>de</strong>pressiva.<br />
Puncção em 13 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção <strong>de</strong> Amoss .., .., +<br />
» <strong>de</strong> Nonne-Appelt +<br />
» <strong>de</strong> Ross-Jones +<br />
» <strong>de</strong> Noguchi +<br />
OBSERV AÇÃO N.o 14<br />
9a Enfermaria - Papeleta n. 3721<br />
M. D. S., brasileiro, preto, solteiro, 25 annos, jornaleiro.<br />
Entrou para o Hospital em 31 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong><br />
1921.<br />
Diagnostico: Myelite sy.philitica.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico ""'''''''''' +<br />
<strong>de</strong> Amoss +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt ... + \<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones +<br />
<strong>de</strong> Pandy +<br />
<strong>de</strong> Noguchi +<br />
,
- 27 -<br />
OBSERV AÇÃO N." 15<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5809<br />
R. G. P., brasileiro, branco, solteiro, 23 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Rosario foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 16<br />
<strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Demencia precoce.<br />
Puncção em 24 <strong>de</strong> Setembro àe 1921.<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico : -<br />
<strong>de</strong> Amoss ' -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt """"'''''''''''''''' -<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones : -<strong>de</strong><br />
Pandy -<br />
<strong>de</strong> Noguchi ... --<br />
OBSERVAÇÃO N." 16<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5753<br />
J. P. D., brasileiro, mixto, solteiro, 20 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Bagé foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 5 <strong>de</strong><br />
Março <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Delírio paranoi<strong>de</strong>.<br />
Puncção em 24 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico ''''''''''O'.. +<br />
« <strong>de</strong> Amoss ... O' """"'" .. +<br />
« <strong>de</strong> Nonne-Appelt ""'''''''''' +<br />
« <strong>de</strong> Ross-Jones ". +<br />
« <strong>de</strong> Pandy : +<br />
« <strong>de</strong> Noguchi . "'"'''''' " +
- 28-<br />
OBSERVAÇÃO N.o 17<br />
Hospicio São Pedr'o -- Numero <strong>de</strong> registro: 5747<br />
J. V. O., hespanhol, branco, solteiro, 33 annos. Resi<strong>de</strong>,nte<br />
nesta capital foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 26<br />
<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose alcàolica.<br />
Puncção em 24 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico -<br />
<strong>de</strong> Anloss """'"'''' """"" -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt -<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones. -<br />
<strong>de</strong> Pandy . -<br />
<strong>de</strong> Noguchi -<br />
OBSERV AÇÃO N.o 18<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5806<br />
V. M. R., brasileiro, mixto, solteiro, 31 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Oaçapava foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 14<br />
.<strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Esta<strong>do</strong> maniaco (phase <strong>da</strong> locura<br />
maniaco-<strong>de</strong>pressiva ).<br />
Puncção em 24 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
~<br />
«<br />
«<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico +<br />
<strong>de</strong> Amoss ". ' +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt +<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones +<br />
. <strong>de</strong> Pandy -:<strong>de</strong><br />
Noguchi.. +
- 29 -<br />
OBSERVAÇÃO N." 19<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> regifJtro: 5841<br />
V. D., brasileiro, preto, solteiro, 34 annos. Resi<strong>de</strong>nte<br />
nesta Oapital foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 11 <strong>de</strong><br />
Julho <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose epileptica.<br />
Puncção em 24 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico ..., -<br />
<strong>de</strong> Amoss , -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt " -<br />
<strong>de</strong> Ro'ss-Jones ,... -<br />
<strong>de</strong> Pandy -<br />
<strong>de</strong> Noguchi -<br />
OBSERV AÇÃO N.o 20<br />
Clinica <strong>do</strong> Dr. Raul Totta<br />
X., brasileiro, branco, 2 1/2 annos.<br />
Diagnostico: Meningite tuberculosa.<br />
Puncção em 24 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico + +<br />
<strong>de</strong> Amoss , + +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt + +<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones +<br />
