FCH_1 MIOLO FINAL[1].pdf - Universidade Católica Portuguesa
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A .Modernidade .(alguns .aspectos) . .| 31 .<br />
suit .of .Happiness” .Ideia .reiterada, .em .Inglaterra, .por .Jeremy .Bentham, .na .<br />
sua .Introduction to Principles of Morals and Government, .publicada .no .ano .<br />
da .Revolução .(1789): .“It .is .the .greatest .happiness .of .the .greatest .number .<br />
that .is .the .measure .of .righ .and .wrong” .E, .quase .um .século .depois, .Matthew<br />
.Arnold .transfere .essa .mesma .ideia .para .o .domínio .da .cultura, .associando-a<br />
.à .simbologia .(ao .mesmo .tempo, .sagrada .e .profana) .da .luz, .em .<br />
Culture and Anarchy .(1869): .a .cultura .visa .o .aperfeiçoamento .da .pessoa .<br />
humana, .trazendo .“luz .e .doçura” .à .vida .dos .homens<br />
Com .a .“Idade .da .Razão”, .o .Homem .que .era .já .a .medida .de .todas .as .coisas<br />
.(Pico .della .Mirandola, .1487) .constitui-se, .de .uma .vez .só, .como .sujeito .e .<br />
objecto .de .conhecimento .É .o .nascimento .do .que .hoje .chamamos .as .Ciências<br />
.Humanas .A .expressão .“ciência .do .Homem” .(no .singular) .é .usada .pela .<br />
primeira .vez, .em .1813, .por .Saint-Simon, .um .dos .percursores .de .Comte, .fundador<br />
.da .sociologia .(neologismo .criado .em .1839), .entendida .como .“física .<br />
social” .Outras .“ciências .do .Homem” .haviam .surgido .com .o .impulso .Iluminista .<br />
– .casos .da .etnologia .(1787) .e .da .antropologia .(1798), .termo .criado .por .Kant .–, .<br />
mas .é .ao .Positivismo .do .século .XIX .que .se .deve .a .criação .deste .campo .disciplinar,<br />
.autonomizando-o .definitivamente .da .filosofia .(a .designação .“ciências .<br />
humanas” .é .já .da .segunda .metade .do .século .XX)<br />
A .Modernidade .assiste .ainda .ao .nascimento .de .uma .nova .disciplina, .<br />
para .nós .decisiva: .a .estética .O .termo .é .cunhado .por .Baumgarten .em .<br />
meados .do .século .XVIII .(em .inglês .a .palavra .surge .apenas .na .década .de .<br />
1830), .tendo .sido .ele .“o .primeiro .a .relacionar .explicitamente .o .problema .<br />
da .sensibilidade .e .a .questão .da .beleza .e .da .arte .e, .sobretudo, .a .denominar<br />
.estética .(que .literalmente .significa .«ciência .da .sensibilidade») .a .ciência .<br />
que .trata .dos .princípios .filosóficos .subjacentes .a .estas .noções” .(D’Angelo .<br />
2003, .179), .embora .os .desenvolvimentos .mais .influentes .da .disciplina .se .<br />
devam, .inicialmente, .a .Kant .e .a .Hegel<br />
A .reflexão .sobre .o .belo .e .sobre .a .arte .vem, .é .claro, .dos .primórdios .da .<br />
filosofia, .e .as .ideias .de .Platão .e .de .Aristóteles .continuam .a .influenciar .o .<br />
nosso .tempo .Mas .a .nova .disciplina .reivindica .para .a .arte .uma .autonomia .<br />
(em .grego, .“autolegislação”), .até .então .inédita, .no .sentido .de .uma .libertação<br />
.da .autoridade .da .moral, .da .política .e .da .religião . 4 .A .estética .passa .<br />
4 A .ideia .de .autonomia, .no .sentido .emancipatório .da .palavra, .é .impraticável .no .Renascimento, .<br />
e .mesmo .depois, .dada .a .dependência .do .artista .em .relação .aos .mecenas, .aos .poderes .eclesiásticos<br />
.e .à .protecção .do .Príncipe