<strong>de</strong> Pandy o "'" + +<br />
<strong>de</strong> Noguchi + +
- 30 -<br />
OBSERVAÇÃO N.o 21<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5881<br />
O. S. G., brasileiro, branco, solteiro, 30 annos. Resi<strong>de</strong>nte<br />
nesta capital foi recolhi<strong>do</strong>. ao Hospicio em 25<br />
<strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Delírio paranoi<strong>de</strong>.<br />
Puncção em,30 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico """"'.' ,... +<br />
« <strong>de</strong> Amoss ., -t-<br />
« <strong>de</strong> Nonne-Appelt """'" -<br />
« <strong>de</strong> Ross-Jones. ",,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,"" -<br />
« <strong>de</strong> Pandy , '''''''''''''''' -<br />
« <strong>de</strong> Noguchi , -<br />
OBSERVAÇÃO N.o 22<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5877<br />
A. E., brasileiro, branco, casa<strong>do</strong>. 39 annos.<br />
<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Pelotas foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em<br />
Agosto 1921.<br />
Diagnostico: Paralysia geral.<br />
Puncção em 30 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico... +<br />
<strong>de</strong> Amass. .. +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt o. +<br />
<strong>de</strong> Ross-.lanes " , +<br />
<strong>de</strong> Pandy +<br />
<strong>de</strong> Noguchi . ."'"'''''''''''''''''''''''''' +<br />
Proce-<br />
21 <strong>de</strong>
- 31 -<br />
OBSERVAÇÃO N.o 23,<br />
Hospicio São Pedro- Numero <strong>de</strong> registro: 5839<br />
G. R, brasileiro, branco, viuvo, 33 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Santa Cruz foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 7<br />
<strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico-: Esta<strong>do</strong> melancolico (phase <strong>da</strong> locura<br />
maniaco-<strong>de</strong>pressiva )0<br />
Puncção em 30 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
o" <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico<br />
<strong>de</strong> Amoss '''''''''''''''''''' ""'"'''''''' -<br />
0 00 +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt. ''''''''.. ' -<strong>de</strong><br />
Ross-Jones -<br />
<strong>de</strong> Pandy "... -<br />
<strong>de</strong> Noguchi .,..0"""',,'"'''''' +<br />
OBSERV AÇÃO N." 24<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5741<br />
lVI.F. L., brasileiro, branco, solteiro, 25 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Va~caria foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 18<br />
<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Syphilis cerebral (esta<strong>do</strong> melancolico).<br />
Puncção em 30 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
~<br />
«<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico 0'0"" +<br />
<strong>de</strong> Amoss ,,'"''''''0''''0''' '00'0"""'00" +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt +<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones o.. 0 , +<br />
<strong>de</strong> Pandy ".. 0 -<br />
<strong>de</strong> N oguchi " ' +
- 32-<br />
OBSERV AÇÃO N.o 25<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5850<br />
c. P. O., brasileiro, branco, casa<strong>do</strong>, 39 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Pelotas foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 21<br />
<strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose epileptica.<br />
Puncção em 30 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico , -i.<br />
<strong>de</strong> Amoss .. """""'''''' : -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt... -<strong>de</strong><br />
Ross-J ones ... -<br />
<strong>de</strong> Pandy ""'''''''''''''''''' "... -<br />
<strong>de</strong> Noguchi -<br />
OBSERVAÇÃO N.o 26<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5785<br />
A. C. G., brasileiro, branco, solteiro, 27 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> <strong>Rio</strong> Gran<strong>de</strong> foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em<br />
8' <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Syphilis cerebral (eschyzophrenia syphilitica<br />
).<br />
Puncção em 6 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
«<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico +<br />
<strong>de</strong> Amoss... +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt ... ... +<br />
<strong>de</strong> Ross-J ones .. . ... -+<strong>de</strong><br />
Pandy -<br />
<strong>de</strong> Noguchi ,... +
- 33-<br />
OBSERV AÇÃO N.o 27<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5731<br />
J. A. N., brasileiro, ibranco, casa<strong>do</strong>, 46 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Lagôa Vermelha foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio<br />
em 11 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Paralysia geral.<br />
Puncção em 6<strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
«<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico ..................<br />
<strong>de</strong> Amoss ,""""'" """'. ..........<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt "'"<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones ........................<br />
<strong>de</strong> Pandy .......<br />
<strong>de</strong> Noguchi .......<br />
OBSERV AÇÃO N.o 28<br />
I<br />
-y<br />
+<br />
++ +++<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5812<br />
. J. O. S., brasileiro, branco, solteiro, 25 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Passo Fun<strong>do</strong> foi re'colhi<strong>do</strong> ao Hospicio em<br />
20 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Delirio episodico polymorpho <strong>do</strong>s <strong>de</strong>genera<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong>beis.<br />
Puncção em 6 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
These<br />
Reacção<br />
«<br />
«<br />
«<br />
te<br />
«<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico :... -<br />
<strong>de</strong> Amoss -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt -<br />
<strong>de</strong> Ross.Jones , .. -<br />
<strong>de</strong> Pandy -<br />
<strong>de</strong> Noguchi """'" -<br />
5
- 34 --<br />
OBSERV AÇÃO N.o 29<br />
Cliniea <strong>do</strong> Dr. Decio Totta<br />
X., brasileiro, branco, com 7 1/2 mezes <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Diagnostico: Meningite cerebro-espinhal epi<strong>de</strong>mica<br />
(?)<br />
P~ncção em 7 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico. ....... +++<br />
»<br />
<strong>de</strong> Amoss. '"'''''''' '''''''' +++<br />
»<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt.......... +++<br />
» <strong>de</strong> Ross-Jones.. ............ +<br />
»<br />
<strong>de</strong> Pandy. .................... +++<br />
»<br />
<strong>de</strong> N oguchi .............. ... +++<br />
OBSERV AÇÃO N.o 30<br />
16" Enfermaria - Papeleta n.O 4236<br />
O. S., brasileira, branca, solteira, 20 annos, <strong>do</strong>mestica.<br />
Entrou para o Hospital. em 6 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong><br />
1921.<br />
Diagnostico: Uremia nervosa.<br />
Puncção em 8 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reaeção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico -<br />
<strong>de</strong> Amoss -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt , -<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones .<strong>de</strong><br />
Pandy '''''''''''''''''''' -<br />
<strong>de</strong> Noguchi -<br />
...<br />
I<br />
I<br />
!<br />
i
~<br />
- 35-<br />
OBSERV AÇÃO N.o 31<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5817<br />
A. B., brasileiro, branco, casa<strong>do</strong>, 33 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Erechim foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 28 <strong>de</strong><br />
Maio <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Excitação maniaca por syphilis cerebral.<br />
Puncção em 10 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
})<br />
})<br />
"<br />
»<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico , -<br />
<strong>de</strong> Amoss .., .. .., -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt -<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones , -<br />
<strong>de</strong> Pandy ,.. , -<br />
<strong>de</strong> Noguchi. "'''''''''' "...<br />
.OBSERV AÇÃO N.o 32<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5900<br />
L. B. S., brasileiro, mixto, casa<strong>do</strong>, 33 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> S. Sebastião <strong>do</strong> Oahy foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio<br />
em 20 <strong>de</strong> 8etembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose toxi-infectuosa (typo confusão<br />
mental).<br />
Puncção em 10 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
:»<br />
»<br />
»<br />
y,<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico -<br />
<strong>de</strong> Amoss , +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones.<br />
::!::<br />
+<br />
<strong>de</strong> Pandy -<br />
<strong>de</strong> Noguchi - .
- 36 --<br />
OBSERV AÇÃO N.o 33<br />
Hospicio São Pedro -- Numero <strong>de</strong> registro: 5890<br />
S. B., polaco, branco, casa<strong>do</strong>. Proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Erechim<br />
foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 10 <strong>de</strong> Setembro<br />
<strong>de</strong> 1921. .<br />
Diagnostico: Psychose chronica em evolução (ain<strong>da</strong><br />
mal caracterisa<strong>da</strong>).<br />
Reacção<br />
»<br />
.»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico , ,. -<br />
<strong>de</strong> Amoss +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt..:. -<br />
<strong>de</strong> Ross-J ones ... " ". :i<br />
<strong>de</strong> Pandy -<br />
<strong>de</strong> Noguchi : -<br />
OBSERV AÇÃO N.o 34<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5864<br />
M. J. S., brasileiro, branco, solteiro, 18 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Taquara foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 8<br />
<strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagostico: Degeneração mental. Epilepsia motora<br />
e psychica (esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>mencial).<br />
Puncção em 14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
"<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico "'''''' --I<strong>de</strong><br />
Amoss +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt --I<strong>de</strong><br />
Ross-Jones --I<strong>de</strong><br />
Pandy --I<strong>de</strong><br />
Noguchi --I-<br />
,.
,...<br />
- 37 -<br />
OBSERVAÇÃO N.o 35<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5759<br />
A. A. S., brasileiro, branco, solteiro, 27 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> São Sebastião <strong>do</strong> Cahy foi recolhi<strong>do</strong> ao<br />
Hospicio em 14 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1921.<br />
DiagnostICo: Esta<strong>do</strong> melancolico (phase 'ia loucura<br />
maniaco-<strong>de</strong>pressiva).<br />
Puncção em 14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico """'" +<br />
<strong>de</strong> Amoss , +<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt +<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones +<br />
<strong>de</strong> Pandy -<br />
<strong>de</strong> Noguchi. """'"'''''''''''''' +<br />
OBSERV AÇÃO N.o 36<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5758<br />
J. D. F., brasileiro, branco, solteiro, 24 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> São Sebastião <strong>do</strong> Cahy foi recolhi<strong>do</strong> ao<br />
Hospicio em 12 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose epileptica.<br />
Puncção em 14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
})<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico -<br />
<strong>de</strong> Amoss -<br />
<strong>de</strong> NoÍme-Appelt.:... -<br />
<strong>de</strong> Ross-J ones. ... -<br />
<strong>de</strong> Pandy -<br />
<strong>de</strong> Noguchi .-
- 38 --<br />
OBSERV AÇÃO N.o 37<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5874<br />
J. H. M., brasileiro, branco, casa<strong>do</strong>, 34 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> S. Leopol<strong>do</strong> foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em<br />
19 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Syphilis cerebral.<br />
Puncção em 14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico -<br />
<strong>de</strong> Amoss. ,.., -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt , -<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones -<br />
<strong>de</strong> Panc'ly -<br />
<strong>de</strong> Noguc:IlÍ. -<br />
OBSERV AÇÃO N.o 38<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5870<br />
A. G. B., hollan<strong>de</strong>z, branco, solteiro, 52 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Santa Cruz foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em<br />
17 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose pre-senil (fórma <strong>de</strong>pressiva).<br />
Puncção em 14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
:t<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>do</strong>. aci<strong>do</strong> butyrico...<br />
<strong>de</strong> Amoss<br />
-<br />
~<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt ...,<strong>de</strong><br />
Ross-Jones..: ...: -<strong>de</strong><br />
Pandy -<br />
<strong>de</strong> Noguchi. " -
- 39-<br />
OBSERVAÇÃO N.o 39<br />
X.o brasileiro, mixto, 34 annos; cinesiphoro.<br />
Diagnostico: Tabes.<br />
Puncção em 14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>de</strong> aci<strong>do</strong> butyrico +<br />
<strong>de</strong> Amoss " ++<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt ++<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones +<br />
<strong>de</strong> Pandy , ++<br />
<strong>de</strong> Noguchi ++<br />
OBSERV AÇÃO N.o 40<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5892<br />
A, C. V., brasileiro, mixto, solteiro, 34 annos. Resi<strong>de</strong>nte<br />
nesta capital foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 10<br />
<strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Paralysia geral. .<br />
Puncção em 19 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
,)<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico -+<strong>de</strong><br />
Amoss -+<strong>de</strong><br />
Nonne-Appelt +<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones +<br />
<strong>de</strong> Pandy ". -<br />
<strong>de</strong> Noguchi +
- 40 --<br />
OBSERVAÇÃO N.o 41<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5906<br />
S. S., brasileiro, mixto, casadó, 58 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Santa Maria foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 25 <strong>de</strong><br />
Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Paralysia geral.<br />
Puncção em 19 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
»<br />
»<br />
»<br />
»<br />
:!><br />
<strong>do</strong> acidà butyrico +<br />
<strong>de</strong> Amoss ++<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt ++<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones : +<br />
<strong>de</strong> 'Pandy ++<br />
<strong>de</strong> Noguchi ++<br />
OBSERV AÇÃO N.o 42<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5903<br />
A. S., polaco. branco, casa<strong>do</strong>, 26 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Erechim foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 24 <strong>de</strong> Setembro<br />
<strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Demencia precoce.<br />
Puncção em 19 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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<strong>de</strong> Pandy -<br />
<strong>de</strong> Noguchi .. -
- 41-<br />
OBSERVAÇÃO N.o 43<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 590:4:<br />
J. L., brasileiro, branco, casa<strong>do</strong>, 37 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Erechim foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 24 <strong>de</strong><br />
Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose toxiea por alcoolismo.<br />
Puncção em 19 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reaeção<br />
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<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico " -<br />
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<strong>de</strong> Nonne-Appelt " -<br />
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<strong>de</strong> Pandy " -<br />
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OBSERV AÇÃO N.o 44<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 592~<br />
M. B. E?, brasileira, branca, casa<strong>da</strong>, 29 annos. Resi<strong>de</strong>nte<br />
nesta capital foi recolhi<strong>da</strong> ao Hospicio em 10<br />
<strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Melancolia anciosa.<br />
Puncção em 22 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
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Reacção<br />
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-- 42 -<br />
OBSERV AÇÃO N.o 45<br />
~ospicio São J>edro -- Numero <strong>de</strong> registro: 5875<br />
A. O., brasileira, branca, casa<strong>da</strong>, 28 annos. Resi<strong>de</strong>nte<br />
nesta capital foi recolhi<strong>da</strong> ao Hospicio em 20 <strong>de</strong><br />
Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Demencia precoce.<br />
Puncção em 22 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico<br />
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<strong>de</strong> Noguchi -<br />
OBSERVAÇÃO N.o 46<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5872<br />
M. R., brasileiro, branco, solteiro, 46 annos. Resi<strong>de</strong>nte<br />
nesta Oapital foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 19<br />
<strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Syphilis cerebral.<br />
Puncção em 22 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico """""""'"'''' -I-<br />
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OBSERV AÇÃO N.o 47<br />
Hospicio São Pedro - .Numero <strong>de</strong> registro: 5680<br />
M. L., brasileira, branca, solteira, 41 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> São Gabriel foi recolhi<strong>da</strong> ao Hospicio em 15<br />
<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1920.<br />
Diagnostico: Syphilis cerebral (esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>mencial).<br />
Puncção em 22 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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OBSERV AÇÃO N.o 48<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5921<br />
A. A., brasileira, branca, solteira, ~7 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> São João <strong>do</strong> Montenegro foi recolhi<strong>da</strong> ao<br />
Hospicio em 8 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Delírio episodico polymorpho <strong>do</strong>s <strong>de</strong>genera<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong>beis.<br />
Puncção em 22 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921<br />
Reacção<br />
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Hospicio São fledro ~<br />
~ 44-<br />
OBSE'RV AÇÃO N.o 49<br />
Numero<br />
<strong>de</strong> registro: 5925<br />
J. P., brasileira, mixta, solteira, 36 annos. Resi<strong>de</strong>nte<br />
nesta capital foi recolhi<strong>da</strong> ao Hospicio em 13 <strong>de</strong><br />
Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose toxi-infectuosa (typo confusão<br />
mental).<br />
Puncção em 22 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção <strong>do</strong><br />
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OBSERVAÇÃO N.o 50<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5918<br />
J. V., brasileiro, branco, solteiro, 17 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Bento Gonçalves foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio<br />
em 7 <strong>do</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Epilepsia motora e psychica.<br />
Puncção em 25 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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<strong>de</strong> Ross-Jones -<br />
<strong>de</strong> Pandy ""'" '''''''' """'''''''" -<br />
<strong>de</strong> Poguchi -<br />
1
- 45-<br />
OBSERVAÇÃO N.o 51<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5913<br />
A. B. a., brasileiro, branco, solteiro, 19 annos. Proce<strong>de</strong>n<br />
te <strong>de</strong> <strong>Rio</strong> Par<strong>do</strong> foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 29<br />
<strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921. .<br />
Diagnosiico: Syphilis cerebral (esta<strong>do</strong> maniac0). .<br />
Puncção em 25 Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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<strong>de</strong> Nonne-Appelt -<br />
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<strong>de</strong> Noguchi -<br />
OBSERVAÇÃO N." 52<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5869<br />
H. G. S., brasileiro, mixto, viuvo, 50 annos. Resi<strong>de</strong>nte<br />
nesta capital foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 13<br />
<strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Syphilis cerebral e alcoolismo chrolllCO.<br />
PUllcção em 25 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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- 40---<br />
OBSERVAÇÃO N.o 53<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5914<br />
A. V" italiano, branco, casa<strong>do</strong>, 38 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Cachoeira foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em 29 <strong>de</strong><br />
Setembro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose toxica por alcoolismo.<br />
Puncção em 25 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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OBSERVAÇÃO N.o 54<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5930<br />
P. N., brasileiro, branco, solteiro, 30 annos.<br />
<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Caxias foi recolhi<strong>do</strong> ao Hospicio em<br />
Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Demencia precoce.<br />
Puncção em 25 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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<strong>de</strong> aci~o butyrico -<br />
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17 <strong>de</strong>
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- 47 -<br />
OBTERV AÇÃO N." 55<br />
Hospicio São Pedro -- Numero <strong>de</strong> registro: 5783<br />
L. M., brasileira, branca, casa<strong>da</strong>, 37 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Santo Antonio <strong>da</strong> Patrulha foi recolhi<strong>da</strong> ao<br />
Hospicio em 6 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose epileptica.<br />
Puncção em 28 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico -<br />
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OBSERV AÇÃO N.o 56<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5924<br />
M. I., brasileira, mixta, solteira, 22 annos. Resi<strong>de</strong>nte<br />
nesta capital foi recolhi<strong>da</strong> ao Hospicio em 12 <strong>de</strong> Ou.<br />
tubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Epilepsia e idiota consequente a en.<br />
cephalopathia infantil.<br />
Puncção em 28 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico... ... -<br />
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<strong>de</strong> Ross.Jones -<br />
<strong>de</strong> Pandy -<br />
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-- 48 -<br />
OBSERV AÇÃO N.o 57<br />
Hospicio São Pedro - Numero <strong>de</strong> registro: 5838<br />
C. F. S., brasileira, branca, casa<strong>da</strong>, 47 annos. Proce<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> Cangussú foi recolhi<strong>da</strong> ao Hospicio em 6<br />
<strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1921.<br />
Diagnostico: Psychose pre-senil (fárma agita<strong>da</strong>).<br />
Puncção em 28 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921.<br />
Reacção<br />
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<strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico -<br />
<strong>de</strong> Amoss -<br />
<strong>de</strong> Nonne-Appelt -<br />
<strong>de</strong> Ross-Jones -<br />
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DIAGNOSTICO<br />
QUADRO N. 1<br />
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2 ILiqui<strong>do</strong> norma!. ................<br />
3 Liqui<strong>do</strong> norma! ..........<br />
4 Liqui<strong>do</strong> norma! """"'" ............................<br />
5 Liqui<strong>do</strong> norma! ' , ..........<br />
6 Liqui<strong>do</strong> norma! ..............................<br />
7 Demencia precoce ,.....<br />
8 Psychose epileptica ".""""""''''''''''''<br />
9 Psychose pre-seni!.....................................................<br />
10 Demencia precoce.....................................................<br />
11 Liq ui<strong>do</strong> normal. .......................................................<br />
12 Epilepsia motora.......................................................<br />
13 Psychose maniaco-<strong>de</strong>pressiva......................................<br />
14 Myelite syphilitica """''''''''''''''''''''''''''<br />
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DIAGNOSTICO<br />
QUADRO N. 2<br />
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39<br />
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41<br />
42<br />
DIAGNOSTICO<br />
QUADRO N. 3<br />
Meningite cerebro-espinhal epi<strong>de</strong>mica .,...........<br />
Uremia nervosa .., ...................<br />
Excitação maniaca por syphilis cerebral ,........<br />
Psychose toxi-infectuosa ... .. .. .. .. .. ........<br />
Psychose chronica em evolução ..........<br />
Degeneração mentaL Epilepsia motora e psychica... .......<br />
Esta<strong>do</strong> melancolico "................................<br />
Psychose epileptica ........................................<br />
Syphilis cerebral , .......<br />
Psychose pre-senil ...................<br />
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Paralysia geral ,...<br />
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57<br />
DIAGNOSTICO<br />
QUADRO N. 4<br />
Psychose toxica por alcoolismo. , "."..."......<br />
Melancolia anciosa.. .. .. .., , .......<br />
Demencia precuce " ............................<br />
Syphilis cerebral. " , "..<br />
Syphilis cerebraL """'"''''''''''''''''''''''''''''<br />
Delirio episodico poly:norpho <strong>do</strong>s <strong>de</strong>genera<strong>do</strong>s <strong>de</strong>beis.....<br />
Psychose toxi-infectuosa , ,..<br />
Epilepsia motora e psychica ""'"'''' '''''''''''''' ....<br />
Syphilis cerebral. .. ".. ...................<br />
Syphilis cerebral e alcoolismo chronico ".".........<br />
Psychose toxica por alcoolism o" ".......................<br />
Demencia precoce " . ..........<br />
Psychose epileptica ... .. .... .. ........<br />
Epilepsia e ídiotia " . "''''''''''''''''''''''''''''''''''''<br />
Psychose pre-senil , .. ..<br />
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OAPITULO VI<br />
Conclusões<br />
Recapitulan<strong>do</strong> as nossas observações verificámos<br />
que em 38 <strong>do</strong>s liqui<strong>do</strong>s examina<strong>do</strong>s a reacção <strong>de</strong> Noguchi<br />
foi perfeitamente i<strong>de</strong>ntica ás outras reaeções<br />
executa<strong>da</strong>s; em 49 o resulta<strong>do</strong> foi igual ao <strong>da</strong> maioria,<br />
accusan<strong>do</strong>, portanto, uma percentagem <strong>de</strong> 85,96 %<br />
Compara<strong>da</strong> isola<strong>da</strong>mente com ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s reações<br />
realisa<strong>da</strong>s notámos que em 79,54 0;0 <strong>do</strong>s casos foi<br />
i<strong>de</strong>ntica á reacção <strong>do</strong> aci<strong>do</strong> butyrico; em 84,21 %<br />
á <strong>de</strong> Amoss; em 87,71 % á <strong>de</strong> Nonne-Appelt; em<br />
82,45 % á <strong>de</strong> Ross.Jones e em 84,09 % á <strong>de</strong> Pandy.<br />
Consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> sua technica<br />
apresenta a reacção <strong>de</strong> Noguchi vantagem sobre as <strong>de</strong><br />
Nonne-Appelt e Ross.Jones por requerer muito menos<br />
liqui<strong>do</strong> cephalo.racheano para sua execução; sua technica<br />
é mais simples <strong>do</strong> que a <strong>de</strong> Amoss e <strong>do</strong> aci<strong>do</strong><br />
butyrico, pois se realisa a frio, além <strong>de</strong> seu reagente<br />
ser ino<strong>do</strong>ro, e é mais precisa <strong>do</strong> que a <strong>de</strong> Pandy.<br />
Finalmente, concluin<strong>do</strong>, a exactidão <strong>da</strong> reacção <strong>de</strong><br />
Noguchi é perfeitamente comparavel á <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais<br />
reacções que realisámos, motivo pelo qual achamos<br />
que po<strong>de</strong> ser utilisa<strong>da</strong> com a mesma confiança que<br />
nessas se tem.